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    Baía de Cornwall

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    Mensagem por Wordspinner Sex Jan 22, 2021 3:27 pm

    As areias da praia tem um marrom escuro e grãos bem grandes. Ela forma uma pequena baía com um pequeno forte em uma das pontas. O forte foi convertido em um clube de barcos que ainda está com as luzes acesas. A estrada até ali tem iluminação pública, mas além do clube de barcos nenhum outro prédio próximo tem visão para a praia. A vegetação em volta está abandonada para crescer por conta própria e só será aparada no verão. Um pier velho, feito de madeira, se estica quase vinte metros mar a dentro.

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    Mensagem por Ankou Sex Jan 22, 2021 4:09 pm









    Ao descerem a colina do local da reunião a nova picape de Connor está parada na beirada da rua, ela é prata e parece em ótimo estado, apesar de não ser nova era bem mais nova que a anterior que o seguro cobriu. O carro era extremamente limpo por dentro, não haviam moedas nem balinhas, no porta luvas no máximo alguns lenços e os documentos do carro.

    Ele espera todo mundo que quisesse entrar, se fosem muitos podiam tirar a lona e ir na carroceria, nem ligava, mas ele dava os lugares preferenciais pras moças, principalmente pra Sam que ele faz questão que vá no banco do carona o mais confortavelmente possível, mesmo que a barriga fosse praticamente invisível.

    Ele estaciona na areia, luxos de se ter um quatro por quatro, diz que já volta e ruma em direção a um bar, ele volta de lá com um fardo de latinhas de cerveja, copos descartáveis e uma garrafa grande de água de coco que não deve nem ter sido barata.

    - Vem comigo – Ele chama Sam e Chloe e se senta numa pedra enorme, baixa e larga, próxima da beira da praia, e deixa elas a vontade com as bebidas, enquanto pra ele tira uma cerveja do amarrado. Ele se deita na pedra, parecendo confortável, pedra que era morna ao toque. - Eles acham que é o sol, mas é por que nem todo mundo pode ver o outro lado. - ele sorri encarando elas por um segundo, como se buscasse alguma coisa.

    - Eu sei que vocês devem ter um monte de perguntas que não te responderam, ninguém mais aqui vai ouvir o que não deveria. - ele se senta de frente pra elas e dá uma golada na cerveja parecendo satisfeito. - Sou todo ouvidos.

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    Mensagem por thendara_selune Sex Jan 22, 2021 7:33 pm

    ( Chloe se vê obrigada a ir, talvez Laura tenha dito que era interessante lidar com aqueles homens, assim quem sabe entender um pouco as coisas e eles estavam sendo solícitos em ajudar tanto Chloe quanto Sam. O lugar parece deserto, as luzes do clube de barco cintilando timidamente, o ar noturno e o ambiente em si são até bonitos. O som do mar parece até diferente depois de tudo que Chloe viu naquela noite. O pensamento tenebroso que eles poderiam devorar as duas em algum ritual macabro, se vai quando ela percebe que Connor estava tentando fazer uma “social” com as duas. Nesse momento após ele falar Chloe entende que tinha a chance de perguntar sobre algumas coisas e o faria com cautela.  Observando o homem sentar na pedra ela por sua vez se senta na areia de modo que as pernas fiquem um pouco de lado para que não mostre o desnecessário)

    — Agradeço a gentileza em nos trazer aqui(Ela parece medir as palavras mentalmente e depois sorri educadamente) —  Quem são vocês exatamente? Acho que só você falou seu nome e suponho que seja o líder desse grupo?!



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    Mensagem por Bastet Sex Jan 22, 2021 10:12 pm



    Samantha
    Doiley

    obs:


    Samantha não tinha respondido sobre a gravidez antes, ficando confusa e um tanto desconfortável quando o homem falou sobre, isso sem nem ao menos se conhecerem.  Quando ele fez toda aquela questão de ela ir segura e confortável, ficou imaginando se  sua barriga já tava aparecendo e ela nem tinha se tocado. Ficou encucada com isso e, quando estavam na caminhonete, após hesitar alguns momentos, analisando a barriga quase lisa sob a camiseta... Até que se lembrou de uma coisa que Connor fez assim que olhou pra ela.

    - Você cheirou o meu bebê? – olhou pra ele, visivelmente curiosa e confusa.

    Talvez o único assunto que puxaria durante a viagem.

    ---

    Quando o carro estaciona na areia, Sam desamarra os tênis e os tira, puxando também as meias e deixando ali dentro.  Depois precisava lembrar de pegar. Sente a areia branca e mais ou menos fina sob a pele dos pés, dando um pequeno sorriso e caminhando até onde Connor indicou.

    Observava o local, enquanto ele foi sabe-se lá onde. – Isso é esquisito pra cacete né? – comentou com Chloe, que parecia muito tensa. Se sentou também na areia, sentindo a brisa do mar.

    ---

    Quando Connor voltou com as cervejas e a água de coco, a boca dela salivou por uma cerveja... Mas acabou aceitando apenas um pouco da água de coco... – Valeu... – disse, bebericando e olhando pra pedra que ele indicou, esticando a mão pra sentir ela. Sam diria completamente que era o sol que esquentava. – E o que você diria que é? – perguntou, curiosa.

    Em seguida ficou quietinha, querendo ouvir as respostas para as perguntas de Chloe.


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    Mensagem por Ankou Sex Jan 22, 2021 10:52 pm








    Uma gargalhada sonora, divertida e genuína, a resposta crua vem logo depois – Sim, foi exatamente isso, minha companheira também tá grávida, alguma coisa no suor muda… - não era médico pra saber o que era, mas cheirava diferente.



    Ele observa Sam lhe perguntar o que seria, ele por sua ver faz uma observação simples – A gente tá no verão, mas hoje dificilmente passou dos 20 graus, eu chutaria que a pedra tá uns 22 a 25? Aqui é uma pedra, do outro lado é uma rocha incandescente do tempo das cavernas, intocada. - era visível o prazer com que ele falava aquelas coisas, o tempo todo com a mão desocupada a mostra, um claro sinal de paz, com a outra ele aproveitava a cerveja uma vez ou outra.

    Ele retiras botas pesadas enquanto Chloe fazia suas perguntas – Isso é uma questão complicada, mas eu me fiz ela a vida inteira… - ele para e olha pra ela, fazia perguntas demais então decidiu responder a mais curta primeiro. - É um tipo de líder, mas isso não é importante agora, tudo a seu tempo. - prosseguiu então no assunto anterior. - Nós somos o povo que protege o lado de lá e o lado de cá, meio espíritos meio humanos – ele alterna o olhar entre as duas passando confiança no que dizia. - meio humanos e meio lobos, o nome não importa pra vocês por que a língua dos homens é incapaz de pronunciar e dar sentido, pra Hollywood nós somos lobisomens. O lado de cá é o que você conhece, o lado de lá é o mundo espiritual, ou se você gosta de um termo mais científico um outra dimensão, onde vivem criaturas dos mais variados sentidos, mas um afeta o outro de alguma maneira. - ele bate na pedra. - por isso a pedra é morna, um reflexo do outro e vice versa. - ele coça a barba lentamente, e prazeirosamente esfrega os pés nus sobre a rocha.

    - Esse tipo de conhecimento é perturbador, e num geral desaconselhado, mas eu não faço o tipo ortodoxo, é honesto que vocês saibam pra que quando algo assim se apresentem vocês saibam que é perigo. - ele dá mais uma golada na cerveja e se levanta, observando o mar por um curto tempo.

    - Sam certo? Você não cheira só a bebê, tem cheiro da Anne que tá escutando tudo que a gente fala inclusive - numa distância visivelmente humanamente impossível-  tem cheiro de bosta de cavalo também. - Ele olha pra Chloe e sorri – Você tem cheiro de perfume, mas não é pior que Vick pode ter certeza. - um olhar curioso recai sobre Sam – Você trabalha em alguma fazenda? No que vocês trabalham afinal. - ele aponta pra ele colocando a mão no peito. - Eu sou personal e instrutor de artes marciais. - nenhum sujeito com aquele físico ficaria longe daquele tipo de profissão certamente.


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    Mensagem por Bravos Sáb Jan 23, 2021 12:13 am




    Axel Brown

    Axel:

    Rail decidiu pelos Dragões de Aço. Franco tava certo, aquele nome era muito ruim. Ela devia ter os motivos dela, o convite foi feito e mantido. Antes de sair dali, Axel a cumprimenta. A profecia do velho cahalith passa por sua mente. Profecias não tem prazo de validade. Quando Connor diz para que ele e Shaw negociem com Olhos Curiosos e Sombra Vermelha os territórios, ele assente. - Faremos isso, o mais breve possível.

    Eles seguiam agora para praia. Axel foi na caçamba. Parecia menos claustrofóbico. Ele acendeu um cigarro. Agora um cigarro que ele mesmo preparava o fumo. Menos industrializado. Tabaco e outras ervas, algumas das que Olena usava nas suas receitas. Quando chegam à praia ele sinaliza para descerem. Não ia fumar perto da grávida. Mais tarde ele se aproxima.

    - Está me devendo aulas, inclusive. Só vou ficar satisfeito quando for o novo Jet Li. - Chegou jogando uma piada no centro. Um sorriso atravessado e olhos que pareciam cúmplices. Estendeu as mãos para cada uma das parentes. - Axel Brown. Construo casas, faço reformas e eventualmente mando uns marmanjos pro cantinho da disciplina.

    Sentou-se, olhando o mar.






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    Mensagem por Bastet Sáb Jan 23, 2021 4:40 pm



    Samantha
    Doiley

    Sam apenas assentiu quando ele disse que algo mudava no “suor”.  Ainda não estava tão acostumada com pessoas com um olfato tão bom perto de si... Mas fazia todo sentido aquilo, afinal, os hormônios da gravidez mudavam muito do corpo da mulher.

    Já na praia, estreitou os olhos com a explicação de Connor sobre a pedra. Manteve a mão ali,  pensando um pouco, enquanto ele falava sobre sua liderança.  Logo deu uma risada baixa, com algo que ele disse – Se tem uma coisa que eu não imaginava ouvir sobre isso tudo... É um termo científico. Mas essas criaturas... São as mesmas que estavam lá na reunião? – perguntou, sem saber que não era regra os Sangue de Lobo poderem ver relances do outro lado. Sam e Chloe conseguiam ver... E todo o festival de totens e o Caminhante tornaram a reunião mais assustadora. Por sorte, pra ela, ainda não tinha visto criaturas piores.

    Quando Connor comentou sobre ser honesto com os perigos, a mulher deu um pequeno sorriso, entendendo o porquê de Anne confiar nele. Abraçou os joelhos, apoiando a cabeça nele, enquanto olhava pro mar.  Ergueu o olhar quando o homem a chamou pelo apelido. Ficou levemente vermelha com o comentário, procurando em volta pra ver onde ela estava, sem sucesso.

    - Eu trabalhava em um bar em Polotown antes de me formar. Agora to trabalhando no Haras novo lá do distrito do Porto... Por isso o cheiro de bosta – disse e viu um outro rapaz se aproximar, que também estivera na reunião.  Apertou a mão dele – Samantha Doiley... Vocês são um grupo curioso né – comentou, imaginando o que um personal fisiculturista e um construtor tinham em comum, além daquela porra toda sobrenatural .


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    Mensagem por Ankou Sáb Jan 23, 2021 5:20 pm








    Ele olha pra Axel quase revirando os olhos – Cara cê tem que mudar seus conceitos do que é lutar, eu crente que você ia mandar um Anderson Silva e tu me fala de ator xingling? - o que se sucede é uma gargalhada que começa como um chiado, logo explode e termina abruptamente – Tá falando sério? - ele olha incrédulo pro Elodoth, o treco parecia mais engraçado do que real.



    Ele passa os olhos em Chloe e deixa ela absorvendo o que ele havia dito, Samantha no entanto parece mais curiosa em continuar a conversa. - Mágica é tudo que a ciência ainda não descobriu… - Ele comenta, mas a coisa soa leviana, ou como se fosse uma citação de um lugar ou autor qualquer.

    - Que criaturas? Eita porra pera aí?! - o tom mudou abruptamente de uma explicação calma pra uma surpresa completa. Ele encara Axel e depois Samantha de volta, os olhos esbugalhados – Você sempre viu o outro lado? Porque se não, não era pra você estar vendo nada disso, mesmo com o dromo afinado… Você controla seus sentidos, ou é aleatório?  - As perguntas são esparsas e cautelosas. - Tem tido sonhos estranhos? - ele parece ir acalmando aos poucos, terminando de beber uma cerveja amassando a lata e colocando no canto e logo pegando outra e estendendo uma pra Axel.

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    Mensagem por Faor Seg Jan 25, 2021 9:48 am






    Baía de Cornwall 268_2610



    Shaw não seguiu com os demais de carro mas chegou a tempo de ouvir Connor amassando a primeira lata de cerveja. Antes de se aproximar, ele cumprimenta Anne de longe logo que sai das sombras e avalia os arredores, todos os cheiros, os sons, as nuances. Agora com a jaqueta de couro e sem se incomodar em retirar as botas na areia, ele pisa leve e observa o pequeno círculo de conversas. Se aproxima pelo lado da garota de jeans e se estica para pegar um copo descartável.

    - Você não levou a sério quando eu disse que larguei a cerveja, não é? - Olhava para o alfa enquanto se servia de água de coco. Ele olha para as duas Sanque de Lobo e sorri para elas. - Não me olhe assim, só estou mais para destilados ago... ehhg plástico! - O lua nova faz uma careta pelo cheiro da bebida antes de se servir. Claramente, não era só o descartável que o incomodava. Mas ele se serve bem e toma tudo. Logo se senta na areia com uma das pernas esticadas.

    - Então vocês ainda não estavam assustadas o suficiente? Interessante. - Ele enxuga o canto da boca com o pulso e parece tentar ler alguma coisa no olhar de cada uma delas. - Edgar Shaw.




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    Mensagem por thendara_selune Seg Jan 25, 2021 12:57 pm

    (Ninguém ali sabia melhor que a própria Chloe Moore, que o único lugar seguro era o mais afastado de todo o mundo e especialmente longe das explosões de sentimentos daqueles seres que só existem no folclore antigo. Porém ela também tinha a capacidade de filtrar as coisas e aquele momento era útil para entender como eles funcionam. )


    “ – Isso é esquisito pra cacete né? –”

    —Sim, mas não tem volta…(A voz de Chloe sempre baixa enquanto andavam observando o caminho)

    (Enquanto Connor se detém em explicar as coisas, Chloe  estava sentindo os grãos de areia acariciarem seus pés e vai ouvindo tudo com interesse que olhos dela vez outra deixam escapar. Quando Axel  começa a falar e faz uma piadinha ela o olha por uns segundos. Ele estendeu as mãos para elas, Chloe aperta com suavidade e depois se apresenta.)

    —Chloe Moore. (Ela dá um sorriso mais solto agora)



    (“- Eu trabalhava em um bar em Polotown antes de me formar. Agora to trabalhando no Haras novo lá do distrito do Porto... Por isso o cheiro de bosta – disse e viu um outro rapaz se aproximar, que também estivera na reunião.  Apertou a mão dele – Samantha Doiley... Vocês são um grupo curioso né – “


    Chloe escuta Sam falando sobre si com interesse, afinal as duas tinham algo em comum.


    - Mágica é tudo que a ciência ainda não descobriu… -


    Chloe ao ouvir Connor acaba recordando que ao longo da evolução humana a humanidade sempre buscou nomear o que não tinha explicação racional como algo  divino, em algum ponto os antepassados que murmuravam lendas, rituais e invocavam demônios de nomes complicados tinham razão, afinal aqueles homens diante das duas não eram pessoas comuns, então como a ciência encontraria respostas para existência deles ou para as coisas que ela pode ver? Por isso ela fala com um leve tom de seriedade, mas não frio e sim com uma dose de entusiasmo na voz.)

    — Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé das pessoas ao mesmo passo que o sobrenatural é selado pela ciência para assim resguardar a fragilidade da concepção de realidade que a maioria de nós tem…( Ela faz um círculo na areia enquanto fala, os dedos dela ficam ali criando  uma espiral enquanto sua voz expressa o que pensa no momento.)—Seria loucura imaginar que seres como vocês existem e se uma pessoa comum visse as coisas que espreitam além desse mundo palpável, certamente pensaria que está em um livro Lovecraftiano,então para segurança do senso comum, melhor continuar se apegando a ciência e quem sabe a uma boa dose de mágica...( A voz dela é baixa, os olhos observando o mar que sempre lhe atraiu pelo poder que ele tem, mas agora também pelo que viu na noite que saiu com James)


    (Quando ela termina de falar só então  se dá conta da presença de outro homem,Chloe dá um sorrisinho contido. O rosto corado e a sensação que tem é estar vivendo uma noite surreal dado os acontecimentos que as levaram até ali.)

    “- Então vocês ainda não estavam assustadas o suficiente? Interessante.-”


    — Julgando pelos últimos acontecimentos, melhor seria estar dentro de um livro de Stephen King( Ela olha Shaw e os demais  com um ar de quem está cansada demais das coisas que estão acontecendo e perdida em meio a tudo que anda vivendo.)


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    Mensagem por Bastet Seg Jan 25, 2021 5:29 pm



    Samantha
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    Samantha apenas deu de ombros quando Connor falou da magia. Seu lado racional ainda lutava um pouco com tudo aquilo que estavam vivendo. Pensou um pouco no que Chloe completou sobre aquilo, sabendo que tava naquele meio termo... Só que, felizmente ou não, aquilo tudo não era ficção.

    Em seguida o grandão olhou o amigo com os olhos esbugalhados... Eles não viam aquelas coisas? Qual o motivo da surpresa? – Eu acho que eu via essas coisas quando pequena... Mas, bem.. – pausou a fala,  se lembrando da infância e decidiu não continuar – Os que não são como nós não acham uma coisa legal né. Acho que só voltei a ver agora por causa desse carinha aqui. – indicou a barriga – Sem qualquer tipo de droga, bebida... eu nem me lembrava, foi uma doideira ver aqueles monstros na reunião. Por que o espanto? – estava curiosa com aquela reação exagerada... Mas logo mais um homem chegou.

    Sam se surpreendeu quando ele pegou a água de coco e não a cerveja... Quem escolhia aquilo por vontade?

    - Samantha – disse apenas, nem se lembrando quantas vezes falou o próprio nome naquele dia. Olhou uns instantes pra ele, feliz pelo homem não precisar de contato no cumprimento. Sam se sentia confortável com pessoas como ele.

    Ergueu o olhar pra Chloe quando ela respondeu aquilo, percebendo o quanto ela parecia abalada ali. Talvez até mais que durante os terrores da outra noite.  – Dizem que a gente precisa encarar nossos medos né? – falou pro Shaw, se inclinando sobre os joelhos pra pegar uma cerveja perto de Connor. Voltou a se sentar e estendeu pra Chloe.  - Bebe aí por mim. Acho que você tá precisando – deu um pequeno sorriso. Provavelmente não tão reconfortante, mas pelo menos tentou. Achava que faria bem a ela, uma cerveja não deixaria ela bêbada, mas mais relaxada, talvez.



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    Mensagem por Ankou Seg Jan 25, 2021 7:20 pm









    - Cerveja é bom pra lavar por dentro, era isso ou água do mar… - ele responde o companheiro de bom humor.



    Ele ouve com atenção as palavras de Chloe – Eu nunca li Lovecraft, nunca me interessou, mas é tipo filhotes do catúlu que tão do lado de lá que não podem prassar pra cá, nem gente de cá pra lá – a pronúncia é nitidamente errada e de propósito, como se a coisa fosse perto impronunciável, mas ele não toca mais no assunto por hora.



    - Dizem que quando as pessoas estão próximas de se transformar elas veem o outro lado, sonham com ele, coisas estranhas começam a acontecer ao redor, e o processo não é feliz pros bebês… Eu não sei o processo direito, não aconteceu comigo, ou eu sempre vi o estranho como normal e nem me dei conta, provavelmente a segunda opção. Os rapazes talvez tenham uma resposta melhor que a minha.- A coisa toda toma um tom meio fúnebre, a mão sobre o rosto, os olhos fechados como se aproveitasse a brisa do mar ou estivesse pensativo, de uma forma ou de outra a resposta de Sam parecia tranquilizadora.

    - Acho que fica implícito que ninguém deve saber do que a gente tá conversando aqui, mesmo que vocês julguem que qualquer ser humano normal achasse loucura. - ele beberica a cerveja e deita sobre a pedra de novo. - Vocês já sabem mais que a maioria dos meus primos… Isso é perigoso. Mas o outro lado, vocês vão saber um dia se vocês derem azar, ou sorte, depende do ponto de vista. - o tom sereno e tranquilo. - Eu sei como é, não ter uma alcateia, se sentir parte de lugar nenhum, mesmo quando se tá com a família e eles todos são como você... - no final a coisa toda soava realmente como experiência própria.

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    Mensagem por Bravos Seg Jan 25, 2021 11:30 pm




    Axel Brown

    - Eu não achei que ia ter que explicar uma piada hoje. - Ele disse para o alfa enquanto se acomodava. Até porque na realidade ele só se importava de saber lutar o suficiente para ajudar os irmãos de alcatéia. Ainda que isso significasse que ele lutava melhor que a maior parte dos humanos. Axel apenas observa as reações das garotas enquanto a conversa se desenrola. Shaw se aproxima. A conversa segue num caminho meio metafórico-filosófico que parecia não pisar nos lugares certos. Os conceitos que eles tinham não eram os mesmos que elas, talvez estivessem falando para as paredes.

    - O que Connor quer dizer é que normalmente pessoas não vêem o outro lado. Ainda assim vocês não são pessoas comuns. Talvez tenha a ver com a herança que vocês carregam consigo. Talvez foi algo momentâneo. É difícil ter certeza. - Ele disse enquanto olhava Chloe desenhar no chão. O comentário de Shaw parece bater como uma pedra nela. - Com certeza nós entendemos o sentimento, se para vocês é complicado, para nós foi simplesmente enlouquecedor. Não faz muito tempo eu fui contar ao meu próprio primo que ele era como vocês. Acho que eu fui muito direto, fiquei com medo de matar ele do coração. A nossa comunidade aqui... - Ele fez um gesto de entre aspas, mas era bem isso mesmo, ele se referia à condição uratha e parentes. - ... é, de certa forma, selvagem, intensa, bruta. Porém, é o que mais se aproxima de uma família.






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    Mensagem por thendara_selune Ter Jan 26, 2021 9:10 am

    (Chloe exibe aquele semblante indecifrável nos segundos seguintes, mas concorda com as palavras de Sam. Ela não aprecia cerveja, mas daquela vez poderia quebrar as suas regras e beber. Uma leve careta, após o primeiro gole, enquanto Connor fala a bebida parece um alento lógico pro momento. Ao ouvir que ele nunca leu nada de Lovecraft a bebida parece já está na metade.
    O assunto sobre transformação, a fez beber até o último gole daquela coisa, tal ideia parecia inconcebível para Chloe e a incomodou profundamente. Do nada aquele tom de Connor  evoca ideia de algo sombrio dentro das palavras dele.  Uma nova latinha surge na mão dela, dessa vez a careta não está ali. O líquido desce, faz o papel de um calmante dos sentidos dentro de uma lata vendida para qualquer um.  Chloe olha pra pessoas ali pensando no que escutou em casa e acaba falando)


    —  A discrição é uma virtude e existem coisas que jamais devem ser reveladas.
    (Ela olha pra Connor e vai escutando com atenção tudo que ele diz. De fato não pertencer a lugar nenhum era um sentimento que Chloe só conhecia agora e ele  tinha acertado nas palavras.)

    ( Axel complementa as palavras de Connor. Ela fixa os olhos nele, depois vai mentalmente visualizando as bolhas dentro da lata, um novo gole, a tensão se mistura a tristeza no olhar e as palavras de Shaw trazem velhas memórias de volta. No minuto seguinte  ela agradece ao álcool na cerveja por mexer com seus sentidos de maneira tão sorrateira.)


    (Ela termina a segunda lata visivelmente relaxada) — Vocês têm sorte, aparentemente convivem bem e (Ela  imita Axel fazendo aspas e dando um sorriso leve) tem um quadro familiar ou suporte que dá certo. (Agora existe mágoa na voz) — Nem todo mundo tem alguém que se importe em falar as coisas…(Os olhos dela são puro âmbar olhando a vastidão misteriosa diante deles) —  O meu entendimento sobre vocês girava na ideia que o mais fraco sirva ao mais forte. Espero que em Dover isso não se repita de novo…


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    Mensagem por Bastet Ter Jan 26, 2021 4:42 pm



    Samantha
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    Sam ouve as palavras de Connor sobre as visões antes de se transformar. Ficou pensativa, tentando lembrar se estava tendo alguma coisa parecida, mas achava que não. Torcia para que não. Queria sua criança segura dentro de seu ventre. Ergueu os olhos para os outros rapazes que estavam ali, pra ver se contariam algo sobre os momentos em que eram apenas Sangue de Lobo.  Pelo que ela tinha entendido, em geral,  era uma experiência nada legal.

    Quando Connor continuou com sua fala, o rosto da mulher ficou mais sério. Não entendia se aquilo era um aviso, um conselho ou uma ameaça.

    - Sabe, a gente não é idiota pra sair falando sobre lobos e monstros por aí... – Talvez fosse falar mais algo, mas Chloe resumiu de forma mais polida e simpática. Samantha voltou a abraçar as pernas, se encolhendo de leve quando o papo de pertencimento.  Entendia o exato sentimento que Connor tinha descrito, só que sem a parte da família. Axel completou, com uma história que arrancou uma risada fora de hora dos lábios de Sam.

    - Acho que nenhum de vocês sabe dar a notícia sem assustar a gente então. Mas no fim é melhor do que nunca saber. – Ouviu as palavras de Chloe e assentiu, mesmo que não soubesse tanto quanto ela sobre aquela sociedade. -  Eu não conheço vocês direito, mas vocês parecem uma família... Talvez um pouco estranha, mas ainda sim família unida... Mesmo em situações tensas como a reunião lá. Não caguem isso, é algo bonito – Por fim ela suspirou, vendo que Chloe já tava na segunda lata. A menina era rápida.

    - Isso aqui no verão deve ser bonito – disse, se recostando na pedra quente, olhando o oceano. Falou qualquer coisa aleatória, não se lembrando de ter ido na praia, mesmo vivendo em Dover boa parte de sua vida.

    O mar parecia convidativo... Embora o frio dissesse “não” em sua mente.

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    Mensagem por Faor Ter Jan 26, 2021 5:47 pm






    Baía de Cornwall 268_2610


    Shaw ficou olhando para Chloe por um tempo tentando entender a referência mas descartou a ideia. Ela estava cansada e pouco depois Connor falava sobre Lovecraft e ele definitivamente não tinha interesse em pensar sobre isso. Baixou a cabeça ouvindo a conversa e quase bocejou, até a outra Sangue de Lobo falou diretamente com ele. O comentário de Connor sobre a gravidez fez a ficha cair e o irraka finalmente entendeu o que o olfato estava tentando dizer.


    Samantha escreveu: – Dizem que a gente precisa encarar nossos medos né?


    Ele ri e viu ela se esticando. - Eu não sou o cara certo para falar sobre medos, mas quem disse isso aí talvez não tenha encarado O Medo. - Ele até falou de uma forma sinistra mas logo abandonou o tom. - Ou eu que sou um covarde, vai saber! - Ele já estava rindo à vontade.

    Shaw apenas descartou com a mão a proposta de Connor que outro falasse melhor sobre aquele assunto e depois ouvia Axel com respeito e acabou rindo com Samantha sobre como contar alguma verdade para alguém que precisa saber. Os Algozes lembram que Shaw não tinha ideia do que era até ter uma primeira noite muito reveladora.

    - Se vocês acham a gente parecido com uma família, vocês vem de famílias muito peculiares! - O tom era de brincadeira. - Talvez seja o mais perto do que a gente é, do que cada grupo aqui é. Mas repara que entre tantas palavras comuns que alguém poderia ter escolhido, "família" não colou. "Alcateia" tem a ver com mais coisas, né? - Ele olha para Chloe devolvendo um comentário. - Pode ter sim isso de mais forte e mais fraco, talvez tenha isso o tempo todo, mas cada um na sua. Tem mais a ver com o papel de cada um. Tem a ver com escolhas... - Ele mais pensava alto do que respondia ou tentava explicar até que desiste. Se elas querem enxergar como uma família unida, não podem ser criticadas.


    Samantha escreveu: - Isso aqui no verão deve ser bonito

    - Vocês sabem por que o Richard insistiu que essa conversa fosse em um território neutro? - Não fazia sentido mas a pergunta foi realmente provocada pelo comentário de Samantha.



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    Mensagem por Ankou Ter Jan 26, 2021 10:01 pm








    Por um momento o sorriso de canto perturbador de Connor se abriu de novo – Nem vem com essa Axel, todo mundo sabe que no fundo se gostou de dar aquele sustão nele, Caminhante deve ter até comido ou adotado uns medinhos nascido dele. - a voz de deboche e gozação.

    Connor parece descansar sobre a pedra, imóvel enquanto Shaw conversa com as meninas, uma hora ele parece balbuciar pro nada, como se tivesse falando ou contando um segredo pro vento, logo depois ele volta a ficar imóvel.

    - Alcateia é muito mais que família
    – Connor reforça as palavras de Shaw – Mas muitas vezes são família mesmo, minha mãe e pai são casados desde que eu tinha cinco anos, e ele entrou pros Corvos desde então, quando ele largou as lutas. - mas lembrava que o pai sempre foi presente quando podia.

    ”Shaw” escreveu:- Vocês sabem por que o Richard insistiu que essa conversa fosse em um território neutro?

    - Protocolo, pra ficar sabendo o que a gente vai conversar com elas, pra testar a gente e ver se a gente dá conta de educar mesmo, por que ele acha que eu posso convencer elas igual eu fiz com Marco e Emillie?
    - Ele dá uma risada gostosa e divertida – O negócio é que eu fui honesto e discreto com eles, e eles pistolaram. - ele se senta novamente e olha pras meninas de novo.

    - Eu sei que vocês não vão falar, mas eu tenho que avisar, a mesma mão que dá, tira, se vocês contarem essas coisas vai ficar ruim pro meu lado e vocês vão me deixar com um trabalho muito ingrato que eu não quero ter. - ele passa o dedão no pescoço de um lado ao outro deixando bem claro o que aquilo significava. - E isso não importa se vão comprar a conversa ou não, é a lei. - as palavras são duras, mas honestas, sem sombras de dúvida era um aviso, conselho e ameaça.

    - Uma coisa é certa, ele não quer que vocês fechem com a gente por hora, eu deixei claro que eu quero, eu gosto de família grande, to acostumado e gosto, mas vocês só vão entender o sentido de alcateia quando vocês estiverem em uma, palavras humanas pra expressar o que é não existem, não adianta a gente tentar traduzir. - Ele se foca em Sam por hora – Então se você não tem alcateia qual sua ligação com Anne, e os Lobos a Diesel, não lembro deles clamarem território ou andar com Sangue do Lobo junto, vocês são parentes? - a pergunta não tinha malícia ou segunda intenções, ao mesmo tempo que ele lembrava de Chloe. - Então Chloe trabalha com o que? - não lembrava se ela havia respondido ou esquecido.

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    Mensagem por Bastet Qua Jan 27, 2021 4:37 pm



    Samantha
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    Sam dá de ombros sobre a questão de medo e covardia. Talvez ela não entendesse do medo que os meninos da alcateia tinham de enfrentar todos os dias.  Seus medos, até então, era muito humanos.  – Cara... Eu não vi muita coisa da sociedade de vocês, mas tudo o que eu não diria é que vocês são covardes. Vocês ficam com monstros e sei lá mais o que como se fosse comum... Morrem nas mãos dessas coisas pra não deixar elas matarem a gente e as pessoas comuns – nessa hora olha pra Connor. Pelo que havia entendido, no começo da reunião estavam fazendo uma homenagem a alguém próximo dele. Logo suspirou e olhou novamente pra Shaw – Se vocês são covardes eu sou uma bunda mole mesmo...

    Logo o papo seguiu sobre a família. Sam tinha realmente uma noção de família peculiar, mas decidiu manter isso pra si.  – Bom, uma família pode ser disfuncional  de qualquer forma – disse, no mesmo tom de brincadeira dele, ouvindo Connor falar sobre a família e o conceito de uma alcateia. Apenas assentiu, não querendo mais falar besteira sobre aquilo.

    ---

    Quando Shaw perguntou sobre o “território neutro”, Sam imaginou que era, justamente, por ser neutro, mas aquilo parecia obvio demais.  Ouviu o que Connor respondeu ao amigo,  se sentindo um pouco incomodada com todo aquele papo de “ensinar”, “convencer”... E ainda mais com a questão de elas ficarem quietinhas sobre tudo aquilo. Ela olha pro grandão com um raiva no olhar, balançando a cabeça em negativo discretamente, como se ele tivesse falando merda.

    Não gostava de ameaças, ainda mais por algo que já tinha afirmado que não faria. Começou a se levantar,  batendo a areia do jeans, nem ouvindo muito o que ele continuava dizendo.  – Pergunta pra ela,  não vou correr o risco de dizer qualquer merda e deixar você ou ela com “um trabalho muito ingrato” – deu um sorriso nada alegre e começou a andar em direção à linha d’água do oceano.  Não se afastando muito, pra poder ficar de olho em Chloe que tava já virando a segunda latinha, mas o suficiente pra sentir a água gelada encostando nos seus pés, quando uma onda calma deslizou sobre a areia.

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    Mensagem por Faor Qua Jan 27, 2021 5:29 pm






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    Samantha fala sobre coragem, medo e família e Shaw escuta mas não acrescenta mais nada. Não era o ponto que ele queria e não era do jeito que ele pensava. Se esticou para pegar a água de coco outra vez mas desistiu, provavelmente lembrando do cheiro daquilo. Ele seguiu olhando em volta, observando as reações do pessoal. Aquele encontro parecia meio artificial mas não era ruim. Ele não encarava as coisas do jeito humano como a garota parecia entender, mas no fim, percebeu que sentia falta de desacelerar um pouco. Passou rápido essa sensação e ele logo olhava para o alfa com alguma curiosidade e parecia escolher qual a quina daquela pedra era mais afiada.

    Mas quando Connor começou a falar em protocolo Shaw baixou a cabeça e só levantou depois de esfregar a mão no rosto e ainda manteve a cara apoiada no punho ouvindo com algum respeito. Samantha levantou espalhando areia e parece ter ficado nervosa e foi suficiente para Shaw aplaudir e logo começar a gargalhar. Não dava para ignorar a reação dele que começa a pedir desculpas com as mãos antes de conseguir segurar o riso.

    - Foi mal, de verdade. - Ele olhava para Connor, não para as meninas. - A reunião é num lugar neutro porque nós temos a casa mais maneira, no território mais bonito da cidade. - Ele ainda ria mas não parava de falar. - Sério pô, ficar pertinho assim da praia, rua bacana. - Que ele se deslumbrasse com a área nobre não era difícil de explicar mas ele logo pensou no quanto eles batalharam e fizeram por merecer aquele espaço (nada) e quem eram os donos anteriores e toda a história e teve um medo profundo de gelar os ossos de estar sendo desrespeitoso, mas esse perdão era para ele e para os lunos, para ninguém ali diante dele. A intenção foi chutar a conversa para outro lado. Bem mais sério ele ainda continuou falando. - E o grandão aqui prepara costelas de cordeiro assado absolutamente indecentes, sério também. - Ele aponta para Axel e emenda outra. - Óbvio que não dá para competir com o que a Olena serve lá, mas Axel aqui tem acesso direto e consegue algumas coisas muito boas.

    Ele olhava para Samantha e para Chloe. - Eles não querem é que a gente deixe vocês impressionadas... falei da música, não, né? Nem vou. - Ele queria mais era se divertir do que entreter os outros e brincar um pouco com aquela conversa ali. - Só não quero que isso aqui seja uma entrevista de emprego e nem sem quem tem que contratar quem. Enfim, não se enganem. A nossa natureza não dá para descrever e, na boa, a de vocês também não. Mas não é sempre um terror e, quando é, às vezes a gente tá do lado certo.

    Ele se apoiou na areia com os braços esticados para trás e ficou olhando para a noite de Dover.



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    Mensagem por Ankou Qua Jan 27, 2021 5:56 pm








    Connor mantém silêncio enquanto Shaw faz a propaganda, mas dá pra ver um sorriso brotar no rosto dele, sob muitos aspectos e ponto de vista aquilo era verdade, mesmo que ele só estivesse falando das partes boas. - Vou chamar todo mundo e fazer um churras, to devendo pros Uivadores. - e o sorriso continua lá.

    Quando Sam se retira de perto do pessoal ele revira os olhos por um instante, e respira fundo, parecendo estranhamente satisfeito com aquilo. Ele dá uma mola e cai de pé, era quase inacreditável que alguém com um corpo tão grande fosse capaz de fazer aquilo, dava pra sentir a pedra tremer conforme o peso dele se assentava sobre ela.

    Ele olha pra Shaw e Axel como se falasse que tava no controle, passava por Chloe e deslisava a mão sobre o tampo da cabeça dela, mas não fala nada, ele puxa mais as calças pra cima e se aproxima de Sam, enfiando o pé na água gelada na parte um pouco mais funda, ficando logo atrás dela.

    - É às vezes eu sou muito franco, talvez mais do que deveria… Nós somos soldados que na maior parte do tempo só ficamos felizes ou anestesiados da realiadade quando a gente tá, correndo, transando, comendo ou matando. Shaw falou que cada um na alcateia tem seu papel e isso é verdade, o de vocês é impedir que a gente seja só e puramente guiados por esses instintos. - o tom é apaziguador, uma mão corre sobre o ombro de Sam, mas a verdade é que elas alcançam quase metade das costas, o toque inacreditavelmente leve e delicado como se ela fosse feita de vidro.

    Ele segura ela por um instante e a força virar pra ele, o olhar dele transmite carinho verdadeiro, as mãos afagam os dois ombros agora – Ninguém nasce preparado pra essas coisas, pra lei muito menos, pra cumprir ela contra gente querida menos ainda, a gente faz por que é o certo, mas ninguém tem prazer nisso, nem eu, nem a Anne, nem o Franco nos dias mais alucinados dele. Nós somos todos soldados condecorados com medalhas de dor… - Ele fecha os olhos por um instante como de alguém que tivesse lembranças terríveis, mas a voz dele se enche de compreensão – Eu já estive aí na sua pele, sem saber pra onde ir, com um monte de gente estranha em volta de mim, gente estranha que eu confiei a vida toda. Você é nova, grávida, isso já seria desesperador pra maioria das meninas que eu conheço. - Ele tira uma mecha de cabelo da frente do resto dela e faz um carinho na cabeça.

    - Eu só quero dizer que você nem a Chloe precisam passar por isso sozinhas, eles sabem que eu não iria permitir essa bosta, não iria permitir nem que você passasse perrengue com o bebê… - ele respira fundo e se descola dela, as mãos vão pro bolso da jaqueta, ele sabia que tinha dado muita coisa pra ela refletir – Quer ir até o píer? - ele olha em direção ao lugar, a voz cheia de paixão tinha agora um tom ameno e convidativo.

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