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    Baía de Cornwall

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    Mensagem por Bastet Sex Out 01, 2021 12:28 pm



    Samantha
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    Sam desceu da moto de Anne, um tanto nervosa. Finalmente tinha conseguido contato com Connor, após o novo sumiço dele. Não entendia o homem... Mas, bem ou mal, achava justo contar pra ele sobre a certeza e a dúvida em sua mente. – Eu peço ele pra me acompanhar até a fronteira do território, não se preocupa – falou com a mulher, dando um beijo nela e se despedindo.

    Tinha chegado um pouco adiantada, tirou o tênis pra pisar na areia e foi andando até o píer onde tinham conversado no dia que foram apresentados. Se sentou lá, balançando os pés no ar, pensando. Não tinha certeza o que pensar sobre Connor... Confiava nele, sabia que não faria mal nem a ela nem a alcateia... Mas ele sempre sumia nos momentos que estavam precisando mais.

    Será que ele sumiria ao saber que possivelmente teria um filho da sua meio irmã?

    Olhava sempre em volta, preocupada. Buscou o exame na mochila, já estava todo amassado, de tanto que ela pegava nele, lendo de novo, procurando um indício que ele estava errado.

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    Mensagem por Ankou Sex Out 01, 2021 5:17 pm

    Ele está em cima da laje do bar quando Anne e Sam param abaixo perto da praia, mas parecia só a porra de um vira-lata que ninguém dava a mínima.

    Quando ele chega perto de Sam ela sentada na beirada do píer ele está só há alguns passos dela, tinha se acostumado a se movimentar daquela maneira, então ele volta até o início do píer tentando ser um pouco mais civilizado. - Ossuda. - o apelido que só ele usava.

    Dava pra saber que era ele pelo tamanho e a voz, ainda que essa estivesse rouca, levemente estranha, fora de tom e falhando, como se fosse alguém que tivesse acabado de acordar.

    Ele se aproxima e entra debaixo da única luz no final do píer, estava descalço, a barba parecia com a que ele usava assim que eles se conheceram naquela praia, mas ainda menor, os cabelos desgrenhados e cumpridos, embaraçados até, sem camisa só vestia uma calça jeans, velha e rasgada, mas a etiqueta ainda estava inteira mesmo que puída, parecia e talvez fosse a mesma que ele usava no último encontro deles pós a reunião do protetorado quase meio ano atrás, a única coisa que parecia intacta e minimamente bem cuidada eram as unhas.

    Ele chega perto dela e se agacha, mas não senta, fica de costas por mar, o olhar com escrutínio pro resto da praia, em todos os cantos menos em Sam.
    Connor Mcleary
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    Mensagem por Bastet Sex Out 01, 2021 7:59 pm



    Samantha
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    Sam ouve a voz dele, mas não reconhece a aparência de primeira. Precisou forçar a vista pra perceber que era ele. – Ai meu deus, Connor... O que foi que aconteceu? – começou a se levantar, mas ele chegou primeiro, se agachando ao seu lado.

    - Onde você estava? Está machucado? – não conseguia ver machucados, recolheu os pés, ajoelhando na frente do homem e sentando nos calcanhares, os olhos ainda procurando ferimentos... Ou motivos para ele estar daquela forma.  Quando não encontrou, suspirou – Puta que pariu...Você sumiu por meses pra virar hippie? No meio de uma guerra? – os olhos não eram acusatórios, mas sim tristes.

    Aguardou ele responder, ficando calada depois por tempo demais. A expressão variando, agora, entre raiva e confusão.

    - Eu tenho tanta coisa pra te falar... Não sei nem por onde começar. Tentei antes... Realmente tentei, mas você não atendia... Não é assunto pra mensagem. Porra... Sua mãe vai me matar por isso... E você não atendia a porra do telefone. Dá pra olhar pra mim? Se tivesse algum puro aqui já teria comido meu rabo e o seu.

    Empurrou o papel amassado contra o peito dele.

    - Eu busquei tanto por isso... Tinha de ser você? O cara que transei assim que cheguei na cidade... porra...

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    Mensagem por Ankou Sex Out 01, 2021 8:45 pm

    No momento seguinte eram olhos azuis que estavam no rosto, tão inumanos quanto podiam ser, assim como os olhos amarelos da outra vez, dava pra saber que agora ele olhava pro outro lado, as respostas vinham meio que no automático. - Nada. - ele responde como se estivesse tudo perfeitamente bem ou como se tivesse se acostumado a situação em que estava.

    O primeiro e minúsculo toque faz ele rosnar, a coloração dos olhos voltarem ao normal, ele a encara com olhos selvagens, um olhar que ela já havia visto centena de vezes impossível habitar um humano, mas tão comum em cachorros arredios ou lobos, como se ele fosse quase incapaz de reconhecê-la, um aviso instintivo pra ela manter distância. Ele retorce o pescoço e dá pra escutar as vértebras estalando, ele pigarreia em seguida. - Desculpa, mas já disse que tá tudo bem. - a aquele ponto era estranho, ele parecia até mesmo se esforçar pra falar como se a voz estivesse se habituando de volta.

    Dá pra ver o olhar confuso no rosto dele conforme ela vomita palavras, a única coisa que entendeu foram os puros, realmente não havia nenhum ali, o hisil parecia mais escuro e tenebroso do que normalmente estaria, mas aquilo já era normal pros últimos tempos.

    Ele segura o papel quando ela empurra sobre o peito dele e abre e desamassa o que pode pra ver do que se tratava, ele não diz nada por algum tempo, que chega a ser constrangedor, ele redobra o papel e estende de volta pra Sam. - Então minha mãe mentiu, todos nós somos mentirosos Sam, o povo é todo família, até os puros… - ele finalmente parece relaxar e se senta recostando-se em uma ripa que fazia a guarda do pier.

    - Mas definitivamente isso é a lua me ensinando uma lição nova, os esotéricos chamam de karma eu acho ou são os monges, não lembro. - aquilo parecia um problema tão pequeno que era na melhor das hipóteses um incômodo pequeno.

    A mão grande vai lenta e devagar em direção ao rosto de Sam, ele ajeita o cabelo dela o próprio olhar dele parece mais manso - Eu não sou humano Sam, isso pro que você tá olhando é só um disfarce, uma casca útil pra caçar, caçar sem ser percebido, mas você também não é, então quem disse que a gente tem que jogar pelas regras deles? - ele faz um carinho no rosto dela e a mão tem cheiro de cachorro, um cheiro inconfundível pra Sam.

    - Desculpa Sam, mas eu não me arrependo de nada, no máximo da gente não ter tido tempo pra fazer direito invés de ter sido corrido na pedra. - a voz soa firme e honesta, nada pra duvidar vindo dele.
    Connor Mcleary
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    Mensagem por Bastet Sex Out 01, 2021 10:27 pm



    Samantha
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    Em um primeiro momento, Sam pensa que ele tá apenas desatento... Mas com o rosnado e os olhos selvagens ela apoia as mãos no chão pra se afastar um pouco... Não certa se aquela tinha sido uma boa ideia. Mesmo quando os olhos ficaram azuis, eles pareciam raivosos... Prestes a atacar. Socou o exame nele e se levantou, deixando uma distância entre os dois.

    - Nós sermos irmãos é karma? – negou com a cabeça, parando de olhar pra ele e olhando pro mar. Desviaria do carinho – Isso foi um erro... Vir aqui hoje. Não me arrependo de ter dormido contigo, nem de ter aceito entrar pra alcateia. Mas de vir aqui hoje, com certeza.

    Ele não parecia querer ouvir nem a história do pai biológico. Por que iria querer saber do filho? Tirou o telefone do bolso, procurando o contato de Axel pra não voltar sozinha pra casa. – O dia que você voltar a se importar, a gente conversa. Não quero um lobo perto dos meus filhos. Eu queria um amigo – e um pai, pensou. Começou  a andar na direção oposta dele.

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    Mensagem por Ankou Sáb Out 02, 2021 12:12 am

    Connor sorri, o mesmo sorriso branco que ficava terrivelmente assustador com aquele monte de barba e que era tão bonito sem ela - Não é nada disso, para de apressar as coisas. - ele respira fundo e pigarreia de novo, uma cuspida pra dentro do mar em seguida - A razão pelos quais os uratha Mcleary casam dentro da família, é prático, gera crianças perfeitas, levou muito tempo pra eu entender isso, eu tive que apanhar pra aprender isso, mas era algo que eu abominava, e eu gostava de sacanear Brendan, por que o vô queria que ele casasse com uma prima, e nem fodendo que ele vai desobedecer o último desejo do velho, ele só tá protelando… Viu? Karma, batendo direto na minha bunda. lição aprendida. - ele não parece brincar com aquilo, mas tampouco parece triste.

    Ele não se levanta - Eu nunca deixei de me importar, se eu tivesse eu tinha ficado em Londres. - essa era a hora que ele normalmente explodiria, mas ele continuava calmo com aquele ar de que sempre sabia mais do que dizia, e por outro lado sempre parecia esconder alguma coisa. - Ele morreu dentro de um fosso no deserto espiritual, ele comeu o próprio braço o quanto pode, durou semanas, minha mãe ficou com ele todos os dias, ela odeia a Amy até hoje por isso. - ele se encolhe e abraça as próprias pernas - Eu conheço a sensação, de querer comer a própria carne… - o final é amargo como não poderia ser diferente, mas soa como uma ferida que ele nunca teve.

    Ele estende a mão em direção a barriga dela e engole seco - Posso tocar? Por favor? - a voz sai meio embargada e sem jeito, a mandíbula se dilata por que ele pressiona os próprios dentes, um dos olhos faz alguns movimentos erráticos, mas ele parece no lugar.
    Connor Mcleary
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    Mensagem por Bastet Sáb Out 02, 2021 1:14 am



    Samantha
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    Samantha para de andar e ouve sem olhar pra ele, a princípio, erguendo a sobrancelha quando ele falou de “filhos perfeitos” dentro da família. Voltou a olhar para o uratha, como se o analisasse. Ele parecia diferente, era difícil saber se aquele era um sorriso de brincadeira ou um agrado apenas. – E agora o que você acha disso? da sua “tradição familiar”? – perguntou, a cara ainda amarrada, mas não parecia que sairia correndo mais.  

    Connor só conseguiu a atenção total de Sam quando ele começou a falar sobre Adam. A mulher guardou o celular no bolso, com uma mensagem digitada pela metade e sem enviar, e se virou pra ele. Ela parecia confusa. – Então você sabia? Como...? Eu achei que só Ash e... – não sabia se devia contar, não queria levar confusão pra Amy – Pensei que sua mãe mantinha isso em segredo. – quando ele fala de Amy ela assente – Eu sei. Fiz minha lição de casa. Espero que o Karma da minha família não seja esse. – soltou uma risada inapropriada – Porra, você se meteu nas duas famílias com Karmas mais complicados da cidade. Não é atoa que tá todo esquisito – suspirou, apenas olhando pra ele quando falou do gosto da carne – Isso parou, não é? Axel não tá mais com aquele treco na cabeça dele... Você...?


    Querendo mudar de assunto, falou – Eu tenho fotos. Você quer ver? Do Adam... – não tinha compartilhado aquilo com ninguém além de Anne e Amy. Era estranho. Sam tocou em um pingente que usava na frente de uma Tag conhecida por Connor. Algo pequeno, branco e pontudo...Eternizado em uma resina transparente ovalada. Se ele prestasse atenção, veria que era um canino.

    ---

    Quando ele pergunta se podia tocar a barriga dela, a Sangue de Lobo hesita. Parece analisar ele, se não tinha aquele olhar maluco de novo... Quando percebe que não, volta a se aproximar dele. Não se abaixa, se ele se ajoelhasse provavelmente ficaria na altura da barriga dela. – Pode... Mas quero que faça uma coisa antes.  – pega o rosto dele e coloca com uma das orelhas viradas na barriga. – Ouve... – dois corações. Um mais forte, agitado, o bebê parecia se mexer na barriga contra a pele. O outro menor, mais calmo... Mais fraco.  O bebê quietinho em seu espaço. – Antes da noite que eu entrei na alcateia... eu tava grávida só de uma criança... – falou baixo, tocando de leve o cabelo todo bagunçado dele.

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    Mensagem por Ankou Sáb Out 02, 2021 2:32 am

    - Esperta, prática, pragmática. - ele responde a pergunta dela sem rodeios, era libertador se desfazer daqueles preconceitos, definitivamente não funcionava pra ele, pelo menos não com as primas que foram praticamente criadas junto dele, nenhuma atração por Line ou Kandice, definitivamente nenhuma.

    - Não, ela contou a história quando eu e Shaw fomos atrás de saber o que tinha acontecido com a mãe dele, talvez ela tenha omitido um detalhe ou outro, tipo ele ser meu pai biológico e… - a voz subia pra um tom piadista como era de se esperar ele defletindo as coisas com humor, mas ele não termina - Eu não sabia, mas ninguém fica assim até o fim se não for alguém muito importante, isso explica um monte de coisa. A provocação do Asa Negra, o rancor pela Amy, o desespero quando eu era um Caça nas Trevas… - ele parecia poder continuar dando motivos e razões, mas preferiu o silêncio.

    Quando ela oferece pra mostrar as fotos ele meneia a cabeça que sim, ele chega mais perto - Eu lembro dele, quando eu era criança, lembro do Stuarts, lembro de um monte de pessoas que eu não consigo ligar os nomes, rostos que eu não vejo mais por aí. - a voz cheia de tristeza, uma tristeza que Sam talvez não fosse capaz de compreender. - Mas não culpe o cara, ele tava numa missão, numa missão sagrada, eu sei que você não entende isso, espero que nunca venha a entender na real. - o desejo verdadeiro, ele vira o rosto sentindo todo o peso daquilo, só pra então em seguida ver o canino e a dog tag que havia dado pra Sam - Anda com isso escondido, não é seguro. - nenhuma repreensão, mas o tom era de aviso, ele toma tanto o canino quanto a dog tag em mãos e solta por dentro da camisa dela.

    --

    Encostar a cabeça dele contra a barriga dela faz o corpo dele todo tremer, a coloração vermelha da pele e a temperatura como se ficasse febril, ele parece incapaz de responder as palavras dela, ele segura uma tábua do píer com uma mão dá pra sentir a coisa tremer pelos pés a outra mão fica sobre a lateral da barriga de Samantha, tão leve que quase não dá pra sentir, as lágrimas começam a verter, incontroláveis, toda a situação da própria vida agora doía tanto, a solidão mais ainda, logo dá pra ouvir barulho dos dedos entrando na madeira são seguidos por um barulho maior ainda de um naco da mesma saindo na mão, até que finalmente tudo para, a mão do chão se solta e dela cai madeira esmigalhada, tudo que sobra é o gigante chorando de soluçar abraçado na barriga de Samantha, a cor dele parece normal, o corpo não treme mais, os dedos sangrando e cheio de farpas são visivelmente empurradas pra fora pela própria carne.

    Ele se levanta e olha pra Sam, uma linha molhada no rosto, os olhos vermelhos meio arregalados, mas que parecem cheios de propósito renovado, uma mão não descola momento nenhum da barriga dela, a outra ele limpa o sangue na calça e toma o rosto dela com carinho - Se você não liga da gente ter transado e sabe que eu daria minha vida por essas crianças o que muda entre nós? Só a verdade? - ele parece confuso tanto quanto deveria estar, mas alguma coisa desde que ela havia tocado a barriga dela na cabeça tinha mudado, as lágrimas se secando faziam o olhar dele parecer mais lúcido.
    Connor Mcleary
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    Mensagem por Bastet Sáb Out 02, 2021 8:05 pm



    Samantha
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    - E bizarra... – Sam completou, sobre a tradição familiar dos Mcleary.

    ---

    - Ela deve amar muito seu pai. E sabe que você também. Uma história do passado é só... Passado. Não esquece disso... Desculpa por trazer essa verdade assim, do nada  - não era a intenção da Sangue de Lobo desestruturar a família de Connor, mas não achava justo manter aquilo em segredo. Justo pra quem? Talvez mais pra Samantha que pra qualquer outra pessoa.

    - Provocação do Asa Negra? ? – perguntou, já pegando as fotos que ele assentiu em querer ver. Tinha algumas, ela foi passando pra Connor. Primeiro as fotos da mãe e do Pai – Aria e Adam. Essa é minha mãe... Morreu no mesmo ataque que pegaram o meu pai. Nosso... – suspirou – Sabe o que é curioso? Eu fui pedir ajuda pra sua mãe, o Stuarts me levou lá... Ela parece não ter levado mais de meio minuto pra entender quem eu era. Não me disse, mas deu pra ver, sabe? Devo lembrar ela dos fantasmas que ficaram pra trás... – Mostrou uma foto na praia com muita gente junta e sorridente. Incluindo a mãe dele, Stuarts, a mãe de Shaw, atiçador e crianças que talvez fossem lobos adultos agora . – Eu não sei por que guardei essa. Mas todo mundo parecia tão feliz... Mesmo antes dessa guerra, eu não vi as pessoas tão alegres assim – desviou o olhar pro mar – Tinha uma do Stuarts... Mas essa eu deixei com a Anne. Eu te invejo um pouco de ter conhecido o Adam... Mesmo que pouco. Quando comecei a procurar, ainda tinha esperanças de ter alguém vivo... Só tenho você e meu avô... Ele... esteve aqui, mas não sei o que pensar exatamente. Vou encontrar ele quando o inverno começar. E você.. bem, eu já te vi sem roupa... Mais que isso – deu uma risada envergonhada.

    Não impediu ele de guardar a tag e o canino, assentindo.

    ---

    Samantha não entende bem o que tá acontecendo com Connor, quando ele encosta a cabeça em sua barriga. Ela ficou muito parada, a mão descendo pro ombro dele, tentando afastar... Ele parecia que ia explodir a qualquer momento. Quando ouviu a madeira quebrando, de fato, deu um passo pra trás. – Connor? – olhou em volta. Devia correr?

    E então ele volta ao normal. “Normal”, parecia que a barriga dela tinha sido uma droga da boa, deixando ele chapado. Suado, olhos vermelhos e cara de doido... Definitivamente. – O que foi isso? – perguntou, percebendo os olhos mareados dele. Deixou o lobo a tocar e suspirou – Não foi isso que eu disse... Eu disse que não me arrependo... Não que isso é normal. Você é meu irmão, Connor... E eu posso tá esperando um filho seu. Você entendeu isso? Vocês lobos sempre dizendo que não tem problema... Que vai nascer perfeito. Parece que somos animais... – olhou pra ele – Mas... Eu não vou fazer o exame, se você for sumir de novo... Seja por qual motivo for. Isso tudo já tá me deixando doida... Não posso lidar com um pai sumido também...


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    Mensagem por Ankou Sáb Out 02, 2021 10:24 pm

    - Pra quem vê de fora é, mas às vezes a gente só não quer vestir máscara nenhuma e honrar o juramento é nosso dever por que a gente precisa preparar a próxima geração pra tomar nosso lugar. Isso não tem nada haver com amor Sam, só dever. - nem tem animação ou orgulho nenhum na voz.

    --

    - Você tá remoendo isso há meses, tá tudo bem. Não acho que ela tenha sacaneado meu pai. - ele diz mais tentando acreditar nas próprias palavras do que qualquer outra coisa, na verdade não queria causar problemas com o casamento dos pais se fosse o caso.

    - Asa Negra, grande, lembra um gárgula, olhos vermelhos, vive em volta dos Uivadores, e pau no cu! - as palavras tinham um tom amargo, algum rancor - Ele não foi o primeiro a me confundir, isso acontece até hoje de verdade, talvez a minha cor tenha haver com isso, não sei, ele disse que eu tinha derramado sangue na porta do lobo vermelho, ele achou que eu fosse o mesmo uratha que tinha tentado matar o Sebastian, eu acho… Não dá pra entender espíritos, nem tenta, mas eles veem coisas que a gente não, ou de forma diferente. - ele dá de ombros como se aquilo não fosse importante mais.

    Ele não faz muitos outros comentários sobre as fotos. - Ela é paranóica Sam e uma Sombra Descarnada, eles vivem pra esconder esqueletos velhos em armários empoeirados, cheios de verdades pela metade, ela fez isso comigo a vida toda, você acaba se acostumando. Acho que ela nem faz por mal, só faz. - Tinha uma ponta de desaprovação nas palavras assim como conformismo.

    Ele olha com mais atenção a foto antiga com todo mundo feliz - Tudo muito antes das coisas acontecerem, ela tinha menos preocupações. - ele presta atenção conforme as pessoas são apresentadas, pelo menos as que não conhecia, incluindo Sortuda que só conhecia de nome.

    - Viu e gostou. - ele brinca se parecendo mais com ele mesmo, mas a alegria escorre rápido do semblante - Ele é bom irmão, Voz da Sombra - dizer o nome do velho na língua humana soava estranho, sempre soava estranho - Eu tenho certeza que ele sabia que ia dar merda comigo muito antes de dar, mas acho que ele me permitiu ser um dele porque ele sabia que era necessário pra minha jornada, pra tudo acabar. E eu não to falando disso por que ele sonha com a lua, mas por experiência mesmo. - ele sorri e parece nostálgico - a primeira merda que eu fiz foi questionar todos eles, a porra da tribo inteira, se eu fosse ele tinha me mandado embora, mas ele nem fez. - ele meneia em negativo como se fosse um erro do passado, mas não tinha vergonha nenhuma daquilo, pelo contrário, parecia até um pouco orgulhoso como se tivesse feito algo bom.

    --

    Ele não responde e termina abraçado nela, dá pra sentir o peso do corpo e a força dele, ainda que não seja o bastante pra machucar nada. Ele se afasta de leve quando ela começa a retrucar sua pergunta. - Nós somos animais Sam, eu mais do que você com certeza. - aquilo não podia estar mais longe da verdade, mas ele precisava falar em uma língua que ela pudesse entender.

    Ele respira fundo - Eu não to indo a lugar nenhum Sam, pode falar com o Axel que o momento tá próximo, é hora de voltar pra casa, eu só preciso de mais uma semana, talvez uma semana e meia. - o olhar parecia em chamas, com uma certa alegria.
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    Mensagem por Bastet Dom Out 03, 2021 3:01 am



    Samantha
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    - Vale a pena viver sem amor? Só ser prático e popular o mundo? – a pergunta era sincera, ela não gostava de pensar que ele acreditava realmente naquilo.

    ---

    Samantha ficou aliviada quando ele disse que não culpava a mãe. Logo assentiu sobre a aparência do tal Asa Negra – Na verdade, se você levar em conta tudo que rolou, pode fazer sentido. Apesar de você ter a cara de bebê da Ash quando não tá com essa barba horrível – puxa uns fios com a ponta dos dedos – Por dentro a gente deve carregar marcas que só eles enxergam. Não sei se isso é muito maneiro ou assustador pra caralho...

    Sobre a paranoia da mãe, Sam deu de ombros – Ela nem me conhecia. Não acho que tava errada em não sair falando de um cara que curtiu no passado e viu morrer. O que eu quis dizer é que eu nunca ouvi um “nossa, você é parecida com seu pai” ou algo assim, isso foi o mais próximo. Depois de cavar essa história eu percebi o porquê da atitude dela. – deixou ele pegar a foto das pessoas na praia – Será que um dia a gente vai ter uma foto sem preocupações assim? Ou as crianças vão se lembrar só da guerra que as alcateias de Dover tiveram de enfrentar? – suspirou.

    ---

    Ela faz uma careta negando sobre ver e gostar, mas não falava sério. – Ele disse que sonhou sobre mim. Por isso vou ver ele no inverno... Tenho até medo se ele sabia dessas coisas que aconteceram contigo – encolheu os ombros.

    ---

    Sam aceita o abraço, ainda sem entender. Segura firme o corpo de Connor, que parecia precisar disso. Não parece satisfeita com a resposta dele – Se somos animais por que você se importa? A vida não seria só comer, foder, cagar e se reproduzir? – os olhos estavam duros nos dele – Eu posso não entender isso que faz vocês diferentes... Mas animais pra mim são aqueles filhos da puta que prendem gente em celeiros e fazem tudo de ruim. Você já me disse que a gente equilibra vocês... Que merda você tá esperando pra voltar? – empurra o peito dele com força e raiva... Que provavelmente nem abalaria o uratha.

    Ela bufa quando ele diz que tá prestes a voltar, cruzando o braço, sem acreditar.

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    Mensagem por Ankou Dom Out 03, 2021 4:22 am

    - Amor às vezes nasce, muitas vezes ele acontece, mas tem gente que nem quer, pra alguns ele é um problema, pra mim ele sempre vale apena, se eu não achasse isso a primeira coisa que eu tinha feito era ter me juntado aos Bastardos Gelados, como meu avô e mesmo assim ele foi um uratha que amava. Mas levou um tempo pra eu aprender isso. - podia até parecer um sábio proferindo aquelas palavras, mas parecia no máximo um mendigo, a coisa toda parecia ter sido aprendida a duras penas e ele não fazia questão de esconder isso.

    -=-

    - Definitivamente você não tá falando com o fã número um dele, é como se o desgraçado se alimentasse de tudo que é ruim nos Uivadores, fúria Sam, ele é pura fúria. - ele sabia que ela não compreenderia aquilo, mas ele disse mesmo assim.

    - Menos preocupações quer dizer só menos preocupações, essa foto é uma ilusão, um momento bom e bonito no meio de um mar de merda, foi por isso que eu decidi pegar pra mim tudo que é bom, tudo que importa porque o resto é resto. Eu carreguei o mundos nas costas Sam, e quase morri por isso, não vou cometer o mesmo erro. - ele estende de volta a foto pra ela, uma alegoria que talvez ela precisasse mais do que ele.

    -=-

    Connor ri, ri mais ainda quando ela se enfeza - Saudades de cagar no vaso. - e ri mais um pouco. - Você é muito esperta pra eu te passar a perna… - não dá pra saber se é uma pergunta ou uma constatação - Essa é a parte boa da coisa toda. - ele olha pra trás no momento seguinte - Eu disse e é verdade, só o píer se fodeu nessa. - ele diz olhando pro naco de madeira arrancado da ripa logo ao lado. Os dedos dele também tinham se fodido, mas nem os cortes ou as farpas estavam mais lá.

    No fim ele não tinha como escapar daquela pergunta, ela descobriria, era uma questão de tempo - Meu bebê, Sam. - ele fica calado por um tempo - Toda essa beleza aqui porque eu fiz uma escolha ruim e agora eu tenho que pagar minha conta. - ele diz apontando pra ele mesmo - E eu nem sei o que fazer, eu quero conversar com a minha mãe pra ter certeza o que é melhor… Emillie… Ela mostrou o que ela tem de pior pra mim Sam e eu nunca achei que ela fosse capaz de ser tão baixa. Ela quer ser independente, como se os perigos nunca fosse chegar nela, eles nunca chegaram, porque eu nunca deixei, porque ela tem uma criança minha nela, tudo isso por que ela teima em se afastar do povo. Então eu fui descobrindo jeitos de passar despercebido. - ele sorri, como se aquele transtorno todo há minutos atrás tivessem passado há muito tempo - Eu devia ir pra marina. - ele aponta com a cabeça - Tem um monte de barco sem gente dentro com uma cama quentinha, um vaso, um chuveiro, mas eu nem posso. - ele respira como se tivesse com a paciência no limite, os olhos revirando.
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    Mensagem por Bastet Dom Out 03, 2021 10:40 pm



    Samantha
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    - Você é tão difícil de entender – ela suspirou, mas não disse o porquê – Bastardos Gelados? Esses eu não conheço – claramente estava pensando que era outra alcateia, não fazia ideia das picuinhas entre as tribos.

    ---

    - Bom, se ele se alimenta do que é ruim, sobra boa parte das coisas boas, não? Por que isso seria ruim? – não entendia, apesar de entender que a relação com o Caminhante era parecida... Comer o medo não era exatamente a melhor coisa quando se precisa ter medo pra não fazer mais merda que o de costume.

    Pegou a foto, olhando ela novamente antes de guardar todas na mochila. – Concordo, são esses momentos que importam... Mas não posso acreditar que vai ser sempre assim... uma merda de vida com medo e morte pra todo lado.

    ---

    O rosto de Sam fica vermelho quando ele brinca com a coisa do banheiro, irritada demais pra falar algo.  Nem consegue reparar no elogio que recebeu dele. Só parou com o comportamento genioso quando ele falou do bebê. Percebeu que ali era sério... E que alguma merda tinha acontecido.

    - Seu bebê? A Emillie tá bem? Ela deve tá quase ganhando, né? – sabia que a outra estava com um mês a mais que ela, mais ou menos... Ia perguntar mais coisa, mas ficou calada pra ouvir. – Você partir deixou ela no limite, Connor... Nem o Shaw ela deixava se aproximar pra ajudar... Mas eu não sabia que ela tava desprotegida assim.  – suspirou – Sua mãe provavelmente vai saber te aconselhar melhor. Mas você não tá sozinho, lembra disso. Nem agora, nem quando a criança nascer. Não sei o porquê que você decidiu fazer isso que você tá fazendo sozinho, mas eu to aqui para o que você precisar. – faz ele olhar pra ela, parecia séria nisso – o resto do pessoal também... Apesar de eles precisarem de motivos pra lembrar disso.

    Quando ele olhou para a marina, ela procurou alguma coisa na bolsa e tirou uma chave do chaveiro, colocando na mão dele – É a chave da minha sala no canil.  Tem uma poltrona e um banheiro... deixa a chave debaixo do tapete, quando sair... E não deixa meu banheiro cagado, por favor. Mas toma cuidado com as coisas, tá? Eles fazem um trabalho que ajuda muita gente lá – sorriu, preocupada -   Cala a boca e aceita – falou, quando ele começou a negar. Explicou os locais que tinham câmeras, que não eram muitas, e pra ele evitar a sala onde os cães ficavam.

    Depois que terminou de falar, algo estalou na sua mente.

    - Que cheiro de cachorro é esse? – cheirou ele, pra certificar – Como você tá passando despercebido esse tempo todo?

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    Mensagem por Ankou Dom Out 03, 2021 11:33 pm

    - Não somos todos? - ele retruca com a pergunta retórica logo antes de abrir um sorriso quando as palavras sobres os Iminir saem da boca dela. - Senhores da Tempestade, mas não sou eu que vou chamar eles de senhores de qualquer merda, muito menos de Herdeiros de Urfarah, putos arrogantes do caralho. - não que ele não tivesse sua cota, o cara era chamado de Rei Vermelho, mas nem era culpa dele. Falar o nome do Pai Lobo na língua humana ainda soava pior ainda que o resto, quase um desrespeito, mas nem sabia outra forma qual os sangue do lobo ouviriam dizer dele.

    --

    - Porque tornam eles incapazes de lidarem com decisões merdas, e todo mundo tem que tomar decisões merdas, pelo visto isso sempre sobrava pra Amy. E agora? Ninguém aqui tá falando que eles não são bons, eles são bons pra caralho, horríveis em forçar a mão também, metade do que o Rich faz é pra manter o protetorado de pé, ainda que eu acho que agora ele nem precise mais, a outra metade é o totem e outras coisas que eu não consigo ver. - nem podia imaginar quantos segredos eles guardavam, mas também parecia não se importar muito com eles, ele fala daquilo tudo com uma certa leveza no final de contas.

    No fim ele não se pronuncia mais sobre a foto, mas assente com a cabeça que sim concordando com ela.

    --

    - Ah tá sim, até pouco tempo atrás ela tava dando pra metade do bairro - ele diz aquilo parecendo inalterado - Se o filho for meu e ela não pegou gonorreia ou AIDS nesse meio tempo pra passar pro bebê eu to feliz. - agora sim ele parecia indignado, mas não pareciam haver feridas ali, não ainda. - A alcateia tava em frangalhos Sam, nunca teve condição de cuidar do assunto e mesmo que tivesse, a conta é minha não da alcateia, e eu não voltei ainda por que não conseguiria honrar com os compromissos da alcateia de qualquer forma, mas eu e Axel estamos conversados há meses. - ele parecia plácido sobre aquilo, até levemente orgulhoso de ter passado por quase todo o perrengue.

    No momento seguinte ele pega a chave em mãos um pouco surpreso, ele sorri e se aproxima, talvez mais do que deveria, ele não diz nada e a abraça quando ela se aproxima demais pra cheirar ele, um beijo no pescoço, mais do que fraterno, em seguida um beijo roubado dos lábios, furioso num primeiro instante e o quão carinhoso ela deixasse ser logo depois, ele sabia que era questão de tempo até ela se desvencilhar com todas as dúvidas que aquilo causaria, ou até desgosto, mas a chave volta pro bolso de trás da calça dela num movimento que dava pra jurar que era uma mão boba, ele nem era bom nisso na verdade, as mãos grandes demais e pouca destreza manual nesse aspecto, no momento seguinte ele parece correr das intempéries de Sam ou pelo menos era o que ele esperava dela, mas ainda mantinha um olhar mais provocador do que de desejo, agora na frente dela ele era um boxer mestiço, o cachorro enorme, dava pra jurar que ela tinha visto um assim no canil meses atrás, talvez fosse o mesmo tipo que o dono havia se queixado que tinha fugido de casa e nunca mais tinha sido encontrado, mas os olhos? Os olhos não, eram pouco redondos pra ser de um Boxer, com a experiência dela com esses exatos animais era fácil dizer que pareciam olhos de lobo, talvez fosse até mestiço com um deles.

    Pra Connor a forma de cachorro após a breve excitação era pior, os sentidos apurados, os cheiros de Sam mais perto do nariz do que quando eles estava colado nela, mas não tinha roupa nenhuma pra esconder as partes, ele segue na frente no entanto, indo até a parte próxima da calçada.
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    Mensagem por Bastet Qua Out 06, 2021 3:56 pm



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    - Entendi – disse quando ele explicou sobre os Senhores da tempestade e do totem dos uivadores – Essa relação com os espíritos parece complicada. Tem alguma que não traz um malefício em contrapartida às vantagens? – talvez fosse até uma pergunta retórica. Sam se interessava naquelas coisas que ela podia ver... Mas isso estava longe de ser um entendimento básico daquilo.

    ---

    Samantha suspirou – Quando a criança nascer, deixa a Chloe examinar ela. Com crianças ela é realmente muito cuidadosa, tenho certeza que vai cuidar pessoalmente do seu bebê... – sentia pena de Emillie, mas a mulher não tinha deixado ninguém se aproximar pra ajudar. Duvidava que tentar isso agora fosse ajudar – Você subestima a gente, Connor. Desde quando você partiu a primeira vez. O que a gente é, de fato, é especialista é lidar com merda em momento merda. Ninguém ia te deixar na mão, mesmo que a conta, no fim, seja sua. – deu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, em seguida – Fico feliz que tenham se resolvido. Eu senti sua falta, idiota – fez um beicinho e aceitou o abraço após dar a chave pra ele.

    Suspirou ao sentir ele enfiando a chave de volta no bolso... Ia até reclamar, mas logo sentiu o beijo no pescoço, ficando dura igual pedra, processando como reagir... e então o selinho. O corpo dela relaxa um instante e ela corresponde de forma saudosa... Mas não demora muito pra ela processar o quão problemático aquilo era. Ainda não era tão desprendida quanto Connor. Afastou ele, desviando o olhar, envergonhada. O conflito era tamanho, em sua cabeça, que nem conseguiu brigar. Quando olhou de novo, ele não tava mais lá e sim um cachorro.

    - Que... que porra é essa? – confusa era pouco. Se aproximou dele, incrédula. Estreitou os olhos – Eu me lembro de você... As filmagens lá do canil, um cachorro abrindo a geladeira na madruga. Filho da puta – fez carinho na orelha dele – Era só ter falado comigo... Não precisava disso – aquilo parecia a entristecer, imaginar como ele estava vivendo esse tempo todo.

    Sam não repara nas partes do cachorro, mas segue ele pelo caminho, até as fronteiras do território. Vai contando algumas coisas, num monólogo estranho. Como as coisas pareciam se ajeitar internamente, mesmo com a loucura que a cidade estava... Dos boatos sobre o Rei dos Puros... Do novo AP que tava prestes a alugar. Muito ele provavelmente já sabia, mas era estranho andar com um Connor Cachorro em silêncio.


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    Mensagem por Ankou Qua Out 06, 2021 5:43 pm

    - Com espíritos de sentimentos? Nah, sempre dá merda, e os outros nem sabem o que são essas coisas, as cortes dos sentimentos são o mais perto de qualquer coisa humana que vc vai achar do outro lado e isso nem é exatamente bom. - ele retruca de forma despretensiosa.

    --

    - Não sei nem se ela vai me deixar chegar perto da criança… Veremos. - ele parece bastante frustrado, mas verdadeiro, não parecia se importar em deixar Chloe fazer os exames médicos necessários.

    Ele não reage com a prensa dela falando sobre ele subestimar eles, na verdade a coisa era muito diferente daquilo, pelo menos pra ele, mas ele não quer retrucar definitivamente não.

    --

    Ele segue na frente o cachorro enorme de olhos intensos, ele entra em ruelas e becos que ninguém se lembrava ou quase ninguém, alguns ele evitava, dava pra ver um ou outro cara na frente ou no meio deles, alguns deles acompanhado de mulheres vestidas de maneira vulgar, outros becos tinham mendigos, boa parte deles dormindo, uma garrafa de scotch barato do lado do cara desacordado e logo tá entre os dentes dele, mas a maior parte dos becos é realmente vazia, úmido e escuro.

    Ele toma a forma humana logo a frente antes de sair do beco vazio, a caminhada não tinha durado mais do que 15 minutos.

    Ele vira um gole da garrafa e aquilo parece ter um efeito relaxante, Sam sabia que não ia causar efeito, Connor tinha certeza que causava menos do que antes, mas tinha algo relaxante no álcool mesmo assim.

    Ele dá um sorriso - Eu não sou o mesmo cachorro, não não, aquele carinha era realmente um cachorro, mas eu imitei ele, abrindo a geladeira era eu mesmo. - ele ri de forma divertida, mas fica sério logo em seguida. - Fome é uma merda Sam, mas esquece isso, você tá muito grávida, devia chamar um Uber, chega de andar.- Ele diz já apontando pra frente, uma casa bonitona, já estavam próximo demais da divisa.

    Ele espera ela chamar uma condução e se aproxima de novo, a voz baixa e o hálito com cheiro de bebida barata - Sam, a única coisa boa de ser do povo é que a gente é livre, a gente vive sob nossas próprias regras, uma merda eu não saber disso quando eu era Sangue do Lobo, talvez eu tivesse sido mais feliz, ou talvez eu estivesse morto - Ele ri de forma travessa - Não tem problema nenhum me beijar de volta. - Dá pra ver que ele é verdadeiro e está nitidamente tentando eximir ela de qualquer culpa - Se o bebê mais novo for meu mesmo, eu vou ficar feliz, feliz pra caralho, meu avô essas horas ia me dar charutos de presente e uma garrafa de um scotch bom, diferente dessa porcaria aqui. - ele balança a garrafa em mãos -  Desencana… Eu também não quero melar seja lá que tipo de relacionamento maluco você e Anne tenham, se ela tá de boa com tudo isso eu também tô. - Ele respira fundo e dá um beijo na testa dela junto de um carinho no rosto - Ela só deu sorte de te achar primeiro. - a voz carinhosa parece tomar uma ponta de urgência logo depois - Seu uber tá chegando. - ele fala logo assim que o carro vira a esquina na rua silenciosa e deserta, apontando com o dedão pras costas dele e sai correndo pra dentro do beco, só dá pra ver o cachorro dobrando a saída na outra ponta iluminada.
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    Mensagem por Bastet Sáb Out 09, 2021 5:02 pm



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    Enquanto andavam, Sam resolveu falar, já que ele não podia responder – Eu sei que você não quer ouvir isso. Que tá puto por ela tá colocando seu bebê em risco, de não ter te esperado, de ter se afastado do Povo. Mas você sabe como e ficar sozinho, eu também sei. Tenho certeza que é bem pior pra vocês, só que a dor e os problemas de vocês não anulam os nossos. Emillie tá fazendo merda sim, mas se você visse ela quando você partiu... A pose, o sorriso... E o medo nos olhos... Culpou todos da alcateia, provavelmente do protetorado. Mais sozinha. Sem ninguém de apoio e um bebê aparentemente sem pai na barriga. Não seja tão duro pensando só no seu sacrifício. Ele foi sua escolha, Connor... Ela não essa opção . Sua criança não merece ter pais que se odeiem, já basta ela te odiando... O bebê não precisa sentir isso vindo de você – fez um carinho na cabeça dele, pegando a garrafa da sua boca e carregando para o cachorro.

    ---

    Quando ele vira homem de novo e conta sobre sua aventura no canil, ela suspirou, mas não insistiu sobre ele poder contar com eles. Homem teimoso da porra.

    Olhou pra ele quando falou sobre os dois. Assentiu – Eu entendo... Conversei muito com a Anne sobre isso... Sei que pra vocês essa parte “humana” muitas vezes é so bobeira... Mas pra mim não é. Você é família Connor... Mesmo que não tenhamos crescido juntos e que eu te ache um tesão.  – suspirou quando ele comentou da possível paternidade – Uma hora vamos ter de decidir se essa criança vai ter um pai ou um tio... Mas me deixa aproveitar enquanto posso ter um irmão, tá? Só um pouco – sorriu quando viu o carro chegando – Só você que é encanado com meu relacionamento com a Anne. A gente tá de boa. – deu um beijo na bochecha dele – Não some, Connor. Tô falando sério – tirou a chave do bolso traseiro e empurrou no peito dele, até ele pegar, entrando no carro antes que ele pudesse devolver.

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