O telefone de Sam brilha sem som. O rosto de Connor aparece na tela. Todo o resto some.
Ligação Inesperada - Primeira lua nova - Terceiro capítulo
- Wordspinner
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A garota estava deitada imóvel e Chloe a media e pesava com uma balança em que ela subia com a menina no colo. Ela limbava baba que escorria. Sam esparava a resposta da mensagem. O celular o tempo todo na mão. Silvia abriu a porta só um pouco para olhar e depois fechou. A porta abre de novo e Silvia entra. Nenhuma palavra. Chloe se concentra em contas mentais considerando a massa da menina. Ela resmunga algo como "muito magra".
O telefone de Sam brilha sem som. O rosto de Connor aparece na tela. Todo o resto some.
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- Ankou
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O rosto, lembrava o do mesmo moleque que ela viu na foto de celular em Cornwall, mais velho, mais maduro, com traços mais masculinos acentuados, a mandíbula quadrada, queixo largo, e ainda assim um rosto angulado. Ele sorri quando aparentemente vê ela do outro lado da linha, era a mesma linha de dentes brancos e perfeitamente alinhados que naquele rosto sem barba faziam todo sentido, chegava a aquecer o coração de alguma forma, lembrava o sorriso de Ash. - Sem endereços e nem datas por favor, alguns caras ficam tentados em vender coisas que eles não deveriam. - Ele diz como se soubesse exatamente do que tava falando. - Tá num lugar seguro? A linha é segura, ninguém vai rastrear essa merda. - a coisa toda soa como uma instrução e logo o rosto se afasta da tela e fica menor, ele aparentemente está sentado num lugar escuro iluminado por algo como um monitor ou televisão que não aparece no telefone. - Olha foi mal como as coisas terminaram naquela noite - dá pra traçar a vergonha no rosto dele, o olhar pra baixo, que logo vira alguma espécie de alívio - Mas foi melhor assim, vai por mim… Você tá bem? Os moleques tão bem? - nem a expressão ou voz deixam margem de dúvida da preocupação dele. |
- Bastet
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- Ankou
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Dá pra ver a surpresa no rosto dele conforme ela lhe lança palavras duras - Eu disse que ia te dar uma família, não que ia ser fácil… Não tem rolo nenhum, eu sei que eu te deixei numa situação estranha pra dizer o mínimo, depois que eu saí entre o ponto de taxi e a balsa eu comecei a alucinar, a coisa no meu cangote… Eu sabia que eu não tinha mais tempo.- os olhos perdidos, a sensação de tristeza estampada no rosto e na voz. - Você leu a carta não leu? Você entendeu o que tava nela? - ele suspira - Eu só quero ajudar de coração. - a voz genuína. - Eu conheço os moleques, eles provavelmente não te explicaram nada, eu era o único babaca que fazia isso… - alguma decepção na voz. |
- Bastet
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- Ankou
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- Não! Quero dizer, não tem rolo dessa vez... - ele parecia se retificar de qualquer mal entendido. Ele ri de nervoso, dá pra sentir o desespero dele na voz - Eu nunca abandonei… - Minha mãe se prontificou a cuidar dela até eu arranjar algo pra poder manter a gente, levantar uma grana saca? Já to com esquema em dia, mas não é o bastante. - havia tristeza e desaprovação no rosto dele. - Eu tinha planejado aquele churrasco, eu queria deixar todo mundo de bom humor, e conversar no final, eu trabalhei aquele dia inteiro, praticamente doze horas na frente de um braseiro… Eu sabia que ia ser a última memória feliz por um longo, longo tempo. Quando a lua apareceu no céu eu vi que eu tava com a corda no pescoço, mais do que eu imaginava, eu disse que minha última coisa boa pela alcateia seria juntar você com eles e realmente foi. - ele balança a cabeça em negativo, o olhar perdido, olhando pra lugar nenhum. - Spa? Eu to fazendo bico como leão de chácara de biqueira, isso parece legal? - dá pra sentir o desgosto vindo dele. Ele coça o rosto - É estranho ficar sem saca? Mas eu só queria olhar no espelho e ver outra pessoa… Ele meneia em negativo - Foi o que eu mais fiz, procurar saber dela, e tá todo mundo dizendo que ela tá bem. - ele fala como se aquela afirmativa tivesse pouco ou nenhum crédito, como se ele não acreditasse naquilo. - Eu to ligando por que eu me importo Sam… Eu me importo pra caralho! - O rosto se aproxima da tela, como se ele pudesse olhar dentro dos olhos dela - A gente na pedra, foi errado… - ele meneia em negativo - Mas nunca foi tão certo, foi a primeira vez que eu me senti livre de todas as amarras desde que essa merda toda começou. - dá pra ver no semblante ele revivendo aquilo na memória, as pupilas dilatando - Ninguém pra me dizer o que fazer, sem regras… É estranho Sam, me sentir culpado por não me sentir culpado. - ele se afasta coçando o cenho - Uma amiga disse que as vezes a gente faz o certo sem saber, espero que ela tenha razão. - Pela primeira vez ele parece sorrir de forma genuína, como se tivesse lembrado de algo engraçado ou feliz. |
- Bastet
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- Ankou
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- É… É sim uma situação de merda nem vou negar, mas ei! - Ele diz como se chamasse a atenção dela - Consequências uma porra, o que a gente fez foi direito meu e seu, se os moleques te repreenderem por isso fala pra eles que o pai cometeu o mesmo pecado. - ele parecia mudar da água pro vinho - Eu sei que isso não faz muito sentido pra você, mas pra eles faz. E eu não to aí pra lembrar eles disso, mas você tá. - o semblante amargurado morria naquele instante. - Claro que valeu a pena, você tá viva, eu não comi meu próprio braço, Emillie e meu bebê tão inteiros, o que importa tá intacto Sam, tá todo mundo vivo, mesmo que as coisas não tenham terminado da melhor maneira, podia ser muito pior, pelo menos eu ainda posso ligar pra pedir desculpas né? - Ele sorri de forma encantadora e magnética, quase impossível acreditar que debaixo da barba de mendigo assustador existia a porra do príncipe encantado, era muito mais impressionante do que a foto dele de anos atrás. - Trampando com a Chloe? Pera ela tá dentro, os moleques chamaram ela? - tinha um tom de felicidade e esperança na voz dele que ele nem conseguia ou mesmo queria esconder. - E o haras? - parecia confuso. - Olha, eu sei que eu tô longe, mas eu me importo e eu vou fazer o que eu puder pra ajudar ok? Eu te prometi uma família, pessoas com quem você pudesse contar. Eu não sei como tá sua relação aí, talvez eu tenha errado, talvez as coisas só demorem pra melhorar, mas eu não tô disposto a largar o osso e nem quebrar minha promessa. - a voz soa séria e sedutora como se ele não tivesse dúvida alguma de que iria cumprir aquilo, mas idôneo o bastante pra não tirar o próprio corpo fora. - Você parece tá numa hora ruim, eu nunca vi seu cabelo desarrumado antes, tava sempre bonito, quer que eu ligue mais tarde? - soa compreensivo e suave. |
- Bastet
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- Ankou
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impossível esconder o sorriso se abrindo conforme ela fala - Essa chama é o que tem de mais atraente em você eu pago esse pau pra você nisso aí, mas esses direitos tão muito além da mera vontade do “meu corpo minhas regras”, mas pra você isso nem importa, se tá tudo beleza então tá show, feliz em saber disso. - ele diz com o humor já parecendo melhor. Dá pra ver nos olhos dele como se um peso enorme saísse das costas quando Sam se mostra compreensiva, mas o desapontamento daquela situação teimava em persistir - Os moleques são lobos, o dever deles é caçar, se eles não tão fazendo isso eu falhei… Falhei de verdade. - ele sopra, as bochechas inchadas como se tentasse colocar algo pra fora. - Se eu pudesse não tinha nem saído, mas voltar? Nem… - Dá pra sentir ele indo buscar algo na memória. - Como disse o velho de High Cup, seria preciso uma mente diabólica pra fazer isso acontecer, e esse cara não sou eu Sam… Eu tomava bomba em anatomia e só me passavam porque era bom no Rugby - ele sorri como se fosse uma lembrança boa, mas logo os olhos ficam marejados e naquela hora não é ele pedindo desculpas, era ele se deixando ver derrotado, Sam podia até não entender sobre quem ele tava falando, mas ela podia ver a derrota estampada no rosto dele. Ele só meneia em positivo, se forçando pra fora daquela situação, ele era bom em fingir que não tinha nada de errado, como se conseguisse ligar e desligar um interruptor dentro dele que deixava ele fazer uma pokerface indecifrável - Tá tudo bem Sam, dentro do possível, se foca em você e cuida do seu bebê. - não tava porra nenhuma bem, ele era bom, mas nem tanto, mas dava pra entender a mentira branca quando uma pessoa não queria enxer o saco da outra com seus próprios problemas. - Se eu puder ajudar em qualquer coisa me liga, meu telefone ainda é o mesmo. - são as últimas palavras logo antes da tela escurecer. |
- Ankou
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Já é noiite quando o telefone de Chloe brilha sem som, o rosto de alguém aparece na tela e todo o resto some. - Chloe cê tá aí? To vendo uma luminária. - nem dava pra reconhecer direito o rosto do sujeito sem toda aquela barba, coimo se tivesse saído do lixo ao luxo, mas dava pra reconhecer a voz de Connor, ele parecia deitado numa maca de hospital antiga, um charuto na boca, a luminosidade parecia algo pela metade. - Sem endereços nem datas na conversa por favor, a linha tá segura, ninguém vai rastrear nada do que a gente falar aqui. - o recado é breve e sério. - Eu falei com a Sam hoje, foi bom ver que ela tá bem - Ele diz de forma menos mecânica - Dia brabo na clínica né? - o olhar cheio de empatia vindo da tela, como se ele soubesse exatamente como era um dia de merda. - Olha eu sei que a gente não começou com o pé direito, eu lembro seu olhar de medo na praia, isso só reforça que tu é a pessoa mais consciente com quem eu posso contar agora. - Ele passava um semblante confiante - Você quer a notícia boa ou ruim primeiro? - dava pra ter certeza que um sorriso ia surgir logo depois dele fazer aquela pergunta, mas não, ele parecia mortalmente sério. |
- thendara_selune
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Chloe tentava descansar. O telefone tocou, mas ela imaginou ser outra pessoa e de fato era. Fica surpresa quando estreita os olhos tentando reconhecer o rosto do jovem. Um rapaz bonito e com sorriso quente. Quando a mente lhe trás um nome, arqueia uma das sobrancelhas em um misto de antipatia e desconfiança. - Olá Connor…- A voz dela é cheia de cansaço. - Dia cheio e de muito trabalho.- Ela responde não olhando tanto pra ele, mas vagueando pelo quarto e sentando-se em uma cadeira na semi-escuridão. - Que notícias tenebrosas você tem para dar?- Um leve interesse na voz, afinal ele não tinha lhe causado uma boa impressão, mas o timbre tinha aquela dose de acidez no final.
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- Ankou
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Dá pra ver ele se sentando, torso desnudo e depilado, forte igual um touro, sem uma marca mais, muito diferente do peitoral cheio de pontos e meio ensanguentado do dia que ela conheceu ele. - Olha a parada é séria, eu não sei o que tá passando pela sua cabeça em relação a mim, mas eu quero ajudar, então me ajuda a te ajudar ok? - a voz era serena, grave e firme. - Não achei que a Sam pudesse lidar com essas notícias quando ela tava na clínica… - ele respira fundo e se enverga pra ficar com o rosto mais perto da tela. - Chloe tu se juntou aos Algozes não se juntou? - a pergunta é meramente retórica, ele não tinha certeza, mas por que diabos Sam estaria na clínica dela se não fosse por isso? Ainda assim não importava. Ele pigarreia - Eu sei que a alcateia não tem condições de arranjar um lugar seguro pros Sangue do Lobo, a gente nunca teve a oportunidade e tempo de fazer um abrigo pra isso, eu quero que você fale com a Ash, diz pra ela colocar vocês na proteção da mandala de fogo, diz que fui eu que pedi. Essa é a boa notícia. - Ele sorri, um rosto inocente e lindo, o sorriso quente capaz de derreter o coração, dava até pra ver Ash em algum lugar dele, o mesmo magnetismo, mas logo o semblante se fecha - A má notícia é complicada, olha, eu sei que você já passou cagaço na mão de lobo tá, eu conheço aquele olhar que você me deu na praia, e eu posso te dizer que os caras que tão do outro lado do mar são os filhos da puta mais escrotos que você pode imaginar. - Dá pra ver uma veia saltar no meio da testa conforme ele fala o rosto ruborizar de raiva - Uma mina gata igual você é bem fácil de adivinhar o que os filhos da puta fariam… Resumindo, em dois dias tá indo gente dos nossos pra Dover, mas tá indo gente deles pra Sparhall, o pau vai quebrar Chloe e essa briga não é pra vocês, eu quero vocês protegidos ok? - Ele aproxima mais o rosto ainda - Por Favor Chloe eu to te implorando, faz isso que eu to te pedindo, leva geral pra onde minha mãe indicar ok? Incluindo a Emillie e o meu bebê. - o toque de desespero era palpável no final, muito longe de um pai malandro que aparentemente tinha abandonado a namorada grávida. |
- thendara_selune
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Chloe escuta tudo e sua fisionomia fica petrificada. Aquilo era bem uma tempestade que nascia no horizonte e trazia consigo coisas ruins para todos que faziam parte daquele mundo tão secreto. Ela não esconde o medo e depois de ouvir tudo a voz dela é um fio carregado de tensão.
- Eu agradeço suas intenções, mas isso é algo que deve ser compartilhado com alcateia, eles precisam saber assim como os demais em Dover…- Chloe recosta-se na poltrona como se estivesse cansada demais de tudo aquilo e essa coisa de puros de novo.- A situação é complicada, sua mãe não me parece do tipo que abre os braços para acolher forasteiros... Ela se deixa esconder pela escuridão ali e assim manter o medo longe do alcance dele. - Mais uma vez agradeço a preocupação, falarei com os outros, mas peço você fale com os rapazes sobre isso.- A voz cheia de cansaço e agora insegurança sobre o futuro em ali.
- Eu agradeço suas intenções, mas isso é algo que deve ser compartilhado com alcateia, eles precisam saber assim como os demais em Dover…- Chloe recosta-se na poltrona como se estivesse cansada demais de tudo aquilo e essa coisa de puros de novo.- A situação é complicada, sua mãe não me parece do tipo que abre os braços para acolher forasteiros... Ela se deixa esconder pela escuridão ali e assim manter o medo longe do alcance dele. - Mais uma vez agradeço a preocupação, falarei com os outros, mas peço você fale com os rapazes sobre isso.- A voz cheia de cansaço e agora insegurança sobre o futuro em ali.
- Ankou
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As respostas de Chloe parecem não ajudar muito a situação, ele olha sério pra tela - Eu não to te pedindo como lobo Chloe, eu to te pedindo como pai, se eu pudesse fazer eu mesmo faria… - ele balança a cabeça em negativo desolado. - Eles já sabem Chloe, eles já sabem, todos os lobos a essa altura sabem ou vão ficar sabendo de qualquer forma… - ele solta o que quer que filma o rosto dele e a coisa fica virada pra uma luz amarela e velha, dá pra ouvir um estrondo de algo se chocando, Chloe em sua experiência médica pode ter certeza que ouve um osso se partindo. Quando o rosto dele volta a ser filmado a tela treme, dá pra ver o rosto vermelho, os olhos vermelhos e inchados, como os de alguém que tinha enxugado as lágrimas - Chloe você tá fora da hierarquia, todos os Sangue do Lobo tão, me diz que você vai fazer o que eu to pedindo, nem que você minta pra mim, só pra eu conseguir colocar a cabeça no travesseiro hoje. - ele solta a coisa e novamente ela filma o teto, mas dessa vez dá pra ver um dedo atravessado sendo puxado, um gemido de dor e a coisa voltando pro lugar, definitivamente quebrado, a mão direita escalavrada. Ele toma o aparelho de volta em mãos e uma lágrima escorre sem querer e ele logo enxuga com uma camiseta amarrotada. - Quebra essa pra mim, e eu te juro por tudo que é mais sagrado que eu compro a treta que vier. - a voz trêmula de nervosismo, mas o olhar totalmente decidido. |
- thendara_selune
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Chloe já estava com problemas demais, mas sempre foi de ouvir e naquele momento esforçou-se para colocar de lado a antipatia por Connor já que o assunto envolvia a segurança de todos. A urgência e a preocupação são bem reais na voz dele. O som assusta a ruiva, mas ela tenta disfarçar e se apressa em dizer. - Eu vou falar com ela e com os rapazes.- Chloe parecia bem genuína tanto no nervosismo que crescia dentro dela assim como o medo que ia aos poucos emergindo em meio a toda aquela conversa. -Farei isso e conversarei com todos os Algozes, em situações como essa as coisas devem ser guiadas de maneira clara e inteligente…- O timbre dela mantinha-se em um esforço de manter-se calma, mas a situação toda era um quadro vermelho em um corredor escuro com todo o tipo de coisa a espreitar quem andasse por ele. -Acredito em você...- Ela finaliza com a voz baixa. Observando a lágrima perdida na feição dele e isso a faz ficar surpresa.
- Ankou
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A resposta positiva de Chloe é o bastante pra fazer Connor parar de tremer de nervosismo, ele se descuida e dá pra ver a mão dele voltando pro lugar aos poucos, o dedo quebrado se movendo sozinho de volta pro lugar e a ferida se fechando lentamente, ele esconde assim que percebe que a imagem aterradora ficava a mostra - Valeu, fico te devendo essa. - gratidão pura nos olhos - Cuida bem do Marco, ele é metido a valente, ele e a Silvia. - Ele ri como se uma tonelada tivesse saído das costas - Não deixa o Judas ficar fumando bagulho perto das meninas grávidas, nem o Joe fazer merda. - Dava pra ver a saudade estampada no rosto dele, a garganta embargar - Os moleques vão ter que lutar, a coisa vai ser um inferno, a gente já teve lá antes, um dia antes da gente se conhecer Chloe. Se qualquer merda sair errado os caras vão bater onde dói mais e vocês é onde dói mais. - as lágrimas escorrem dos olhos agora incontroláveis, ele se recosta na maca e a imagem some mas a voz continua - Desculpa eu não estar aí Chloe, pede desculpa pra todo mundo por mim… - a voz embargada e logo silêncio. |
- thendara_selune
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Chloe sente um certo desconforto. O homem chorando ali não combina com a imagem do homem na praia. Ela o observa ainda na escuridão e escutando tudo como se tomasse nota das coisas.
-Obrigada Connor, em algum momento você deve falar com os rapazes, tenho certeza que vocês tem muito para conversar e farei o possível para as coisas funcionarem...Tente ficar vivo e se cuide onde quer que esteja…- Ela espera a ligação encerrar e tudo aquilo era urgente demais para guardar pra si mesma.
-Obrigada Connor, em algum momento você deve falar com os rapazes, tenho certeza que vocês tem muito para conversar e farei o possível para as coisas funcionarem...Tente ficar vivo e se cuide onde quer que esteja…- Ela espera a ligação encerrar e tudo aquilo era urgente demais para guardar pra si mesma.
- Bastet
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- Ankou
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A sensação de desolação era completa, ele descia degrau por degrau da escada de incêndio sem animação alguma, o telefone no bolso vibra, mas ele não parece nem ter forças pra pegar, finalmente quando ele ve o número e o nome ossuda piscando na tela do telefone ele suspira, ele não tem vontade nenhuma de discutir ou escutar as reclamações de Sam, ele atende, mas só porque sentia quase que uma obrigação pra com ela atender. Não dá pra ver muito mais que a silhueta dele em algum lugar escuro, dá pra ouvir os sons da rua perto, atrás dele algo que parece uma lixeira do tipo caçamba e bolsas de lixo que reluziam alguma coisa no escuro. - Claro… - ele responde sem animação alguma - Mas essa linha não é segura, já te retorno. - tinha alguma coisa muito errado, e muito fora do lugar, era quase como escutar alguém cuja um parente tinha acabado de morrer. Ele liga de volta coisa de quinze a vinte minutos depois, dessa vez ele parece num lugar diferente, a ligação é estranha como da outra vez, o telefone de Sam vibra duas vezes e a imagem dele aparece, ele parece estar num sofá debaixo de uma luz amarela e velha, em volta macas antigas que nem se usavam mais. A cor dele era levemente pálida como de alguém que levou um susto muito grande, o corpo nitidamente suado dá pra ver o brilho quando a luz bate sobre a pele, o torso nu, a camiseta que sempre acompanhava sobre o encosto do sofá, a noite certamente fria demais pra alguém ficar daquele jeito, mas ele parecia não se importar ou ser incomodado por isso. - Pode falar, tá tudo bem? - ele diz, simpático o que pode, um sorriso sem mostrar os dentes no rosto parecia ignorar completamente a condição dele. |