O que é um millennial? Neste jogo vamos considerar um millennial como alguém nascido entre 1980 e 2005 e que geralmente se identifica fortemente com a era da informação. Alguém que nunca teve um emprego durante um período de estabilidade econômica. Alguém que começou a trabalhar depois que “a bolha estourou”.
Pessoas com experiências boas, confortáveis e saudáveis não saem por aí caçando monstros. Pessoas que tiveram uma criação tranquila, segura e positiva acreditam nas instituições. Essas pessoas sabem que podem pedir socorro e alguém vai ajudar. O pior que essas pessoas têm que enfrentar pode ser resolvido com um pote de sorvete e #autocuidado. Isso pode ser verdade a maior parte do tempo, mas não quando os monstros entram em jogo. Muitas vezes essas pessoas tropeçam no #iHunt, acabam juntando o dinheiro para oferecer um contrato e chamando quem realmente consegue parar os monstros. Mas o mais importante é que essas pessoas não estão caçando — o instinto delas é arrumar um caçador. Como é que é mesmo aquela frase do Mr. Rogers? Procure as pessoas que vão ajudar? Os iHunters são as pessoas que vão ajudar. Às vezes, só às vezes, uma pessoa que veio de uma vida boa pode ficar quebrada o suficiente para começar a caçar. Isso geralmente acontece quando ela tem encontros recorrentes com o mundo sobrenatural.
Geralmente quem acaba caçando monstros são pessoas que vêm de lares desfeitos por algumas razões. Em primeiro lugar, elas precisam de dinheiro. Pobreza e adversidade não são só coisas pontuais ou inconvenientes temporários — são cíclicas. Em segundo lugar, essas pessoas têm as ferramentas e a adaptabilidade para lidar com ameaças diversas. Talvez um moleque de rua não saiba que vampiros são fracos contra estacas no coração, mas eles sabem lidar com um filho da puta que está tentando matá-los. É que eles chamavam esse cara de “pai”. Em terceiro lugar, elas estão no fundo do poço. Alguém que perdeu tudo não tem medo de morrer. Essas pessoas sabem o que é desespero — e se elas estão vivas até agora, esses resultados só deixaram elas mais fortes.
Para muitos caçadores o #iHunt é a primeira chance de controlar a própria vida. Não é perfeito, mas é bem mais dinheiro do que um salário mínimo. É como se fosse uma mina de carvão para millennials: é perigoso, é mortal pra caralho. Mas quando o dinheiro entra e você pode mandar o banco se foder por mais um mês, quem liga pras manchas de sangue nos seus jeans? #iHunt é sobre caçar monstros, mas com uma visão ultramoderna. Não é só “os personagens têm smartphones”, mas o mundo do #iHunt está totalmente localizado no fim dos anos 2010, com todo o clima político e econômico tenso dessa época.
Os iHunters não caçam por dever sagrado, vingança, herança familiar, adrenalina ou curiosidade. Alguns realmente fazem isso, mas não são a maioria. A maior parte dos iHunters caça porque seu emprego principal – se tiverem algum – paga tão mal que eles precisam arriscar suas vidas enfrentando criaturas capazes de enlouquecer à simples visão para poderem ter a chance de comer, se vestir e ter um teto no próximo mês.
Ser um iHunter é como ser um motorista de aplicativo ou entregador de comida, só um pouquinho mais perigoso, mas que paga até melhor. Um iHunter típico pode ter a esperança de tirar de mil reais a dois mil reais com uma ou duas caçadas por mês (caçadores em tempo integral podem tirar até mais, mas normalmente os ferimentos recebidos durante alguns serviços demandam tempo pra recuperar).
Não quer dizer que não existam caçadores mais "tradicionais" por aí. A caçada é tão antiga quanto os monstros, afinal. Algumas organizações são relativamente conhecidas entre os iHunters, como os Van Helsing (uma família que caça principalmente vampiros, mas podem matar outras coisas também, inclusive iHunters intrometidos), as Irmãs Pobres de São Januário (que também gostam de caçar vampiros e comungar com seu sangue, e elas podem matar iHunters se ficarem no caminho) ou a Operação Meia-Noite (uma organização governamental interagências brasileira que desaparece com qualquer coisa que possa representar uma ameaça à Segurança Nacional – inclusive iHunters, de vez em quando).
É importante também ressaltar que, por um lado, sim os humanos no geral sabem que os monstros estão por aí. O E.T. Bilu no arbusto? Uma mulher que vira onça? O chupa-cabra atacando rebanhos no interior? Aquela história da sua avó sobre o primo do vizinho do tio-avô dela que virava lobisomem e foi encontrado no galinheiro da família com penas de galinha na boca? Sim, é tudo verdade, é tudo real – ou quase. Mas, por outro lado, claro que muita gente não acredita, principalmente na "cidade grande". Você não vai ver sobre "ataques de vampiros" no Jornal Nacional, mas talvez veja sobre isso em um vídeo no YouTube ou mesmo em algum blog obscuro com cinquenta views. Está tudo às claras, as pessoas é que não querem ver mesmo. Mas aí uma moça descobre que seu namorado abusivo virou um lobisomem e agora está ainda mais perigoso. Ou um pai descobre que seu filho sumiu depois de chamar a loira do banheiro na escola. A polícia não sabe de nada, não há evidência de que seja causado por alguma coisa "normal". Nessa hora aparece sempre um amigo que indica esse app estranho que teoricamente poderia obter algum "especialista" em lidar com essas coisas. E esse "especialista" é o iHunter, uma pessoa de 20 a 40 anos com uma dívida estudantil enorme, um bebê pra criar sozinha e que precisa urgentemente pagar a conta de luz pra não ficar no escuro.
Claro, às vezes o cara no galinheiro com penas na boca é só um zoófilo tarado mesmo. Vai saber.
Boa parte das pessoas não sabe exatamente o que é o app #iHunt. Pra muita gente é um aplicativo de encontros. A empresa não faz publicidade aberta, assim que ele se espalha de boca a boca, entre clientes e entre os candidatos a caçadores – mais de um iHunter começou após ser convidado por um amigo pra um "rolê de passar uma noite naquela casa assustadora e exorcizar um fantasma" ou algo assim. Embora a necessidade financeira seja o principal motivador, não se pode negar que iHunter também são atraídos pela adrenalina, curiosidade e, às vezes, até pelo senso de "estar fazendo o melhor pelo mundo". Se não fosse isso provavelmente seriam motoristas de aplicativo ou algo assim.
Esta campanha é ambientada na cidade oficial do cenário: San Jenaro. Esta metrópole fictícia, criada pela autora, Olivia Hill, é o ambiente dos livros e HQs que ela escreveu. É uma cidade da Califórnia "que tem muito de Los Angeles, bastante do Orange County, com toques de San Diego e da Baía de São Francisco".
A cidade irá sendo revelada na medida da necessidade, ao longo do jogo.
Não disporei as regras aqui. Caso alguém queira jogar, basta me mandar uma mensagem privada ou pelo whatsapp e enviarei o Guia do Jogador por MP, assim como o modelo de ficha – ele é melhor que a ficha editável oficial.
Frequência de atualizações: uma a duas vezes por semana, dependendo dos jogadores.
Vagas: 6 (fechado).
- Bravos
- DariusNovadek
- Dycleal
- Izanami
- Pikapool
- Xafic Zahi
- Código:
[size=24][font=Impact][i]NOME[/i][/font][/size]
[center][img]IMAGEM[/img][/center]
[spoiler="Histórico"][justify][i]Histórico[/i][/justify][/spoiler]
[b]Retorno:[/b] 5
[b]Pronomes:[/b] Descrição.
[b]Tara:[/b] Descrição.
ASPECTOS
[b]Alto-Conceito:[/b] Descrição.
[b]Drama:[/b] Descrição.
[b]Emprego:[/b] Descrição.
[b]Quadro dos Sonhos:[/b] Descrição.
[b]Aspectos Livres:[/b] Descrição.
[b]Habilidades:[/b] Descrição.
[b]Manobras:[/b] Descrição (origem).
[b]Dons Mágicos:[/b] Descrição.
[b]Estresse:[/b] Físico 3, Mental 3.
[b]Consequências:[/b] Leve x1, Moderada x1, Grave x1.