Meu pequeno jogo revela uma faceta oculta de Alícia, uma que tinha passado despercebida desde o momento em que a retirei daquele bar decadente.
Ela, finalmente, mostrou algo que valia a pena, deixando para trás o pequeno teatro de namoradinha e me ameaçando
ostensivamente com uma arma. Agora sim, aquilo estava ficando
divertido.
Ao contrário do que poderia se esperar de qualquer mortal, eu não esboço a
menor reação à arma encostada no meu flanco. A não ser que houvesse algo de muito sobrenatural naquela arma ou nas balas que ela, talvez, trouxesse em seu interior, um tiro a encostado de uma pistola de baixo calibre provavelmente espetaria um pouco, mas dificilmente causaria estrago suficiente para derrubar alguém como eu. Mesmo que ela tivesse a
sorte de atingir diretamente meu coração - o que seria
muito difícil de conseguir com uma arma apontada para a minha barriga, isso só seria um problema se o projétil se alojasse diretamente no órgão.
Em outras palavras, eu ainda dava as cartas ali.
Todavia, não custava
garantir que ela teria esse ímpeto frustrado.
Assim, concentro minha vontade nas
sombras existentes sob o casaco de Alicia e no interior do cano da pequena arma que ela trazia consigo, discretamente
tomando o controle e animando a escuridão.
No interior da arma,
condenso as sombras de modo a deixar o gatilho da pistola duro, travado e inútil.
Já quanto às sombras no interior do casaco da moça, apenas mantenho-as sob o meu controle, de modo a realizar algum efeito não muito óbvio, mas surpreendente, caso as coisas esquentassem.
Sem pestanejar, sem desfazer o sorriso que enchia o meu rosto, e sem demonstrar nenhum tipo de surpresa, falo à moça:
Então você levou mesmo a história do vampiro a sério, hein?
Muito bem...
Vamos às opções:
Se você disparar essa arma ou me esfaquear aqui, no meio de uma boate lotada, pouco antes de um show grande, você provavelmente vai chamar muita atenção e vai parar na cadeia por homicídio. Além disso, eu posso não ser um vampiro, o que implica que você vai matar um inocente a toa... Uma reação exagerada a uma óbvia brincadeira.
Por outro lado, se eu for realmente um vampiro, eu provavelmente poderia dominar a sua mente ou te subjugar de outra forma antes que você tenha a chance de me machucar.
Em outras palavras, não importa o que você faça, me atacar aqui dentro não é muito sensato.
Sem desviar o olhar e sem demonstrar qualquer reação de medo ou surpresa, prossigo:
Estou falando a verdade, ou blefando? Ora de saber se você aposta ou desiste...
Off:
@Askalians, estou usando
jogo de sombras para adensar as trevas no interior da arma e travar o mecanismo de disparo, e animar as sombras sob o casaco da Alicia. Uma vez que o poder não necessita concentração e que, ao menos em um primeiro momento, estou focando só na arma - as sombras sob o casaco da moça serão animadas para ficar em
stand by - acredito que basta o emprego de um ponto de sangue. Todavia, se você quiser ordenar a realização de algum teste, é só falar que eu faço, sem problemas!
Vou aproveitar para tentar observar ao redor em busca e outro(s) possível(eis) caçador(es), levando em conta que, se a Alicia for mesmo uma caçadora, seria pouco provável que ela estivesse agindo
sozinha. Vou lançar Percepção 3 + Investigação 2:
Mandhros efetuou 5 lançamento(s) de dados (d10.) : - 9 , 9 , 5 , 8 , 7
Independente do resultado do teste, a reviravolta foi excelente! =D