— Meistre Cedric, suas observações são notáveis. Entretanto, devo esclarecer que em momento algum busquei acesso aos recintos restritos do Grande Meistre Pycell. Meu interesse se limita às áreas comuns durante o conclave, onde pretendo realizar minhas investigações não apenas sobre os mistérios superiores, mas também sobre outros assuntos. Minha intenção não é ultrapassar limites ou criar conflitos desnecessários.
Ele pausou por um instante, seu tom firme transmitindo sua determinação:
— Certifique-se de que não haja mal-entendidos sobre minhas intenções. Estou aqui para pesquisar de maneira eficaz e respeitosa dentro dos parâmetros estabelecidos. Respeito as normas e protocolos que regem este local.
Meistre Cedric ouvia Asdulfor, alternando entre condescendência e impaciência. Quando pôde, ele finalmente disse:
- É isso que não está entendendo, meistre Asuldor: a torre do Grande Meistre esteve aberta durante o Conclave. Com o fim do Conclave, toda a torre voltou a ser aposento particular do Grande Meistre Pycelle. Sejam suas câmaras de descanso, sua biblioteca, sua despensa ou sua latrina, tudo aqui agora está inacessível a qualquer um que não seja um dos servidores do Grande Meistre. Se quiser marcar uma audiência com ele, posso transmitir sua mensagem e mandar entregar a resposta onde o senhor estiver hospedado.
Cedric estava irredutível no cumprimento zeloso de seus deveres.
Na Estalagem Corvo Vermelho
Asdulfor se despediu com um aceno de cabeça. Assim que Olac saiu, o meistre trancou cuidadosamente sua porta e janela. Ele se deitou e, concentrando-se profundamente, estendeu sua consciência para dominar a mente de Morghul, garantindo que a guarda permanecesse alerta.
Em seguida, ele buscou por corujas que poderia utilizar para seus propósitos. Asdulfor dominou duas delas: uma seguiria Olac, observando atentamente os arredores para detectar qualquer indivíduo que o seguisse ou estivesse vigiando; a outra voaria até a Fortaleza Vermelha para verificar a torre do Meistre Pycelle, buscando por entradas que levassem aos locais restritos, incluindo aqueles durante o conclave.
A coruja que seguia Olac voou silenciosamente sobre os telhados de Porto Real, seus olhos atentos acompanhando cada movimento suspeito. Olac, com as bolsas de prata bem escondidas, caminhava em direção à Casa de Chataya, sua mente focada na missão.
Enquanto isso, a outra coruja voava em direção à Fortaleza Vermelha, suas asas cortando a noite escura. Ela encontrou uma janela aberta na torre de Pycelle e, com um voo gracioso, entrou no aposento. A coruja começou a explorar silenciosamente, seus olhos penetrantes buscando tomos e livros que pudessem conter informações valiosas sobre magia e a investigação da morte do Cavaleiro Raposa.
Asdulfor, em seu quarto, estava mentalmente conectado com as corujas, sentindo cada movimento e visão. Ele sabia que a noite seria longa, mas estava determinado a usar todos os recursos à sua disposição para desvendar os segredos de Porto Real. O velho meistre dos Felinight também sabia que dividir sua atenção e percepção assim era tanto difícil quanto perigoso.
OFF: @Sandinus, faça um teste de Vontade com dificuldade 12 para manter seu controle dividido, e um teste com Astúcia 15 para conseguir raciocinar em várias cenas separadas. Com sucesso nos dois, pode controlar e compreender tudo que as criaturas fazem e descobrem. Não esqueça de marcar no tópico Cofre do Tesouro os veados de prata que deu para o Olac.