Com Lyra
Lyra manteve o sorriso, embora uma pequena tensão iluminasse seu olhar. As palavras de Asdulfor, tão calculadas e precisas, eram um lembrete de que ela caminhava sobre uma linha fina, onde qualquer deslize poderia significar sua ruína — ou, talvez, algo ainda mais imprevisível. Mas ela não era de recuar. Aquela era a dança que escolhera, e estava pronta para acompanhá-lo em cada passo, por mais gélido que fosse o ritmo.
Inclinando-se levemente para frente, ela respondeu, com a voz baixa e carregada de uma segurança tênue, mas impenetrável.
— Mestre Asdulfor, sua confiança será sempre bem guardada comigo, assim como qualquer risco que eu possa correr ao seu lado. Quanto ao preço, sempre será justo... tanto quanto o senhor permitir.
Ela suavizou o tom com um sorriso, não deixando transparecer qualquer hesitação, como se o jogo fosse apenas um estímulo em vez de um risco.
Com um pequeno aceno de cabeça, Lyra se afastou, os passos suaves ecoando pelo aposento enquanto fazia sua saída. Ela manteve a compostura, o porte ereto e o semblante impecável. A cada passo, sua mente percorria rapidamente o que poderia ser sua próxima cartada, sempre um passo à frente, sempre calculando.
Ao alcançar a porta, virou-se levemente, o olhar determinado e um sorriso quase desafiador nos lábios.
— Estarei sempre à disposição, meistre, sempre que precisar.
E, com um último olhar, afastou-se, deixando para trás o silêncio e o ar repleto das promessas e riscos velados de sua aliança com Asdulfor.
Yara manteve-se imóvel por um momento, absorvendo a intensidade de Asdulfor e pesando cuidadosamente suas próximas palavras. Aquele era um homem que não se contentava com respostas fáceis; ele buscava o desconhecido com a mesma determinação com que ela própria navegava pelos mistérios que as sombras revelavam. Mas Yara também sabia que conhecimento demais poderia ser uma armadilha, e que alguns segredos eram selados por um motivo.
Seus olhos, profundos e insondáveis, ergueram-se para encontrar os de Asdulfor, e ela deixou que um leve sorriso, sombrio e enigmático, se formasse em seus lábios. Ela respondeu, a voz quase um murmúrio que parecia se fundir com o ar, como se falasse diretamente às sombras ao redor.
— As sombras revelaram fragmentos de um futuro que se molda ao passo de escolhas e sacrifícios. Elas falam de um poder que está destinado a destruir ou a forjar. Uma força que se acumula como tempestades sobre os oceanos, uma maré que arrasta consigo aqueles que se atrevem a desafiar seu fluxo.
Ela pausou, fechando os olhos por um instante, como se ouvisse algo distante, algo sutil que apenas ela poderia captar. Ao abrir os olhos novamente, um brilho sombrio reluzia ali, como uma chama cintilando no escuro.
— Há uma voz entre as sombras que avisa que o preço para tal poder pode ser a própria essência de quem o busca.
Ela continuou, permitindo que cada palavra soasse como uma advertência, e não um convite.
— Aqueles que tentam moldar as sombras são moldados por elas, e poucos saem incólumes.
As palavras de Yara foram recebidas com um breve silêncio, e ela pôde ver o brilho fascinado nos olhos de Asdulfor, o brilho de um estudioso obstinado que estaria disposto a arriscar tudo para tocar aquele poder.
— Meistre, só posso guiá-lo até certo ponto. Além disso, o caminho é seu para percorrer, mas saiba que as sombras nem sempre perdoam.
Ela esperou, observando-o com uma calma firme, deixando o peso das suas palavras pairar entre eles.
O taverneiro Ralph ouviu o pedido de Asdulfor, rabiscou alguns números e finalmente disse:
- Posso arranjar isso, Meistre Asdulfor. Ao custo de 8 dragões de ouro.
OFF: Marque o gasto no tópico Cofre do Tesouro.
AS PRÓXIMAS DUAS SEMANAS
O treino de Rakashar era extremamente cansativo fisicamente para um velho como Asdulfor, mesmo com suas capacidades empáticas com os animais.
Já Morghul era bastante inteligente, mas muito genioso e estava bastante perturbado com a presença de Yara.
O ensino de westerosi era um desafio pedagógico para o meistre nortenho, com dois alunos muito diferentes entre si: Olac tinha o idioma como sua língua nata mas sofria para reconhecer letras no papel e associá-las aos sons; por sua vez, Yara conseguia ler e compreender as palavras, mas o som delas era uma prova difícil para ela, que não conseguia entender o que ouvia nesse idioma e menos ainda pronunciar as palavras.
AS NOITES COM YARA
Na quietude das noites, enquanto a lua cheia lançava uma luz pálida e misteriosa sobre o aposento, Yara e Asdulfor estavam reunidos em um dos cantos mais sombrios da estalagem. Uma mesa simples de madeira estava coberta de velas, que Yara havia cuidadosamente preparado. O ar era preenchido com uma fragrância densa e herbácea, misturando-se ao crepitar das chamas que iluminavam suas expressões com um brilho quase sobrenatural.
Yara, com movimentos lentos e graciosos, depositou um pequeno punhado de pó vermelho nas chamas de uma vela, fazendo com que uma chama viva e alta se erguesse por um instante. Ela olhou para Asdulfor, seus olhos refletindo o fogo, e começou a falar, sua voz baixa e carregada de reverência.
— Os deuses, meistre, são como as sombras que dançam. Os Deuses Antigos, os Sete que são Um dos ândalos, o Deus Afogado das Ilhas de Ferro, o Deus das Tempestades, O Leão da Noite, o Bode Preto, a Criança Pálida, o Grande Garanhão dos dothraki, a Senhora Chorosa de Lys, o Deus Ovelha dos lhazarenos, o Rei Caranguejo, o Deus de Muitas Faces, todos eles existem e têm poder. Diferentes e igualmente insondáveis em cada canto do mundo. Aqui, em Westeros, as divindades têm raízes antigas e profundas, como as árvores-coração, que são canais para alcançar os Desues Antigos. Elas ouvem e observam, mas são mudas e implacáveis. As faces esculpidas no represeiro, por exemplo, guardam segredos de milênios, prontos para quem ousa pedir sua visão. Elas não são os únicos canais. Há muitos outros. E até mesmo os homens e mulheres podem ser canais para canalizar o poder dos deuses.
Ela fez um movimento com a mão sobre o fogo, e o reflexo das chamas pareceu ondular e tremeluzir, formando imagens confusas que iam e vinham.
— Em Essos, os deuses tomam outras formas, mas o princípio é o mesmo. Eles revelam e escondem, exigindo obediência absoluta. Veja R'hllor, o Senhor da Luz.
Com um movimento rápido, ela empurrou um pouco mais de pó vermelho no fogo. A chama cresceu, dançando e emitindo um leve calor.
— O fogo é sua ferramenta. Nas chamas, é possível vislumbrar o futuro, decifrar profecias e aprender sobre os caminhos que ainda não foram trilhados.
Ela indicou a Asdulfor para que olhasse mais de perto as chamas. E enquanto ele se aproximava, as sombras dos dois se alongaram e se contorceram nas paredes, como se também estivessem tentando escutar.
— Encare o fogo e permita-se perder no ritmo dele, o Senhor da Luz revela o que ele desejar e nada além. Apenas aqueles com coragem para enfrentar as consequências de suas visões podem tocar essa força.
Asdulfor observou fixamente, e, por um breve instante, achou ter visto a silhueta de uma figura misteriosa no meio das chamas. Mas a visão logo desapareceu, deixando apenas o calor e o brilho do fogo diante dele.
Depois, Yara apagou a chama com um gesto, e o aposento mergulhou em uma escuridão quase absoluta. Ela ergueu as mãos, e, com um murmúrio de palavras em uma língua esquecida, as sombras começaram a se mover ao seu redor. Sombras de todos os cantos da sala pareciam se aglomerar e se envolver ao redor de Yara, criando formas vagas e contornos incertos que pareciam ganhar vida.
Ela murmurou, sua voz quase um sussurro.
— Asshai é o lar de deuses mais obscuros, e os sacerdotes e feiticeiros de lá invocam o poder das sombras. E as sombras, Asdulfor, são perigosas. Elas podem ser usadas como ferramentas, espiãs e até mesmo armas, mas sempre pedem um preço. A vida, a luz, o sangue… algo sempre é deixado em troca.
As sombras ao redor dela, como criaturas obedientes, começaram a se mover ao seu comando. Yara estendeu uma mão, e uma das sombras desceu pela parede, serpenteando até a mesa, passando por perto da mão de Asdulfor, que a observou com um fascínio que beirava o desespero. A sombra deslizou como se fosse sólida, parecendo capaz de invocar algo muito além de meras ilusões.
— Com o tempo e o sacrifício, você pode aprender a controlar o que está à margem da luz. Mas saiba que as sombras nunca pertencem totalmente a quem as chama. Assim como os deuses, elas têm suas próprias vontades e podem trair quem as subestima.
OFF: @Sandinus, faça um teste de Lidar com animais (Treinar), com dificuldade 15 para Rakashar e um para Morghul com dificuldade 12. Role um teste de Conhecimento (Educação) com dificuldade 12 para Olac e um com dificuldade 15 para Yara.
Lyra manteve o sorriso, embora uma pequena tensão iluminasse seu olhar. As palavras de Asdulfor, tão calculadas e precisas, eram um lembrete de que ela caminhava sobre uma linha fina, onde qualquer deslize poderia significar sua ruína — ou, talvez, algo ainda mais imprevisível. Mas ela não era de recuar. Aquela era a dança que escolhera, e estava pronta para acompanhá-lo em cada passo, por mais gélido que fosse o ritmo.
Inclinando-se levemente para frente, ela respondeu, com a voz baixa e carregada de uma segurança tênue, mas impenetrável.
— Mestre Asdulfor, sua confiança será sempre bem guardada comigo, assim como qualquer risco que eu possa correr ao seu lado. Quanto ao preço, sempre será justo... tanto quanto o senhor permitir.
Ela suavizou o tom com um sorriso, não deixando transparecer qualquer hesitação, como se o jogo fosse apenas um estímulo em vez de um risco.
Com um pequeno aceno de cabeça, Lyra se afastou, os passos suaves ecoando pelo aposento enquanto fazia sua saída. Ela manteve a compostura, o porte ereto e o semblante impecável. A cada passo, sua mente percorria rapidamente o que poderia ser sua próxima cartada, sempre um passo à frente, sempre calculando.
Ao alcançar a porta, virou-se levemente, o olhar determinado e um sorriso quase desafiador nos lábios.
— Estarei sempre à disposição, meistre, sempre que precisar.
E, com um último olhar, afastou-se, deixando para trás o silêncio e o ar repleto das promessas e riscos velados de sua aliança com Asdulfor.
COM YARA
Yara manteve-se imóvel por um momento, absorvendo a intensidade de Asdulfor e pesando cuidadosamente suas próximas palavras. Aquele era um homem que não se contentava com respostas fáceis; ele buscava o desconhecido com a mesma determinação com que ela própria navegava pelos mistérios que as sombras revelavam. Mas Yara também sabia que conhecimento demais poderia ser uma armadilha, e que alguns segredos eram selados por um motivo.
Seus olhos, profundos e insondáveis, ergueram-se para encontrar os de Asdulfor, e ela deixou que um leve sorriso, sombrio e enigmático, se formasse em seus lábios. Ela respondeu, a voz quase um murmúrio que parecia se fundir com o ar, como se falasse diretamente às sombras ao redor.
— As sombras revelaram fragmentos de um futuro que se molda ao passo de escolhas e sacrifícios. Elas falam de um poder que está destinado a destruir ou a forjar. Uma força que se acumula como tempestades sobre os oceanos, uma maré que arrasta consigo aqueles que se atrevem a desafiar seu fluxo.
Ela pausou, fechando os olhos por um instante, como se ouvisse algo distante, algo sutil que apenas ela poderia captar. Ao abrir os olhos novamente, um brilho sombrio reluzia ali, como uma chama cintilando no escuro.
— Há uma voz entre as sombras que avisa que o preço para tal poder pode ser a própria essência de quem o busca.
Ela continuou, permitindo que cada palavra soasse como uma advertência, e não um convite.
— Aqueles que tentam moldar as sombras são moldados por elas, e poucos saem incólumes.
As palavras de Yara foram recebidas com um breve silêncio, e ela pôde ver o brilho fascinado nos olhos de Asdulfor, o brilho de um estudioso obstinado que estaria disposto a arriscar tudo para tocar aquele poder.
— Meistre, só posso guiá-lo até certo ponto. Além disso, o caminho é seu para percorrer, mas saiba que as sombras nem sempre perdoam.
Ela esperou, observando-o com uma calma firme, deixando o peso das suas palavras pairar entre eles.
COM RALPH
O taverneiro Ralph ouviu o pedido de Asdulfor, rabiscou alguns números e finalmente disse:
- Posso arranjar isso, Meistre Asdulfor. Ao custo de 8 dragões de ouro.
OFF: Marque o gasto no tópico Cofre do Tesouro.
AS PRÓXIMAS DUAS SEMANAS
O treino de Rakashar era extremamente cansativo fisicamente para um velho como Asdulfor, mesmo com suas capacidades empáticas com os animais.
Já Morghul era bastante inteligente, mas muito genioso e estava bastante perturbado com a presença de Yara.
O ensino de westerosi era um desafio pedagógico para o meistre nortenho, com dois alunos muito diferentes entre si: Olac tinha o idioma como sua língua nata mas sofria para reconhecer letras no papel e associá-las aos sons; por sua vez, Yara conseguia ler e compreender as palavras, mas o som delas era uma prova difícil para ela, que não conseguia entender o que ouvia nesse idioma e menos ainda pronunciar as palavras.
AS NOITES COM YARA
Na quietude das noites, enquanto a lua cheia lançava uma luz pálida e misteriosa sobre o aposento, Yara e Asdulfor estavam reunidos em um dos cantos mais sombrios da estalagem. Uma mesa simples de madeira estava coberta de velas, que Yara havia cuidadosamente preparado. O ar era preenchido com uma fragrância densa e herbácea, misturando-se ao crepitar das chamas que iluminavam suas expressões com um brilho quase sobrenatural.
Yara, com movimentos lentos e graciosos, depositou um pequeno punhado de pó vermelho nas chamas de uma vela, fazendo com que uma chama viva e alta se erguesse por um instante. Ela olhou para Asdulfor, seus olhos refletindo o fogo, e começou a falar, sua voz baixa e carregada de reverência.
— Os deuses, meistre, são como as sombras que dançam. Os Deuses Antigos, os Sete que são Um dos ândalos, o Deus Afogado das Ilhas de Ferro, o Deus das Tempestades, O Leão da Noite, o Bode Preto, a Criança Pálida, o Grande Garanhão dos dothraki, a Senhora Chorosa de Lys, o Deus Ovelha dos lhazarenos, o Rei Caranguejo, o Deus de Muitas Faces, todos eles existem e têm poder. Diferentes e igualmente insondáveis em cada canto do mundo. Aqui, em Westeros, as divindades têm raízes antigas e profundas, como as árvores-coração, que são canais para alcançar os Desues Antigos. Elas ouvem e observam, mas são mudas e implacáveis. As faces esculpidas no represeiro, por exemplo, guardam segredos de milênios, prontos para quem ousa pedir sua visão. Elas não são os únicos canais. Há muitos outros. E até mesmo os homens e mulheres podem ser canais para canalizar o poder dos deuses.
Ela fez um movimento com a mão sobre o fogo, e o reflexo das chamas pareceu ondular e tremeluzir, formando imagens confusas que iam e vinham.
— Em Essos, os deuses tomam outras formas, mas o princípio é o mesmo. Eles revelam e escondem, exigindo obediência absoluta. Veja R'hllor, o Senhor da Luz.
Com um movimento rápido, ela empurrou um pouco mais de pó vermelho no fogo. A chama cresceu, dançando e emitindo um leve calor.
— O fogo é sua ferramenta. Nas chamas, é possível vislumbrar o futuro, decifrar profecias e aprender sobre os caminhos que ainda não foram trilhados.
Ela indicou a Asdulfor para que olhasse mais de perto as chamas. E enquanto ele se aproximava, as sombras dos dois se alongaram e se contorceram nas paredes, como se também estivessem tentando escutar.
— Encare o fogo e permita-se perder no ritmo dele, o Senhor da Luz revela o que ele desejar e nada além. Apenas aqueles com coragem para enfrentar as consequências de suas visões podem tocar essa força.
Asdulfor observou fixamente, e, por um breve instante, achou ter visto a silhueta de uma figura misteriosa no meio das chamas. Mas a visão logo desapareceu, deixando apenas o calor e o brilho do fogo diante dele.
Depois, Yara apagou a chama com um gesto, e o aposento mergulhou em uma escuridão quase absoluta. Ela ergueu as mãos, e, com um murmúrio de palavras em uma língua esquecida, as sombras começaram a se mover ao seu redor. Sombras de todos os cantos da sala pareciam se aglomerar e se envolver ao redor de Yara, criando formas vagas e contornos incertos que pareciam ganhar vida.
Ela murmurou, sua voz quase um sussurro.
— Asshai é o lar de deuses mais obscuros, e os sacerdotes e feiticeiros de lá invocam o poder das sombras. E as sombras, Asdulfor, são perigosas. Elas podem ser usadas como ferramentas, espiãs e até mesmo armas, mas sempre pedem um preço. A vida, a luz, o sangue… algo sempre é deixado em troca.
As sombras ao redor dela, como criaturas obedientes, começaram a se mover ao seu comando. Yara estendeu uma mão, e uma das sombras desceu pela parede, serpenteando até a mesa, passando por perto da mão de Asdulfor, que a observou com um fascínio que beirava o desespero. A sombra deslizou como se fosse sólida, parecendo capaz de invocar algo muito além de meras ilusões.
— Com o tempo e o sacrifício, você pode aprender a controlar o que está à margem da luz. Mas saiba que as sombras nunca pertencem totalmente a quem as chama. Assim como os deuses, elas têm suas próprias vontades e podem trair quem as subestima.
OFF: @Sandinus, faça um teste de Lidar com animais (Treinar), com dificuldade 15 para Rakashar e um para Morghul com dificuldade 12. Role um teste de Conhecimento (Educação) com dificuldade 12 para Olac e um com dificuldade 15 para Yara.