On Game: Minder over Matter

Era uma loteria imaginar como e se iria dar certo ler a mente do Original, mas mesmo assim Minder tentou sem se importar com as possibilidade.
Em um instante seguinte em que não sentia estar lendo nada pensava se estava lendo sua própria mente, além de uma leve confusão distante que não era clara de se indentificar.

—Eu posso recomentar isso, já que retornou para essa escola, ou você pode escolher algum outro lugar.

Era dificil dizer se conseguiu de fato ler a mente do Original, na verdade é bem provável que não e ele tenha percebido a sua tentativa. Isso já havia também acontecido antes, por um momento Minder pensou em colocar um rastreador no elmo, só depois se tocou que não tinha nenhum e que essa ideia de rastreador não era muito precisa.

Monóculo olhou para Minder com uma expressão ponderada, considerando as palavras dele. Ela sabia que a missão seria arriscada e que cada passo precisava ser meticulosamente calculado. Depois de alguns segundos, ela assentiu e deu um leve sorriso de confiança.

— Tenho algumas cartas na manga, Minder — disse Monóculo, dirigindo-se a ele com a voz calma e firme. — Posso convocar algumas figuras furtivas que conheço. O Morcego e o Vulto estão em Nova York agora, mas se os chamarmos, eles podem se juntar à equipe na Ucrânia. São especialistas em infiltração, e a habilidade deles para operar nas sombras será fundamental para o sucesso da missão.

Ela se virou para o computador da Mansão X, já digitando os comandos necessários para entrar em contato com seus aliados.

— Vou enviar uma mensagem codificada para eles. Se tudo correr bem, estarão a caminho dentro de algumas horas. Pode deixar essa parte comigo, Minder. Vamos precisar de toda a ajuda possível, e esses dois nunca me decepcionaram antes.

Enquanto Monóculo finalizava a comunicação, ela olhou novamente para Minder, com uma expressão que misturava determinação e uma leve expectativa. Ela sabia que, com a equipe certa, a missão teria muito mais chances de sucesso.

Monóculo sacava o celular fazia uma ligação e em seguida e olhava na tela alguns mapas curiosos dos Estados Unidos de um aplicativo que tinha algumas marcações.

—Eu estou ligando para o Morcego, me enganei sobre a localização, ele esta no Texas... Já o Vulto esta em Nova York, vou ligar.

Depois de um breve momento ela começava uma conversa,a Enfermeira cuidando do corpo ferido em estado grave do Arcano comentava.

—Precisamos levá-lo ao hospital, ele esta em estado grave.

—Vulto esta na Torre da Hella, disse que vai nos receber... Vocês podem deslocar o Arcano de alguma forma para emergência?

A Enfermeira fez sim com a cabeça, Bill olhou em seu tom aparentemente indiferente.

Adam sentiu a tensão no ar aumentar enquanto observava a movimentação da equipe ao redor do corpo ferido do Arcano. A Enfermeira, sempre eficiente, movia-se rapidamente para estabilizá-lo, mas não pôde evitar um olhar de preocupação.

— Você já está ajudando apenas ficando alerta, Adam — respondeu ela, concentrada.— O Arcano sofreu muito o ataque psicocinético, além que vai além das feridas físicas das rajadas ópticas de Sarah. E pelo que vejo algo também o estava influenciando... Vamos precisar de ajuda especializada para retirar essas... marcas.

Ela indicou com a cabeça as runas brilhando levemente no corpo do Arcano, inscritas em sua pele como se fossem tatuagens vivas, pulsando em um ritmo hipnótico. Adam se aproximou, intrigado, e notou que as marcas lembravam antigos símbolos de pirâmides que vira em suas explorações de textos esotéricos enquanto ele mesmo se conectou com o elmo de Nabu. Inclusive até mesmo tentando entender qual a relação que a entidade diz ter com divindades gregas , que pareciam até destoar em alguns aspectos para o próprio Mider.

A enfermeira olhou para Adam com seriedade.

— Se você puder encontrar Sarah e Vulto, eles têm acesso a magia suficiente para reverter isso. Eu vou mantê-lo estável até lá.

Adam assentiu e se preparou para acompanhar Sarah ao encontro de Vulto, mas seus pensamentos estavam a mil. A mística Torre de Hella, a caçada ao grupo de Claude Speedy, e agora as insígnias no corpo do Arcano. Havia uma conexão entre tudo aquilo, e Adam sabia que Vulto seria a chave para desvendar esse enigma.

Enquanto caminhavam, Sarah continuava focada nas ordens que ela e Adam precisavam seguir. Ela mal parecia ouvir as preocupações dele sobre as feridas no Arcano.

— Vulto já está nos esperando, e precisamos nos mover rápido — disse Sarah, ajustando seu traje de combate. —Ele conhece as magias antigas que podem desbloquear qualquer fronteira do mundo. E... tenha cuidado, Adam, porque não sabemos até onde a tal Hella esta também envolvida nessa tramóia contra a Suprema.

Adam ficou em silêncio, absorvendo as palavras dela, seus pensamentos vagando para o que ele já sabia sobre esses símbolos. As pirâmides maias, egípcias e até as da China compartilhavam elementos incomuns de design, construídas em diferentes partes do mundo, mas com estranhas semelhanças que lembravam os simbolos. Teóricos conspiracionistas afirmavam que tais estruturas eram mais do que apenas monumentos funerários; seriam, na verdade, dispositivos de poder, capazes de manipular energias místicas. Havia quem dissesse que essas energias estavam ligadas aos deuses da comunicação, como Hermes, Toth e Mercúrio — mensageiros divinos que controlavam os caminhos entre mundos.

E Nabu se dizia ser todos eles...Uma mente por trás de tudo. O voô até o aeroporto de "Nabu e Hermes Trismegisto..." pensava Adam, tentando afastar a ideia. Mas quanto mais pensava, mais difícil era não ver os paralelos. Ambos deuses do conhecimento, ambos mensageiros entre o mundo físico e o espiritual, ambos portadores de sabedoria antiga. Hermes, também identificado como Thoth no Egito, e Mercúrio na mitologia romana, era um ser que transcendia limites entre mundos e dimensões. Nabu, da mitologia babilônica, desempenhava um papel semelhante, sendo o deus da escrita e da sabedoria, responsável por registrar os decretos dos deuses.

Adam balançou a cabeça, irritado consigo mesmo.

— Não faz sentido
Minder murmurou, embora soubesse que Sarah o ouvira, como se uma força além de sua própria falasse por sua boca.

Ao chegar na porta se deparavam com um galante homem na recepção.

Carlos Daniel, O Síndico
—Em que posso ajudar? Estamos tendo um problema hoje... não sei se Hella esta disposta.

—Viemos falar com o Vulto...
—Se Hella não esta ele não esta.

Isso não fazia sentido, eles tinham combinado de se encontra-lo.

A mente do atendente era facilmente lida, ele estava preocupado com algum tipo de invasão que aconteceu na cobertura.

E recebeu ordens para tentar resolver de alguma forma capturando o invasor.

—Bom, sim...Houve, mas madame O'toddle pediu para tomarmos cuidado...alguma coisa estranha esta acontec...

O som se torna mais distante, o rapaz fica para atras enquanto o casal sobe.

Enquanto o casal subia a escadaria em espiral, Monóculo e Minder observavam pelas janelas das portas ao longo do corredor, onde viam várias salas em um estado de desordem inquietante. Algumas estavam repletas de livros espalhados e móveis cobertos de poeira, como se tivessem sido abandonadas há muito tempo; outras continham instrumentos antigos e papéis rabiscados com diagramas e símbolos desconhecidos.

No último andar, a cena era ainda mais perturbadora. Ao espiar por uma fresta na janela, Monóculo e Minder viram, no centro de uma sala estranhamente iluminada, uma criatura humanoide de pele cinzenta e tentáculos longos que pendiam da face. O ser tinha uma presença ameaçadora, com olhos brilhando em um azul pálido, quase etéreo, que parecia irradiar uma energia psíquica densa e desconcertante.



A criatura folheava cuidadosamente um livro antigo, suas garras finas deslizando pelas páginas amareladas com uma precisão quase reverente. Ao redor dela, prateleiras repletas de volumes empoeirados pareciam distorcidas, como se a própria realidade estivesse se moldando à sua vontade. Monóculo sentiu uma pontada de dor na cabeça, como se um sussurro distante estivesse tentando alcançar seus pensamentos.

A criatura levantou uma das mãos, fazendo um dos livros levitar suavemente. Em uma língua gutural e primitiva, começou a recitar palavras antigas, seus tentáculos contorcendo-se ao som de cada sílaba.