PLANESCAPE WORLD (Shamps)

YOO KIMIN

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SEOUL

O encontro na sorveteria tinha sido um caos, e Kimin sai correndo de mãos dadas com sua amiga Ae pelas ruas. Depois de entrar num beco e responder no celular para encontrar com Seungmin num ponto de ônibus, ela diz para a amiga,

- Vou ver o que o Seungmin quer e você vai comigo, Ae! – e continuou puxando a amiga pelo braço. Ela estava curiosa, depois do ocorrido na sorveteria, ela queria uma boa notícia.

Ae faz uma careta desconfortável.

“Aiaiai, estou com um pressentimento que voce vai me levar para uma furada...”

Kimin conhecia aquele atalho pelo beco, que passava pelos fundos dos edifícios. As duas vao avançando... só que não se sabia direito porque, se era pelo calor do verão ou se era pela poluição, os ouvidos das duas começaram a tampar e a zumbir, e a visão a embaçar.

“Kimin... eu... não estou passando bem. Vamos parar um pouco para descansar?”

Ae se recosta numa das paredes para se abanar, enquanto Kimin olha ao seu redor. Estranho, aquele atalho não era assim tão longo, era só dobrar a lateral para chegar próximo do ponto de ônibus. Alias, onde é que estava a lateral?

Voltou-se entao para Ae... Alias, onde é que foi parar a Ae? Kimin chamava por ela, mas nada... Teria ela voltado, e a deixado só? Não, isto não fazia sentido.

A jovem continua a chamar, e nada. Ela corre para a saída e então ve algo a sua frente... Já achou estranho, porque se parecia com uma bola flutuante amarela! Hmm.. não era redonda, e tinha o formato de uma caveira! Seria um espirito?



“Bem-vinda a cidade de Sigil! Em que posso ajuda-la?”

YOO KIMIN

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SIGIL

- quero ser um estrela de kpop! Muito legal essa tecnologia. Sou Yoo Kimin

A caveira amarela-azulada fica parada por uns instantes.

“Estrela de K-Pop... Não tenho essa entrada no banco de dados. O que é isto? Eu me chamo Mimir 154. Eu faço a acolhida aos recém-chegados a Sigil. Venha comigo.”

Mimir 154 então se vira e vai em direção da saída. Kimin o acompanha.

“Vou leva-la ao Centro de Recepção de Sigil. Eu a aconselho a ficar perto de mim durante o percurso, não converse com outros seres e caso surja algum perigo, siga minhas instruções. Quaisquer duvidas, poderei responder durante o percurso.”

Tudo aquilo era muiiiito estranho, até para um programa de pegadinhas...

Foi quando Kimin viu onde estava.



A saída do beco não parecia nem um pouco com Seul, ou qualquer outra cidade... moderna. Parecia que tinha voltado no tempo, para uma época medieval. Do outro lado da rua estava algo parecido com um anjo, mas em chamas! Não que aquilo o incomodasse, pois seguia flutuando numa boa. Tinha um homem barbado de orelhas pontudas e... aquele velho do Senhor dos Aneis? E uns anões?

Ela olha para cima, e parecia que a rua e a cidade subiam pelo horizonte. Tipo aquele filme do Leonardo DiCaprio dos sonhos... que não dava para entender nada.

Alias, sera que não estava dentro de um sonho?

YOO KIMIN

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SIGIL

- Eu também nem quero falar com ninguém aqui. Não se preocupe. Esse centro de recepção é longe? Por que eu tenho que ir para lá?

A caveira flutuante seguia a frente guiando o caminho.

“É bem perto, chegaremos la bem rápido. O centro de recepção é um lugar seguro, onde voce receberá algumas instruções e serão medidas suas habilidades.”

- Eu quero voltar para minha... c... casa... Mimir - falou o mais próximo possível que conseguiu da caveira, quase colando seu nariz na coisa flutuante - por favor!

O mimir continuou a seguir seu caminho, agora virando sua cara para Kimin enquanto flutuava.

“Infelizmente Kimin isto não sera possível no momento. Voce apareceu aqui em Sigil através de um portal aleatório, que se fechou. É possível que encontre informações sobre seu possível retorno no centro de recepção.”

A dupla continuou seguindo na rua, e Kimin pode ver que ela cruzava com todo tipo de criatura em seu caminho... demônios, gênios, um pato falando com uma arvore, que respondia. Teria visto alguma cena assim em um filme? De repente, mais a frente, no ar começa a jorrar agua, inclusive com alguns peixes, que ficaram saltando sobre si mesmos depois que terminou. Um rato que parecia ter o cérebro para fora foi para la e pegou um dos peixes.

Felizmente a caminhada não durou muito, e logo os dois entram em uma das casas, na qual estava escrito Centro de Recepção. Hmm, não estava escrito em coreano, mas ela conseguia ler. Alias, não estava conversando em coreano com o Mimir, mas conseguia entender e falar. Muito estranho.

O local por dentro era bem espaçoso, e estava vazio.



Logo eles chegam num balcão, onde esta uma mulher de cabelos escuros curtos cobrindo metade de sua face. Sua roupa tinha estilo, mas o que mais chamava a atenção era um cabo que parecia que tinha uma azeitona preta com algo pontudo, balançando na sua frente.



Mimir conversa um pouco com ela, e a moça então se dirige a Kimin.

“Boa tarde Kimin! Bem-vinda a Sigil. Meu nome é Catelyn. Voce esta no Centro de Recepção de Sigil. Por favor, sente-se. Em primeiro lugar, voce não esta mais no lugar de onde voce veio, a sua casa. Voce esta em um outro local, bem longe de casa. Sigil é a cidade dos portais, um local em outro plano, outra dimensão, outro mundo. Seu corpo parece humano... Ingere agua? Quer um pouco?”

YOO KIMIN

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SIGIL

- Vou recusar a água. Obrigada pela gentileza! Agora... Mimir disse de daqui posso voltar para casa. Por onde eu saio? - tentou parecer mais amistosa, já que ela estava um pouco alterada mais cedo - por favor!

Mimir aparece no meio das duas.

“Incorreto! Iniciando replay ... - ... - Infelizmente Kimin isto não sera possível no momento. Voce apareceu aqui em Sigil através de um portal aleatório, que se fechou. É possível que encontre informações sobre seu possível retorno no centro de recepção.”

Catelyn, a recepcionista, suspira, indicando a saída.

“A saída é pelo mesmo caminho por onde veio. Mas voce só vai voltar para a rua. Boa sorte!”, diz, enquanto pega uma revista.

Mimir então se aproxima de Catelyn, e próximo ao ouvido dela, diz algo em tom baixo. Ela arregala os olhos, e avalia Kimin de alto a baixo. A recepcionista pede para que a coreana aguarde um momento e diz algo em umas palavras estranhas. De repente Kimin sente que seus ouvidos não escutam mais nada.

Segue-se uma conversa de Catelyn com Mimir, como se fosse num filme mudo.

Ao final a mulher estala os dedos, e de repente a audição volta para Kimin. E a coreana percebe que aquela azeitona preta em um cabo na realidade era o rabo da moça.

“Muito bem... Por algum motivo a Direção tem um interesse em voce, Kimin... Então é o seguinte... Podemos providenciar sua volta para casa, mas este é um processo demorado. Voce não vai voltar hoje, nem na semana que vem, talvez nem mesmo neste ano. Como eu disse, é um processo demorado. E não sai de graça. Voce terá que trabalhar para a gente, neste período de tempo.”

YOO KIMIN

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SIGIL

A experiencia de ficar por um tempo sem escutar como se num passe de magica faz com que Kimin sinta seu coração acelerar e seus sentimentos virem a flor da pele. Não estava entendendo nada daquele lugar e daquela situação, e a perspectiva de ter que trabalhar ali por anos era insuportável.

O sangue começa a latejar na sua tempora, e a visão da coreana fica enevoada. Parecia que ia desmaiar, e o mundo parecia rodar. Como naquele dia em que... em que... a maldita Zora tinha trancado ela para morrer nas cinzas das fornalhas! O calor não poderia mata-la, mas as cinzas sim, absorvendo sua essência vital. Tudo isto por que? Por inveja? Por trabalhar melhor que ela?

Kimin sabia que naquele quarto cheio de cinzas, sua vida estava se esvaindo... E iria morrer... A menos que...

Juntou toda sua energia restante, e forçou uma explosão dentro de si! A porta não pode aguentar o impacto da explosão, e as cinzas deixaram o recinto!

Deixaram o recinto...

Kimin volta a si e olha os arredores... O local que era a recepção estava em boa parte destruída, e agora tinha focos de incêndio em vários cantos. A fumaça começou a subir e o cheiro estava bem forte. A coreana olhou para si, e viu que o chão onde estava tinha ficado preto, e suas roupas estavam... em frangalhos, dificilmente cobrindo seu corpo! Alguns tecidos ainda estavam em chamas, mas estranhamente, aquilo não doía, nem machucava.

Catelyn, a recepcionista, lentamente vai se levantando, aparecendo atrás do balcão. Mimir, a caveira flutuante, estava preta, e com a boca aberta.

“O que foi isso, menina, isto é comum no lugar de onde veio? Ainda bem que tenho certa resistência ao fogo, e me escondi atrás do balcão...”

“Esta informação não constava... Kimin, voce é capaz de controlar fogo? E causar explosões?”

“Você usa algum tipo de magia?”, diz, e fica pensativa por alguns instantes,” não... deve ser algo mais complexo que isto, para a Direção se interessar por voce... Se bem que explodir coisas é algo bem útil.”

YOO KIMIN

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SIGIL

- O... que... aconteceu...? ah meu deus! Senhor Mimir está bem? Senhorita Catelyn se feriu?

Catelyn tinha um pouco de fumaça saindo de pontos de sua roupa devido a algumas brasas que tinham caída sobre ela. Ela nega com a cabeça.

“Não me machuquei, mas estragou minha roupa preferida.”

O mimir, que estava preto com a fuligem, também nega.

“Não sofri dano nas minhas funções, mas vou precisar de uma pintura nova.”

- Não sei... Não... Não... Não... Também não, senhorita... Explodir coisas? O que quer dizer com isso? Isso é sonho... isso é um sonho... isso é um sonho... vou acordar... - ela fecha e abre os olhos devagar.

Catelyn e Mimir, ao ver a reação de Kimin as indagações, vão descendo lentamente para trás do balcão novamente. A atendente ergue-se somente o suficiente para poder enxergar a coreana.

“C-c-calma nessa hora, respire fundo. Acalme-se, pois acho que suas emoções desencadearam isso. Logo, logo vai vir o seu avaliador... Por favor, sente-se numa cadeira para aguarda-lo.”

Neste momento chega a brigada de incêndio, que é um homem acompanhado de um monte de agua que se movimenta por si só!

Facilmente os focos de incêndio são apagados, com a criatura passando por cima ou tocando nas brasas e no fogo. Logo eles terminam, e então passa pela porta uma criatura que parecia ser formada por duas caixas.


Catelyn, atrás do balcão escondida, aponta para Kimin. A criatura fica então frente a frente a coreana, e a olha de cima para baixo.

“Boa tarde, sou S051. Qual seu nome, sexo, plano ou planeta de origem, poderes especiais (magia, psionicos, super-ciencia)? Costuma trabalhar em grupo ou separada? Voce tem poder de entender qualquer língua? Tem interesse de trabalhar para a Guilda? Posso realizar alguns testes com voce? Não provocam dano nem sofrimento.”

YOO KIMIN

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SIGIL

- Mil perdões por isso, senhorita - e baixa a cabeça, quanto a caveira, ela riu de leve, aliviada - no seu caso acho que só uma limpeza resolve, afinal fuligem se tira com limpeza. Mas fico feliz por não estar danificado... espera, você é uma máquina?

Mimir fica parado por alguns instantes, computando a informação.

“Dificil explicar, dependendo do conceito de maquina. Sou movido a magia, e me classificam como construto.”

“É uma maquina, fica mais fácil de entender.”

- Eu estou calma, mas vocês se escondendo assim de mim me deixam preocupada. Eu não sou perigosa! - e cruzou os braços, foi quando viu um monstro aquático deslizar pela sala. Monstro? Não, ele era a própria água - a... aquilo é um elemental? - lembrou-se dos livros e jogos de video game fantasiosos que conhecia.

Enquanto conversa, Katelyn pega um manto grande da caixa de achados e perdidos e entrega para Kimin se vestir.

“Esta bem, mas se controla!, diz, e fica surpresa da estranha conhecer uma criatura dali,”hmm, então voce conhece um elemental da agua! Já é um começo...”

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- Ah, não... outro esquisito - ela fechou os olhos e tentou responder - Sou Yoo Kimin, feminino, plano? Ah... Plano material do planeta Terra que fica no Sistema Solar da Via Láctea, eu não tenho poderes especiais, mas aparentemente eles dizem que eu taquei fogo em tudo, eu sou ótima trabalhando em equipe e me viro muito bem sozinha também, eu falo coreano e inglês básico, Guilda? Que guilda? Testes, você tá maluco? Quanta pergunta sem sentido... - ela esfregava as têmporas - isso vai demorar muito? Eu tenho pressa!

A criatura esquisita em formato de caixa acena com a cabeça, enquanto rodeia Kimin, faz anotações, fica parado pensativo, cheira ela no suvaco. Ele pega um fio de cabelo, olha o comprimento e come. Faz cara de inteligente, balança a cabeça, faz cara de duvida.
Todo o processo se repete por 5 minutos...
Finalmente ele para e diz, com cara de catedrático.

“Hmm, apesar de voce não permitir meus testes, que tem 95% de eficácia, posso dizer que voce é uma espécie única neste multiverso... Única no sentido de que é extremamente rara, mas não única de uma só, como individuo. Voce é uma Singularidade Multi-planar.”

“Tambem nunca ouvi falar disso.”

“Foi o que eu disse, extremamente rara. No multiverso, a grande maioria dos seres possui copias nos variados planos de existência... Estes são chamados os reflexos, que podem ou não ter variações no que se refere a personalidade, poderes, aparência... Só que voce, Yoo Kimin, voce é única, não existem reflexos seus em outros planos e universos. ”

“Pelos meus arquivos, somente três foram catalogados com estas características ate agora.”

“Sim... Bem raro. Uma singularidade! Desculpem a piada, haha.”

“Isto foi uma piada?”

“Voltando... Seres com estas caracteristicas, que nao tem reflexos, ao chegarem em um novo plano, que nao seja o de origem, podem manifestar suas possibilidades. Por exemplo, se voce existisse aqui em Sigil, poderia ser um elemental do fogo, nascida de pais que moram em Sigil. Voce acaba criando uma falsa historia, como uma identidade falsa, só que com poderes reais. Por isto que voce explodiu com a recepção da guilda. Entendeu?”

“Olha, se foi difícil ate para mim enender, que dirá ela”!

YOO KIMIN

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SIGIL

- Isso não faz sentido, não existem caveiras voadoras no meu mundo... fale algo que eu entenda senão... bem... senão eu... queimo tudo aqui...

Catelyn e Mimir foram abaixando atrás do balcão novamente, e agora estavam acompanhados do homem-caixa.

“É que vocês, ao recepcionarem os recém-chegados, mais confundem do que ajudam! Por que ninguém me avisou antes que ela tinha chegado? Eu sabia mais ou menos o dia, mas não o horário!”

Kimin volta seu olhar para ver quem tinha chegado... Era uma voz feminina... mas o mais estranho é que tinha algo familiar no timbre.

Tratava-se de uma moça vestida como um ninja daqueles video-games super-violentos que os meninos gostavam. E a cara dela estava brava, como se ela quisesse arrancar o couro de alguém.



Ela vai caminhando com passos apressados ate ficar em frente de Kimin.

“Demorei para te encontrar, mas finalmente estamos aqui!”, diz e tira a mascara.



Ela sorri, mas logo perde o sorriso, ao ver que a outra não tinha reconhecido. Ela revira os olhos, solta o ar pela boca assobiando, procura algo em sua bolsinha e tira um crachá, com uma imagem.

Spoiler:

“Reconhece agora?”

YOO KIMIN

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SIGIL

- Eu te conheço? - disse com uma feição desconfiada ao ver a mulher retirar a máscara, porém, a mulher mostra uma foto de sua amiga e o olhar de Kimin muda imediatamente - AAAAAAAAAEEEEEEEEEEE - ela pula no pescoço da amiga - você também veio... Achei que tinha ficado para trás... mas... espera... você está diferente... mais velha e adulta??? - piscou ao prestar atenção e raciocinar - por que tá aqui? E assim? Que roupas são essas?

Ae sorri de felicidade com a reação estabanada da amiga que não via faz muitos anos, e a abraça com lagrimas escorrendo pelos olhos, contente por ver um rosto conhecido. Ela se afasta um pouco e segura nos ombros de Kimin, fitando-a de cima a baixo, e viu que era a mesma da sua memoria desde que se perderam naquele fatídico dia no beco.

Ae da um giro para a amiga apreciar seu visual.

- É, acabei ficando para tras mesmo... naquele dia, quando a gente estava andando naquele beco, comecei a me sentir mal, e depois que me encostei na parede para descansar, tudo começou a girar e vim parar aqui nesta cidade estranha... ai eu comecei a surtar e gritar e correr, quando me trouxeram aqui para a Guilda dos Aventureiros... eu sei que fiquei uma semana sem sair do quarto.

A amiga pega Kimin pela mão, e ela vai guiando pelos corredores da Guilda até os quartos do estabelecimento. Ae mostra o quarto dela, que parecia uma reprodução do quarto que tinha na sua casa, só que com uma ou outra coisa de cor estranha ou formas fora do comum. Era uma decoração moderna, funcional e bem organizada. As paredes foram pintadas em rosa claro, criando uma atmosfera relaxante e agradável. Além disso, tinham pôsteres, só que ao invés de ídolos de K-pop ou imagens de personagens de dramas coreanos, tinham algumas criaturas diferentes, como anjos, vampiros e demonios. Era difícil saber se era uma representação, ou se os bichos eram mesmo de verdade.

A cama era uma beliche. Ela mostra o lugar dela embaixo, e a parte de cima ela indica para Kimin.

- Eu sempre tive esperança de te encontrar... O pessoal da guilda foi muito bonzinho comigo, e disseram que eu podia ser uma boa lutadora ninja, e me treinaram... eu faço serviços para eles para ganhar um dinheiro e manter meu quarto. Depois de um tempo eles me explicaram o que tinha acontecido com a gente, Kimin, e disseram que voce iria aparecer em algum momento no futuro. Foi só recentemente que eles conseguiram dizer exatamente o dia em que voce ia sair daquele beco, e desde o momento que cheguei aqui, se passaram 4 anos...

YOO KIMIN

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SIGIL

- Você está linda.... omg... agora isso faz de você mais velha que eu - ela pondera animada quando já estavam no quarto e Kimin jogada na cama de cima - isso tudo é uma loucura. 4 anos? Não consigo nem imaginar sua solidão e confusão... Mas... o que são essas coisas nas paredes?

“Obrigada... Acho que os exercícios e a idade me fizeram bem... Não vou dizer que foi fácil, pelo contrario, mas no final das contas até que consegui me adaptar. Quanto as imagens, eles são como se fossem ídolos da nossa terra, gente, ou melhor, seres que são como se fossem celebridades. Alguns cantam, participam de filmes, outros são aventureiros famosos... Quem sabe também não fico famosa?”

- você é uma ninja? Igual dos filmes? Por que você veio para esse lugar? O que querem com a gente? Eu sou só uma menina comum... você é só uma menina comum... menina? Você é uma mulher agora... oh céus... Oh... e seus pais? Eu vou perder todas as audições de kpop??? Minha carreira já era...

“É, voce acredita? Sou uma ninja! Yeah! Eu nunca me imaginei fazendo este tipo de coisa, eu odiava as aulas de Educacao Fisica! Mas não sei, tem magia por aqui... Se existem anjos, demônios, por que eu não posso ser uma ninja? Neste lugar, Kimin, a gente pode ser o que a gente quiser! Por este lado, é uma boa morar aqui, pois não sou mais apenas uma menina comum. Logico, sinto falta dos meus pais, e por isto tenho procurado por maneiras de encontrar nossa casa. Mas não sei... bem, enfim, não fique triste... que tal voce ser uma estrela de k-pop por aqui? Vai que as criaturas daqui gostam...”

-eu quero voltar, eu não quero ser uma ninja ou aquela coisa lá que a caixa de papelão falou... - fez beicinho - como você se adaptou a isso tudo? - e estendeu a mão para Ae.

Ae pega na mão da amiga e a aperta firme, mas gentil, sorrindo.

“Nós duas vamos voltar, é possível, uma vez quase consegui... mas talvez demore para surgir outra oportunidade. Quem sabe isto seja o que vai te permitir se adaptar aqui, saber que é possível.”