A fome era sempre uma companheira inseparável e inquietante, só satisfeita verdadeiramente pela morte que ele se recusava a dar a pelo menos aqueles que não a mereciam e não havia nenhum alvo em sua mente que fosse merecer agora, uma pena. Ele junta suas coisas, desa vez além da espada um punhado de estacas mágicas iam pros bolsos do sobretudo, estava satisfeito de como a cripta velha e esquecida havia funcionado bem, um cemitério verdadeiramente morto o qual nem mesmo deveria haver enterros mais, precisava arrumar uma fonte de alimento segura, por hora era se garantir no que lhe aparecesse. Ao por o pé pra fora de sua nova morada ele se assusta, não pelo horizonte ainda parcialmente avermelhado, mas pela falta de cobertura da escuridão, a merda de um erro amador que ele deveria ficar mais atento, ele se desloca rápido pra longe da cripta correndo entre as lápides e túmulos, até se encontrar totalmente fora das imediações, não pelo portão principal, mas por cima de uma parte dos muros que fosse menos chamativa, a próxima hora ele se dedicaria a caçada, pessoas dormindo prematuramente cedo, mendigos, um hospital cheio de doentes ou até mesmo o playboy indo buscar drogas na boca da esquina, não era absolutamente seletivo desde que não envolvessem infantes. |
Jack Mostrom
- Ankou
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- Mensagem nº21
Re: Jack Mostrom
- Alexyus
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- Mensagem nº22
Re: Jack Mostrom
Jack se movia pelas ruas decadentes de Gary, onde a luz artificial era fraca e irregular, criando sombras profundas nas esquinas dos edifícios abandonados. O som ocasional de vidros quebrados, passos apressados e murmúrios vindos de becos indicava que a cidade não estava totalmente morta. Aquela era sua vantagem. Havia presas aqui. A noite era sua aliada, e as pessoas ainda precisavam sobreviver em meio ao caos da cidade.
Ele começou pela zona dos prédios abandonados nos arredores, áreas onde desabrigados se agrupariam para evitar o frio e a escuridão das ruas. Passou por várias figuras encolhidas em cobertores, mas evitou agir de imediato. Alimentar-se dos indigentes seria fácil se achasse um solitário, mas eles estavam aglomerados, buscando proteção nos números.
Jack esperou nas sombras, os sentidos aguçados à procura de alimentação. A fome estava ainda não estava controlada, mas o desejo pelo controle e pela oportunidade de seguir em frente naquela noite o impulsionava. Ele viu o comprador se aproximar do traficante, um jovem que tentava parecer confiante, mas cujos gestos nervosos traíam seu medo. Jack sabia o que viria a seguir. A transação seria rápida, e o jovem, ansioso para se afastar do perigo, iria embora apressado, um alvo fácil.
Ele esperou pacientemente, misturando-se à escuridão entre dois edifícios desgastados pela decadência de Gary. O cheiro de mofo e sujeira era sufocante, mas ele estava acostumado com isso. Ouviu o som abafado de palavras trocadas rapidamente, o estalo de dinheiro trocando de mãos, e logo o comprador começou a se afastar, com passos rápidos, quase apressados.
Jack deslizou para fora das sombras, seguindo-o a uma distância segura. Não havia urgência em seu ataque, ele era um predador calculista. O jovem olhava para trás ocasionalmente, como se soubesse que estava sendo seguido, mas Jack era invisível aos seus olhos, movendo-se pelas trevas como uma sombra viva.
Quando o rapaz finalmente se afastou o suficiente da vista do traficante, Jack fez sua jogada. Ele acelerou o passo silenciosamente, e em um movimento fluido e preciso, agarrou o jovem por trás, puxando-o para um beco ainda mais escuro. O rapaz mal teve tempo de reagir. Um grito sufocado tentou escapar de sua garganta, mas foi cortado pela mão firme de Jack, que abafava qualquer som.
Sem mais demora, Jack expôs suas presas e, com a precisão de um caçador experiente, mordeu o pescoço do rapaz. O sangue fluiu quente e intenso, misturado com a adrenalina e o medo, alimentando o Ventrue de maneira ainda mais satisfatória do que no hospital. A sensação era viciante, o poder que o sangue trazia pulsava dentro de Jack, e por um breve momento, ele sentiu o prazer da dominação completa.
O jovem estava fraco, quase desmaiando de medo e perda de sangue, mas Jack, como sempre, soube a hora de parar. Ele retirou suas presas e lambeu a ferida, selando-a com seu toque sobrenatural, sem deixar rastros visíveis do ataque, exceto pela palidez súbita que agora dominava o rosto do rapaz.
Sem mais olhar para trás, Jack desapareceu novamente nas sombras, deixando o jovem atordoado e confuso, mas vivo. Ele se sentia mais forte agora, a fome completamente suprimida. A noite ainda era sua, e havia muito o que fazer.
Ele começou pela zona dos prédios abandonados nos arredores, áreas onde desabrigados se agrupariam para evitar o frio e a escuridão das ruas. Passou por várias figuras encolhidas em cobertores, mas evitou agir de imediato. Alimentar-se dos indigentes seria fácil se achasse um solitário, mas eles estavam aglomerados, buscando proteção nos números.
Jack esperou nas sombras, os sentidos aguçados à procura de alimentação. A fome estava ainda não estava controlada, mas o desejo pelo controle e pela oportunidade de seguir em frente naquela noite o impulsionava. Ele viu o comprador se aproximar do traficante, um jovem que tentava parecer confiante, mas cujos gestos nervosos traíam seu medo. Jack sabia o que viria a seguir. A transação seria rápida, e o jovem, ansioso para se afastar do perigo, iria embora apressado, um alvo fácil.
Ele esperou pacientemente, misturando-se à escuridão entre dois edifícios desgastados pela decadência de Gary. O cheiro de mofo e sujeira era sufocante, mas ele estava acostumado com isso. Ouviu o som abafado de palavras trocadas rapidamente, o estalo de dinheiro trocando de mãos, e logo o comprador começou a se afastar, com passos rápidos, quase apressados.
Jack deslizou para fora das sombras, seguindo-o a uma distância segura. Não havia urgência em seu ataque, ele era um predador calculista. O jovem olhava para trás ocasionalmente, como se soubesse que estava sendo seguido, mas Jack era invisível aos seus olhos, movendo-se pelas trevas como uma sombra viva.
Quando o rapaz finalmente se afastou o suficiente da vista do traficante, Jack fez sua jogada. Ele acelerou o passo silenciosamente, e em um movimento fluido e preciso, agarrou o jovem por trás, puxando-o para um beco ainda mais escuro. O rapaz mal teve tempo de reagir. Um grito sufocado tentou escapar de sua garganta, mas foi cortado pela mão firme de Jack, que abafava qualquer som.
Sem mais demora, Jack expôs suas presas e, com a precisão de um caçador experiente, mordeu o pescoço do rapaz. O sangue fluiu quente e intenso, misturado com a adrenalina e o medo, alimentando o Ventrue de maneira ainda mais satisfatória do que no hospital. A sensação era viciante, o poder que o sangue trazia pulsava dentro de Jack, e por um breve momento, ele sentiu o prazer da dominação completa.
O jovem estava fraco, quase desmaiando de medo e perda de sangue, mas Jack, como sempre, soube a hora de parar. Ele retirou suas presas e lambeu a ferida, selando-a com seu toque sobrenatural, sem deixar rastros visíveis do ataque, exceto pela palidez súbita que agora dominava o rosto do rapaz.
Sem mais olhar para trás, Jack desapareceu novamente nas sombras, deixando o jovem atordoado e confuso, mas vivo. Ele se sentia mais forte agora, a fome completamente suprimida. A noite ainda era sua, e havia muito o que fazer.
- Ankou
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- Mensagem nº23
Re: Jack Mostrom
Definitivamente não era o tipo de presa preferidas de Jack, inocente a qual provia pouco perigo, portanto não lhe era permitido ceifar-lhe a vida. “É humano se alimentar, é humano se defender, mas não é humano tirar uma vida inocente.” eram as palavras que ecoavam em sua mente o bastante pra deixar o coração do rapaz continuar pulsando e que fazia Jack se recobrar de seu estupor. - Nem uma gota derramada, a corte iria amar me ver vestido de branco. - ele sussurrava pra si próprio com puro escárnio. A mão vasculha o bolso do rapaz atrás do pacotinho de drogas, ele sabia que o beijo deixava os humanos desnorteados, a memória afetada. - O diabo cruzou o caminho de vosmecê hoje e seu coração bate e vosmecê vive, um aviso de parar de apodrecer seu corpo e sua mente com essa porcaria, depois dôje caça sua seara, Jesus, os santos ou os caboclos dos pretos. - Aquilo eram palavras vazias, pra ele próprio era racional que houvesse mágica religiosa de todos os tipos, pro rapaz com sorte ele veria aquilo como uma revelação e tomaria um caminho melhor se fosse capaz de se lembrar, mas a verdade era que aquilo lhe fazia atenuar alguma culpa, não de seu ato atual, mas de muitos outros que era incapaz de lembrar. A droga vai parar dentro de um bueiro na esquina, ele sabia até que poderia usar como moeda pra alguma coisa, mas tinha absoluto e nenhum interesse nisso, haviam coisas mais importantes e só. Pensou primeiramente em talvez ir prestar seu auxílio a Vaisey, mas a própria ideia de ter um kindred tão próximo o enojava, sabia que seria incomodado eventualmente, e esperava que isso demorasse mais uma década, mesmo sabendo que era absolutamente absurdo. Ele queria achar a mulher e sabia que não seria capaz de fazê-lo de forma habitual, nenhum mendigo havia de vê-la, nem o traficante, com sorte ela poderia ter deixado algum rastro na escola abandonada, era o único ponto de partida que tinha. |
- Alexyus
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- Mensagem nº24
Re: Jack Mostrom
Com o pacotinho de drogas descartado no bueiro, Jack deu um último olhar ao rapaz que ainda cambaleava no beco, a pele pálida, mas o coração pulsando firme. Jack se afastou, enquanto os passos do jovem desapareciam na distância, e ele não pôde deixar de sentir certo desprezo pelas circunstâncias que o levaram a escolher uma presa como aquela. Mas, na ausência de escolhas melhores, ele sabia que ao menos mantinha intacta a linha tênue entre saciar sua fome e manter sua própria moralidade – se é que algo semelhante a isso ainda existia em sua natureza vampírica.
Ao invés de seguir para o Elísio, onde sabia que a noite poderia trazer novas tensões, Jack decidiu investigar a velha escola onde encontrara a mulher vampira na noite anterior. Ele ainda estava intrigado com ela, com o breve vislumbre que tivera de uma figura que parecia saber mais sobre Gary do que ele – e talvez até mais sobre as intenções dos anarquistas na região.
A escola abandonada estava envolta em silêncio absoluto, uma visão solitária e decadente que se fundia com a paisagem desolada da cidade. Paredes grafitadas e janelas quebradas eram as marcas que restavam de um lugar que, outrora, fora um centro de aprendizado. Jack entrou, seu passo cuidadoso ecoando nos corredores cobertos de poeira e cheios de ecos vagos de risadas e vozes do passado. No escuro, as salas vazias pareciam cavernas onde o tempo se deteve, mas Jack sabia o que procurar. Ele voltou ao local onde havia visto a mulher pela última vez, tentando identificar algum traço, algum rastro que pudesse indicar para onde ela poderia ter ido.
Iluminando o caminho, não demorou para que alguns detalhes chamassem a atenção dele. Primeiro, havia marcas finas e estranhas no chão, como se algo afiado tivesse sido arrastado ali recentemente. Pareciam ser runas parcialmente apagadas em algumas pedras caídas no chão – o que poderia muito bem indicar que algum tipo de ritual havia sido realizado ali recentemente.
Aquelas runas pareciam fragmentos de um idioma arcaico que ele já tinha visto antes, provavelmente enochiano, o idioma supostamente usado na lendária Primeira Cidade, talvez algo associado aos mais antigos demônios ou entidades de trevas. Algumas runas estavam apagadas ou cobertas de fuligem, como se o próprio lugar estivesse imbuído de uma energia opressiva, uma escuridão que apenas aguardava ser libertada. Mas para libertar o que, ele não sabia.
Mesmo com suas limitadas descobertas, era evidente que algo perigoso e sombrio estava em curso, talvez algo ligado à própria natureza da cidade de Gary. Aquela mulher talvez tivesse informações essenciais sobre os eventos recentes e os símbolos que agora observava. Se ela realmente estivesse envolvida com anarquistas, a situação era ainda mais perigosa; algo grande estava acontecendo – e Jack teria de decidir se estava disposto a seguir ainda mais fundo em sua busca por respostas.
Ao invés de seguir para o Elísio, onde sabia que a noite poderia trazer novas tensões, Jack decidiu investigar a velha escola onde encontrara a mulher vampira na noite anterior. Ele ainda estava intrigado com ela, com o breve vislumbre que tivera de uma figura que parecia saber mais sobre Gary do que ele – e talvez até mais sobre as intenções dos anarquistas na região.
A escola abandonada estava envolta em silêncio absoluto, uma visão solitária e decadente que se fundia com a paisagem desolada da cidade. Paredes grafitadas e janelas quebradas eram as marcas que restavam de um lugar que, outrora, fora um centro de aprendizado. Jack entrou, seu passo cuidadoso ecoando nos corredores cobertos de poeira e cheios de ecos vagos de risadas e vozes do passado. No escuro, as salas vazias pareciam cavernas onde o tempo se deteve, mas Jack sabia o que procurar. Ele voltou ao local onde havia visto a mulher pela última vez, tentando identificar algum traço, algum rastro que pudesse indicar para onde ela poderia ter ido.
Iluminando o caminho, não demorou para que alguns detalhes chamassem a atenção dele. Primeiro, havia marcas finas e estranhas no chão, como se algo afiado tivesse sido arrastado ali recentemente. Pareciam ser runas parcialmente apagadas em algumas pedras caídas no chão – o que poderia muito bem indicar que algum tipo de ritual havia sido realizado ali recentemente.
Aquelas runas pareciam fragmentos de um idioma arcaico que ele já tinha visto antes, provavelmente enochiano, o idioma supostamente usado na lendária Primeira Cidade, talvez algo associado aos mais antigos demônios ou entidades de trevas. Algumas runas estavam apagadas ou cobertas de fuligem, como se o próprio lugar estivesse imbuído de uma energia opressiva, uma escuridão que apenas aguardava ser libertada. Mas para libertar o que, ele não sabia.
Mesmo com suas limitadas descobertas, era evidente que algo perigoso e sombrio estava em curso, talvez algo ligado à própria natureza da cidade de Gary. Aquela mulher talvez tivesse informações essenciais sobre os eventos recentes e os símbolos que agora observava. Se ela realmente estivesse envolvida com anarquistas, a situação era ainda mais perigosa; algo grande estava acontecendo – e Jack teria de decidir se estava disposto a seguir ainda mais fundo em sua busca por respostas.
- Ankou
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- Mensagem nº25
Re: Jack Mostrom
A cada passo que ele dava em direção a aquilo ficava mais descontente, não havia com quem discutir, não havia outro Tremere e provavelmente quem mais detinha conhecimento era a então intitulada príncipe Hecata, não sabia de onde vinha aquela ojeriza, que lhe fazia ficar relutante em se consultar com ela, mas o problema era real, o xerife Gangrel era um soldado bruto que dificilmente saberia qualquer coisa sobre aquilo, a malkaviana cega não lhe tinha nenhuma serventia e todos os outros eram completos idiotas isso se é que continuavam vivos, certamente nenhum anarquista lhe estenderia a mão. Claro que Jack iria mais fundo, qualquer coisa escrita em enoquiano era tão perigoso quanto coisas escritas em latim, mas a segunda era pura ficção de Hollywood, era a hora de fazer uma visita a Albertini e tentar colocar tudo aquilo de maneira prática pra que ela seguisse seu raciocínio, lá se ia seu breve jejum de não estar presente com outro kindred por pelo menos uma década, o faria se pudesse… |