@Ed AraújoNo silêncio abafado da noite de Arkham, uma bruma espessa e sobrenatural envolvia a Universidade Miskatonic. Três figuras sombrias emergiam das sombras da estação de trem, guiadas por espíritos antigos que sussurravam segredos esquecidos. À frente, Adriano di Rafastio i Pallottino, o descendente de vampiros e mago da morte italiano, avançava com um propósito determinado. Seus olhos vermelhos cintilavam com uma intensidade predatória, refletindo a luz fantasmagórica da lua cheia. Ao seu lado, a vampira do clã Giovanni, Lucrezia Della Passaglia, movia-se com a graça fluida de um felino, suas presas brilhando sob o véu noturno. O terceiro membro do grupo, Thierry, um mago da morte Gajun e devoto Lhaksmista, mantinha-se em uma postura serena, porém alerta, suas habilidades ocultas prontas para serem invocadas.
Os três haviam partido de Nova Orleans, uma cidade igualmente imersa em mistérios e magias antigas. Adriano, manipulador hábil, havia orquestrado um acordo com a família de Lucrezia para garantir a companhia de Thierry, um antigo membro do Cálice Dourado, no qual suas habilidades únicas poderiam ser úteis. Os espíritos dos deuses etruscos, convocados por Adriano, guiaram-nos através de sonhos e visões, trazendo-os até Arkham para um propósito ainda não revelado por completo.
Ao se aproximarem da entrada principal da Universidade Miskatonic, o ar vibrava com uma tensão palpável. Adriano podia sentir os murmúrios dos espíritos ancestrais em seu ouvido, avisando-o de que algo importante estava para acontecer. A aura de Miskatonic era pesada com a presença de magias antigas e segredos perigosos, um campo fértil para aqueles que sabiam como explorá-lo.
O trio foi levado até um prédio abandonado no campus, onde um evento clandestino de vale-tudo estava acontecendo. A universidade, conhecida por suas investigações ocultas, frequentemente atraía uma variedade de seres sobrenaturais e humanos com conhecimentos arcanos. Dentro do prédio, uma multidão diversa já estava reunida, formando um círculo ao redor de um ringue improvisado. Os espectadores incluíam estudantes, magos, e criaturas das trevas, todos atraídos pela promessa de violência e pela energia mágica que permeava o lugar.
Adriano, Lucrezia e Thierry encontraram seus lugares entre a multidão, atraindo olhares curiosos e suspeitos. Lucrezia, com sua presença imponente, parecia alheia às atenções, enquanto Thierry analisava cada rosto, cada movimento, em busca de ameaças ou oportunidades. Adriano, no entanto, estava focado no ringue, onde duas figuras se enfrentavam em uma luta brutal.
No centro haviam dois casais de lutadores se enfrentando. Um homem musculoso e coberto de tatuagens, movia-se com a força de um titã, seus golpes ressoando como trovões no pequeno espaço. Seu oponente, uma mulher esguia com olhos de serpente, deslizava ao seu redor com uma agilidade sobrenatural, desviando-se dos ataques com uma precisão letal. Do outro lado um homem com um físico mais comum lutava com outra garota quase do tamanho dele e a agarrava pelo pescoço e a tentava projetar contra o musculoso.
Cada impacto era acompanhado por gritos e aplausos da multidão, criando uma cacofonia de som e energia.
Os espíritos etruscos sussurraram novamente nos ouvidos de Adriano, revelando que este evento era mais do que uma simples luta. Era um ritual, uma convergência de poderes antigos que poderia ser manipulada para seus próprios fins. Com um sorriso frio, Adriano percebeu que este era o momento pelo qual haviam sido guiados até Arkham.
Thierry, percebendo a mudança na expressão de Adriano, inclinou-se ligeiramente para a frente. "O que você vê?" ele perguntou em um tom baixo, mas carregado de curiosidade.
E tudo que ele via, era uma oportunidade, sentia que o Martelo de sua família estava ali respondeu Adriano, os olhos brilhando com uma luz intensa no plano umbral nem puderiam ser apagados. Jana estava bem perto e Thierry continuou... "Eu estou vendo Jana."
Com um sorriso Lucrezia olhou exatamente para onde a garota estava, essa parecia sacar um martelo.
@Zireael,
@nahnaA atmosfera no prédio abandonado da Universidade Miskatonic estava carregada de uma tensão elétrica quando Jana com uma presença imponente, segurava firmemente seu martelo esotérico, um artefato capaz de quebrar a barreira entre o plano material e o espiritual que ela mal entendia e avançou sobre o octógono. Alice cujos olhos brilhantes eram quem realmente viam o que era transmitido para Eutanatos com seus sentidos de médium afinados com o mundo dos espíritos, permaneceu próxima sem imaginar que ela faria aquilo.
Ela se moveu com força, deixando para trás Gerdou e o lutador Gonzales, que ainda estavam distraídos pelo frenesi da luta. Alice, com sua habilidade de ver espíritos, guiava Jana através da multidão por um elo psíquico e suas visões revelando os pontos mais fracos na barreira dimensional. A dupla compartilhava uma conexão profunda, pois suas almas estavam ligadas pela presença espectral de Nathicana, a musa que era aparentemente uma terceira parte da alma de ambas.
Ao chegarem ao meio ringue, Jana e Alice se posicionaram no centro do tumulto. A luta no ringue parecia desacelerar enquanto o público se dava conta da intrusão. Adriano, Lucrezia e Thierry observaram com curiosidade e cautela, reconhecendo a presença de um novo poder e da arma que ele deveria obter. Era tudo muito rápido , mesmo tentando chegar até lá.
Jana ergueu o martelo. Com um movimento poderoso, Jana trouxe o martelo para baixo, golpeando o chão do ringue com uma força monumental. O impacto reverberou pelo prédio no mundo espiritual, e uma rachadura etérea se abriu, emitindo uma luz espectral e um vento gélido que era visível apenas para os magos e feiticeiros na multidão que pareciam estar esperando por isso.
—Ora, então é um cerdame que você quer, Gonzales? Você nem deveria estar aqui...não é digno de ser chamado de Desperto... Os espectadores que eram capazes de ver o que estava acontecendo recuaram, aterrorizados e fascinados, enquanto a barreira entre os mundos começava a se romper para os capazes de ver. Espíritos começaram a emergir, flutuando e sussurrando em línguas esquecidas. Nathicana, a entidade compartilhada pelas almas de Jana e Alice, estava prestes a ser liberada. Sua presença era sentida como uma sombra sobre o ringue, uma figura etérea de beleza e terror.
Alice entrou em um transe profundo, seus olhos ficando brancos enquanto ela canalizava a energia dos espíritos. "Eu estou vindo," murmurou, mas não era sua voz ecoando como se viesse de longe. Jana manteve-se firme, sentindo a força da conexão entre ela, Alice e Nathicana crescendo.
Nesse momento, Adriano percebeu a oportunidade. Ele deu um passo à frente, seu olhar fixo na fenda dimensional e no instrumento que era seu por direito nas mãos de Jana.
Para maioria das pessoas, especialmente as adormeciadas, simplesmente pareceu que Jana tentou acertar um dos lutadores com uma martelada e o juiz que pouca coisa proibia naquele combate a tirou do palco.
@baramut
Caleb observou atentamente a reação do segurança enquanto lançava sua estratégia persuasiva. O segurança parecia ponderar as palavras, seus olhos buscando sinais de verdade nas expressões de Caleb. O ambiente ao redor estava tenso, com a energia da luta e a presença policial criando uma atmosfera de iminente confronto.
O segurança coçou o queixo, visivelmente incomodado com a situação. Ele olhou para os lados, verificando se alguém estava prestando atenção à conversa. Por fim, ele suspirou e fez um gesto com a cabeça, permitindo que Caleb passasse, talvez querer se livrar da cara feia do caçador convenceu mais do que as palavras.
Seguindo em frente, Caleb manteve sua expressão determinada, mas por dentro ele sabia que estava em uma situação delicada. Ele precisava agir rápido e com precisão se quisesse alcançar seu objetivo sem chamar muita atenção.
Ao entrar no vestiário, Caleb um homem corpulento com tatuagens visíveis pelo pescoço, um lutador de renome conhecido por sua brutalidade no ringue e que ele jurava que tinha matado e bebido todo o sangue e o pior, o desgraçado parecia mais bonito que quando eles moravam nos esgotos.
—Ora, se não é o meu bichinho favorito! Que foi? Surpreso em me ver, "matador"...? Hehehe...