Enquanto Adriano, Jana e Alice seguiam Vanth, ou Nathicana como ela era conhecida em terras distantes, ela parou e olhou para eles com olhos que pareciam conter o brilho dos céus e as profundezas dos abismos. Sabia que o momento havia chegado para revelar uma verdade que transcendia as fronteiras do tempo, dos povos, e até das divindades. Com uma voz que soava como o eco de eras passadas, ela começou a falar:
“Vocês se perguntam por que eu sou conhecida por diferentes nomes em diferentes terras, por que os Etruscos me chamaram de Vanth, enquanto os povos nativos desta terra, a América, me chamam de Nathicana. A resposta está nas raízes do próprio mundo e nos destinos dos Deuses e dos homens.Na antiga Etrúria, eu era Vanth, a Guia das Almas, a Mensageira do Outro Mundo. Meu papel era abrir os caminhos para aqueles que estavam entre a vida e a morte, para conduzir os espíritos ao destino final. Naquela terra, meus atributos eram sempre de transição e passagem. Eu era a sombra que os sacerdotes etruscos reverenciavam, a força que ligava os vivos aos mortos, e através de mim, os mistérios do além eram revelados aos que eram dignos.
Porém, os séculos passaram, e o Império de Roma se ergueu, engolindo a Etrúria e seus Deuses. Os romanos, ao conquistar aquelas terras, também se depararam comigo. Mas, para eles, eu me tornei algo mais. Eu era a intermediária entre os deuses e os homens, o reflexo de uma verdade divina que não se limitava a uma só cultura. Roma me reconheceu nos cultos das Parcas e nas visões de seus augúrios. Eu me tornei um símbolo do destino inescapável, aquele que guiava as legiões e os imperadores. Em segredo, muitos sacerdotes e líderes invocaram meu nome, pois sabiam que eu não era limitada ao ciclo de vida e morte, mas uma guardiã de mistérios profundos do cosmos.
Então, cheguei às Américas. Aqui, entre os nativos, fui reconhecida de uma forma diferente. Eles me chamaram de Nathicana, aquela que se move entre os mundos como uma Tecelã de Destinos, uma senhora das transições. Eles me viam não apenas como uma guia das almas, mas como uma Mãe Antiga, uma entidade que governa as forças criativas e destrutivas da natureza. Eu era ligada à terra, às estrelas e aos espíritos ancestrais que guiavam seus povos. Assim como entre os etruscos, os nativos me viam como uma ponte entre o mundano e o sagrado, mas com um nome que refletia suas próprias cosmologias, sua própria verdade.”
Ela parou por um momento, deixando que as palavras reverberassem dentro dos três.
“Agora, vocês entendem que os nomes mudam, mas a essência é uma só. Em cada era, em cada terra, sou chamada de uma forma, mas continuo sendo a mesma divindade que transita entre o visível e o invisível. E vocês... Vocês agora também compartilham essa verdade.Os três se tornaram um só Deus. Não apenas no sentido figurado, mas no verdadeiro sentido divino. Quando os toquei, quando suas almas se fundiram, vocês se tornaram reflexos uns dos outros. Assim como eu sou múltipla em nome e forma, vocês também são um só, e ao mesmo tempo, muitos. Vocês carregam dentro de si a fusão do espírito do guerreiro, da sábia e da vidente. Adriano, Jana, Alice — vocês não são mais apenas humanos caminhando entre os mortais. Vocês se tornaram aspectos de uma divindade maior, uma entidade que molda e é moldada pelas forças do destino.
Vocês são como Vanth, Nathicana, e todas as formas que já tomei. Em vocês, vive o poder de guiar, de decidir, e de criar novos caminhos para aqueles que ainda não enxergam a verdade. Vocês trilham o caminho dos Deuses, assim como eu, e agora, como um só, também farão escolhas que ecoarão pela eternidade.”
Ela sorriu, um sorriso ao mesmo tempo consolador e aterrador, pois os três compreendiam que esse fardo era imenso. Eles eram agora parte do divino, parte da própria tessitura do universo.
"Agora, sigam-me, pois o destino de vocês está apenas começando."Off: Me perdoeem pela longa espera,
@Ed Araújo,
@Zireael, e
@nahna. Um monte de compromissos de trabalho e problemas pessoais se acumularam nesse meio tempo. Vocês em termos de regra compartilham o mesmo Arete se forem fazer efeitos mágikos em conjunto... Precisam combinar para usar esse arete. E vão postar a partir de agora no
uma coisa importante: "Cadê o Akon?"==============================================================================================================================
Ebola avançou, o brilho insano de seus olhos vermelhos fixo em Caleb, seu corpo se movendo com uma velocidade sobrenatural. A espada, cravada em seu corpo, tremia conforme ele puxava, tentando arrancá-la de suas entranhas, o metal reluzindo à medida que saía com um som molhado e repulsivo. Caleb observava cada movimento, sentindo o momento certo se aproximar. Seu coração batia firme, controlado, diferente da maioria que enfrentava essas criaturas.
— Vou acabar com você, seu verme... – grunhiu o vampiro, cuspindo sangue.
Caleb sorriu, o predador esperando o ataque de seu oponente, saboreando o erro que sabia que estava prestes a ocorrer. O vampiro, concentrado demais em sacar a espada, expôs o peito, perdendo sua postura defensiva. Era exatamente o que Caleb queria.
Num movimento rápido e preciso, Caleb sacou suas espingardas de cano serrado, uma em cada mão, seus olhos fixos no alvo enquanto o vampiro dava o passo final em direção ao seu destino. *Click.* O som da arma se engatilhando ecoou por um segundo, antes que o caos irrompesse.
Ele puxou os gatilhos.
O som foi ensurdecedor. Quatro disparos explodiram de uma só vez, lançando uma chuva de metal letal contra o peito e a cabeça do vampiro. A força dos tiros foi tão devastadora que o Nosferato mal teve tempo de reagir antes de ser atingido. O impacto no peito foi como se uma parede de concreto tivesse colidido com ele a toda velocidade. As balas dilaceraram a carne e os ossos, explodindo o peito do vampiro em pedaços, enquanto sua cabeça se torcia violentamente para trás com a força do impacto, um misto de sangue, carne e ossos despedaçados voando pelo ar.
O corpo do cainita se contorceu grotescamente para trás, como uma boneca de pano arremessada por uma força invisível, batendo com violência contra a parede, rachando os tijolos e deixando um rastro de sangue e vísceras. O silêncio após o estrondo das espingardas era quase palpável, exceto pelo som do corpo do vampiro deslizando pelo concreto até cair inerte no chão.
Caleb respirou fundo, ainda com os braços erguidos, segurando as espingardas enquanto observava o estrago. O sanguessuga estava no chão, imóvel, seu corpo praticamente destroçado pelos tiros. Caleb se aproximou lentamente, seus olhos cravados no vampiro. Ele sabia que mesmo criaturas como ele podiam se regenerar, mas não tão rápido depois de uma pancada dessas.
Com um sorriso frio no rosto, Caleb guardou uma das espingardas e sacou uma das estacas. Ajoelhou-se ao lado do corpo destroçado, que ainda fazia pequenos movimentos, como se sua consciência estivesse à beira do abismo, tentando se agarrar à última fagulha de pós-vida.
Caleb não estava com pressa.
Ele segurou a estaca firme e, com uma precisão metódica, cravou-a direto no coração do vampiro. Um último espasmo grotesco aconteceu antes que ele finalmente ficasse completamente imóvel.
Ele se levantou, batendo a poeira das calças e guardando a segunda espingarda nas costas. O trabalho estava feito. Agora só restava lidar com o que vinha a seguir, mas para Caleb, essa era apenas mais uma noite, mais um monstro derrubado.