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    O Jogo dos Tronos - Jone

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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por Alexyus Sáb Set 07, 2024 8:42 pm

    O Flint permaneceu em silêncio por um momento, seus olhos azuis penetrantes estudando Jone com a mesma intensidade de um predador que avalia sua presa. O silêncio se alongou, e o peso das palavras de Jone parecia ter sido absorvido pelo ar frio e denso da casa de pedra. O chefe dos Flint cruzou os braços, e um leve ranger de madeira ecoou quando seu peso se deslocou no trono simples, porém imponente.

    Finalmente, ele falou, sua voz grave reverberando pelas paredes de pedra:
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - Um cavaleiro da Casa Felinight - Ele deixou as palavras se arrastarem, como se saboreasse a amargura que sentia ao pronunciá-las - Que interessante.

    Seus olhos não se desviaram de Jone. Não havia qualquer gentileza em seu olhar, apenas uma frieza ancestral e profundamente enraizada.
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - Vocês, Felinight, tomaram de nós as terras de Breakstone Hill. Com o apoio dos Stark, é claro. 

    Ele apertou os punhos por um instante, como se tentasse controlar uma raiva que jamais se dissipara por completo. 
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - Um pedaço de território que era dos Flint muito antes de sua casa sequer existir.

    Ele descruzou os braços e se inclinou para a frente, os músculos de seus braços e ombros ainda firmes, apesar da idade. Havia algo de implacável em sua postura.
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - E agora você, cavaleiro da casa que nos roubou, vem passar por nossas terras, buscando apenas "seguir seu caminho de volta para casa"? 

    O sarcasmo era evidente em sua voz, carregado de desdém. 
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - Como se sua presença aqui não fosse uma afronta.

    Thergon, o Urso, permaneceu calado ao lado de Jone, tenso. Ele sabia que o ressentimento entre os Flint e os Felinight era profundo, e aquela situação poderia facilmente degenerar em algo perigoso.
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - No entanto... - continuou o Flint, sua voz agora mais calma, mas ainda gélida como o vento das montanhas - Eu não sou tolo. Não derramarei sangue desnecessariamente. Não em um momento em que todos os clãs precisam estar mais fortes do que nunca. 

    Ele olhou para Thergon por um instante, talvez reconhecendo nele um aliado ou, no mínimo, um homem de honra.
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - Você passará por nossas terras, cavaleiro. Mas não sem deixar algo para compensar os anos de ressentimento que sua casa plantou aqui. 

    O Flint se levantou lentamente, sua figura imponente ainda exalando autoridade.
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - Ficará esta noite em nossa aldeia e aprenderá algo sobre os Flint. Talvez isso o faça entender que nós não esquecemos as injustiças do passado. E, pela manhã, decidirá o que pode oferecer em troca da sua passagem segura.

    A tensão na sala era palpável, mas o Flint não deu espaço para uma recusa. Ele havia dado a sua decisão, e Jone precisaria lidar com as consequências.
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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por El Cabron Ter Set 10, 2024 7:07 pm

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."







    Havia um peso no silêncio após Jone se pronunciar. O Flint, do alto de sua figura de liderança e de autoridade ali, julgava-o de cima a baixo, como se estivesse analisando o cavaleiro. Jone sabia que aquela era uma forma de intimidação do líder do clã mas não deixaria que aquilo o balançasse emocionalmente; cruzou as mãos, segurando seus pulsos, como um soldado que aguarda ordens, até que, por fim, O Flint se alongou em um discurso coberto por desdém e raiva contida.

    - …

    Jone ficou em silêncio para cada uma das acusações e ataques proferidos pelo líder do clã. Não estava em posição de negociar nada ali. Haviam-no jogado diretamente para frente da Besta que o devoraria sem pensar duas vezes se fosse o caso.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    - Você passará por nossas terras, cavaleiro. Mas não sem deixar algo para compensar os anos de ressentimento que sua casa plantou aqui.

    - Ficará esta noite em nossa aldeia e aprenderá algo sobre os Flint. Talvez isso o faça entender que nós não esquecemos as injustiças do passado. E, pela manhã, decidirá o que pode oferecer em troca da sua passagem segura.

    Jone olhou para Urso antes de voltar seus olhos de volta para O Flint.

    - As Terras não foram tomadas. - Jone corrigiu O Flint - Nós as conquistamos. - Sua voz era firme, não dando oportunidade para qualquer interpretação que remetesse ao deboche ou escárnio - Não somos ladrões. Somos guerreiros. Está em nosso sangue. - Jone ficou em silêncio por alguns instantes, analisando a reação do líder do clã - Como bom líder, que eu imagino que você seja, sabe que disputas vem e vão. Quer me cobrar por uma derrota que o seu clã sofreu? - Mantendo-se firme, seguiu - Os Velhos e Novos Deuses são testemunhas de que não houve artimanhas ou qualquer crime, foi o combate pelo combate. A conquista pela conquista. Foi a sobrevivência do mais forte. - Com os olhos fixos n’O Flint, Jone concluiu. - Se vai me manter aqui, um dia que seja, tenha ao menos a decência de reconhecer que está fazendo isso por puro capricho e rancor. Não há absolutamente nada que me coloque contra você ou seu clã, muito menos em dívida.

    Assim que terminou de falar, o Cavaleiro Felinight mostrou que talvez não estivesse tão acuado quanto acharam que estaria.




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    Mensagem por Alexyus Ter Set 24, 2024 10:07 pm

    O Flint, ao ouvir as palavras de Jone, permaneceu imóvel, seus olhos estreitando-se como fendas de aço. O cavaleiro Felinight não havia se curvado, nem recuado diante das provocações, e isso, de certa forma, pareceu despertar algo no líder do clã: uma mistura de respeito relutante e desprezo endurecido pelo tempo.
    Por um instante, o silêncio se instalou, pesado como o frio das montanhas. Thergon, o Urso, ao lado de Jone, manteve-se quieto, mas seus olhos se moviam entre os dois homens, sabendo que a tensão na sala poderia se transformar em algo mais violento a qualquer momento. O Flint finalmente descruzou os braços, os músculos ainda rígidos pela raiva contida.

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — Conquistaram, sim — admitiu o Flint, com uma voz grave e seca — Mas não sem a bênção dos Stark. E não sem as intrigas e os favores dos que se consideram mais civilizados. Aqui nas montanhas, não jogamos esses jogos. Não esquecemos.

    Ele olhou para Jone, avaliando o cavaleiro de novo, como se tentasse decidir se suas palavras sobre honra e conquista valiam algo naquele cenário.

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — Capricho? Rancor? Talvez — disse o Flint, sem hesitação, como se a acusação de Jone não o perturbasse — Mas você foi jogado em nossas montanhas, e agora será nossa decisão o que faremos com você — Um leve sorriso curvou os lábios do líder do clã, um sorriso que não trazia nenhum calor — Entretanto, suas palavras merecem ser ouvidas por mais pessoas do que apenas eu.

    Ele fez um gesto brusco com a mão e alguns dos homens presentes saíram da sala, presumivelmente para convocar mensageiros. A notícia da chegada de um cavaleiro Felinight nas terras dos Flint era algo que o líder pretendia usar, e Jone percebeu que seu destino não seria decidido tão rapidamente quanto esperava.

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — Você ficará aqui. Os chefes dos outros clãs das montanhas serão convocados. Wulls, Norreys, Burleys, Liddle, Knotts, Harclays. Todos têm algo a dizer sobre as terras que um dia compartilhamos. Todos têm uma opinião sobre os Felinight.

    Ele se levantou de sua cadeira de pedra, sua presença ainda imponente.
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — E todos gostarão de ouvir o que você tem a dizer sobre conquistas e disputas.

    Com isso, o Flint deixou a sala, e Jone foi escoltado para fora, conduzido até uma cabana simples onde passaria a noite sob vigilância. Thergon, o Urso, acompanhou-o em silêncio, sabendo que os próximos dias seriam decisivos.




    Os dias que se seguiram foram longos e tensos. Os chefes dos clãs das montanhas começaram a chegar à aldeia dos Flint, cada um trazendo suas próprias preocupações e ressentimentos. As reuniões ocorreram no grande salão de pedra, e cada clã tinha algo a dizer sobre a Casa Felinight e sua presença no Norte.


    Os Wulls, poderosos e orgulhosos, argumentavam que os Felinight haviam ultrapassado seus limites, crescendo demais e se expandindo além do que era aceitável. Os Liddle e os Knotts, mais isolados, estavam menos inclinados a provocar conflitos, mas ainda ressentiam-se da invasão de suas tradições. Os Norreys e os Burleys eram menos fervorosos, mas não viam com bons olhos a influência que os Felinight, com seu crescente poder e proximidade aos Stark, estavam exercendo sobre as terras ao redor de Breakstone Hill.

    Entretanto, foi Thergon Harclay, o Urso, quem trouxe a voz mais razoável ao debate. Conhecendo Jone e tendo viajado com ele, argumentou que o cavaleiro não representava uma ameaça direta e que os Felinight, embora tivessem suas ambições, não eram os responsáveis pelos problemas dos clãs das montanhas. Thergon sabia que a questão era mais complexa, mas ao menos tentava evitar o derramamento de sangue.

    Os debates eram acalorados e intermináveis, muitas vezes quase descambando para insultos e ameaças, mas sempre retornando ao mesmo ponto: o ressentimento profundo contra os Felinight e sua ascensão. Após dias de discussões e desentendimentos, ficou claro que nenhum consenso seria alcançado.


    O Flint, percebendo a falta de acordo entre os clãs, finalmente tomou sua decisão.




    Na última reunião, quando o salão estava tomado pela exaustão dos debates infrutíferos, o Flint se levantou, sua figura imponente dominando a sala.

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — Não chegamos a acordo algum — disse ele, com voz grave, e os outros chefes murmuraram em concordância — Mas não sou tolo. Mandaremos este cavaleiro de volta para os Felinight, para o Castelo dos Sussurros. Não será hoje que derramaremos sangue, mas deixaremos claro que essa questão não está resolvida.

    Ele se virou para Jone, que havia permanecido firme durante todo o processo.

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — Você voltará ao seu castelo, cavaleiro. Mas diga a seu senhor que as montanhas não esquecem. Quando Beron Felinight voltar ao Norte, ele terá de lidar conosco. E não haverá lugar seguro para ele ou para os seus se continuarem a desafiar os clãs.

    Com isso, o Flint deu o veredito final. Jone seria libertado, e sua jornada de volta ao Castelo dos Sussurros seria permitida. Mas o ressentimento dos clãs das montanhas havia sido despertado de novo, e o futuro prometia novas tensões e possíveis confrontos.

    Jone não poderia se iludir; embora estivesse livre, sabia que a paz entre os clãs e os Felinight era frágil, e o retorno de Beron traria novos desafios.

    Indicaram-lhe o caminho para descer as montanhas e cederam-lhe uma mula já bem velhinha mas bem acostumada com os caminhos montanhosos.

    E assim Jone desceu finalmente das montanhas de volta para o Castelo dos Sussurros, semanas depois de sua expedição pelas cavernas das minas caçando os salteadores.
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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por El Cabron Qui Set 26, 2024 9:17 am

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."







    Era nítido o rancor guardado pelo Flint. O peso em sua expressão facial, assim como a sua resposta física, indicavam isso, no entanto, eram suas duras palavras que entregam, além disso, uma certa raiva contida. O Felinight poderia seguir encarando cada um dos argumentos do líder dos Flint, mas era uma batalha perdida desde que foram interpelados pelos batedores ao descerem do vilarejo Harclay.

    - Que assim seja… - Jone limitou-se a responder.

    ***

    Sua “prisão” involuntária se deu em uma simples cabana que servia-lhe como um dormitório; havia cama, um banco e uma pequena lareira à sua disposição. Os dias eram longos e cansativos. Thergon, ainda que também estivesse ali à certo contragosto, ao menos era alguém com quem podia conversar eventualmente. Essa rotina coberta pelo marasmo seguiu assim até que todos os Clãs das Montanhas, representados por um ou mais membros do mesmo, chegassem à sede do Clã Flint e assim, iniciou-se o “Julgamento dos Felinight”, com Jone representando toda a linhagem de sua Família.

    Os ataques velados e acusações sucediam-se dia após dia. Em um grande salão, cada representante do Clã aproximava-se ao centro do mesmo e deliberava durante todo dia e tarde. Nesses turnos, o escolhido de cada Clã divagava entre contar a história de seu respectivo Clã, suas relações, modo de vida, cultura e tradições e em como tudo isso havia sido impactado (ou não) pelos Felinight. À noite, concluía-se o posicionamento final do Clã e em como a situação deveria ser conduzida. Foram dias e dias assim, onde Jone apenas escutava, limitado eventualmente a alguns olhares ou negativas que sua cabeça, quase que involuntariamente, fazia.

    No penúltimo dia, Thergon, representando os Harclay, posicionou-se à favor de Jone, ainda que salientasse que os Felinight tinham seus próprios objetivos e não faziam questão de incluir os Clãs das Montanhas em seus planos. Para Jone, embora fosse um discurso mais moderado, parecia ter colocado um bom questionamento diante dos demais Clãs: era justo que ele, Jone, um mero cavaleiro, fosse responsabilizado ou mesmo considerado uma ameaça, por conta do passado de sua Família?

    Seu último dia como “prisioneiro” foi marcado pela audiência decisória d’O Flint. Jone perguntou-se que tipo de poder ou de força política ele teria para poder se encarregar de tal responsabilidade diante dos demais clãs, mas permaneceu em silêncio diante do líder.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — Não chegamos a acordo algum — disse ele, com voz grave, e os outros chefes murmuraram em concordância — Mas não sou tolo. Mandaremos este cavaleiro de volta para os Felinight, para o Castelo dos Sussurros. Não será hoje que derramaremos sangue, mas deixaremos claro que essa questão não está resolvida.

    Jone engoliu em seco. De fato, havia corrido risco de vida ali, embora, por alguns momentos, não acreditasse que fossem tão longe assim. Tentou conter o nervosismo apenas assentindo com a cabeça a cada término de frase da sinistra figura que se colocava no centro do salão.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Flint10
    — Você voltará ao seu castelo, cavaleiro. Mas diga a seu senhor que as montanhas não esquecem. Quando Beron Felinight voltar ao Norte, ele terá de lidar conosco. E não haverá lugar seguro para ele ou para os seus se continuarem a desafiar os clãs.

    - Lorde Beron estará ciente de tudo, meu senhor.

    Ao fim de sua frase bastante vaga, fez uma breve reverência e logo Jone foi conduzido até o estábulo do lugar. Nem mesmo tivera tempo de despedir-se de Thergon e agradecê-lo pela breve ajuda que dera. Tudo que ressoava em sua mente era o desejo de voltar para o Castelo, tirar sua armadura e beber até que caísse no mais profundo torpor. Quando viu que sua montaria seria uma mula, encarou aquilo como um último ato de desrespeito do líder dos Flint, apesar de vislumbrar o corpo do velho Midons, preso em uma maca improvisada que seria puxada pela mula. Encarou o animal e, sem dizer nada mais, montou-o e seguiu a direção que lhe fora orientada.

    ***

    Já em cima do animal e descendo as montanhas, os pensamentos de Jone foram se reestruturando aos poucos. Durante seu “cativeiro”, tentou analisar a situação como um todo: o que representava aquilo tudo? Afinal, um levante dos Clãs da Montanha estava surgindo em um horizonte próximo ou tudo não passava de uma grande coincidência? Se de fato seu sangue foi cogitado como pagamento pelos atos de sua Família, certamente havia uma preparação para possíveis consequências que os Clãs sofreriam em caso de sua morte. Ou não?
    Tentou livrar-se daqueles pensamentos e, olhando para trás, viu o vilarejo Flint ficar cada vez mais distante, sendo coberto lentamente por uma translúcida névoa.



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    Mensagem por Alexyus Dom Set 29, 2024 10:26 pm

    Após dias de viagem pelas montanhas do Norte, o vento cortante e o ar pesado de tensão que ainda o acompanhava desde as terras dos Flint, Jone finalmente avistou as torres sombrias do Castelo dos Sussurros se erguendo à distância. As paredes de pedra escura e os picos de telhado negros pareciam absorver a luz fria da tarde, como uma fortaleza esquecida por deuses e homens. Era um lugar de antigas histórias, murmúrios sobre segredos guardados por séculos.

    Enquanto se aproximava dos portões, os sons familiares da vida no castelo começaram a substituírem o silêncio das montanhas. As portas de madeira pesada foram abertas por dois guardas, que o saudaram com acenos de cabeça respeitosos. Ele os reconhecia, soldados leais da casa Felinight, que, ao verem seu cavaleiro retornar, sentiam um misto de alívio e respeito.

    Ao atravessar o pátio de pedra, seus passos ecoando sobre o chão gasto, um jovem servo aproximou-se correndo, sua túnica suja de poeira das tarefas do dia.

    — Sor Jone! — O rapaz parou diante dele, ofegante — Fomos avisados da sua chegada... — Ele hesitou por um momento, seus olhos ansiosos, antes de continuar — E há alguém esperando por você, senhor. Lady Inês Allafante chegou há alguns dias.

    Inês Allafante, a noiva de seu sobrinho Arthur, era uma presença inesperada. Ele havia esperado retornar ao castelo para organizar seus pensamentos e falar com seus irmãos sobre os eventos nas terras dos Flint. Mas a chegada de Inês, com sua promessa de união entre a Casa Allafante e os Felinight, complicava as coisas.

    - Seu sobrinho, Lorde Arthur, ainda não voltou da sul. Lady Inês tem esperado pacientemente pelo senhor, mas pediu para ser informada assim que o senhor retornasse.

    Jone assentiu, absorvendo a informação. Inês Allafante era uma mulher conhecida por sua beleza e astúcia. Herdeira de parte do Banco de Ferro, a união entre ela e Arthur era parte de uma estratégia que fortalecia a posição dos Felinight no Norte, consolidando alianças e trazendo prestígio. Ele sabia que sua presença poderia acelerar o processo, mas também sabia que haveria expectativas com as quais precisaria lidar.

    — Ela foi inspecionar as obras na vila da Colina da Pedra Quebrada, mas já mandaram um mensageiro para avisá-la. Quer descansar enquanto isso, sor?

    Antes que o sol se pusesse naquele dia, Inês Allafante e sua comitiva retornaram ao Castelo dos Sussuros.
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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por El Cabron Seg Set 30, 2024 8:51 am

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."








    Havia, finalmente, chegado.
    Não era apenas o alívio de voltar para o castelo, mas a sensação de que ali ele não veria mais Clãs, Minas, desmoronamentos e saqueadores. Um estúpido sorriso surgiu em seu rosto à medida que foi aproximando-se do Castelo dos Sussurros; pensava, naquela altura, nos barris de carvalho sendo abertos e despejando o doce vinho em taças de prata enquanto duas ou mais meretrizes tiravam sua roupa e banhavam-no com água, bebida e luxuria.
    Os altos portões eram abertos e Jone, mantendo-se orgulhoso em cima da velha mula, acenou positivamente com a cabeça aos soldados que ali estavam e em uma cena pitoresca, desceu de sua montaria, batendo-lhe firmemente no tronco como sinal de agradecimento.

    - Animal bom…

    Sussurrou para si mesmo, ainda absorvendo que de fato estava de volta. Olhou para o corpo de Midons uma última vez e esboçou um sorriso. A decisão de carregá-lo nunca foi para trazê-lo para Breakstone Hills e devolver o corpo à família; queria ter um salvaguarda para caso Gatos das Sombras o atacassem em seu retorno para o Castelo. Mas, mesmo morto, Midons havia conseguido, assim como Jone, chegar ao objetivo final de ambos.

    “O filho da puta conseguiu…”

    - É, velho...cada um cumpriu sua parte no trato. Considere minha dívida paga. - disse em voz baixa enquanto afrouxava a sela da mula.

    Afastando-se, deixou o animal e o corpo do falecido no pátio, enquanto dirigia-se para dentro do Castelo. Seu rosto carregava uma aura de vitória e soberba.

    Alexyus escreveu:— Sor Jone! — O rapaz parou diante dele, ofegante — Fomos avisados da sua chegada... — Ele hesitou por um momento, seus olhos ansiosos, antes de continuar — E há alguém esperando por você, senhor. Lady Inês Allafante chegou há alguns dias.

    Jone não respondeu ao servo. Pensativo, procurava recordar-se de Inês.

    A filha do banqueiro.

    Claro.
    Beron já devia estar retornando, mas curiosamente a noiva de seu sobrinho Arthur já estava ali. Certamente alguma artimanha para que visse como de fato era a terra dos felinos.

    Alexyus escreveu:- Seu sobrinho, Lorde Arthur, ainda não voltou do sul. Lady Inês tem esperado pacientemente pelo senhor, mas pediu para ser informada assim que o senhor retornasse.

    - É claro que ela estava me esperando. Eu não estava aqui. - respondeu de forma ríspida.


    Alexyus escreveu:— Ela foi inspecionar as obras na vila da Colina da Pedra Quebrada, mas já mandaram um mensageiro para avisá-la. Quer descansar enquanto isso, sor?

    Então as obras já haviam começado. Talvez isso justificasse sua chegada antes dos demais? Talvez a jovem fosse tão astuta quanto era comentado: chegar aqui antes de todos lhe daria tempo para conhecer não só o lugar, mas também saber como de fato as coisas eram no Norte, afinal, seu Lorde não estaria ali mantendo aparências e nem jogando a sujeira para baixo do tapete. Jone voltou-se para o rapaz, em um tom mais severo.

    - Pegue o animal e trate dele - apontou para a mula no pátio - O morto se chama Midons. Era um minerador. Descubra quem é a família dele e devolva o corpo. Diga-lhes que Sor Jone o resgatou das Minas e que mando minhas condolências. - antes que o rapaz saísse, segurou-o pelo braço e aproximou o rosto ao jovem, falando por entre os dentes - E quero que essa notícia chegue à Lady Inês. Agora vai. Rápido.

    Ao adentrar no Castelo, sabia que seria questão de tempo até que Inês chegasse. Dirigindo-se aos seus aposentos, não buscou fixar-se em detalhes, sabia que tudo estava como havia deixado semanas atrás, apenas tirou a armadura e buscou limpar seu corpo para manter-se o mais apresentável possível.

    ***

    Antes do pôr do sol, Jone já estava devidamente pronto. Sabia que Inês seria anunciada a qualquer instante. Instruiu os servos da fortaleza para que indicassem à Lady Inês que estaria na Sala do Conselho, onde aguardava sua chegada, e solicitou que sua entrada fosse informada. Jarras com vinho e água estavam distribuídas na grande e forte mesa de carvalho, assim como taças de prata.

    Não demorou muito para que um dos servos entrasse no Salão e anunciasse Lady Inês.
    O cavaleiro, rapidamente, ergueu-se de sua cadeira e estampou um sorriso no rosto.




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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por thendara_selune Ter Out 01, 2024 12:02 am

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Inês  Allafante

    Hora:Noite
    Día:11
    Clima:Ameno
    Lugar:Porto Real




    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜




    Mais tarde, antes que o sol se pusesse naquele dia, retornei com a comitiva ao Castelo dos Sussurros. Para minha surpresa, Sor Jone estava de volta e me convocou para uma reunião. Após algum tempo, consegui me apresentar de forma adequada e fui ao encontro dele, levando os papéis que descreviam os eventos até aquele momento e as novas construções na vila. Pedi a uma das servas que fizesse o favor de levar os petiscos que Sor Jone costumava apreciar e, se ela não soubesse, que falasse diretamente com Marigold, que estava no castelo há um bom tempo e sempre atenta às preferências dos Felinight.

    Cumprimentei Malena, que estava com Felpudo no braço, seu caderninho amarrado ao cinto e um lápis pronto para anotações. Passei por Angus, que estava ocupado com o catálogo de ervas que estava montando, a maioria medicinais e algumas com base em cosméticos, como eu havia sugerido a ele, pois sabia que isso agradaria as mulheres do castelo. O ambiente estava cheio de vida, e a familiaridade com cada canto do castelo me proporcionava um conforto inesperado.



    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig4_124



    Havia pedido às servas que me informassem sobre quais flores ou ervas poderiam perfumar o ambiente, e para minha surpresa, Angus voltou com passos ligeiros e um sorriso confiante. “Comecei a plantar algumas ervas interessantes e flores silvestres que a senhora mencionou que gostaria. Mas confesso que foram as servas que me indicaram algumas, e até mesmo Marigold falou de algumas de sua infância." Sorri, um sorriso meigo que transmitia minha animação. “Quero que esse lugar tenha um perfume de casa acolhedora quando Lady Maria chegar. Fale com Hellen; ela sabe como decorar tudo sem ser invasiva. Se o jardim prosperar nesse solo, podemos ter uma pequena colheita com tempo; com certeza seria agradável para a senhora do castelo ter um espaço para colher flores e ervas aromáticas.” Falei, incentivando-o ainda mais: "Quero que você dê amostras às servas quando puder; com certeza elas vão gostar dos cremes e colônias aromáticas que você criar. Tenho certeza de que você vai conseguir."


    Com Jone


    “Ora, ainda é boa tarde…” eu disse, entrando após ser anunciada. O perfume que emanava de mim era uma mistura refrescante de ervas e flores, como um sopro de primavera. Meu cabelo, solto, refletia minha personalidade fluida, assim como as ondas e cachos que se formavam nele. Fiz uma leve mesura enquanto deslizava até a mesa, sentindo o olhar dele sobre mim. Após um momento, coloquei sobre a mesa uma pasta de tecido preto, cuidadosamente organizada, com alguns papéis que continham ilustrações das construções, mostrando seu andamento e dados sobre o término das obras, além de detalhes sobre uma possível reforma no porto.



    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig4_q10


    “Estava ansiosa para conhecê-lo, senhor, quando cheguei, mas, infelizmente, você não estava presente. Me informaram que estava em uma demanda.” Servi-me de uma taça de vinho, um gesto que me parecia natural, e acrescentei: “Que bom que está bem.” Bebi um pequeno gole e continuei, a conversa fluindo como o próprio vinho. “Bem, senhor, já sabe quem sou: Inês, a noiva de Arthur. E sei que você está a par das coisas, por isso não me permiti usar formalidades excessivas que só nos cansariam. Imagino que um homem de armas se canse das firulas e de demais coisas... com certeza prefere que a conversa seja clara como a luz do sol; e, por isso, estou à disposição.”

    Sentei-me confortavelmente, aguardando a oportunidade de falar. “Peço desculpas se logo ocupo espaço, estive tão atarefada quanto você…” Coloquei a taça na mesa novamente e, fitando-o, percebi que era um homem aparentemente sério, talvez marcado por batalhas. Torcia para que não fosse como aquele velho dos gatos, com sua fisionomia tenebrosa, um Meistre de modos extremamente conservadores.



    Marigold

    Spoiler:

    Malena

    Spoiler:

    Angus

    Spoiler:

    Felpudo

    Spoiler:


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    Henry Allafante:

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    Arthur:

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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por El Cabron Ter Out 01, 2024 9:31 am

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."







    Em pé, Jone estava envolto pelos próprio devaneios, pensando no que a mulher estrangeira teria, até então, descoberto ou bisbilhotado pelo castelo, o que lhe trazia um certo incômodo e uma ponta de frustração por não estar ali para recepcionar sua comitiva, e assim mantê-la sob seu seu aguçado olhar.
    No entanto, seus devaneios foram bruscamente levados quando Lady Inês adentrou na Sala do Conselho. Jone ergueu uma sobrancelha de maneira quase imperceptível e sua postura antes rígida, quebrou-se.

    thendara_selune escreveu:“Ora, ainda é boa tarde…”

    Inês tinha uma presença distinta e marcante, diferente das mulheres do Norte. Seu cabelo caía-lhe como ondas rubras de magma pelos ombros e costas, e sua pele, tão alva como a neve, trazia uma graciosidade que se mesclava à sua elegância, que parecia iluminar o soturno ambiente de forma sutil. À medida que ela entrava no Salão, com passos donos de uma leveza natural, seu perfume preenchia o local de maneira refrescante, fazendo o cavaleiro inspirar profundamente, de forma quase involuntária. Jone não deixava de perceber cada detalhe que construía aquela figura que parecia desconcertá-lo.

    thendara_selune escreveu:“Estava ansiosa para conhecê-lo, senhor, quando cheguei, mas, infelizmente, você não estava presente. Me informaram que estava em uma demanda.”

    Jone, por um breve instante, se perdeu observando o contorno suave de seu rosto. Algo na postura dela, decidida, mas serena, o fez desviar o olhar por um momento, sentindo um leve incômodo em admitir para si mesmo o que estava acontecendo.

    thendara_selune escreveu:“Que bom que está bem.”

    O Cavaleiro, que ainda não havia respondido nada à jovem, colocou-se de volta a si, saindo daquela imersão inconsciente em que havia se colocado e buscou endireitar-se, sem deixar transparecer sua súbita distração. Voltando os olhos para Inês, esboçou um sorriso.

    - Contratempos, milady. Nada com que se preocupar.

    Servindo-se também de vinho, entornou a taça da bebida juntamente com Inês. Uma alternativa, alcóolica, para que o foco de seus pensamentos mudasse. Jone então notou a pasta que ela havia colocado na mesa, mostrando os projetos que estava trabalhando nas terras Felinight.

    thendara_selune escreveu:“Bem, senhor, já sabe quem sou: Inês, a noiva de Arthur. E sei que você está a par das coisas, por isso não me permiti usar formalidades excessivas que só nos cansariam. Imagino que um homem de armas se canse das firulas e de demais coisas... com certeza prefere que a conversa seja clara como a luz do sol; e, por isso, estou à disposição.”

    Ele forçou-se a focar novamente no que estava sendo discutido, ainda que sua atenção estivesse dividida. A voz de Inês era calma, mas forte, resoluta em cada palavra. Jone, sempre confiante em si mesmo, limitou-se a uma simples resposta curta, quase como se não soubesse exatamente o que dizer. Ele se sentia...intrigado.

    - Claro…

    Entornou mais um gole do vinho e assim que a dama fez menção a sentar-se, aproximou-se e puxou a cadeira, em um ato tipicamente de cavalheirismo, mas não comum a ele. Com um sorriso, afastou-se e então também se sentou.

    - Imagino que milady tenha chegado já há algum tempo, vejo que algumas obras começaram.

    Sutilmente usou o indicador para apontar os papéis que estavam à frente de Inês. Havia, claro, um interesse em saber como estava o andamento destas obras, afinal, na ausência de Beron, havia sido ele incumbido a acompanhar e tratar qualquer assunto que fosse do interesse dos Felinight.

    Sua postura, agora mais relaxada, estava atenta aos documentos que Lady Inês apresentaria, no entanto, eventualmente desviava os olhos para ela, concentrada nos papeis que mostravam Vilas, Torres e Bairros, em um silêncio pessoal e ligeiramente incômodo a ele, e caso ela olhasse para o cavaleiro, desviaria o olhar, voltando o foco aos documentos, assentindo a cada palavra que ela dissesse e procurando manter-se o mais concentrado possível.




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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por Alexyus Qui Out 03, 2024 9:56 am

    - Imagino que milady tenha chegado já há algum tempo, vejo que algumas obras começaram.

    Henry Allafante estava presente e falou apenas nesse momento:

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Chegamos há exatos 34 dias, sor Jone. Esperávamos um comitê de recepção no Porto de Lícia e uma escolta até a vila de Breakstone Hill. Ficamos surpresos quando o capitão da guarda nos informou que o cavaleiro que Lorde Beron deixou como castelão estava desaparecido após uma expedição dentro da mina. Folgo em saber que não está ferido ou morto.

    Jone se lembrava das visitas ocasionais de Henry Allafante a Beron e sabia que o banqueiro era o sócio que permitira à Casa Felinight erigir uma estrutura próspera onde a maioria das casas nortenhas era quase pobre. Jone não o conhecia intimamente, mas não precisava disso para perceber a reprimenda sutil.

    Henry continuou:
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - De fato, há muitas obras acontecendo. Estamos escavando uma estrada de passagem para ligar o Castelo dos Sussurros à vila de Breakstone Hill sem passar pela mina, mas ela ainda precisará de meses para ficar pronta. Ao redor da Torre Mirella estamos erguendo o Forte Arthur, e o salão dele deve ficar pronto a tempo para o casamento, que é em menos de 5 meses. A realocação dos bairros da vila está praticamente concluída, os artesãos que contratei já estão instalados, mas os aldeões originais não estão muito satisfeitos. Pedi a Fin Swallow para deslocar a cavalaria e a infantaria para Breakstone Hill para manter tudo sob controle e garantir o ritmo das obras.
      
    Dirigindo-se a Inês, Henry disse:
    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - O Porto de Lícia não está no contrato de casamento, então continua a estar sob o controle direto do Lorde Felinight, mas seria bom ter uma por lá e soldados. Isso propiciaria maior movimento no porto e maior segurança para as operações comerciais. Beron ainda vai levar de 15 a 30 dias para chegar aqui, isso se Lorde Stark não retê-lo por mais tempo em Winterfell, então não vamos nos preocupar com o porto por enquanto. Obviamente, as decisões sobre as execuções da disposição do testamento podem ser suas, mas sugiro que se concentre nos preparativos do casamento e na organização de sua casa por ora. Eu posso comandar as obras para você.
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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por El Cabron Qui Out 03, 2024 6:24 pm

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."







    Apesar de seu foco ter se direcionado totalmente à Inês, Jone virou-se para Henry Allafante, o Banqueiro, quando este tomou a palavra.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Chegamos há exatos 34 dias, sor Jone. Esperávamos um comitê de recepção no Porto de Lícia e uma escolta até a vila de Breakstone Hill. Ficamos surpresos quando o capitão da guarda nos informou que o cavaleiro que Lorde Beron deixou como castelão estava desaparecido após uma expedição dentro da mina. Folgo em saber que não está ferido ou morto.

    O Cavaleiro não deixou de notar o tom de cobrança nas palavras do estrangeiro, mas esboçou um leve sorriso condescendente, fixando-o em seu rosto enquanto falava.

    - Peço desculpas, milorde. As Minas podem ser traiçoeiras e o Norte, mesmo para com seus filhos, pode ser um pai…”difícil”- disse, dividindo o olhar entre Inês e seu pai - Infelizmente foi uma situação que não estava em meu controle, mas sei que a educação de vocês, nobres de Braavos em terras distantes, os fará compreender minhas justificativas.

    Henry carregava um ar de autoridade muito semelhante ao de Beron, o que de certa forma traçava um paralelo também ao estilo do irmão, que sempre desejava ter o controle absoluto de tudo que acontecia ao seu redor, logo, a reação do Banqueiro parecia estar dentro da normalidade para Jone.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - De fato, há muitas obras acontecendo. Estamos escavando uma estrada de passagem para ligar o Castelo dos Sussurros à vila de Breakstone Hill sem passar pela mina, mas ela ainda precisará de meses para ficar pronta. Ao redor da Torre Mirella estamos erguendo o Forte Arthur, e o salão dele deve ficar pronto a tempo para o casamento, que é em menos de 5 meses. A realocação dos bairros da vila está praticamente concluída, os artesãos que contratei já estão instalados, mas os aldeões originais não estão muito satisfeitos. Pedi a Fin Swallow para deslocar a cavalaria e a infantaria para Breakstone Hill para manter tudo sob controle e garantir o ritmo das obras.

    “Claro, o casamento.” - pensou Jone, olhando discretamente para Inês e apoiando o queixo na mão, atento ao banqueiro.

    O cavaleiro sabia que estando ali voltaria às funções de Castelão e precisava administrar tudo que fosse acontecer dentro das terras Felinight, assim sendo, voltou-se para Henry Allafante, com a voz calma enquanto servia-se de uma taça de vinho.

    - Não precisa se desgastar com isso, milorde. Será um prazer ter seus olhos acompanhando as obras aqui em nossas terras, mas vocês ainda são nossos hóspedes - Jone fez uma breve pausa para entornar a taça suavemente - Meu irmão ficaria ofendido se os deixasse “trabalhando” - cruzou os dedos entre as mãos, apoiando os cotovelos sobre a mesa e projetando-se para Inês e Henry - Os habitantes de Breakstone Hills podem ser um tanto arredios, mas não deixe que isso os intimide. São filhos do Norte, apenas temem aquilo que não conhecem e, sinceramente, trinta e quatro dias é pouco tempo para se acostumarem com estrangeiros em nossas terras, ainda mais quando seu Lorde está distante e seu Castelão "desaparecido" - recostando-se na cadeira, olhou primeiro para Henry e depois para Inês - Irei acompanhar de perto cada uma dessas obras, juntamente com milorde. E tenho certeza que Lady Inês terá muito a contribuir também.

    Henry, utilizando-se mais uma vez de sua autoridade, parecia um tanto inflexível em relação às questões de Lady Inês. Jone apenas observou, em um silêncio ligeiramente desconfortável.


    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - O Porto de Lícia não está no contrato de casamento, então continua a estar sob o controle direto do Lorde Felinight, mas seria bom ter uma por lá e soldados. Isso propiciaria maior movimento no porto e maior segurança para as operações comerciais. Beron ainda vai levar de 15 a 30 dias para chegar aqui, isso se Lorde Stark não retê-lo por mais tempo em Winterfell, então não vamos nos preocupar com o porto por enquanto. Obviamente, as decisões sobre as execuções da disposição do testamento podem ser suas, mas sugiro que se concentre nos preparativos do casamento e na organização de sua casa por ora. Eu posso comandar as obras para você.

    Buscando quebrar o clima, embora não fosse sua especialidade, o Felinight se manifestou:

    - Se milady me permite perguntar, já escolheu onde se dará a cerimônia? - esboçou um simpático sorriso à jovem - Pode não parecer, mas há bem mais do que frio e neve aqui em nossas terras.
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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por thendara_selune Seg Out 07, 2024 5:19 pm

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Inês  Allafante

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    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜




    Observei Sor Jone em pé, perdido em seus devaneios, sua mente vagando por pensamentos que eu não podia acessar diretamente, mas cuja essência eu conseguia sentir. O que a estrangeira havia descoberto até agora? Era evidente que a ausência de controle sobre essa situação o incomodava, talvez até o frustrasse por não estar presente para recepcionar a minha comitiva e garantir que estivesse sempre sob seu atento olhar.


    Nesse momento, ao observá-lo com cautela, percebi os detalhes que formavam o perfil de Jone — seus gostos refinados, o toque de luxo e o conforto discreto que revelavam um homem que prezava pela ordem e elegância. Eram sutilezas, traços que me mostravam um ser humano mais complexo do que parecia à primeira vista. E, não obstante, um pressentimento favorável me envolvia; algo em sua essência transcendeu tudo o que havia ouvido ou visto até então.




    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig4_410






    Como se ele também pudesse sentir minha curiosidade, seus olhos se voltaram levemente na minha direção. Arthur, naturalmente, não gostaria de me ver envolvida em conversas com os outros homens da família, especialmente à luz da reação que ele demonstrara em relação a Esdres. Esse último, com toda a sua fama, sabia que jamais ousaria se aproximar de uma mulher prometida, ainda mais uma que pertencia a Arthur. Ao menos, era o que eu acreditava. No entanto, o leve desconcerto que causei em Jone me pareceu uma brecha, uma oportunidade. Ele é humano, afinal.
    Quando ele me ofereceu um sorriso — sutil, mas envolvente — retribuí, sentindo que o jogo começava a se desenrolar entre nós. “Contratempos que parecem nos rodear a todos…” murmurei, deixando que o brilho sutil em meus olhos revelasse que eu sabia mais do que aparentava. Precisava conquistar aliados, ou corria o risco de depender apenas de Arthur ou da mão gentil de meu pai — e meu irmão, distante, estava preso às obrigações da família. Mas sabia que, em algum momento, estaria sozinha, vagando por aquelas terras, territórios repletos de regras e olhares que me seguiam, percebendo-me como uma intrusa. Sim, precisava de aliados — não apenas por mim, mas também por Arthur.

    Ele puxou uma cadeira para mim, e, com um leve meneio de cabeça, agradeci. Sor Jone, de fato, nutria certa curiosidade sobre mim, algo que percebia, embora fosse difícil medir a profundidade de tal interesse. Mas ele era muito diferente de Esdres, o velho dos gatos, que, com certeza, não encontraria nada interessante em me ver conduzir a conversa com tal desenvoltura. Ele era mais contido, mais ponderado e, evidentemente, agarrado às raízes da moral, cultura e religião, de tal forma que eu deveria ter cautela ao lidar com ele.

    Meu pai, então, tomou a palavra, e eu o deixei discorrer, escutando em silêncio enquanto mantinha meus pensamentos guardados. “Como pode ouvir, Sor Jone,” falei após um breve intervalo, apoiando meu queixo delicadamente em uma das mãos, “contratempos sempre parecem nos empurrar de um lado para o outro. No meu caso, meu desejo de ajudar em tudo me afastou da organização do casamento…” Um sorriso suave tocou meus lábios, consciente da ironia subjacente. Meu pai sempre fora eficiente, meticuloso até demais. Contudo, Sor Jone não parecia ser o tipo de homem que discutiria rendas, convites ou detalhes de decoração.
    Esses assuntos, afinal, pertenciam à senhora do castelo, a mãe de Arthur, e invadir seu espaço seria mais do que indelicado; seria um erro. Se eu tomasse as rédeas dessas decisões, poderia parecer que ela, ainda em vida, não tinha voz nas questões mais básicas da hierarquia doméstica.



    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig1_215





    “Quanto aos moradores…” continuei, minha voz suave, mas firme. “Não os culpo de forma alguma. Somos estrangeiros, trazendo conosco uma cultura, uma visão de mundo diferente, que eles temem sobrepor à deles. É natural. Espero, com o tempo, que vejam que o que desejamos é o melhor para estas terras.” Apoiei novamente o rosto na mão, os olhos fixos em Sor Jone. “Sua presença é necessária e bem-vinda, Sor.”




    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig3_f10








    Quando meu pai mencionou as datas, sorri uma vez mais. Ainda havia algum tempo até ver Arthur, mas a pergunta de Sor Jone trouxe à conversa um tom mais informal. Meu pai escolhera o local do casamento, claro. Para ele, o que importava era exibir nossas conquistas, e talvez ele estivesse certo. Por mais que eu apreciasse o castelo, percebi que ceder ao plano de meu pai era, na verdade, o movimento mais estratégico.
    “Acredito que estão corretas as observações de meu pai,” murmurei, recostando-me com elegância. “Se desejamos fazer uma grande entrada nestas terras, tanto socialmente quanto politicamente, é essencial demonstrar o poder crescente dos Felinight. Esses detalhes sociais precisam ser bem pensados.” Um leve sorriso brincava em meus lábios enquanto tomava um gole do vinho. “Creio que todos aqui contribuirão para tornar os Felinight uma casa ainda mais grandiosa do que já é.”
    E, assim, deixei a conversa suspensa no ar, ansiosa para ver qual seria o próximo movimento de Sor Jone, na certeza de que o desenrolar desse jogo prometia ser intrigante e repleto de nuances.



    Marigold

    Spoiler:

    Malena

    Spoiler:

    Angus

    Spoiler:

    Felpudo

    Spoiler:


    Helen Alantis:

    Henry Allafante:

    Sor Jorah Savoys:

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    Roupinhas de inverno-Desconsidere a expressão das pessoas, apenas as roupas importam.:




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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por El Cabron Ter Out 08, 2024 11:11 am

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."







    Havia algo que parecia desarmar o cavaleiro na maneira como Inês se expressava, com gestos sutis e uma fala tranquila, que contrastava com o ambiente rude e direto ao qual ele estava mais acostumado. As luzes bruxuleantes que emanavam das tochas apenas acentuavam sua graça. Ele já esperava tal sofisticação, o que o surpreendia era, de fato, a sua própria reação a ela. Quando a jovem mencionou contratempos e deixou entrever que sabia mais do que demonstrava, Jone se pegou prestando atenção demais àquela conversa, tornando-a ainda mais interessante.

    Inês e seu pai, ainda que fossem estrangeiros, tinham certa noção de como o Norte se apresentava aos forasteiros. O Banqueiro, claro, já estava mais acostumado, mas a jovem parecia estar com as rédeas das terras Felinight em mãos, pronta para domá-los. O modo como ela falava sobre as obrigações do casamento, com uma leveza inesperada, mesclando tudo aquilo aos fatores políticos envolvidos, apenas acrescentavam uma camada de admiração do cavaleiro em relação à lady.

    - Não me surpreende que a senhorita tenha um olhar tão perspicaz para a política dessas terras - disse ele, em um tom baixo - É claro que as mudanças vêm acompanhadas de resistência. Nosso povo teme o desconhecido. Ainda assim, creio que, com o tempo, como mencionou, sua presença será mais do que bem recebida por aqui. - sua pausa novamente foi acompanhada por mais um gole de vinho - Pode contar comigo, milady.

    Um sorriso despretensioso surgiu ao término de sua frase. Levemente estirado na cadeira, Jone seguia tentando disfarçar o olhar que sutilmente escapava para encontrar-se com Inês. Tanto ela quanto o pai, tinham opiniões que pareciam bem concretas em relação ao casamento e às terras.

    - Quanto às suas responsabilidades no casamento... - começou ele, hesitando por um segundo, como se estivesse ponderando se deveria continuar ou não - Imagino que o papel que desempenhará nesta família será muito maior do que organizar convites e festas. Essas terras e... Arthur, terão uma senhora à altura das expectativas que essas alianças requerem.

    Ao dizer o nome de seu sobrinho, ele sentiu um leve desconforto. Não podia negar o apreço que tinha pelo rapaz, mas também não conseguia se desligar da estranha sensação que a presença de Inês despertava. Sor Jone sabia que não deveria, em hipótese alguma, se permitir pensar mais sobre isso.

    - De qualquer modo - prosseguiu ele, tentando se reerguer mentalmente, sem deixar que seus pensamentos escapassem à formalidade que a situação exigia - as obras parecem estar progredindo bem. O porto será um pilar importante para o futuro destas terras. E fico satisfeito em ver que a senhorita já está se envolvendo com tanta dedicação.

    Sua postura, tentando voltar à seriedade, o fez focar os olhos para os documentos que Inês ainda tinha em sua frente. Ainda que sua noção sobre obras e contruções fosse mínima, queria ao menos passar a ideia de que estava inteiramente concentrado no que de fato estavam ali a tratar.



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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por thendara_selune Seg Out 14, 2024 1:08 pm

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Inês  Allafante

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    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜




    Talvez Jone não tivesse encontrado uma mulher que pensasse por si mesma há muito tempo, ou nenhuma fosse capaz de manter uma conversa que realmente chamasse sua atenção, a não ser que mostrassem mais o decote do que a mente. O norte ainda era um mundo repleto de normas sociais e de conduta que me pareciam ultrapassadas, mas, indiferente a isso, a conversa com ele me agradava; um aliado como ele era bem-vindo. Afinal, eu era a forasteira e precisava garantir que houvesse alguém na família disposto a cooperar comigo.



    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig4_o11




    Sorri com os lábios semi-curvados, plenamente ciente do efeito que minhas palavras poderiam ter. Ao ouvir suas observações sobre as responsabilidades de um casamento e os desafios que me aguardavam como senhora dessas terras, inclinei ligeiramente a cabeça, um gesto que parecia despretensioso, mas que carregava um profundo significado. “Certamente, Sor,” comecei, mantendo um tom leve, mas firme. “O mundo é uma engrenagem onde todos desempenham seu papel, e eu não sou exceção.”

    Bebi um gole do vinho, permitindo que as palavras flutuassem no ar antes de continuar. “Meu dever será estar à altura, tanto de minha nova família quanto de meu futuro marido. Arthur e eu construímos nossa relação sobre os pilares da honestidade, algo que prezo profundamente. Não gosto de rodeios e detesto floreios desnecessários. Acredito que a vida é melhor navegada com compromissos claros e palavras dignas de confiança.”


    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig4_j13


    Minha postura era impecável, o queixo levemente erguido, um reflexo da confiança que permeava cada passo que dava. “Se Arthur não compartilhasse desses valores, este casamento jamais teria sido considerado, muito menos celebrado.” Olhei brevemente para meu pai, que acenaria com a cabeça, como se endossasse cada uma das minhas palavras. "Estou certa de que, após o casamento, o porto será uma realidade possível. Claro, com o tempo e os ajustes necessários dentro das possibilidades contratuais justas para todos os interessados." Então olhei para os dois e finalizei: "Meu casamento deve ser articulado juntamente com a Lady Maria. Primeiro, é uma honra permitir-me vivenciar isso; afinal, minha mãe faleceu quando eu era muito pequena e não pude desfrutar de sua companhia. Vejo na mãe de Arthur a possibilidade de construir uma relação afetiva frutífera para ambas. Com certeza, ela vai gostar de ser incluída em tudo que penso para o festejo. Além disso, ela conhece as famílias da região; no geral, as matriarcas das casas costumam ter um caderninho mental sobre como tudo deve prosseguir, e ficaria feliz em tê-la me ajudando com isso."Meu pai é um homem inteligente, astuto e sagaz, um administrador muito melhor do que eu. Meu irmão aprendeu muito mais com ele do que eu mesma, mas a organização do casamento era uma função coletiva de união familiar de ambas as partes, com um manejo delicado, quase hierárquico. Se eu queria que Lady Maria fosse cativada por mim, tinha que saber como me aproximar cada vez mais dela.



    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig4_j14



    "O que montei até agora é visando os comes e bebes, mas quero ter certeza de que vou agradar o paladar dos nortenhos. Além disso, tem a questão cultural e musical..." Então recordei da bela mulher de cabelos brancos e olhos lilases, uma espécie de trovadora da casa. "Inclusive, Lorde Beron apadrinhou uma belíssima jovem que me parece ter sangue dos antigos valerianos, uma menestrel talentosa de nome Maehra. Mas como minha comitiva veio na frente, não sei se ela está com Lorde Beron ou com Lady Maria..."Meu sorriso parecia felino. "Ela é uma joia. Raramente elogio mulheres, mas ela merece. Além disso, é uma musicista talentosa, e torço para que ela possa tocar no casamento."













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    Mensagem por El Cabron Seg Out 14, 2024 8:39 pm

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."







    Atento às falas de Lady Inês, Jone parecia hipnotizado pela facilidade e domínio do dom da oratória que a jovem tinha. A personalidade forte e determinada apenas reforçava a ideia de influência e poder que ela queria ter. O cavaleiro, mesmo vislumbrado pela jovem, conseguia lê-la por estas sutis entrelinhas, o que mesclava às suas sensações um misto de desejo e admiração com o proibido. Era como um garoto que, pela primeira vez, via as chamas crepitarem em uma forte lareira e imagina ‘’brincar’’ com as chamas, como se pudesse domá-las e fazê-las dançar em suas mágicas mãos.

    Mas Jone não era mais um garoto. Não ‘’brincava’’ com fogo. Sequer tinha ‘’mãos mágicas’’ para isso. Mas havia aprendido como usá-lo aos seus propósitos e, principalmente, quando temê-lo. Inês era um intrigante enigma que, em seu profundo âmago, queria despir e desvendar seus segredos.

    - Lady Maria… - Jone sussurrou, baixo - Creio que verá, com seus próprios olhos, que nossa Senhora tem muito apreço por aqueles que lhes são próximos. Arthur, como primogênito, é um dos que lhe enchem os olhos. Principalmente pelos anos que esteve fora… - o tom de Jone era discretamente enigmático. Sabia que lady Maria era uma mãe protetora, típica ao Norte, mas que também guardava para si um conservadorismo de sua própria criação. Seria interessante ver como uma lidaria com a outra.

    Inês havia citado mais uma vez Arthur. O cavaleiro, por outro lado, preferiu ignorar isso. Estava nítido que a jovem estava apaixonada. E não apenas isso; sabia do seu dever para com seu pai através da aliança de união entre as famílias. O tio não seria tão calhorda com o próprio sobrinho e faria que tudo aquilo fosse jogado fora…seria?

    Jone serviu-se de vinho, já era a terceira vez, caso estivessem contando, e levantou-se, erguendo a própria taça em seguida, como se fizesse a proposta de um brinde.

    - Não tenho dúvidas que o casamento sairá exatamente ao seu gosto, milady. Jone disse com um sorriso estampado no rosto enquanto entornava o vinho, bebendo a taça em uma único gole. - Agora… - Jone sentou-se novamente na cadeira - sugiro vistoriarmos as obras. Peço, desde já, que me desculpem o eventual cansaço, afinal, cheguei faz pouco tempo de minha incursão - disse com uma voz complacente - Alguma sugestão, milorde?




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    Mensagem por Alexyus Qua Out 16, 2024 4:27 pm

    Henry Allafante tratou de ser prático:

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Os trabalhadores que eu contratei estão atuando bem sob o meu comando, mas os nativos da Vila da Pedra Quebrada estão tensos, e só são mantidos em ordem pelos soldados que o capitão da guarda Finn Swallow levou para lá a meu pedido. Isso pode continuar mas podemos aprimorar isso.

    Ele prosseguiu:

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Acabamos de chegar de lá, mas amanhã poderemos voltar para a vila para continuar a inspeção e mostrar a Sor Jone o que está sendo feito. Acho que será bom para acalmar a população ver Inês acompanhada de alguém da família Felinight.

    Dirigindo-se a Inês, ele disse:

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - A cerimônia de casamento no Norte é feito no Bosque Sagrado, em frente a uma Árvore-Coração, mas as festividades podem ser tanto no Castelo dos Sussurros quanto na Vila da Pedra Quebrada. Não sei se o Forte Arthur estará pronto até a data, mas seria bom incluir o povo nas comemorações. 

    Ele endereçou Sor Jone a seguir:

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - A bandidagem nas terras Felinight é uma preocupação, sor, especialmente na mina, que é um ponto vital para a economia da casa. Depois do insucesso de sua expedição, eu aconselharia a colocar guardas em cada entrada da mina para repelir novas invasões. Precisamos manter nossas operações em segurança.

    Desviando o olhar e falando para ninguém em particular, Henry ponderou:

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Até o momento, estamos consumindo as provisões do Castelo dos Sussurros para os suprimentos de nossos operários. Lorde Beron despachou Lady Lícia num navio com suprimentos adicionais quase ao mesmo tempo que nós zarpamos de Porto Real, mas até o momento esse navio ainda não chegou ao porto daqui. Não sei o que aconteceu, mas se esse carregamento não chegar logo, teremos que encontrar outra forma de sustentar a população atual e a que ainda aumentará...
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    Mensagem por El Cabron Ontem à(s) 9:55 am

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Jone Felinight

    "Não, minha cara meretriz, eu não vou te levar pro castelo.
    Agora, encha meu copo e tire o vestido..."



    Quando Henry tomou a palavra, Jone virou-se ao banqueiro, atento às suas colocações.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Os trabalhadores que eu contratei estão atuando bem sob o meu comando, mas os nativos da Vila da Pedra Quebrada estão tensos, e só são mantidos em ordem pelos soldados que o capitão da guarda Finn Swallow levou para lá a meu pedido. Isso pode continuar mas podemos aprimorar isso.

    - Bom, não é de se surpreender. Como eu disse, somos um povo resistente e mudanças, ainda mais as que vem de forasteiros, com todo respeito, é claro, dificilmente seriam bem aceitas.

    Jone serviu-se pela quarta vez com a jarra de vinho, agora já prestes a acabar.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Acabamos de chegar de lá, mas amanhã poderemos voltar para a vila para continuar a inspeção e mostrar a Sor Jone o que está sendo feito. Acho que será bom para acalmar a população ver Inês acompanhada de alguém da família Felinight.

    - Com certeza, milorde. - Jone virou-se para Inês, olhando-a nos olhos, firme - Ficaria honrado em acompanhá-la, Lady Inês - Fez um aceno com a própria cabeça, em sinal de respeito, seguido agora por um sorriso que parecia encabulado - Estranhei - desviou o olhar, dirigindo-se para o banqueiro - que ainda não tenha se sentado com algumas lideranças locais. Se eles forem envolvidos mais diretamente nas operações, vai mostrar que a Casa Felinight valoriza e escuta a voz de seu povo. Isso pode ajudar a conter a desconfiança.

    Se Henry por um lado tinha certa autoridade quando falava, o Cavaleiro dessa vez colocava-se, de fato, como Castelão, indicando um caminho para amenizar qualquer tensão entre povo e novos habitantes.

    - Ver soldados pra lá e pra cá, como se o povo fosse uma ameaça…isso só vai afastar qualquer chance de aproximação. Claro, temos que garantir a segurança dos trabalhadores, mas isso precisa parecer… - Jone se deteve e fez um gesto com a mão, esfregando os dedos uns nos outros, como se aquilo o ajudasse a pensar na palavra que queria dizer - natural. - e entornou a taça de vinho, ainda sorrindo.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - A cerimônia de casamento no Norte é feito no Bosque Sagrado, em frente a uma Árvore-Coração, mas as festividades podem ser tanto no Castelo dos Sussurros quanto na Vila da Pedra Quebrada. Não sei se o Forte Arthur estará pronto até a data, mas seria bom incluir o povo nas comemorações.

    - Bem…confesso que não sou um profundo conhecedor das “artes matrimoniais” - Jone virou-se para Inês - mas não tenho dúvidas que será uma bela cerimônia. As pessoas aqui, por mais reservadas que possam parecer, gostam de se divertir e um casamento nobre geralmente aumenta a animosidade. Se torna um grande evento aguardado. - Jone fez um breve divagação em seguida - Não recordo o último casamento que tivemos aqui. Talvez de minha irmã, Nadye, mas isso faz muito tempo. Era um garoto ainda.

    Henry, voltando-se para Jone, seguiu:

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - A bandidagem nas terras Felinight é uma preocupação, sor, especialmente na mina, que é um ponto vital para a economia da casa. Depois do insucesso de sua expedição, eu aconselharia a colocar guardas em cada entrada da mina para repelir novas invasões. Precisamos manter nossas operações em segurança.

    - Preciso falar com Finn Swallon. Não tive qualquer contato com ele desde que voltei - recostando-se na cadeira, com a taça de prata com vinho pela metade, Jone pensou alto - Mas tenho em mente uma alternativa, só preciso que Beron esteja aqui para colocá-la em prática. - A figura de Clay, do Clã Harclay, surgiu nos pensamentos de Jone. Queria que aquele fosse seu trunfo quando Beron retornasse.

    Alexyus escreveu:O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Ae536210
    - Até o momento, estamos consumindo as provisões do Castelo dos Sussurros para os suprimentos de nossos operários. Lorde Beron despachou Lady Lícia num navio com suprimentos adicionais quase ao mesmo tempo que nós zarpamos de Porto Real, mas até o momento esse navio ainda não chegou ao porto daqui. Não sei o que aconteceu, mas se esse carregamento não chegar logo, teremos que encontrar outra forma de sustentar a população atual e a que ainda aumentará...

    - Aah…minha doce sobrinha Lícia… - deteve-se por um instante, lembrando-se de Isabella Locke, a desejada dama de companhia de sua sobrinha - Vou enviar batedores para investigar a costa - disse rapidamente, livrando-se da jovem Isabella que pairou por alguns segundos em sua imaginação - e verificar se houve algum imprevisto no caminho. Se estiverem chegando, teremos uma noção de quando irão aportar. Mas, se for necessário, podemos negociar com os mercados próximos para adquirir provisões temporárias e evitar que faltem recursos. Os Redmayne, nossos vassalos, Casa de minha irmã, pode nos ajudar se for algo de extrema urgência.




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    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Empty Re: O Jogo dos Tronos - Jone

    Mensagem por thendara_selune Ontem à(s) 12:48 pm

    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 _f475c10
    Inês  Allafante

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    ⚜⚜⚜⚜⚜⚜




    Jone enchia sua taça pela quarta vez, inclinando a jarra de vinho até quase esvaziá-la. Meus olhos seguiram o movimento de suas mãos, e não pude evitar uma certa curiosidade ao relembrar o que Arthur me dissera sobre ele. Ao que tudo indicava, Jone era habilidoso com a espada, e havia algo em seu porte que misturava uma certa arrogância com uma postura focada, o que o tornava indispensável como braço direito de Beron. Arthur comentara algumas vezes que, na juventude, ele certamente causara muitas dores de cabeça — um espírito rebelde, talvez. Mas agora, olhando para ele, parecia alguém em quem se podia confiar plenamente, com uma seriedade que o tempo lhe impusera.

    Eu, por outro lado, terminava minha primeira taça de vinho com calma e, decidida, não tomaria mais. Meu pai, sempre meticuloso, estava mergulhado em suas explicações detalhadas sobre os preparativos do casamento. Ele parecia inabalável em seu domínio dos planos, enquanto eu, internamente, ansiava por algo mais vibrante, algo que rompesse aquela sequência tediosa de minúcias.

    Talvez a chegada de Lady Maria trouxesse algum alívio, pensei. Com ela, finalmente poderia me inteirar dos detalhes sociais que tanto me interessavam. A verdade é que, apesar de todo o respeito que tinha por meu pai, ele ainda me tratava como uma aprendiz, focando-me em questões administrativas. Embora não rejeitasse o valor de entender a logística e o planejamento estrutural, minha alma clamava por lidar com as pessoas, entender seus pensamentos, mediar relações, ao invés de me limitar à burocracia fria.

    Lembrei da viagem até aqui e como senti uma ponta de inveja de Hellen, ruborizei levemente com o pensamento, embora qualquer um que notasse poderia facilmente atribuir o tom rosado ao vinho. Mas logo sacudi aquela fantasia para longe e voltei ao presente. Afinal, sou a noiva de Arthur, e é meu dever me mostrar completamente envolvida com tudo que rodeia aquela família. Não posso me dar ao luxo de estar alheia.


    O Jogo dos Tronos - Jone - Página 3 Oig4_511






    "Ótimo!" — exclamei, talvez com mais entusiasmo do que a ocasião exigia. As conversas estavam todas presas a um formalismo que me cansava, então aproveitei a oportunidade para quebrar o ritmo. "Sor Jone é o castelão, e, sem dúvida, conhece bem os caminhos que devemos tomar. Sentarmo-nos com os líderes locais, apresentarmo-nos formalmente, isso cria uma ponte sólida e demonstra que nossos interesses estão alinhados com os da região."

    Eu sabia que tal postura mostraria não apenas o meu papel, mas também a influência de meu pai. Estabelecer essas conexões não apenas fortalecia nossa posição, mas também oficializava minha presença como futura senhora daquele lugar. Além disso, era uma maneira de eu afirmar minha voz e me fazer notar. Mesmo que ainda estivesse aprendendo a navegar essas águas políticas, não poderia deixar de aproveitar cada oportunidade para me destacar positivamente.

    Fixei meu olhar em Jone. Eu não tinha o hábito de desviar os olhos de ninguém em uma conversa, e certamente Sor Jone não seria o homem a quebrar essa minha firmeza.
    "Concordo," — continuei, observando-o esfregar os dedos em um gesto pensativo, tentando encontrar as palavras certas. — "As pessoas precisam sentir-se à vontade, e não temerosas de que pretendemos mudar seus costumes radicalmente..." Ele sorriu, bebendo mais um gole de vinho, enquanto meu pai continuava imerso em suas considerações sobre a logística do casamento. Observei Jone por um instante, percebendo que ele parecia relaxado, talvez até satisfeito com o rumo da conversa. Quanto a mim, concordava com meu pai — o povo deveria fazer parte das celebrações. Não havia por que excluir aqueles que, em última instância, mantinham aquelas terras funcionando.

    Além disso, eu mesma preferia que o casamento acontecesse no castelo dos Sussurros. Sua localização não apenas oferecia uma segurança inegável a todos os envolvidos, mas o peso histórico do lugar também trazia uma grandiosidade única à cerimônia. Havia algo quase poético em selar nossa união ali, entre aquelas antigas paredes que já testemunharam tantos momentos decisivos. Era um palco digno para a nova fase que eu e Arthur estávamos prestes a iniciar, e, no fundo, sabia que isso deixaria uma marca para as gerações futuras. Mesmo que eu não fosse devota da fé deles, ainda assim sentia uma certa curiosidade.

    "Entendo perfeitamente essa questão do casamento," — acrescentei, com uma leveza que mascarava minha ansiedade. — "Do meu ponto de vista, o povo deve participar dos festejos. Não vejo problema nisso; muito pelo contrário, acho que isso traz animação e vida à celebração."

    Fiz uma pausa, sentindo dentro de mim o espírito da minha mãe — aquela energia vibrante, cheia de luz e alegria. Eu não era do tipo que se calava facilmente, não era do tipo que se deixava conter. Não me via como uma esposa submissa, dizendo "sim, senhor" ou acatando passivamente tradições que me limitassem. Não seria do tipo que achasse imoral uma mulher dançar ou beber com o povo. Mas, claro, sabia que essas ideias teriam de ser guardadas para quando estivesse sozinha com Arthur. Só ele saberia o quanto eu jamais me deixaria prender. Eu podia amá-lo, sim, mas ser aprisionada por ele? Ou pela família dele? Nunca.

    Minhas fidelidade e amor seriam genuínos, mas eu não era tola. As histórias sobre Arthur corriam soltas, e meu irmão, sempre direto, não hesitara em me alertar sobre a má reputação dele. Suas aventuras com outras mulheres em sua juventude eram conhecidas, e eu não podia ignorar essa sombra que pairava sobre nós. Levei os dedos aos lábios, batendo levemente neles, enquanto afastava de mim os pensamentos incômodos relacionados à sua vida libertina.

    Ora, Esdres seguia caminhos semelhantes, e até mesmo Lorde Beron tinha um bastardo. Não seria surpresa se Sor Jone também tivesse sua cota de escapadas, ou até mesmo Asdulfor. Segurei-me para não rir, imaginando aquele velho tentando conquistar uma mulher; a cena era tanto cômica quanto trágica.
    Ao menos recuperei meu bom humor pensando no “velho dos gatos”. Era ele que realmente me preocupava. Seus olhos, as rugas de expressão medonhas e aquela aura tenebrosa o transformavam em uma figura saída de um conto de terror.


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    Sentia que ele não me aprovava como esposa de Arthur; para ele, eu era uma erva daninha na sua imaculada concepção de norte e religião antiga.
    No entanto, não me permiti ser consumida por essas ideias. Voltei minha atenção para a conversa, quando o tio de Arthur começou a falar sobre um casamento anterior. Sorri, decidida. "Meu casamento marcará o início de um tempo promissor para todos nós."

    Jone, começou a falar sobre alternativas para lidar com certas questões, mencionando Lorde Beron. Curiosa, interrompi: "Que alternativa seria essa, Sor?" — perguntei, inclinando-me um pouco mais à frente, o observando com interesse genuíno.

    Lícia, minha cunhada, permanecia uma figura complicada de se entender. Eu a admirava, em parte, por enfrentar tudo e todos com firmeza, mas sentia que, em algum momento, ela perdera o bom senso, incapaz de reconhecer quando era hora de parar.
    "Obrigada por nos auxiliar com esses detalhes," — disse, agora em um tom mais contido, voltando-me para Sor Jone. — "Saber se houve algum imprevisto é essencial para que eu possa ajustar a lista de mantimentos. Fico aliviada em saber que Sor parece ter a solução com os Redmayne. Sendo a Casa de vossa irmã, certamente pode nos ajudar se algo urgente surgir."




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