Independente de quem estava na dianteira, ou lado a lado, eles chegavam contornando os containers até uma grande fenda na parede do galpão que tinha a altura de um shopping. A fenda era gigante, literalmente parecia que algum monstro mitológico como um troll ou um ciclope tinha aberto aquela passagem na base do soco. Quando saíram, estavam em um dos pier do porto. O horizonte era de um mar negro sem fim, mas quando se aproximavam um pouco mais da porta do pier viam um redemoinho estranho e fantasmagórico na água que tinha alguns km quadrados de diâmetro, o tipo de redemoinho que parecia que se caísse você estaria condenado para todo o sempre a morrer afogado, mas de alguma forma, aquilo parecia pior do que morrer afogado da forma convencional, mas parecia que além de morrer afogado, se havia alguma chance de almas e espiritos existirem, aquilo também se tornaria um prisão eterna. Do lado direito do pier era apenas o mar que fazia limites com o pier, cheio de outros redemoinhos, quando olhavam, parecia que todo o pier estava protegido por diversos redemoinhos fantasmagóricos, parecia ser impossível atracar naquele porto de maneira convencional, navios e outras embarcações seriam destroçados e sugados para o fundo do mar negro.
Do lado esquerdo, havia o acesso ao porto e a única passagem viavel. Quando seguia por esse caminho eles viam o porto, ele lembrava alguma coisa do porto normal do qual estiveram andando com o segurança-monstro antes de entrarem no galpão, porém era muito mais bizarro, havia ainda mais teias de aranha, havia plataformas no céu, algumas suspensas no ar como se flutuassem e outras eram suspendidas por estruturas que não estavam lá antes. Havia coisas estranhas no chão como tentáculos que lembravam os monstros segurança, também havia carcaças de vida marinha morta espalhada, como se uma inundação tivesse acontecido e quando a maré abaixou deixou restos de peixe, corais e outras vidas marinha para traz apodrecendo. Além disso, haviam também sombras no lugar. Eram silhuetas humanoides mas completamente negras e tinham uma certa transparência como se fossem fantasmas. Eles perambulavam sem rumo pelo porto. De onde estavam podiam contar uns 15, mas sabe-se lá quantos mais poderiam estar espalhados por aí.