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    Arte Fragmentada - Luíza

    Alexyus
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    Arte Fragmentada - Luíza Empty Arte Fragmentada - Luíza

    Mensagem por Alexyus Dom Out 20, 2024 7:36 pm

    Fragmentos Digitais
    Arte Fragmentada - Luíza Il_fullxfull.1966412681_i0l8
    "Todos nós estamos na sarjeta, mas alguns de nós estão olhando para as estrelas."
    Oscar Wilde

    O apartamento que Luíza divide com Nina estava particularmente silencioso naquela noite. A luz fraca do abajur e o brilho azul do monitor iluminavam as sombras na parede, enquanto Luíza, conhecida pelos Garou como "Arte Fragmentada", se perdia entre suas criações digitais. Seus dedos ágeis deslizavam pelo tablet de desenho, transformando as visões caóticas que frequentemente invadiam sua mente em formas e cores vibrantes.

    Na tela, uma espiral de luz se misturava a símbolos arcanos. Era mais uma dessas noites em que o véu entre o mundo físico e o espiritual parecia mais fino. Um sussurro distante atravessava o silêncio, algo que só ela parecia ouvir. Sua conexão com os espíritos da Weaver era inegável, e o headset de realidade virtual ao seu lado pulsava com uma energia estranha, como se estivesse chamando por ela.

    Luíza hesitou, a mão pairando sobre o fone. Ela sabia que colocar o headset a levaria para outro nível de percepção, uma realidade que muitos Garou não ousariam explorar. Mas algo estava errado. As visões estavam se tornando mais frequentes, mais intensas. E agora, havia uma urgência nelas, como se os espíritos estivessem tentando avisá-la de algo importante.

    Com um suspiro, ela colocou o headset, ajustando-o na cabeça. A interface piscou e, em um instante, o mundo ao seu redor mudou. Estava no meio de uma vasta rede de fios e circuitos digitais, um lugar entre o físico e o espiritual. Espíritos da Weaver dançavam à distância, suas formas etéreas se movendo em padrões geométricos perfeitos.

    Então, algo novo apareceu. Uma mancha escura que se espalhava pela rede, devorando dados, corrompendo o fluxo de informações. Luíza tentou alcançar o espírito mais próximo, sua voz carregada de perguntas, mas tudo ao redor começou a tremeluzir e falhar, como se a própria realidade estivesse se despedaçando. Algo — ou alguém — estava invadindo aquele espaço, e não era um Garou.

    De repente, uma mensagem piscou em sua visão digital:


    Cuidado com a Wyrm nas linhas da Weaver. Encontrar-te-ei no 'Espaço Fragmentado'.

    A assinatura no final da mensagem era inconfundível. PhantomByte. Lucas, seu contato hacker, estava tentando se comunicar com ela diretamente no mundo espiritual. Aquilo nunca tinha acontecido antes. Ele sempre fora um gênio com tecnologia, mas entrar nesse espaço espiritual era perigoso, especialmente se a Wyrm estava envolvida.

    Luíza tirou o headset com pressa, o coração batendo rápido. Precisava agir rápido. Pegou o celular, ainda ofegante, e enviou uma mensagem para Lucas:

    O que você viu? Está aqui dentro?

    A resposta veio quase imediata:


    Algo está corrompendo os sistemas da Weaver. Encontrei sinais estranhos nos meus códigos. Não sei o que é, mas está se espalhando. Precisamos falar.

    Luíza sabia que isso não era coincidência. O espírito da Weaver que tentou alertá-la, a mensagem de Lucas, a mancha negra devorando as linhas espirituais... Tudo estava conectado.

    Ela olhou pela janela do apartamento, as luzes de São Paulo piscando na escuridão. Seu papel como Theurge dos Andarilhos do Asfalto não era apenas navegar entre os mundos, mas também entender como o espiritual e o tecnológico se entrelaçavam. E agora, o equilíbrio estava ameaçado.

    A porta do quarto de Nina se abriu, e a colega apareceu com um sorriso sonolento. 
    Arte Fragmentada - Luíza 87795710
    - Tudo bem por aqui?
    Ardya Baxë
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    Arte Fragmentada - Luíza Empty Re: Arte Fragmentada - Luíza

    Mensagem por Ardya Baxë Ontem à(s) 12:51 pm

    Naquele espaço etéreo entre o virtual e o espiritual, Luíza se sentia flutuando em ondas de música invisível, uma melodia que apenas ela era capaz de ouvir. A comunicação com os espíritos da Weaver nunca era feita com palavras — era um diálogo de sensações. Para ela, a música era o que unia todos os mundos: uma harmonia delicada que ecoava através de cores vibrantes e formas fluídas, misturando-se em padrões que transcendiam o físico.

    A matemática era o seu tradutor, a linguagem universal que transformava esses sons e luzes em comunicação binária. Cada nota ressoava em números perfeitos, e cada cor era uma expressão de emoção, um sentimento que ela projetava nas redes espirituais como se estivesse pintando em uma tela viva. Os espíritos respondiam a essas ondas de cores e música, sentindo suas intenções através das vibrações que ela emitia.

    Mas, de repente, um ruído dissonante rasgou o ar, um estrondo que feriu seus ouvidos, cortando a melodia em um som que parecia um grito. Luíza sentiu a mancha escura se espalhar, devorando a sequência de bytes como um predador voraz, transformando a melodia em um grito. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, e a sensação de perigo a envolveu como uma neblina densa.


    Um frio percorreu sua espinha. Era uma sensação familiar — o perigo iminente — e, como tantas vezes antes, ela foi tentada a ir mais fundo, a compreender o caos. Com um impulso imprudente, ela decidiu mergulhar mais fundo na sensação, guiada pela curiosidade e pela insensatez de sua juventude. Queria buscar a comunhão com os espíritos que a cercavam, para entender o que estava acontecendo.

    Mas desta vez, algo a fez hesitar. O alerta de PhantomByte surgiu como uma âncora de lealdade, conectando-a a um fio tênue de prudência e curiosidade.

    Com a mente girando em perguntas, Luíza arrancou o headset, o mundo digital desvanecendo-se ao seu redor. Ela pegou o celular e digitou rapidamente, os dedos se movendo quase que automaticamente enquanto sua mente permanecia à deriva:

    "?????" Arte Fragmentada - Luíza 1f621

    Ela enviou o emoji com raiva, como se aquilo pudesse capturar a frustração que não conseguia verbalizar.
    "Como ele sabia? Como PhantomByte, que nunca havia sido introduzido ao mundo espiritual, estava agora enviando mensagens diretamente das linhas digitais espirituais que eu mesmo não compreendo?"

    "PRECISAMOS... Eu te encontro..."

    Respirando fundo, Luíza abriu sua mochila e retirou o notebook estilizado com grafites em cores pastel, um reflexo de suas ideias e sentimentos.  O Espaço Fragmentado... Deveria ser mais do que apenas uma parte da Deep Web, para um encontro. Era uma encruzilhada entre o espiritual e o digital, um lugar onde as cores e a música se misturavam em vibrações únicas. Ela precisaria acessar a teia, precisava encontrar PhantomByte, e logo. Mas essa busca seria muito mais arriscada do que qualquer varredura cibernética comum.

    O som da porta do quarto de Nina se abrindo a fez se virar rapidamente, fechando o notebook em um reflexo quase automático. Nina apareceu com um sorriso sonolento, e por um momento, Luíza sentiu o peso do contraste entre o caos em sua mente e a serenidade da amiga.

    "Te acordei, Nina? Desculpe... Não percebi que fiz barulho." A voz de Luíza era calma, mas os pensamentos ainda dançavam ao ritmo da tensão que se acumulava. "Eu só... não consegui dormir."

    Ela ajeitou-se no sofá, abraçando o notebook como se fosse um escudo, enquanto olhava o celular, esperando ele vibrar com algum retorno de seu contato. "Sabe quando você sente que tudo está indo bem, mas de repente... tudo desaba? Como quando você sonha com algo tão real que te acorda, perdida?" Uma risada nervosa escapou de seus lábios, uma tentativa de aliviar a atmosfera. "Acho que comemos demais antes de dormir..."

    Mas, enquanto trocava essas palavras leves, sua mente permanecia longe, no emaranhado de cores e música que havia sido corrompido. Algo estava errado, e ela sabia que não poderia ignorar. A urgência de encontrar PhantomByte crescia a cada segundo, e ela se preparava mentalmente para mergulhar de volta na teia, onde as cores e as melodias a guiariam — ou talvez a devorassem, como aquela mancha negra que rondava as linhas espirituais. Então ela tentaria de forma gentil dispersar a amiga para voltar a trabalhar[/color]

      Data/hora atual: Ter Out 22, 2024 4:27 am