por Lukas Qui Ago 09, 2012 1:02 pm
- Já recebi esse olhar muitas vezes criança, mas o que você não percebe é que há uma fagulha de mim em cada expressão deste tipo, diz o homem, gesticulando suavemente.
- O que houve? Sera que um gato comeu a sua língua? Ou será que foi um lobo? Sim...foi um lobo. Quando se fala em vingança, sempre há um lobo e uma criança. O lobo é quem fere a criança, que chora de tristeza ou raiva. A criança se debate, mas não consegue nada por que é fraca, ou as vezes os pais a reprimem. Pois veja a sua situação, Roman, um lobo lhe tirou a sua criança, que nesta parabola que faço, é a mulher que você ama. Você esta com raiva, quer vingar-se do lobo, mas não pode. Não pode por que o lobo fugiu junto com a criança. Pois se você quiser bater no lobo, seus rígidos pais, que nesta historia que lhe conto pode ser representada pela lei ou pela organização do lobo, irão lhe reprimir. Chorar você não vai, então eu pergunto, o que fazer? diz o homem, em uma conversa complexa com Lacov.
Ele espera por um instante, quando fala novamente.
- A vingança é aquela sopa que você toma fria, após um logo dia de trabalho exaustivo criança. Agora, se você me permite, não consigo ter um conversa razoável, tampouco inteligente, com alguem que não fala, diz o homem, irando dos seus trajes um velho e empoeirado pergaminho. Ele o abre na frente de Lacov, pronuncia palavras em uma língua desconhecida e ancestral, que ecoa pela clareira. Apos, o pergaminho emitir um leve brilho, ele o guarda dentro dos seus trajes.
- Meu tempo é curto, ladrão. Acabei de devolver-lhe o dom da palavra. Afinal de contas, a língua pode ser mais afiada que uma espada, com a pessoa certa. Pode iniciar guerras, pode matar. Não seja tolo em desperdiçar esta dádiva, não pense que seus problemas serão resolvidos com uma simples viagem pela floresta, criança, diz o homem.