BURDOCK, EMILYTomando o caminho do córrego de água, o unikorn-gárgula seguia na frente enquanto
Emily tinha a retaguarda.
O tempo passou.
Os sons do subterrâneo, ecos dos menores sons se propagando pelas paredes, mas não havia vida ali. Era o som da rocha, da água e do ar, pois tudo, inclusive a escuridão, parecia empregnado pela força negativa que as sombras traziam.
Eles continuaram.
Logo, seguindo a trilha deixada pelas várias pegadas de garras, com tamanhos diferentes. Eles devem ter andando uns 500 ou 600 metros, depois subiram uma rampa decomposta por alguma força de erosão natural, deram com uma pequena queda do córrego, que tiveram de escalar. Então andaram mais 300 metros, depois uma brisa, o ar fresco chagava.
Seguiram.
Então, um odor de morte a frente. Não o cheiro natural, conhecido por
Burdock, aquilo é algo que
Emily já havia sentido, na família de carcaju morta na toca que havia adentrado antes. O aroma da morte levada por aquele que estão ligados ao próprio plano negativo. E estava forte.
Instintivamente as garras do patrulheiro saltaram.
Emily sabia que a alteração estava prestes a se dissipar, o círculo de transmutação no homem a sua frente se desfazendo quase completamente agora. No entanto, o espaço ali é o bastante para que ambos prossigam, não sendo um problema para que ele se movimentasse quando ficasse maior.
OFF: Eram 20 minutos. Restam 2d4 minutos.
Continuaram. O cheiro da morte antinatural tornou-se mais forte. E a frente tudo ficava um pouco mais claro. Deve haver uma fonte de luz tênue, ou mesmo a saída daquele lugar, mas a passagem estava parcialmente bloqueada. Iluminaram. Um corpo, do qual aquele odor transbordava.
Algum tipo de reptil de tonalidade azulada se encontrava enrodilhado, como se tentasse proteger-se de algo, mas a uma cabeçorra de crocodilo com um focinho mais curto estava para fora. A luz o iluminava a partir das esferas de luz transmutada e da moeda carregada.
Os olhos estavam brancos e mortos. Não pareciam haver ferimentos, mas o bicho definhou de uma forma só possível para o golpe das sombras. Ele tinha muitas patas também, dai não era o rastro de uma alcateia, mas de uma única criatura.
O terreno ao redor estava calcinado,alguns pontos queimados até a negritude, rochas derretidas no ponto da explosão de o que quer que fosse.
Aquilo não é um dragão, ou ao menos não parecia com um de que ouvissem falar. Afinal, não tinha assas. Azul, fortemente escamado, repleto de vários pares de garras de tamanhos diferentes, lutou ali, tentou fugir, foi pego antes, mas ofereceu uma resistência final.
As sombras venceram, ou não?