Elmon - Thalion

Com a ajuda de todos eles conseguiram retirar o homem dos escombros, mas talvez fosse muito tarde para o homem, com o corpo muito ferido ele dificilmente iria sobreviver por muito tempo - Não sei se consigo curá-lo, mas posso tentar fazer os primeiros socorros, e então levamos ele até alguém que possa tratá-lo melhor - Falou o druida imaginando que poderia ter uma solução.

A prioridade era salvar a vida do homem que estava ali, porém não podia ignorar a vontade dele de salvar sua esposa e filha - Você sabe para onde foram as pessoas que levaram sua mulher? perguntou ainda sem saber o que deveria fazer para resolver a situação.

Elmon estava incerto se podia fazer alguma coisa para cura-lo, mas sabia que a vida do homem dependia dele. Providenciando ervas e panos limpos, o druida faz um emplastro e coloca sobre as feridas, ao mesmo tempo que tentava conter o sangramento. Rafik ajudava como podia, trazendo o que era pedido pelo druida. Passados alguns minutos, a melhora de Rithero era visível: Elmon havia sido bem-sucedido.

O comerciante, agradecido, segurou o braço do druida. “Muito obrigado, meu bom senhor, salvou-me a vida,” disse, com dificuldade. Ele tosse, e então continua, preocupado. “Eu estava num comboio que ia para União, levando um carregamento de materiais para fazer velas. Fomos atacados de surpresa neste local, os bandidos saltaram das pedras e começou o massacre! Eu vi quem atacou a caravana! Foi o bandido Sussun Liargo, famoso na região. Tentei defender minha família, mas não fui capaz. Ferido, só pude ver ele levando minha mulher e filha... Tremo só de pensar no que elas estão sofrendo nas mãos deste homem!”

Elmon fez o possível para salvar o homem, mesmo não sendo nenhum curandeiro pareceu ter funcionado, o que trouxe alívio para o druida, feliz por conseguir salvar a vida do senhor.

- Eu sinto muito por ouvir isso, não consigo imaginar como é pra você estar em uma situação dessas - Falou o druida ao ouvir as palavras do homem sobre sua família, logo se virando para o grupo - O que vocês acham que devemos fazer?

Ele pediu a opinião do grupo, queria ajudar o homem, mas parecia arriscado, e eles poderiam não achar necessário fazer algo assim.

- Eles estão em quantos? são muitos? - Perguntou o druida para ter uma ideia do que estariam enfrentando.

Elmon volta-se para o grupo, e pergunta sobre o que deviam fazer. O elfo das areias estava olhando para as ruínas da caravana, em uma espécie de transe, como se estivesse lembrando de algo. Ele volta seus olhos brancos para o druida, e diz com um tom firme, “devemos ajudar... Sua mulher e filha estão vivas, e para que continuem assim, precisamos nos mover. Devemos agradecer aos espíritos ancestrais pela oportunidade de fazer algo, fazer uma diferença neste destino trágico.”

Redris, que estava há muito tempo calado, concorda. Ele olha para Elmon, com um olhar sério. “Isto mesmo, Elmon. Não adianta nada procurarmos uma cura para mim, se deixamos de lado os outros que precisam da gente.”

Agnus, o bardo, caminha por entre os companheiros, batendo palmas. O chapéu abaixado na frente cobrindo o rosto, ele diz, “bravo, bravo! Assim é que se diz, assim é que se faz! Esta é a matéria-prima das lendas! Resgate de donzelas indefesas são historias muito pedidas em festas infantis!”

Rithero, o comerciante, da uma tosse seca, interrompendo a performance do bardo. “Não é uma brincadeira, Sussun Liargo é um bandoleiro experiente. Seu grupo é pequeno, quatro homens, mas são perigosos. Mataram os dois guardas que contratamos, e mais três companheiros meus...”

Vendo todos do grupo concordarem em ajudar, mesmo que arriscado, mas precisavam de mais informações, um lugar para começar qualquer coisa seria útil.

- Entendemos que não é uma brincadeira, por isso vamos salvar sua família, faremos o possível para que você as encontre de novo - Falou o druida para o homem - Você tem alguma ideia de por onde podemos começar? Qualquer informação que você tiver conta.

A expressão na face de Rithero, que era antes de preocupação, se torna de agradecimento, ao ouvir de Elmon sua firmeza em ajudar a salvar sua família. “Muito obrigado, senhores! Os bandidos partiram naquela direção”, diz, apontando para as montanhas próximas.

Ao ouvir a resposta do homem, Elmon o cumprimenta falando - Deixa com a gente sua família ficará bem. - e então segue sem perder mais tempo na direção indicada pelo homem. Após poucos passos ele vira-se para seu lobo, indicando que fareje o local em busca de qualquer coisa que possa indicar o caminho que seguiram os bandidos.

O lobo cinzento volta seu olhar para Elmon, e uma troca silenciosa de mensagens se da em um instante. O animal vai até o local indicado e começa a farejar. Após alguns minutos ele late e avança na direção do rastro que tinha encontrado. O grupo então segue o lobo, que passa pelos arbustos rapidamente, parando por alguns instantes quando percebe que os duas-pernas não correm o suficiente para manter seu passo.

A perseguição dura algumas horas, quando finalmente alcançam seu objetivo: o acampamento de Sussun Liargo. Do alto de uma colina, devidamente escondidos por trás de algumas rochas vulcânicas, os heróis observam uma fogueira mais abaixo. Proximo da fogueira um dos bandidos parece estar assando alguma carne em um rolete. Outros dois conversavam animadamente. Proximo deles estava uma arvore alta, com muitos galhos e sem folhas, na qual duas mulheres estavam amarradas em seu tronco. No entanto, nenhum sinal do quarto homem...

Após seguir seu lobo por um longo caminho até chegar ao acampamento dos bandidos, Elmon observa os homens escondido e logo se vira para o grupo.

- Algum de vocês tem algum plano? Consigo ver as duas naquela árvore, alguma possibilidade de conseguirmos tirar elas sem causar alarde? Ou acham que é melhor um confronto direto?

Antes de ir resgatar as mulheres o druida queria pensar em algum plano, e questionou se o grupo não teria nenhuma sugestão, caso não houvesse escolha teriam que ir em uma luta direta.

O elfo das areias observa com seus olhos brancos a área tomada pelos bandidos em seu acampamento. “Perigoso um confronto direto, eu diria. Não vejo o quarto homem, pode ser que esteja escondido, atrás de alguma pedra, vigiando. Como Rithero disse, eles são habilidosos, temos que conhecer suas posições e aproveitar nosso elemento surpresa.”

Agnus deixa sua posição de observação e recosta-se em uma pedra, baixando o chapéu sobre sua face. “Bem, tenho um ou dois truques que podem ajudar... Posso cantar uma musica de ninar que podem deixar os bandidos bem calminhos, ou se quiserem alguma distração, fazer alguns gravetos dançarem e fazerem barulho...”

Redris, que estava olhando para o acampamento, chama a atenção dos outros. Ele aponta na direção dos dois bandidos que estavam conversando. “Pessoal, deem uma olhada... Aqueles dois estão indo em direção da mãe e da filha, e posso apostar que suas intenções não são boas... Precisamos ser rápidos!”, diz, com tom de urgência.

- Concordo que é perigoso um ataque direto - responde ao elfo das areias - A falta do quarto homem é mesmo preocupante, mas não há muito que possamos fazer além de pegar os que podemos ver de surpresa.

O druida observa bem a posição dos bandidos e responde a Agnus.

- Acredito que a canção de ninar pode ser uma boa, enquanto você faz isso nós ficamos em posição para um ataque surpresa de imediato, aproveitar o fator surpresa será importante aqui.

Elmon estava conversando o resto dos planos de ataque quando Redris chama sua atenção, precisavam agir rápido, pois a situação ficara mais urgente.

- Rápido, vamos tentar usar esse ataque surpresa antes que eles façam algum mal para as mulheres.

Então Elmon esperou a canção de ninar de Agnus para atacar os bandidos, aguardando escondido atrás de uma pedra.

Combinado o plano de ataque, cada qual vai para a sua posição. Enquanto Rafik e Redris circundam o acampamento pela esquerda, Elmon, Agnus e seu lobo vão pela direita. Eles aproveitam-se do terreno rochoso para manterem-se sempre atrás de algum obstáculo, tomando cuidado redobrado para não provocar barulho, evitando pisar em qualquer coisa que pudesse causar um deslizamento de pedras. Acostumado a se movimentar em silencio pelas florestas, o druida logo se aproximou dos dois bandidos que estavam junto as mulheres amarradas na arvore. Com um sinal silencioso, o bardo se afastou e continuou seu caminho para um local a poucos metros de distancia dos inimigos.

Os malfeitores falavam alto, e disseram para as mulheres, “muito bem, mãe e filha são muito bonitas e gostosas, cada uma com seu charme... Qual vai ser a primeira a querer brincar com a gente? Pode ser qualquer uma, não fazemos questão...”

Nenhuma das duas quis responder, ficando a olhar somente para o chão, cabisbaixas. De sua posição Elmon podia ver que já tinham chorado bastante.

Então as primeiras notas musicais começam a ser ouvidas, uma melodia que fez o druida relembrar da época de sua infância, quando sua mãe cantava canções para faze-lo dormir. Com uma leve sacudida de cabeça Elmon afastou a sensação de sono e tranquilidade, e observou como os bandidos reagiam a musica. Primeiro eles se sentaram em uma pedra e apoiaram o cotovelo sobe suas pernas, para depois permanecerem imóveis, os olhos quase se fechando. Enquanto isto as mulheres passaram a observar ao redor, procurando silenciosas pela origem dos sons.

O outro bandido, que estava assando uma carne na fogueira, mais distante, parecia não ter percebido a musica sendo tocada, mérito devido a Agnus, que controlava o volume do som de sua melodia.

O terreno e sua experiência em se movimentar silenciosamente ajudou o druida a se aproximar dos bandidos, porém não precisava estar perto para ouvir as palavras dos bandidos que não tinham nenhuma vergonha em falar o que falavam, pareciam se divertir com o choro das mulheres, Elmon sempre desprezou atitudes humanas desse tipo, tal egoísmo sempre foi muito comum entre eles e ver as mulheres na situação que estavam o incomodava muito, precisava agir, mas esperar o momento certo para isso.

Não demorou e o bardo começou a tocar sua canção, uma bela canção que realmente trazia uma paz, quase ele mesmo era pego pela canção, mas por ter ciência do que se tratava ficou esperto e despertou sacudindo a cabeça, então o druida observou bem o melhor momento para pegar os bandidos de surpresa e tentar desacordá-los, sem fazer barulho para não chamar a atenção do outro bandido que parecia não ter ouvido nada ainda.

Off: Elmon Mov Silenciosa – Sucesso!

Em meio aos sons melódicos e hipnotizantes de Agnus, o druida salta de seu esconderijo e avança sorrateiro, procurando se aproximar dos bandidos pelas suas costas. Ao chegar próximo o suficiente, ele pega uma pedra que estava no chão, e golpeia forte na cabeça de um dos meliantes, que cai ao chão desacordado.

Off: Ataque de surpresa. Iniciativa. Bandido 1 16, Elmon 13, Bandido 2 7.

O som da queda do bandido alerta os demais, e o que estava ao lado dele se ergue de um salto e num instante já esta com uma faca em sua mão. Ele olha para Elmon, da um tapa em seu próprio rosto para apagar os vestígios da canção de Agnus em sua mente, e parte para o ataque.

Off: Ataque bandido 1 – Sucesso. Dano em Elmon: 5

O aviso do chefe mercador havia sido verdadeiro, pois os bandidos realmente eram muito habilidosos. O druida preparava-se para se desviar de um ataque pelo flanco, mas com muita destreza seu inimigo inverte a posição de sua lamina, fazendo um arco e cortando o peito do herói, causando muita dor.

O druida recua, e volta seu olhar para a mãe e filha presas na arvore. Suas faces estavam cheias de esperança, mas ao mesmo tempo preocupadas com o ferimento que Elmon havia acabado de receber.

O plano parecia ter dado certo, pelo menos conseguiram eliminar um dos bandidos, dando uma vantagem numérica, porém o som da queda acabou despertando um dos bandidos que revidou causando um corte no peito do druida, apesar da dor, Elmon volta sua atenção para as mulheres por quem lutava para salvar, ver esperança em seus rostos aumentava a determinação do druida, que voltava para atacar os demais bandidos, fazendo um sinal para que os outros membros do grupo escondidos atacassem, aproveitando a vantagem numérica para acabar o mais rápido possível com todos os bandidos.

OFF:

Off: Vou rolar os dados aqui em casa mesmo, da muito trabalho fazer isto no rolador.
Off: Elmon Ataque – 3 – Fracasso.
Off: Bandido 2 Ataque – 17 – dano 2+1. Dano acumulado em Elmon: 8
Off: Lobo Ataque – 7 – Fracasso.
Off: Rafik Ataque – 13 – Dano 3+1. Dano Bandido 1: 4
Off: Redris Ataque – 16 – Dano 1+2. Dano Bandido 1 acumulado: 7
Off: Agnus Ataque – 16 – Dano 3. Dano Bandido 1: 10

Elmon, ao ver as expressões de esperança presentes nos rostos de mãe e filha, se sente mais seguro em suas ações, e apesar da dor em seu peito que sangrava muito, voltou sua atenção para o inimigo mais próximo. Dando um passo a frente, o druida brandiu sua arma e arriscou um ataque rápido, mas o experiente bandido facilmente se esquivou.

O combate era rápido, e a chegada do outro bandido se fez sentir, dolorosamente para Elmon, ferido novamente nas costas. A dor era intensa, e fez o druida gemer de dor. Este seria o fim do herói, não fosse a ajuda de seu fiel lobo, que com seu ataque desviou a atenção do inimigo.

Logo Rafik e Redris entram na batalha, alertados pelo sinal de Elmon. Os golpes desferidos foram certeiros, e uma flecha disparada pelo bardo logo pos fim a vida de um dos bandidos.

O ultimo inimigo, ao se ver cercado e com seus companheiros abatidos, levantou as mãos e deixou cair sua espada, em sinal de rendição.

A luta não tinha ido bem para Elmon, por sorte seus companheiros conseguiram vencer um dos bandidos e amedrontar o outro, porém tudo isso era estranho, ainda faltava o líder deles, isso acabaria tão fácil assim? Algo parecia errado, mas não conseguia imaginar o que os bandidos estavam planejando. Sem muito o que fazer com dificuldade devido as feridas o druida vai até as garotas e as desamarram.

- Vai ficar tudo bem, encontramos o seu marido, ele ainda está vivo e pediu nossa ajuda, vamos levar vocês até eles.

Elmon se moveu em direção ao bandido com a corda que desamarrou as mulheres.

- Agnus tire elas daqui, a prioridade é salvá-las, eu e os outros vamos ficar de olho no bandido que resta. - Ele pega a corda e amarra o bandido - Ainda falta o líder deles, então fiquem de olho.

Mãe e filha agradecem aos heróis, dizendo que já tinham perdido as esperanças, esperando apenas pelo pior. “Muito obrigada, senhor, fico feliz por saber que meu marido está bem... Não importam as perdas materiais, queremos agora apenas ficar em paz...”, diz a mãe.

Agnus obedece a ordem do druida, segurando a aba de seu chapéu e acenando para mostrar sua concordância. Com o bandolim nas costas, ele mostra o caminho para as mulheres, e logo os três saem de vista após passarem a colina.

Redris chama a atenção de Elmon, dizendo que o primeiro bandido que tinha sido golpeado ainda estava vivo. Desacordado, mas vivo. Ele e o outro são então amarrados na mesma arvore onde estavam as prisioneiras anteriormente.

O grupo então decide esperar pelo chefe do bando, ainda sem saber de seu paradeiro. Passou-se meia hora, até que algo estranho começou a ocorrer. Andando por entre a grama escassa começaram a surgir vários ratos, que avançavam, primeiro medrosamente, depois mais confiantes, parando, cheirando e se esgueirando por entre as pedras. Ao serem confrontados eles fugiam, mas depois retornavam.



Um dos bandidos ergueu a cabeça, e deu uma risada sonora. Ele tossiu, e então disse, “hehe, deveriam ter fugido enquanto podiam... Agora é tarde. Queriam pegar nosso chefe? Só que agora são vocês que vão ser pegos... E quando eu sair daqui, vocês vão ver o que acontece com quem ataca a gente...”