Rhaenee nasceu em uma família humilde, sem grandes perspectivas de vida. Morava em uma região menos favorecida do planeta e nunca imaginou que um dia estaria diante da realeza. Uma tragédia durante a construção de um projeto faraônico da realeza fez com que várias pessoas daquela região morressem e perdessem suas casas após uma explosão, com efeitos de radioatividade e desabamento de terra. O acontecimento ganhou grande repercussão na mídia, gerando protestos e revoltas populares.
Para compensar, a princesa da Aliança anunciou um projeto para financiar estudos e a recuperação dos jovens sobreviventes, além de realocar aquelas pessoas em lares temporários em grandes centros. Nem todos ficaram completamente contentes, pois os centros onde as pessoas foram realocadas era cercado por um bairro bom e elas passaram a sofrer preconceitos e, incapazes de reconstruir completamente a vida, algumas começaram a roubar e tumultuar os ricos da região.
O pai de Rhae foi um dos que trabalhava na construção da obra e acabou morrendo. Já a mãe acabou muito doente e Rhae tinha que tentar ajudá-la, conciliando os estudos com trabalhos temporários e vários deles sem registro. Mesmo assim, estudava em uma pomposa escola de ricos e políticos. Era óbvio que era uma criatura fora de lugar, mas não demorou para colocar os valentões para respeitá-la.
Na escola, houve uma briga irritante entre um nobre e uma funcionária da cantina. Com sua mania de se intrometer onde não foi chamada, Ray intercedeu sem um pingo de covardia e acabou chamando a atenção do jovem Gail, que fazia parte do grupo de amigos do outro garoto. A relação dos dois, antes de ser de melhores amigos, não era exatamente muito boa. Uma vez, quando ouviu um comentário genérico sobre "essas pessoas que moram na favela que minha irmã criou", Gail levou um murro na cara, algo que nunca tinha acontecido antes. É claro que a menina ficou prestes a ser expulsa, mas Gail não a delatou, pelo contrário, disse que era um mal entendido.
Episódios como esse eram praticamente normais, já que ela vivia se irritando quando ele falava algo contra as minorias ou algo que lhe lembrasse da vida sofrida de seus pais. Assim, foram se aproximando, embora o príncipe caçula tivesse algumas ideias de mundo completamente distorcidas, de vez em quando propositalmente querendo discordar de sua irmã, simplesmente por rebeldia, para "ser diferente" e porque se enciumava da atenção que ela recebia.
Aos 14, houve a oportunidade aos estudantes de unir-se aos militares e ela partiu para treinamento, motivada a utilizar o convênio médico privilegiado e, de forma secundária, tornar-se Oficial e defender os planetas. No entanto, enquanto estudava, não era a aluna mais brilhante e também via dificuldade em todas as regras militares, faltando-lhe disciplina em sua personalidade, além de dedicação completa por causa da tentativa de conciliar estudos e trabalho. Estava fadada a ser uma oficial medíocre, é o que ela achava e ouvia de vez em quando. Enquanto isso, a família de Gail enfrentava dificuldades em encontrar um guarda-costas para o jovem, que simplesmente detestava todas as propostas de ser seguido o tempo todo por um estranho, além de começar a se tornar mais rebelde e desinteressado do que o esperado. Queria se desvencilhar da imagem da irmã, andando por aí sozinho e querendo explorar gostos mais urbanos.
Em uma dessas ocasiões, por acaso foi Ray quem ajudou um segurança a encontrá-lo. Nessa oportunidade, os dois acabaram conversando e o príncipe descobriu sobre a mãe doente de Ray e seus objetivos. Dessa maneira, ele a convidou para ser sua guarda-costas e a mãe passou a ter direito ao atendimento prioritário. Obviamente a família foi contra e achou aquilo um absurdo, mas Gail insistiu que só aceitaria se fosse Ray sua guarda-costas. A menina fez um teste para pilotar o gundam da família e surpreendentemente foi bem. Era confiável, sem histórico negativo e, mais importante, sem conexões reais com militares ou organizações que poderiam tramar derrubá-los, além de achá-la, apesar de tudo, pura de coração. A princesa foi uma das que apoiou essa decisão, pois secretamente achava que Ray poderia acordar o lado doce do irmão e dar mais humanidade para ele, pois sabia que muito do que tentava dizer ao irmão ele propositalmente ignorava. Assim, manteriam seus seguranças comuns, para a casa e família num geral, mas ela seria a guarda-costas oficial de Gail. Essa proposta agradou mais a família.
Durante o tempo de serviço, Rhae não teve muito com o que se preocupar. Bastou ter olhos e ouvidos abertos, mas ninguém atentou contra o jovem. Enquanto isso, ela continuava recebendo treinamento, o que acabou a qualificando para o serviço ao longo dos meses.
O período em que passaram juntos, porém, foi o suficiente para desenvolver uma paixão por ele, embora ela não tenha reconhecido isso ainda. Ela acha que é gratidão ou uma amizade profunda. Gail nunca disse se sentia o mesmo, mas a trata como melhor amiga e bastante intimidade com suas emoções. Ele se preocupa de verdade com ela, e, internamente, sente ciúme, embora nunca tenha tido uma oportunidade para demonstrar isso.
O problema é que a realeza possui muitas alianças, o que automaticamente fez com que Amilie, a caçula da família Kavanagh, fosse um nome considerado ideal para um casamento com o caçula da realeza, marcado para quando ele completar a "maioridade formal".
Amilie tem uma aparência invejável, cabelos vermelhos cacheados e vivos, além de uma educação de primeira. Ela acha Gail muito atraente e adorável. A garota voltou de um intercâmbio em Duos, já que deseja como carreira as relações internacionais e políticas. É a senhorita perfeição, doce e angelical, além de ser muito amiga da princesa.
Gail não sabe direito o que essa menina quer, ele a acha bonita e sabe de seu dever de casar com ela, mas por algum motivo, agora ele não quer mais que isso aconteça...
Amilie: