Embora eu acreditasse que conseguiria algum efeito sobre a criatura ao associar aquelas palavras sacras a meus poderes as consequências de tal ato surpreende-me. Tinha esperanças de ser capaz de canalizar a energia divida que a centelha contém e transmiti-la ao imp causando assim algum dano. O que consegui fazer foi muito além do que esperava: Fui capaz de feri-lo usando chamas divinas. Isso certamente teve um efeito visual interessante a meus colegas. Entretanto, o que de fato importava era que com tal atitude não apenas fui capaz de causar danos ao imp como também consegui expor sua localização aos demais. Pude notar isso pouco antes de Don. Pietro atacá-lo partindo-o ao meio. Após ser ferido gravemente as chamas consomem completamente o corpo do imp. Mesmo diante a isso eu era incapaz de sentir-me aliviada, pois sabia que aquela era uma vitória muito pequena diante ao problema em nos encontrávamos. Ainda havia muito o que resolver antes de dar-me ao privilegio de sentir alívio. Oze estava observando-nos e não havia a menor sombra de dúvida que aquilo o irritaria. Eu precisava voltar imediatamente. Precisava avisá-los de que a presença daquele demônio não era mais uma suspeita, era real e possuía uma força muito superior ao imp que acabávamos de enfrentar. Pouco antes de voltar e reaver meus sentidos básicos noto que Ohr havia despertado.
Isabel desfaz-se de Endorama. No instante em que abre seus olhos nota que Oze revelou-se ao grupo e que aquela escuridão incomum e perturbadora havia sido extinta. Assim como na presença de Arimã o tempo para, mas diferente do que ocorreu com Adam ela percebe que ainda é capaz de mover-se. Isso só poderia significar uma coisa: Aquele demônio tinha algum plano sórdido para eles. Sei que está consciente Ohr. Preciso de ajuda. Rosiel e o demônio estão aqui. Tão logo quanto termina a frase Isabel levanta-se e corre até Lara enquanto diz: Ele é seis vezes mais poderoso que seu servo. Juntos, lembrem-se. No instante em que alcança Twinkle a maga segura sua mão. Isabel não tinha a menor certeza se funcionaria, afinal nunca tentou trazer um humano de volta a vida apenas alguns pequenos animais. Ela não achava certo brincar com a vida de um ser vivo, seja para tirá-la ou devolve-la. Müller não se achava no direito de interferir de forma tão radical sobre a vida. Mas a culpa que sentia pelo que houve com Lara impediu que agisse de forma racional. Ela havia abandonado-a anteriormente e não conseguiria fazer isso novamente. Rolagem para Restauração (ressurreição) Neith efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
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Desculpe-me, Lara. Isabel olha para seus colegas e tenta analisar a situação para tentar encontrar uma estrategia que os ajudassem a sair daquela situação vivos. Expertise - Encontrar algum ponto fraco em Oze, além do obvio. Neith efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
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Don. Pietro daqui você não o alcançará, mas posso te levar até ele. Por "ele" Müller referia-se ao demônio e o padre provavelmente a compreenderia. Ela era capaz de deduzir que Don. Pietro e seus equipamentos teriam mais chances de afetar Oze assim como ele seria pouco eficiente sozinho. O padre precisaria de todo e qualquer suporte que eles pudessem fornecer e era exatamente o que ela pretendia fazer e o que esperava que os demais fizessem. Agindo individualmente nenhum deles teria chances de sair dali vivos. Ela tinha esperanças de que eles já tivessem se dado conta disso.
Atomic se lança contra a criatura colossal e se se choca contra a orbita do olho esquerdo da criatura. O poder do impacto desequilibra o demônio, que se inclina levemente para trás, mas não demonstra qualquer sinal de dor ou sofrimento, diferente de Atomic. O vigilante sente como se tivesse se chocado contra um bloco maciço de titânio e se machuca. [Off = Dazed -2]
Isabel Müller escreveu:Sei que está consciente Ohr. Preciso de ajuda. Rosiel e o demônio estão aqui.
Ohr não responde, mas Isabel nota que ele entendeu. A maga então corre até Twinkle e a toca. Lara ressuscita assustada em uma retomada profunda de fôlego. Seu corpo treme e ela olha ao redor, tentando compreender a situação. [Off = Vou considerar apenas o gasto de PH para a cura, pois o bônus estúpido de expertise da Isabel e a vantagem do livro dos demônios fazem você passar com o primeiro teste.] Analisando Oze, Isabel sabe que a constituição do demônio é impenetrável e não possui pontos fracos. Nem mesmo o ataque mais poderoso de Isabel poderia feri-lo, mas se mais de um ataque fosse concentrado em um único ponto, poderia comprometer a blindagem do demônio. Eis que o mascarado se ergue, olha diretamente para Isabel e Twinkle e então volta seu olhar a Oze. Ohr se lança aos céus, ficando em frente aos olhos do demônio. Ohr - "(Língua abissal) Solte ela, Oze." Oze - "(Língua abissal) Não." Ohr - "(Língua abissal) Então vou fazer soltar." O mascarado faz um gesto com as mãos, cruzando os braços e então os estendendo. De braços abertos em frente a criatura, Ohr parece criar um portal dourado gigantesco atrás do demônio.
Portal:
É possivel ver que, através do portal, o abismo é revelado e imediatamente Oze é puxado por ele. Claramente o portal não tem força suficiente para sugar o demônio, mas o efeito é suficiente para assustá-lo e a criatura se agarra às bordas do portal, largando o anjo que cai em direção ao chão. Claramente irritado, o semblante de Oze se ilumina com uma energia esverdeada que seus olhos e boca emanam. Oze - "(Língua abissal) VAI SE JUNTAR A ELA ENTÃO, HUMANO!" A energia concentrada nos olhos e boca do demônio transbordam em um feixe de luz verde direcionado ao mascarado que claramente não o evita, mantendo-se concentrado no portal.
Referência:
[Off = Atomic, se quiser usar interpose, pode escolher entre pegar o anjo caindo ou proteger Ohr.] Isabel nota que Ohr tentou usar o portal para o abismo para sugar o demônio. Em condições normais, o demônio, sem um corpo para usar de âncora, não poderia resistir ao poder do abismo, mas o fato daquele portal não ter força suficiente para sugá-lo, prova que o Arimã conseguiu enfraquecê-lo. Ainda assim, o portal surte efeito suficiente para que o demônio fique vulnerável e, com suas mãos ocupadas, não poderá atacar fisicamente enquanto Ohr se mantiver concentrado. [Off = Nova rodada: Don. Pietro > Atomic > Isabel Müller > Ohr > Twinkle > Nightingale > Oze]
Isabel é tomada por uma visão profética. Sua precognição revela um castelo de aparência abandonada que, a medida que a visão se aproxima, vai se alterando para uma aparência luxuosa.
Castelo:
Rachaduras e vitrais quebrados se reparam, pilastras caídas se erguem e suas ruínas se reconstroem a medida que a visão se aproxima do hall principal onde Rita está sentada em um trono.
Hall do trono:
Arimã permanece sentada, envolta por trevas e de olhos fechados em um estado meditativo enquanto Adam caminha em sua direção. Ohr está mudado e claramente mais poderoso. Sua armadura agora parece ser revestida pelas trevas de Angra Mainyu e seu mero caminhar parece subjugar o chão em que pisa, destruindo e reconstruindo o piso a medida que se move.
Ohr:
Adam retira a mascara ao se aproximar de Rita e então se curva diante dela. Ohr - "Ahura Mazda está fora de seu caminho, minha senhora." Rita abre os olhos com calma, olha para Adam e então desvia o olhar com uma expressão que mistura desapontamento e tristeza, então a visão se encerra.
Emir coloca a pequena faca entre os dedos e soca com a lâmina no rosto da garota.
- De ré, demônio. Propostas não me interessam. Você daria cadeia.
"Agora vai dar merda" - a armadura de Talon cobre seu corpo e ele já ativa seu dispositivo de ilusão de movimento. Agora ele iria se redimir pelo Ohrzad.... ou assim esperava.
Ação -> Ataque Corpo-a-corpo com Lâmina Pequena, dano +10, crit 18-20 GodsCorpse efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
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+10 Livres -> Mudança rápida do Equipamento e Módulo de Deslocamento: Concealment - Visual Total. Flaws: Visible - concede apenas cobertura de 50%, nenhuma vantagem à Stealth);
A lâmina de Talon para a dois centímetros do rosto da garota e vibra no ar. A força do soldado não parece ser suficiente para atingir o rosto da jovem, cujo sorriso da lugar a uma expressão de desapontamento. Garota - "(tom desapontado) Fraco demais..." A garota desvia o olhar com relutância e então olha nos olhos de Talon enquanto agarra sua mãos com a faca. A força de Talon se mostra insuficiente para fornecer qualquer resistência a garota que puxa sua mão para baixo, até a altura seu seu abdome, e então, sem nenhum sinal de aviso, a armadura do soldado é envolta por trevas. Talon sente as partes mecânicas de seu corpo sendo corrompidas e melhoradas. Seu exoesqueleto se torna mais leve e seus músculos respondem imediatamente. Suas percepções são aprimoradas e o soldado agora é capaz de perceber e identificar precisamente as características de tudo o que o rodeia. Talon sente como se aquele poder que emana de sua armadura pudesse quebrar as regras físicas e agora o tornariam capaz de combater até mesmo um deus.
Armadura:
A armadura de Talon, ainda que todas as suas características tecnológicas tenham sido aprimoradas, ganhou um aspecto místico e sua faca cresce em sua mão, tornando-se uma cimitarra que atravessa o corpo da garota. Em reação, ela solta a mão do soldado olhando para a cimitarra atravessada em seu abdome e estremece expressando dor. Seu olhar retorna ao roto do soldado com uma expressão assustada e Talon sente o impeto de empurrar a arma com mais força. A mera idéia de fazê-lo faz com que seu corpo se mova sozinho, empurrando a cimitarra até sua ponta emergir pelas costas da garota. Seu corpo se quer fornece qualquer resistência perante os novos poderes do soldado. Ela treme, com uma expressão clara de sofrimento e seus olhos umedecem enquanto ela engasga com o próprio sangue. Ela tenta tocar o soldado com suas mãos tremulas, mas reluta em fazê-lo e olha para cima, agora tentando expressar um sorriso que não se completa. Então ela serra seus dentes ensanguentados em uma expressão de desconforto e raiva. Garota - "(Dentes serrados em um tom irritado) Tire as suas mãos de mim!" O mero olhar irritado da garota parece emanar força suficiente para arremessar o corpo do soldado para longe, chocando-se contra a parede atrás dele, mas a armadura impede qualquer dano. Ainda com o semblante irritado, é possível ver lágrimas nos olhos da garota enquanto ela deslisa a ponta dos dedos em seus dentes e olha para a mão ensanguentada. [Off = Enquanto ela mantiver o efeito, Talon permanecerá com todas as suas características melhoradas. Em termos de off-game, é Enhanced Trait aplicado na ficha inteira, virtualmente jogando o NP dele para 18.]
Toda raiva daquelas mortes desnecessárias carregada em apenas um corte. A pesada lâmina divina dividiu a carne e a alma da criatura ao meio, pois consigo carregava o sofrimento e toda angustia que aquele padre passara em sua vida. As chamas queimavam aqueles pedaços inertes que ainda exibiam espasmos do que ali já fora uma vida tão impura quanto aquele que comanda as legiões para atentarem as valiosas almas dos humanos. Enquanto seu corpo ainda se recuperava do ataque, pôde ver dentre as aberturas de seu elmo, a escuridão que cobria todo aquela lugar se dissipar e, como já tinha visto no momento de histeria daquela garota que ainda jazia no chão, o grande mal ainda pairava e, em suas mãos, aquela que lhe abençoara com o poder da purificação e sacramento. Aquela face lhe trazia a angústia do passado ainda mais que a própria armadura que, aos poucos, o fazia ver nitidamente naquele campo de batalha, pessoas armadas mirando contra Pietro. Era como se o terror daquele dia voltasse aos poucos para terminar de matar o único sobrevivente da família Lima. O padre cerrou o punho no cabo da espada, enquanto sua feição oculta pela proteção de aço transpassava uma agonia desumana. Seu corpo se debatia a cada movimento como se pedisse algum ato de misericórdia para com aquele mundo podre, para com aqueles que ali sofriam e não podiam nem se quer acreditar que o seu próprio criador fosse os ajudar, como a imagem da garota que tentou proteger e curar mas que não obteve exito... sua fé chegava ao limite do inimaginável. Andava em meio a gritos de sua mãe e seu pai enquanto a imagem de seu irmão violado era projetado pairando na frente de Oze. Diminuto dentro de si próprio, o padre rezou... e pela primeira vez não sabia se era por fé ou desespero.
" Sagrado cordeiro do senhor, por favor, ouça-me. Assim como vós, encontro-me perdido no abandono de meu pai, junto com todos esses irmãos nossos que defendem o fruto do vosso pai na terra. Dei-me sua força, Jesus. Dei-me o poder de seu infinito amor." Não era uma oração já prescrita naquele livro que carregava em seu bolso, nem mesmo algo que aprendera em seus anos de estudo catequético. Sua alma se elevou pela dor à encontrar aquele que mais entendia disso dentre todas as almas que já pisaram na terra. A noção de tempo\espaço já não fazia mais diferença para ele, tanto que nem ao menos notou o distúrbio causado pela presença do colosso.
Em meio a seu torpor, viu um projétil passar pela imagem maculada de seu irmão mais novo, que ainda pairava ali, e acertar naquele gigante que ainda prendia aquela com que Don. Pietro sentia um forte laço. Como um susto, virou-se para a origem do disparo e não viu nada mais ali, apenas a maga que tentava entrar em contato com um estranho humanoide mascarado que até então fora irrelevante para as vistas do sacristão. Mas nesse mesmo instante, quando ainda lamentava pela imagem das outras duas garotas ao chão, ele viu que Isabel era realmente alguém escolhida como um instrumento divino... talvez não aceitasse aqueles dons dessa maneira, mas através da cruz tatuada em seu olho esquerdo, o homem dentro da casca de ferro pôde ver o amor de Deus presente naquela mulher.
- Eis o milagre da salvação. A redenção dos pecados e a ressurreição da carne. Dádiva daqueles que creem na vida eterna e trilham seu caminho... Menina... Quem é você ?Sua voz saia com um tom ingênuo, engasgada em um leve pranto e intercortada com pequenos soluços quase imperceptíveis. Até que foi interrompido por sua interlocutora que parecia não ter lhe escutado em meio a toda aquela confusão.
A admiração ainda brilhava em seus olhos pesados de um homem bastante vivido. Mesmo sendo palavras que exclamavam a força do inimigo para uma cautela do grupo, Henricus preencheu seu coração com um fogo vívido.
- Ele pode ser 6, mas nós somos 70 vezes 7. Esse é o poder daquele que me rege. Neste momento, Don. Pietro notou a ausência daquele homem que sabia voar e, então, logo pressupôs que ele havia começado o ataque contra o demônio em forma daquele projetil de antes. Seus pensamentos ocorreram em um pequeno instante que novamente fora interrompido pelo mascarado que inesperadamente se erguia aos céus para encarar Oze.
Entendendo o que ali se falava, Pietro logo viu uma relação de interesse entre o misterioso ser que acabou de alçar voo e o anjo que estava nas mãos podres do impuro. Isso lhe interessava e lhe trazia a ideia, além de outros motivos, de que ali estava um forte aliado para aquela batalha e não mais um novo inimigo. Logo um grande poder é revelado, lembrando até mesmo o olho que enfrentou no hospital abandonado... talvez aquele aliado tivesse alguma ligação mais próxima com seres abissais. Mas não era isso que lhe importava agora, pois com a sucção causada pelo portal mágico, o grandalhão sentiu a força lhe puxando, tendo que soltar a mulher-anjo para poder se segurar à sua beira. A atenção de Lima fora diretamente para a forma angelical que descendia rapidamente, ignorando completamente o grande raio de luz emitido contra Ohr. Sem olhar para trás, fala à Isabel:
- Ótimo. Caso você consiga me erguer até lá, faça isso o quanto antes. Precisamos limpar os céus dessa cidade.
Don. Pietro tinha o objetivo de subir aos céus, pegar com uma das mãos a figura que lembrava sua mãe e salva-la da queda caso atomic não fizesse\conseguisse e, só então, descer com um ataque pesado, utilizando sua espada, na mão de sustentação que Oze utilizava para se manter ali no mundo dos humanos. O silêncio do padre indicava nada além de seriedade em suas ações.
Dados:
Caso precise rolar mais algo, só avisar.
Attack (Vamos lá dadinhos, tenham Fé)
Nimaru Souske efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
Atomic agarra o anjo a tempo de evitar sua queda enquanto Oze atinge Ohr com seu poder. O mascarado tenta resistir ao poder do demônio, mas é possível notar que parte de sua armadura é corroída pelo efeito. Ohr urra de dor perante o ataque, mas se mantém firme concentrado no portal. [Off = Como Don. Pietro atrasa seu turno para agir junto com Isabel, Atomic inicia seu turno. Pietro +1PH]
No topo da torre de Valhalla umas das Valquírias acompanhava a infinitude dos mares que banhavam suas terras. Quem a olhasse entenderia que ela estaria extasiada por aquela visão, como se a própria Valquiria a visse pela primeira vez. Lightining era essa Valquiria, e neste momento ela sentia uma brisa chegando pelas suas costas e batendo em seus cabelos, a brisa estava totalmente contra a direção do mar. A Valquiria não precisava se virar para saber de quem se tratava, apenas Andromeda trazia consigo o vento de suas longas asas de penugens negra. A voz melodiosa e jovial se fez presente.
Freya: - Está um lindo pôr do sol, não?
Lightning apenas mantinha sua atenção voltada ainda ao mar extenso e ao por-do-sol, como se não quisesse tirar seus olhos daquela bela visão que era Valhalla
Lightning: - Sim, esse por-do-sol sempre foi belo, em toda sua existência. Também veio o observar?
Freya negou com a cabeça e logo sentou-se na torre ao lado de Lightning que permanecia em pé. Suas longas asas eram magicamente recolhidas pelas suas costas como se nunca estivessem ali antes.
Freya: - Não… Eu estava indo ver a Hrist, e então eu te vi no caminho.
Lightning: - Entendo, estão com algum problema ou algo assim?
Ao ouvir essa pergunta de Lightning, Freya virou o rosto para o lado oposto e encarou o mar. Ela não queria que Lightning visse seu olhar tenso, talvez até triste.
Freya: - Bem… Acho… Que sim, mas não é algo que eu deva falar… Acho que é muito pessoal.
Agatha virava seu rosto na direção de Freya enquanto ela terminava de falar, era claro que de começo ela acha estranho aquela reação, mas logo ela entendia que não deveria se intrometer naquilo.
Lightning: - Tudo bem, apenas perguntei por conta de uma leve preocupação, não é necessário falar, mas estarei aqui se precisar conversar sobre algo.
Agatha colocava uma das mãos no ombro de Freya, fazia aquilo como um gesto de confiança que gostaria de transmitir. Freya retribuiu o gesto olhando para a mão de Lightning e pousou a sua própria mão em cima de volta. Transmitiu um terno sorriso e respondeu
Freya: - Obrigada, mas não precisa se preocupar, não é nada comigo, mas… Talvez vocês devam conversar quando tudo estiver bem.
Logo depois de assentir, a Valquiria tomava outro rumo da conversa:
Lightning: - Olha, eu não sei se tens pressa para alcançar Hrist mas… eu gostaria de perguntar uma coisa.
Balançando os pés pendurados onde sentava, ela respondia:
Freya: - Claro… Eu não estou com pressa, não marcamos nada, então pode falar.
Lightning parecia hesitante em perguntar.
Lightning: - Como é… estar em Midgard?
Freya olhou para sua comandante ao ouvir a pergunta e sorriu para ela, estava começando a se perguntar quando ela ficaria curiosa o suficiente para conhecer Midgard, ou como os humanos chamavam: a Terra. Freya então encarou o mar, e pensou que talvez essa curiosidade de Lighting já fosse antiga, visto que ver o por do sol só pela beleza acaba sendo algo monótono com o tempo, talvez ver o horizonte assim seja a curiosidade de conhecer outros mundos.
Freya: - Estar em Midgard é… Bem… Não sei se posso explicar, mas darei o meu melhor.
Ela deu uma pausa, suspirou com algumas lembranças, ao mesmo tempo que por dentro entristeceu-se com outras, mas ao final ela continuava:
Freya: - Midgard é uma terra onde as pessoas são guerreiras, e como qualquer outra terra você tem que se habituar. Como você sabe, tem guerras, tem amores, tem perdas e tem conquistas… Mas… Ver tudo isso é diferente de participar. Nós muitas vezes vemos os humanos de cima e pensamos que somos superiores… Talvez em corpo e força, possamos ser, mas até mesmo o mais fraco deles tem um brilho que eu nunca vi em nenhuma de nós. As vezes não é terra em que pisamos, mas os seres que nela habitam, que torna tudo diferente disso…
Ela da uma leve batida na pedra ao qual estava sentada, e depois aponta para o horizonte alaranjado:
Freya: - Para aquilo...
Ela se perdia em pensamentos, lembrava de várias épocas em que presenciou guerras, acordos de paz, mudanças na estrutura social significantes e até mesmo grandes catástrofes, pessoas se prejudicando e pessoas se ajudando. Mas ainda assim mesmo com essas palavras não sabia dizer se estava se expressando bem. Ela continuava, dessa vez com uma pergunta:
Freya: - Você nunca foi em Midgard, Ligthining, mesmo tendo essa liberdade. Porque?
Lightning, como poucas vezes em sua existência, se via em um beco sem saída, ela sabia do porque não ia até lá, incertezas, medo… Medo de descobrir quem ela realmente era, certamente ela sentia tudo aquilo, mas teu orgulho e tua posição não a permitia dizer.
Lightning: - Ah, bem… Eu nunca vi necessidade de ir até lá já que os guerreiros que escolhemos sempre chegariam até aqui mas… Não sei... Talvez eu tenha perdido um pouco o encanto pelas belezas de Valhalla, mas não vai demorar pra que isso passe.
Freya observou Lightining enquanto ela dava sua resposta, não sabia dizer se ela estava sendo sincera, aquela hesitação em falar não fazia parte dela, era como uma pessoa que se via sem saída e precisou pensar antes de prosseguir. A Nefflin se levantava.
Freya: - Acho que você está precisando… Como os Humanos dizem… “Curtir um pouco”.
E deu uma leve risada. O clima era amênuo e Freya já ia se despedir de Lightning mas antes que o fizesse algo chamou a atenção das duas Valquírias, um forte vento acompanhado de silvo quase tão sinistro quanto o uivo de Fenrir cortou as terras de Valhalla e imediatamente as duas Valquirias tiveram aquele pressentimento de que algo ruim estava para quebrar aquela rotina.
Elas olharam em direção ao sul, o vento continuava soprando forte como se algo forçasse sua passagem para aquela direção, seus cabelos esvoaçavam contra o vento, uma nuvem de poeira, folhas também se agitavam e o mar começou a ficar agitado.
Freya: - Lighitning, o que está acontecendo???
Freya começou a ficar assustada, aquilo nunca havia acontecido antes em Valhalla, não fazia a menor ideia do que estava acontecendo e então o céu em direção ao sul começava a ficar escuro como nuvens tempestuosas. O semblante de Lightning era de pura preocupação, talvez fosse claro em seus olhos que nem ela mesma sabia o que estava para acontecer dali pra frente.
Lightning: - Andromeda, vamos descer, precisamos falar com Etro.
Assim que sua frase se finda, finalmente se pode ver, cortando o horizonte, um exército de almas malditas, elas vinham armadas com lanças e espadas forjadas com seu próprio Ódio e desgraça, seus semblantes eram um misto de dor e rancor, e elas seguiam em frente dizimando cada pedaço de terra de Valhalla. Em um piscar de olhos, Andromeda e Lightning já estavam dentro do salão principal de Valhalla, e todas as outras Valkírias também já estavam lá, elas formavam um círculo em volta de sua grande líder, Etro. O semblante de cada uma delas tinha uma clara preocupação, mas existia um misto de tantas outras emoções diferentes pra cada uma delas, umas tinham medo outras estavam determinadas, eram tantos pensamentos que seus rostos transpareciam que era difícil de dizer, mas além de todas as outras, ainda existia ali, Etro, seu semblante, sério, determinado, com uma forte ausência de medo que a fazia parecer as vezes quase que inumana. Com uma voz de uma presença característica que preenchia todo o ambiente tenso naquele momento.
Etro:
Etro: - Eu sei o que assombra a mente de vocês agora guerreiras de Odin, mas ainda não chegou o dia do Ragnarok e devo dizer que desacredito estarmos próximas disso. O que vocês veem cortando o horizonte de Valhalla não é o exército de Loki que cavalga contra os guerreiros de Odin, mas sim… -
Lightning completava a frase, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo,
Lightning: -...Lucifer com seus quatro cavaleiros do Apocalipse.
Todas a encaravam com uma certa surpresa naquele momento, mas logo Etro prosseguia com suas palavras.
Etro: - Apesar de ainda não ser o Ragnarok, eu preciso que vocês lutem como se o fosse. Lúcifer e seu exército são oponentes desafiadores, porém eles subestimam a capacidade das filhas de Odin que aqui habitam.
Etro caminhava na direção de Hrist;
Etro: - Vejo em teus olhos a vontade de digladiar com aqueles que desafiam suas capacidades, o campo de batalha te excita de tal forma que faz com que esqueças do porque está lá. Hrist, seja senhora de si e foque não só na batalha, e sim do porque a luta.
Logo após sua atenção voltava para Herja
Etro: - Se precisar, sua espada brandirá contra os seus inimigos, porém sua confiança não é plena para que ela mostre a teus adversários do que você é capaz. Segure sua arma com mais firmeza, enrijeça seus olhos e foque-os nos de teu oponente.
Agora era a vez de Brynhildr
Etro: - A tua honra em batalha são qualidades de um guerreiro impetuoso e justo, porém hoje nós brandiremos nossas armas contra o exército maldito de Lucifer, por isso eu que peço que tire de tuas ações tua justiça, hoje é o dia de nossa sobrevivência e não da nossa justiça.
Skuld era a próxima
Etro: - Você, como a mais velha de todas as Vakírias que já levei minha palavra, deve encarregar-se de ser o pilar principal da batalha que enfrentarás. Lembre-se que tua vida deve ser tão importante quanto a das outras irmãs, e por mais que cada uma enfrente sua própria batalha nos campos de Valhalla, lembre-se que lutamos apenas como uma.
Etro: - Cristine, Jamine e Serena, sei que vocês não detinham de qualquer afinidade por mim quando pisei pela primeira vez por esse vasto reino, mas independente disso, preciso que estejamos unidas mais do que nunca, e mais do que nunca que nós lutemos lado a lado e deixemos nossas diferenças de lado para essa luta, Valhalla é mais importantes do que nós mesmas.
Aquelas palavras pareciam mexer profundamente com as Valkírias, mas elas assentiram sem proferir qualquer palavra, talvez fosse possível dizer que aquelas palavras tivessem entrado com algumas farpas nos ouvidos e no ego daquelas Valkírias, porém não havia tempo para discutirem aquilo naquele momento.
Etro caminhava até Freya, ela se abaixava até ficar um pouco abaixo de seu rosto e logo proferia:
Etro: - Andromeda, você é como uma jovem filha para mim. Tal como a princesa a qual nomeei, sua gentileza e delicadeza encantam até mesmo a Valkíria de mais sangue frio que possa existir entre nós. Tua bondade e inocência sempre vão permanecer intactos independente do que acontecer, a menos que você se permita perde-la, porém hoje, eu preciso de você com sua espada afiada e pronta para executar quem se opor. Você é doce e possui uma força poderosa que quer sair e lhe ajudar, guie-a e o seu inimigo sucumbirá.
Freya observava Etro nos olhos enquanto ela proferia suas palavras, tudo aquilo era estranho, ela não sabia exatamente o que aquilo queria dizer, mas de alguma forma, mesmo que ainda não saiba como, ela sabia que existia algum conhecimento naquelas palavras
Freya: - Eu.. eu vou tentar! Darei o meu melhor.
Etro então dava um abraço em Freya que demora alguns segundos, logo após ela se voltava para Lightning, tocava seu ombro, olhava em seus olhos de uma forma penetrante.
Etro: - Lightning, você é meu braço direito, sempre foi e sempre será enquanto Odin me permitir ser a regente dos poderes das Valkírias. Tua inspiração e tua empatia com cada uma delas é notável e isso faz de você quem você é. Preciso dessa sua liderança, sua empatia nesse campo de batalha, mas também preciso de seu sangue frio e sua habilidade de estratégias de guerra para me auxiliar em nossas tomadas de decisões. Precisamos estar em sintonia como nunca estivemos antes, Lightning.
Lightning ouvia atentamente cada uma das palavras de Etro, era como se elas percorressem o interior da mente da Valkíria, ela internalizava cada palavra, cada sílaba proferida por Etro em seu âmago. Ela colocava sua de suas mãos no ombro de Etro.
Lightning: - Eu vo ser o que você precisa, assim como você sempre foi o que você precisava, nossa sintonia nunca falhou e nem vai falhar agora. Pode contar comigo, isso é apenas uma luta, nós já vencemos a guerra.
Etro sorria com uma sinceridade que nenhuma das Valkírias havia visto
Etro: - Então vamos para o campo de batalha.
Quando elas alcançam o lado de fora, elas imediatamente podiam ver o exército de caídos avançando e já atravessando ferozmente o mar de Valhalla. Por onde eles pisavam a danação tomava conta das terras e logo elas viravam terras devastadas, mesmo que a batalha sequer tenha sido iniciada.
Quase em um piscar de olhos, quatro cavaleiros do Apocalipse apareciam na frente de cada uma das Valkírias, Guerra desferia um golpe que fora amparado pelo escudo de Lightning que a lançava para o ar. Peste vinha ferozmente com seu punho na direção de Freya, a doce garotinha agora assumia sua posição de combate, seus olhos eram tomados por uma frieza grande como se outra pessoa assumisse aquele corpo, e desferia um soco na mesma direção que o punho da Peste vinha, o choque é tão poderoso que uma onda de impacto corre por Valhalla, abalando todas as estruturas próximas do local.
Cristine era confrontada pela Fome que vinha em uma velocidade que seria claramente impossível de se parar a tempo de acerta-la, é então que algo surpreendente acontece e fome atravessa Cristine mas não a acerta, fazendo ele se espatifar no castelo logo atrás da Valkíria.
Serena preparava sua montante quando via que Morte vinha ao seu encontro. Com a foice em suas mãos, Morte ataca em um movimento horizontal contra o corpo de Serena que com facilidade desviava no ar e ela fincava sua montante no ombro até o estômago de Morte, mas ela ainda continuava na batalha, e o que mostrava isso era que Morte olhava para a Valquiria com um sorriso no rosto, então instantaneamente Serana dispara um raio de energia no rosto da Morte fazendo sua cabeça ser desintegrada e seu corpo arremessado contra a escadaria do castelo de Valhalla.
Guerra se movia em grande velocidade que era até mesmo quase impossível para as outras Valkírias acompanharem, mas Lightning tinha esse nome por um motivo, então acompanhar Guerra era o menor dos problemas.
Guerra: - Ora, vejo que seus poderes são impressionantes Valkíria, poderia me dizer onde os conseguiu?
Lightning: - Você jamais entenderia!
Lightning empurrava Guerra com cada uma de suas investidas, ela continuava incessantemente até perceber que a arma do cavaleiro começava a trincar, e é nesse momento que ela acelera o ritmo e finalmente destrói a arma de Guerra. Aquilo era a brecha que Lightning precisava para finalizar o seu oponente, porém seus sentidos detectavam que outra investida se aproximava com o intuito de acerta-la, e em um piscar de olhos ela desvia do golpe que era desferido pelo próprio Lúcifer que por consequência acertava Guerra tirando-o de combate.
Lucifer: - Guerreiras de Etro, eu as condeno a danação eterna por suas ações!
Desferindo um golpe tão rápido que até mesmo Lightning não fora capaz de defender, Lúcifer a arremessa para longe e seu escudo era quebrado pelo impacto do golpe. Imediatamente ela via Cristine, Jasmine e Serena avançando contra Lúcifer, e junto a isso, a voz de Etro podia ser ouvida por toda Valhalla.
Etro: - NÃAAAAAO! NÃAAAAAO FAÇAM ISSO! VOCÊS NÃO PODEM CONTRA LÚCIFER!
Assim que sua frase se finda, Lúcifer finaliza cada uma das Valkírias com um golpe de espada direto em seus corações, seus movimentos foram mais rápidos que os feitos anteriormente para acertar Lightning. Como cristais, os corpos das Valkírias rachavam em mil pedaços que logo explodiram em um feixe de luz, o clarão é tão forte que o mesmo chega a cobrir toda a Valhalla, mas antes que aquele clarão tocassem os olhos das Valkírias, Freya agarra Lightning no ar e a teletransporta para dentro do castelo de Valhalla.
Todas as Valquirias haviam se reunido dentro do Castelo, era possível ver o escombro próximo ao trono de Etro graças à investida falha de Fome. Freya, como todas as outras estava assustada, ela se aproximava de Etro que estava no centro de suas Guerreiras.
Freya: - Senhora Etro, nós precisamos de outro plano, não vamos defender Valhalla com uma investida direta!
Etro estava ferida, um dos seus braços estava quebrado e escorria sangue que o percorria até a ponta de seus dedos, ela estava ajoelhada e ofegava fortemente.
Etro: - Nós não temos mais outro plano Freya, Lucifer é forte demais, mesmo contra mim ele nem sequer foi obrigado a usar todo seu poder, nós não temos alternativa, você viu o que ele fez com Cristine, Serena e Jasmine…
Após ela finalizar tuas palavras, a voz de Lucifer pode ser ouvida do outro lado dos portões do castelo de Valhalla.
Lucifer: - Gostaria de lhe dar um presente Etro, será que você gostaria de um pouco de desespero?
A porta era arremessada como uma folha de papel e a presença de Lúcifer era feita dentro daquele local, Lightning imediatamente se colocava a frente de Etro.
Lightning: - Se quer algo com Etro, Arcanjo, sugiro que empunhe sua arma e branda ela contra todas nós. Enquanto uma de nós respirar, você não encostara em Etro.
Lightning invocava novamente seu escudo, empunhava sua espada e observava Lúcifer com ódio nos olhos. A raiva, o ódio corria pelas suas veias e se fazia visível em sua írias, então Lightning não consegue mais se segurar e enfurecida ela parte para uma investida contra Lúcifer
Lightning: - DESSA VEZ EU FAREI VOCÊ SOFRER, LÚCIFER!
Quando estavam próximos de brandir espadas com seu inimigo, um grito é ouvido por todas as Valkírias e todas congelam, apesar de nenhuma delas conseguir ver o que se sucedera, todas elas sabiam, Etro havia se executado. Com toda a cena congelada, cada um dos corpos das Valkírias começaram a rachar lentamente, da mesma forma que acontecera com Cristine, Jasmine e Serena. E então, em um último grito de dor e desespero, Etro explodia em um feixe de luz que consumia Valhalla por inteiro.
Freya sentia o vento cobrindo o seu corpo com uma camada quente e poderosa. Ela abre lentamente seus olhos e mira para cima. Via Midgard ao longe, estava indo ao seu encontro. Caindo... Caindo... Os estavam a expulsando, os portões de Valhalla se fecharam. Freya sabia que esse dia chegaria, todas elas sabíam. Ela fecha os seus punhos e por mais que soubesse da urgência em abrir suas asas ela não se sinte disposta a isso.
Tudo está acabado... Todo o Amor, toda a Esperança. A rajada do fogo e do vento fazem um incessassente eco e as seis eram como riscos reluzentes nos céus semelhantes aos presságios das mais vastas catástrofes de inúmeras civilizações, que agora nós sabemos, é real.
Freya: - Nós falhamos....
A Nefflin mal conseguia ouvir suas palavras, mal conseguia mexer seu corpo, mas não porque era incapaz e sim porque queria desistir... Mas então ela olhava novamente para cima e via Midgard ficar cada vez mais perto e levava suas mãos ao seu coração. Esta Terra... Uma Terra que ela amava, é a Terra que eu nasceu, mas não é a Terra que tornou-se quem era. Freya queria tanto protegê-la tanto quanto queria proteger Valhalla, Etro e suas Companheiras, mas ela falhou, todas elas falharam... E então Freya sintiu frio... Ela via o meu corpo e uma sombra densa começava a cobri-las dos pés à cabeça, ela sintia uma profunda agonia mas de certa forma, ela é reconfortante, ela escalava o seu corpo querendo alcançar os seus olhos. Via ela querer se apoderar de si mas não sentia o desejo de lutar contra, estava quebrada em mil pedaços. A sombra a escalava cada vez mais naquela queda e eu não lutou contra. Quem sabe, assim fosse melhor? Quem sabe ela estivesse voltando para onde pertencia, ou quem sabe a verdadeira natureza desse corpo estivesse o reivindicando? Seja como for, agora era tarde... As trevas a engoliam, a sufocavam e Freya mergulha num mar de escuridão.
Freya:
Freya adormecia para despertar lentamente. Estava em um lugar diferente, de pé, com suas asas recolhidas, Freya encontrava-se na escuridão e o chão em que pisava era como um grande piso de vidro, frágil, e a qualquer momento poderia ceder mas por algum motivo ela não temia que isso fosse acontecer. Ela olhava ao seu redor, sua face estava mergulhada no desconhecido, suspiros incessantes que perguntavam à realidade “Onde estou?”, e uma voz infante e distorcida respondia à pergunta que estava clara em seu rosto:
Voz: - E importa?
Freya virou na direção da voz e viu algo que antes não estava lá. Saindo das trevas, era uma silhueta escura, olhos vermelhos luminosos, sem pupilas, eram olhos malignos, veios escuros saiam da silhueta de forma fantasmagórica e Freya sentia uma intimidade grandiosa com aquele fantasma negro, uma intimidade maior que já sentira com sua mãe, com Etro, com Hrist, Skuld ou com Lightnning.A figura fantasmagórica se aproximava sem medo e Freya podia ver que se tratava de uma figura que era igual a si. Um rosto igual ao seu, roupas iguais às suas, só que escuras, como se todo o corpo estivesse coberto por uma grande e profunda sombra.
FANTASMA:
Freya: - Você... é....
Sombra: - Você.
A Sombra parava diante de Freya, os olhos vermelhos exibiam toda a maldade que ela tinha para exalar. Freya dava um passo para traz, estava assustada, ver a si mesma era assustador, ver a si mesmo com uma aura tão funesta que exalava a mais pura raiva e olhos que exibiam a essência do mal chegava a outro nível que beirava à incompreensão.
A sombra ficava parada em frente à Freya, eram duas silhuetas iguais, mesmo formato, mesma altura, mesma massa, uma era sombria e a outra era simplesmente... Freya. A sombra, que tinha uma voz infante e distorcida, dizia:
Sombra: - Está assustada?
Freya: - E-Eu...
Sombra: Oh, é claro que você está... Eu sei...
Freya: - Mas... Como isso é-
Sombra: - “Possível?”
A sombra havia completado a frase de Freya, como se soubesse exatamente o que ela estava pensando. Freya ficou calada, ainda estava procurando o que dizer, isso se devia dizer alguma coisa.
Freya: - O que você quer?
A sombra começou a andar ao redor de Freya, encarando-a, intimidando-a, como um lobo faz ao encurralar um cordeiro com a intenção de subjulgá-lo:
Sombra: - Oh, você sabe o que eu quero, você o que VOCÊ quer... O que NÓS queremos.
Freya tinha medo de encará-la de volta, de olhar em seus olhos vermelhos, como uma criança tem medo do monstro, ela ficou a encarar o chão vazio enquanto tentava enfrentar aquele “fantasma”.
Freya: - Não, eu não sei! Eu não sei nem o que estou fazendo aqui, não sei como vim parar aqui e não sei nem aonde é aqui...
Sombra: - Nós estamos em seu Coração.
Freya: - Meu coração?
Sombra: - Nosso coração...
Freya: - Mas este lugar é...
Sombra: - Frio? Escuro? Solitário?
A sombra continuava rondando-a, enquanto Freya ainda temia encarar aquela sombra diretamente em seus olhos.
Freya: - É....
Sombra: - É porque está vazio. Nosso coração está vazio.
Freya: - Como assim?
Sombra: - Porque você é uma casca vazia, e é por isso que nós estamos aqui. Está na hora, Freya... Está na hora de você me libertar.
Freya: - Então, isso se trata de você, não de nós!!!
Dizia agora com uma voz imperativa, encarando dessa vez a sombra em seus olhos vermelhos e vendo o ódio crescente dentro de sua alma.
Sombra: - Quantas vezes eu vou ter que repetir? EU SOU VOCÊ!!!
Aquela voz infante e distorcida era bizarra e horrenda, uma voz monstruosa e antagonista, como um espectro que se alimentava das oportunidades medonhas de cada coração fragilizado, um parasita que nada mais queria além de tomar posse de seu hospedeiro. A sombra parava ao lado esquerdo de Freya que respondia, enfrentando a sombra:
Freya: - Pare de falar besteiras!!! Você não é como eu, eu nunca seria... Assim... Eu posso sentir, eu sei o que você pode fazer, eu sei as suas intenções, eu conheço você!!!
Sombra: - É claro que conhece... Agora você está começando a entender... Você se lembra de mim, você chamava pelo meu nome, você me queria por perto mas você não conseguia, eu estava lá o tempo todo, com você, em cada momento... Quando os Anjos Rebeldes e seus servos queimaram a casa da mamãe, quando Amira e Zadaly foram pegos pela Legião Carmesim e os executaram em nossa frente a sangue frio, como é de seu feitio. Eu estava lá com você, Freya, mas você nunca me deixou te ajudar, nunca me deixou superar o seus medos por você, nunca me deixou opinar sobre eles ou sentenciar meu julgamento e tudo porque você quer ser especial... Você não me quer por perto, mas você não pode me afastar, você precisa de mim e mesmo assim você me deu as caras... Pelo MERDA do seu orgulho... E quando nossas irmãs morreram, quando finalmente nós tivemos a oportunidade... NÓS DEVIAMOS TER LUTADO JUNTAS!!! DEVIAMOS TER JUNTAS ATACADO LÚCIFER E NOS VINGADO DE TUDO O QUE ELE NOS FEZ, DESDE O INICIO DOS TEMPOS ATÉ EXATAMENTE ONTEM! É O QUE IA NOS AJUDAR A DERROTÁ-LO FREYA, MAS VOCÊ NÃO ME DEIXOU AJUDAR, POR TODOS NÓS, VOCÊ QUERIA MINHA AJUDA, EU SEI DISSO, MAS NÃO ME DEIXOU MOVER UM DEDO!!!
Freya sentia um ataque violento vindo da sombra, sentia medo dela, mas aos poucos começava a entendê-la e saber exatamente o verdadeiro propósito daquilo.
Freya: - Você... Você é....
Sombra: - Está começando a entender agora, Freya?
Freya: - Você é... Ódio...
Ódio: - Sabe que eu sempre estive lá por você, eu te amava, a única pessoa que podia confiar... Quando Lucifer, Abbadon e a Legião Carmesim massacraram nossos amigos e irmãos diante dos nossos olhos, quando vimos nossa mãe morta como um animal, quando finalmente tivemos esperança por sermos resgatadas por Odin veio a nossa própria imundice... Servir a... Humanos e deuses de forma nojenta... Violando nosso corpo, nossa integridade, nossa inocência... Mas mesmo assim, mesmo durante todos milênios eu nunca te abandonei, eu nunca te deixei, era sua unica companhia... E todas essas vezes você me rejeitou, como se não fossemos uma só, como se você não me quisesse e por que??? Porque Freya???
Freya olhava para Ódio agora, com integridade e firmeza no seu olhar. Ela olhava para sí própria e descobriu que seu Ódio voltava sua essência para ela mesma, e agora percebia que ela mesma se odiava, se odiava por deixar-se no vazio no calor da batalha, por não enfrentar seus inimigos quando devia.
Freya: - Eu entendo você, entendo sua tristeza, entendo que você tenha toda sua atenção à mim de uma forma negativa. Era para estarmos unidas, mas Ódio... Eu nunca te rejeitei, muito pelo contrário, eu te protegi, eu te protegi de você mesma. Eu impedi que você nos levasse a cometer atos que nos arrependeríamos, eu impedi que você se machucasse, eu impedi que NÓS nos machucassemos, e que você fosse tão além do que deveria, e que nos perderíamos para sempre. Você não está preparada pra assumir, Ódio, você não está preparada para lutar, mas eu entendo seu sofrimento, eu entendo a sua necessidade de liberdade e entendo que você queira ajudar.
Ódio tinha suas veias negras e fantasmagóricas engrandecidas a cada palavra de Freya, seus olhos avermelhados e seu braço parecia se estender em uma espada de trevas, asas demoníacas surgiam nas costas da figura fantasmagórica. Freya olhava para Ódio com um rosto que logo tornava da ternura e complacência à frieza extrema e indiferença indecifrável.
Ódio: - NÃO OLHE ASSIM PRA MIM!!! Você só faz esse olhar porque você não me deixa ajudar, você não me deixa lutar, você não me liberta e por isso nós perdemos pra Lúcifer e por isso você sofre como se não houvesse opção!!! Esse vazio no seu rosto, você chora por dentro e hesita, ninguém enxerga isso, mas eu enxergo, você HESITA, sem mim você não pode vencer e eu vou te mostrar isso!!!!!
Em uma desferida rapida como o vento, Ódia vinha com enormes asas sombrias e uma espada negra em direção à Freya que não se mexera até que no ultimo segundo duas lâminas se chocam. Freya havia sacado sua espada, suas asas de penugem negra estavam abertas e mais rápido do que Ódio podia ver. Freya estava com um olhar indiferente para Ódio, estavam cara a cara.
Ódio: - NÃO!!! PARE!!! PARE DE ME OLHAR ASSIM!!!
Freya continuava em silêncio, sua serenidade e indiferença era tamanha que poderia-se dizer que não havia nenhuma consideração pelo adversário, mas ao contrário, pela primeira vez, Freya chorava no meio de uma batalha, mesmo com uma expressão indiferente e da mesma forma, como nunca antes havia acontecido, ela falava no meio da luta, com o seu adversário:
Freya: - Você não entendeu ainda? Todos esses milênios em minha companhia, e você não entendeu como eu me sinto em relação à você? Como eu realmente sou?
Ódio, não querendo dar ouvidos à Freya, logo se afastava da cruzada de espadas e logo voltava a desferir outro golpe feroz, um golpe ao qual Freya desviou para o lado em um movimento simples e rápido e em seguida, com uma rajada de sua espada penetrou a espada pelas costas Ódio que entrou em choque e urrou um poderoso grito de dor.
Freya: - Ódio... Eu não desprezo você, nem a prendo por orgulho. Ao contrário do que você pensa, talvez você seja quem eu mais ame em minha vida, por ter me acompanhando desde minha infancia. Você sempre me acompanhou aonde quer que eu fosse, mas agora você entende o porque eu não permito que você me ajude? Agora você vê o porque eu não lhe liberto, e porque se eu tivesse permitido que você lutasse contra Lúcifer, não só nós, como Lightnning, como Hrist, e todas as outras teríamos perdido até mesmo nossas vidas? Ódio... Eu te amo, mas você está esquecendo uma coisa...
Freya então fincou a espada mais fundo em Ódio, que urrou mais uma vez de dor e derramou lágrimas de sangue negro.
Freya: - Eu sou mais forte que você.
Ódio: - Não... Não pode ser... Você...
Freya: - Você acha que pode fazer por mim, Ódio, o que acha que eu não poderia fazer por nós, mas você enxerga agora? Você nunca conseguiu sair de mim, porque eu nunca permiti, você nunca ajudou em combates, porque eu não preciso da sua ajuda, você me atrapalharia, e acima de tudo, porque eu quero proteger você, e você vê o como eu consigo facilmente te dominar? Você ainda está comigo, Ódio, porque eu ainda te amo e quero te proteger, e eu vou proteger... Eu não te impeço de lutar porque te ignoro ou porque encaro-me como superior a sua essência, eu te impeço de lutar... Porque eu quero nos proteger. Você vê a diferença das nossas forças? Nós estamos em meu coração, Ódio, este é o campo de batalha, onde a verdade vence.
Ódio então percebia que Freya era o lado mais poderoso, que ela mesma não podia fazer nada talvez, além de conduzi-las à derrota e ferir aqueles que elas amam, assim, a sombra de Freya começava a evaporar, queimar-se diante da derrota inegavel.
Freya: - Mas eu entendo o nosso coração, e entendo que você ainda faz parte de mim, assim como também agora entendo o que Etro queria que eu fizesse antes de tudo acabar, então por isso, faço-lhe uma promessa, eu vou te libertar, de tempos em tempos, mas não se engane... Você não fará nada que eu não ordene, lembre-se sempre, para ver a luz do dia você será minha amiga e lutaremos lado a lado e quando eu não puder lutar, você lutará por mim, seguindo as minhas instruções, nada mais, nada menos. Até logo... Minha amada Sombra...
Assim prestando suas ultimas palavras, Ódio, desaparecia em uma evaporação negra, sem mais nada a falar, sem mais o porque lutar, entendendo que Freya nunca havia suprimido seu ódio, mas simplesmente sempre foi mais forte que ele, dominando-o por completo para que ele não a cegasse, para que ele não ferisse aqueles a quem ela ama, para que ele não as levasse para sua destruição, mas Freya, assim como todas as outras pessoas possuía ódio mas superá-lo e deixar-se guair pelos desejos do seu coração sempre foi a opção mais viável e mais fácil.
Freya então via o ambiente sombrio e escuro à sua volta começar a clarear, tornando-se um ambiente de luz cegante, uma vez que as trevas em seu coração haviam conhecido a sua verdade.
As sombras que envolviam Freya aos poucos começava a se dissipar, e ela já tomava consciência que estava de volta aos céus. Assimilava-se a uma borboleta que saía subtamente de um casulo de escuridão partindo-o em mil pedaços como se fossem vidros escuros, Freya abriu suas enormes asas enquanto sofria a poderosa queda e numa manobra giratória adentrando mais profundamente à Midgard fazia o vento ecoar. Vendo todas as suas irmãs caindo como estrelas ou metoros reluzentes, Freya decidiu... Não podiam desistir. Etro havia se sacrificado por elas e agora tinham de fazer jus à esse sacrificio.
Freya: - “Obrigada, Ódio... Por me lembrar o quanto eu sou forte...”
Com um poderoso grito meio ao razante que cortava o vendo, Freya bradou heroicamente a convocação de uma promessa a alguém amado.
Freya: - SHADOW!!!
De seu corpo, uma aura negra chamuscava, uma duplicata obscura de Freya que em alta velocidade de vôo separava-se de seu corpo e tomava a forma exata da Nefflin, naquele momento, Ódio sabia o que fazer... Como havia prometido ao Ódio, estaria do lado de fora de seu coração para sentir a vida, para agir, sob o comando a única capaz de controlá-lo.
Freya observou as irmãs, imediatamente seus olhos pousaram em Hrist e um poderoso aperto em seu coração gritava para que fosse à ela para salvá-la, mas não podia ignorar Skuld que era a mais próxima e também a outra das guerreiras de Etro que podia voar. Estavam todas adormecidas, como Freya esteve, era hora de erguerem sua coragem uma vez mais, como mortais que Freya sabia que eram, mas ainda com a força interior que sempre tiveram.
Freya avançou furiosamente num razante em direção à Skuld enquanto Ódio seguia em direção à Herja que embora também pudesse ter asas brancas eram provenientes de um gavião e não de um Caído como Freya o era. Todas elas caíam adormecidas, não sabendo o perigo que corriam, quem sabe estivessem cada uma em sua própria luta, como Freya esteve e venceu, quem sabe estavam lutando contra a incerteza, com suas partes mais sombrias, com seus maiores medos, contra si mesmas, tentando descobrir que no final seus corações eram mais poderosos do que a imortalidade que Etro as dera e foi por isso, que foram escolhidas.
Freya: - SKULD!!! SKULD!!! ABRA OS OLHOS, POR FAVOR!!!
Enquanto isso, Ódio, com a exata voz de Freya também chamava por Herja em meio à queda. Felizmente Herja abriu seus olhos como despertando de um sono profundo.
Herja: - Andromeda... Você...
Herja então notou a sua situação após aquele breve delírio, e imediatamente suas longas asas de gavião fizeram-se içar pondo-se à ver as outras irmãs que ainda estavam em queda livre violenta. Ela via que haviam duas Andromedas, algo que nunca tinha visto antes mas sabia que independente do fosse aquilo precisava ajudar a acordar as outras Valquirias antes que fosse tarde demais. Herja então desceu num poderoso giro com suas asas em direção à Brynhildr bradando um poderoso grito de guerra.
Herja: - HAAAAAAA!!!!!!!
Freya, que ainda estava abraçada à Skuld tentava acordá-la sem pará-lo no ar para poder ainda conseguir pegar Hrist e Lightning. A Nefflin gritava o nome da companheira e implorava para que acordasse, mas nada parecia acordar Skuld que estava em profundo sono, mas então Freya inflou seus pulmões, agora mortais, agarrou Skuld nos braços e gritou:
Freya: - SKULD!!! SE RECOMPONHA, NÓS PRECISAMOS DE VOCÊ, ETRO PRECISA DE VOCÊ!!!
Poucos segundos depois, Skuld abria subtamente seus olhos como se aquelas palavras houvesse causado uma especie de despertar na Valquiria. Seus olhos imediatamente ficaram semelhantes à de um lobo, uma dádiva conquistada de sua luta com Fenrir. Skuld olhou para Freya e exibiu um leve sorriso confiante e um leve meneio de cabeça. Imediatamente seu corpo começou a tomar direção própria. Ao contrário de Freya e Herja, o voo de Skuld não era proveniente de asas, mas sim de sua própria força espiritual. Skuld imediatamente começou a voar como um missil em direção à Lightning.
Enquanto Freya estivera tentando despertar Skuld, Ódio se encaminhava em outra manobra aérea em direção à Hrist, e em uma determinação gigantesca que parecia motivá-la além das outras Valquirias, Ódio alcançou Hrist adormecida e tentava:
Ódio: - HRIST ACORDA!!! POR FAVOR, ACORDA!!!
Hrist ainda permanecia adormecida, parecia estar em um sono mais profunda que Herja ou Skuld estavam, ela estava palida quase como se estivesse morta e Ódio, que era completamente cercada pelas motivações de Freya sentia um poderoso medo tomar conta de si e lágrimas começaram a escorrer de seus olhos em meio à queda. O chão estava se aproximando, cada vez mais próximas de se chocarem com Midgard e a terra que buscavam proteger contra o dia do Ragnarok poderia ser o instrumento de suas mortes. Carinhosamente Ódio abraçou Hrist em meio à queda, pôs seu rosto diante do da Valquiria pálida e carinhosamente disse olhando-a:
Ódio: - Nós passamos por muitas coisas juntas, por mais que você nunca tenha dirigido uma palavra à mim. Desde que nos conhecemos, desde que eu pus os meus olhos em você, eu soube que você era a única que podia me deixar mais fraca. Talvez seja por sua causa que Freya consegue me vencer. Talvez seja você, a Luz que ofusca a mim. Mas não importa... Porque no final de tudo, eu e Freya somos uma, e por mais que você me deixe mais fraca, eu também te amo. Hrist... Você não pode morrer... Eu te amo...
E assim, Ódio levou seus lábios aos de Hrist e pressionou forte por alguns segundos. Ódio parou no momento em que sentiu o corpo da Valquiria se mexer e seus olhos se abrirem. Os grandes e dourados olhos de Hrist despertavam e carinhosamente em meio à queda tocaram o o rosto de Ódio.
Hrist: - Você está... Diferente...
Ódio: - Não estou... Quem você ama de verdade, está ali...
Ódio apontou então Para Freya que junto à Skuld voava rapidamente em direção à Lightning no esforço de despertar a ultima Valquiria caída. Hrist arregalou os olhos ao ver duas Andromedas. Ódio manteve seu olhar firme e dessa vez com Hrist desperta conduziu a Valquiria em segurança até a superficie de Midgard.
Skuld e Freya voavam lado a lado com os braços esticados ao maximo a tentar alcançar e segurar o corpo de Lightnning. As duas Valquirias esforçavam-se ao máximo mas de todas quedas a de Lightning era a mais violenta. Como um meteoro que descia furiosamente para se chocar com a terra, Lightning logo se chocaria com o chão. Freya e Skuld estavam quase conseguindo, mas Skuld via que sua distância havia acabado, elas não iriam conseguir e precisavam parar a tempo de elas mesmas se chocarem.
Skuld: - ANDROMEDA!!! PARE, NÃO VAMOS CONSEGUIR!!
Freya: - O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO??? NÃO VOU DEIXAR A LIGHTNING!!!
Skuld, que era mais calculista, mais fria e mais forte sabia que não era hora pra discussão e assim, ela imediatamente agarrou Freya cessando a velocidade violenta na qual desciam, e vendo Lightning bruscamente se afastar ainda mais de suas mãos, Freya brada um grito em meios ás lágrimas:
FREYA: - LIGHTNING!!!!!!!
Nesse momento, Lightning ouvia alguém gritar por ela, ouviu a voz de Etro e então abriu seus olhos vendo abaixo de si, Freya às lagrimas com os braços estendidos sendo segurada por Skuld com os braços e então antes que pudesse reagir de qualquer forma, tudo ficou escurou para a ultima Valquiria.
AGATHA:
Eu me sinto como se caísse em um vazio eterno, em um abismo sem fim que me envolveria pela eternidade, era assim que se dava o fim de uma Valkíria? Estar em queda livre rumo ou nada em meio a lugar nenhum? Não, eu não estava sozinha, a escuridão me envolvia como se me abraçasse durante a queda.
Assim como Freya, era como se aquela escuridão fosse sua gentil amiga que a segurava quando ela precisava para que ela não caísse. Essas sombras acalentavam seu leito quase de uma forma materna, e aos poucos, elas a deitaram em algum lugar macio criado por elas mesma.
Meus olhos estão pesados, não, na verdade não estão, o acalento desse lugar me faz não querer abrir os olhos, não querer lembra do que havia acabado de acontecer, abri-los me traria a realidade para qual não gostaria de acordar, seria pedir demais ficar aqui um pouco mais de tempo?
Talvez seja, talvez não seja pedir demais, talvez seja utópico. Não… é pior do que tudo isso, essa não sou eu, eu não posso fugir assim, ainda não acabou, não é? Não, não pode ter acabado, não dessa forma, não, EU NÃO ACEITO ISSO!
Um grito pode ser ouvido exatamente nesse momento, um grito de dor choroso, e não era de Lightning, mas ela sabia de quem era.
Em uma força interior intensa e com um fagulha de esperança vindo daquele grito, eu podia ouvir, ela ainda estava viva, nós ainda tínhamos que lutar, nós ainda tínhamos o porque lutar. Agora já de pé e com os olhos abertos, eu já podia ver, sim eu podia ver mas, era estranho, eu via, a escuridão, não era como se estivesse escuro, eu apenas via a escuridão.
Lightning: - Etro! Por favor, aonde você está, é a Lightning!
Nenhuma resposta é dada de volta a Lightning naquele momento, não demora que a falta de esperança começasse a agir.
Não não, ela ainda não morreu, eu ainda posso salvá-la, eu ainda posso fazer tudo isso mudar.
Lightning: - Etro por favor, onde você está! Eu quero te ajudar, por favor, não se vá! Por favor…
Naquele momento, um foco de luz desce em meio aquela estranha escuridão, vindo do nada, com o único intuito de iluminar sua líder, Etro, que estava acalentada pelo escuridão, assim como Lightning estivera momentos atrás.
Lightning- Etro! Por Odin, eu finalmente te achei! Etro, como você está?
Ela apoiava a cabeça de sua criadora. Que ainda estava com sua própria espada enfiada em seu peito, ela ainda sangrava , seu braço permanecia quebrado, seu estado era preocupante
Lightning: - Idiota, mas que pergunta mais idiota que fiz, mas vai ficar tudo bem, eu posso te curar e nós podemos sair daqui juntas.
Etro: - Não Lightning, nós não podemos, você pode curar corpos em enfermidade, mas não pode curar almas dessa forma.
Lightning: - Mas.. o que está dizendo? Você está aqui, bem na minha frente, eu posso te curar, eu posso te ajudar!
Etro: - Não, você não pode Lightning, porque eu não estou aqui, só você está, nós estamos dentro de você Lightning.
Lightning: - Mas… não, não pode, quer dizer então que… você morreu? Você está morta?
Lágrimas rolavam pelo rosto da Valkíria
Etro: - Não Lightning, eu não estou, mas não vou poder estar com vocês como estive antes.
Lightning: - Outras? Então elas estão vivas? Freya? Cristine ? Serena ?
Etro: - Aquelas executadas por Lúcifer, não vão estar como você imagina, mas suas almas estão dentro de mim, e agora eu estarei dentro de você, então nós sempre estaremos juntas.
Lightning: - Não, o que você está dizendo? Você não quer dizer que está morta ? É isso? Por Odin, pare de falar em metáforas Etro e diga logo a verdade.
Uma das mãos ensanguentadas de Etro vão para o rosto de Lightning
Etro: - Lightning, eu preciso que você me escute agora, você precisa me ouvir atentamente. Eu tive de dividir minha alma para Lúcifer não conseguir o que queria, e agora, parte dela está dentro de você, assim como as fagulhas da almas de Cristine, Jasmine e Serena. Eu tive de fazer isso, eu tive de fazer isso pra salvar vocês e a elas Lightning, eu jamais poderia deixar Lúcifer condená-las ao inferno, vocês fazem parte de mim.
Lágrimas cada vez mais fortes corriam pelo rosto de Lightning
Etro: - A não ser Serena, Cristine e Jasmine, todas as outras estão bem, todas as outras precisam de você Lightning, foi você quem me ajudou sempre e as ajudou também. E além de tudo isso… eu preciso que você cuide de Freya, assim como sempre fez.
Lightning: - Você não vai voltar mais, não é ?
Etro: - Eu não vou Lightning, porque eu nunca foi embora, eu sempre estarei aqui, dentro de você, junto com Cristine, Jamine e Serena, e sempre que sentir minha presença vinda de outrem, saiba que eu também estarei ali.
Nesse momento, Cristine, Jasmine e Serena apareciam, se ajoelhavam ao lado de Lightning.
Cristine: - Você precisa ser forte agora, por nós, e você sabe, se eu fosse você, eu jamais desistiria.
Serena: - Nós seremos a sua força agora, lá fora, em Midgard, em sua nova casa, pelo menos por enquanto
Jasmine: - Por lá, você encontrará outras boas pessoas, assim como encontrará o fragmento da alma de Etro nelas, mas se você não se desviar. Você pode nos unir novamente.
Lightning: - Não, eu preciso de vocês ao meu lado, Etro, por favor, diga a elas!
Etro: - Chegou a hora.
Etro então puxava a cabeça de Lightning para perto de seu peito.
Etro: - Você agora… será o meu Legado vivo… Agatha.
Lightning então passou a ouvir um choro de uma voz conhecida, sentia um aperto em seu peito, ele era forte e era acompanhado de seu choro. Sentia frio, muito frio mas por mais que sentisse frio ainda era reconfortada com aquele peso quente em cima de si. Aos poucos ela conseguia distinguir a voz daquele choro à medida que sua consciência voltava turva. Era a voz de Andromeda. Lightning sentia-se de alguma forma acolhida, sentia-se envolvendo pelo calor que em essência mais forte que o frio extremo dos ventos do norte. Ao abrir os olhos só conseguia ver fios prateado cobrindo o seu rosto, os cabelos de Andromeda, Lightnning reconheceria aqueles cabelos em qualquer lugar. Ela via pela fresta, via Skuld e Brynhildr com o pesar em seus olhos, enquanto Skuld olhava pra outra direção, Brynhildr olhava para Lightning e então seus olhares se cruzaram e os olhos de Brynhildr se arregalaram.
Brynhildr: - Andromeda!!!
Chamou em alegria e nesse momento, Lightnning deu um leve gemido com a dor que sentia por todo o seu corpo.
Lighthinning: - Ahm...
Freya imediatamente ergueu seu rosto de cima da cabeça da Valquiria caída que ainda sentia-se tonta. Quando Freya viu os olhos de Lightnning abertos e bem, a Nefflin ergeu um enorme sorriso em meio às lágrimas. Lighthing vendo toda aquela comossão e sem entender muita coisa tentou falar:
Lightnning: - Porque você...
Antes que pudesse completar sua pergunta Freya abraçou Lightning pelo pescoço praticamente gritando em um misto de choro de alegria:
Freya: - LIGHTHING!!!!!!
Lightnning deu uma leve gemida com a dor do forte abraço da companheira e tentou pedi-la para parar de apertar tanto pois estava sentindo-se um caco de tanta dor. Em meio ao abraço poderoso, Freya ainda falava em meio ao choro:
Freya: - Lightning... Eu pensei que você... Eu pensei que você...
Lightnning já sabia o que Andromeda diria.
Lightning: - Eu.... Também pensei, mas não se preocupe, eu não vou a lugar algum.
Ela viu todas as companheiras, estavam lá Skuld, Hrist, Brynhildr e Herja. Todas estavam bem, acordadas, com um leve sorriso de satisfação no rosto, de pé reunidas fazendo um circulo entre as duas Valquirias. Freya então desfez o abraço, seu rosto estava inchado, era como uma criança chorona que agora havia visto que estava tudo bem.
Lightning tentava se levantar, ela virava seu corpo lentamente para o outro lado para ver se conseguia apoiar sua mãos no chão mais facílmente, mas toda aquela dor, provavelmente causada por conta da queda e o frio não facilitavam isso.
Após um momento, ela apoiava suas mãos no chão e levantava seu tronco, é nesse momento, como um flashback, toda aquela sua conversão com Etro e a restante das outras Valkírias vem a sua mente, ela agora se sentia paralizada, ela precisava se segurar, suas emoçoes borbulhavam e gritavam para serem largadas, mas ela não poderia, ela deveria ser o pilar principal do que ainda estava para acontecer, mas Lightning, apesar de todo seu esforço, teve de ceder, ela soca a neve com força:
Lightning: - Droga! Droga!! Justo quando eu mais precisava eu sou reduzida a uma humana!!! Droga!!!!
Ela passava a mão pelo seu rosto, ela via sangue, muito sangue, mas ela sabia que não era seu, era na verdade de Etro.
Lightning: - Etro... droga... eu não posso lutar assim, eu preciso ser forte, eu preciso da sua força, DROGA!
Naquele momento, raios vermelhos emanaram de seu corpo, seu soco acertou um chão com uma força sobre humana, e imediatamente ela atravessava ao gelo expesso e chegava ao chão.
Lightning: - Mas... o que... eu ainda tenho...
Ela olhava para a palma de sua mão, raios vermelhos saiam dela de forma aleatória.
Lightning: - Eu sou a Agatha... Agatha Allein...
Brynhildr: - Como é?
Brynhildr perguntou, mas na verdade a mesma pergunta se passou na cabeça de todas as Valquirias.
Lightning então abaixou-se e pegou um punhado de neve em suas mãos, sentiu uma espececie de relação com aquela substância tão bonita e hostil, então olhou profundamente as demais Valquirias, era como se aquilo fosse um efeito, não da queda, ou de ser agora uma mortal, mas sim de estar em Midgard em forma física, algo que nunca tinha feito antes. Fosse o que fosse, agora ela lembrava.
Lightning: - Meu nome... É Agatta Allein.
Então, antes que todas pudessem dizer alguma coisa um estranho barulho foi ouvido a uma certa distância dali e todas voltaram suas atenções e o que se mostrou foi algo impressionante, uma Manticora, um monstro antigo que normalmente não se via em Midgard a menos que algo incomum a este mundo estivesse acontecendo.
Freya: - Mas... Uma Manticora? Ela não devia estar aqui! E... Tem alguém em perigo! Temos de ajudar!
Herja: - Eu não sei... Ela não devia mesmo estar aqui, alguma coisa não está certa. Lightning?
Herja chamou pela comandante do grupo e a mesma adiantou alguns passos diante as Valquirias, mostrando claramente sua posição superior ante todas.
Lightning: - Temos muitas perguntas sem respostas, muitas dessas perguntas podem não ser as certas. Vamos investigar, acredito que aquela pessoa possa nos dar alguma direção, será uma recompensa válida se a protegermos da Manticora.
Todas as Valquirias assentiam com a cabeça, precisavam de respostas tanto para o que acontecera antes da queda quanto o que estava acontecendo em Midgard naquele momento. Freya, Herja e Skuld alçaram voo, enquanto as outras Valquirias caminhavam com seus modos de locomoção em direção e cuidado. Tanto Lightning quanto Freya já começavam a aumentar suas capacidades físicas pois era muito provável que um embate começaria.
Quando a garota para a lâmina de Talon antes de poder feri-lá, o soldado é levado de volta para seu confronto com Ohrzmad.
"Merda."
Ele fica na espera do contra-ataque, mas não vem. Quando ela começava manipular seu braço, ele esperava perdê-lo. Mas também não veio.
Então vieram as trevas. Emir começou a se debater, tentando afastá-las dele, mas, a medida que ele sentia seu corpo se aprimorando, ele parava.
"Sim....." - pensou, mas a palavra também saiu de sua boca.
Sem pensar, ele já havia atravessado a lâmina no estômago da garota.
- Sim....
Ele começava a esquecer. Começava a pensar menos em Miranda. Menos nos Empirikos. Menos na missão. Isso parecia lhe dar propósito. Puro poder. Emir inspirou profundo, deixando o peito cheio de ar, fazendo-o "sentir" melhor o que estava lhe transformando.
- O que... Você é louca... - ele tira a mão dela da frente e força a espada. Em resposta, é arremessado.
Ele se levanta e olha para os "presentes". Ele não quer que acabe... Ela não pode tirar isso dele.
- Mais. Mais! - o soldado urra, tentando agarrar a garota pelo pescoço com a mão livre.
Não sei quanto fica com o bônus, mas início, +5. GodsCorpse efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
Agrupados - Donald Drifus, Isabel Müller e Pietro Henricus de Lima
Times Square
Adam Kadmon
Donald Drifus
Isabel Müller
Lara Tolstói
Pietro Henricus de Lima
Valkyria Strand
[Off = Aguardando todos que forem participar do Team Attack descreverem suas ações e rolarem o ataque.]
Agrupados - Agatha Allein e Freya
Colina
Agatha Allein
Freya
Hrist
Brynhildr
Skuld
Herja
[Off = Não tenho nada relevante a acrescentar na introdução de vocês por hora, mas, mais adiante, acrescentarei algumas lembranças.] Lightning, Freya, Herja e Skuld voam sobre um rio de sangue e são as primeiras a chegar perto da criatura o suficiente para se deparar com um massacre. Corpos esquartejados de criaturas humanoides animalescas, em sua maioria com asas ou chifres, se empilham e espalham pela neve.
Referência:
As demais valquírias cruzam o cenário ensanguentado, aproximando-se da criatura em frenesie que continua atacando e devorando as poucas criaturas sobreviventes que parecem se entregar à morte perante a manticora gigante.
Manticora:
Quando as guerreiras se aproximam o suficiente para poder atacar, apenas uma das criaturas humanoides ainda está viva.
Criatura:
Ensanguentada em meio a corpos, a criatura parece aterrorizada e não reage. [Off = Considerem um turno surpresa das valquírias antes da ação da Manticora]
A garota mantém o olhar irritado e tenta evitar o agarrão de Talon, mas falha. Enquanto sufoca, a garota reluta, com os dentes novamente cerrados, e agarra o braço do soldado com as duas mãos mas, sem fazer esforço algum, Talon sente o pescoço da jovem partir e, imediatamente seu corpo amolece. O soldado sente os espasmos da garota que morre em suas mãos com uma expressão que mistura surpresa e tristeza. Assim que os espasmos cessam, Talon sente dois pares enormes de asas metálicas surgirem em suas costas. Apesar da aparência robusta, aquelas grandes asas não pesam em seu corpo, mas o tornam ainda mais leve. A medida que seu corpo se acostuma com aquele poder, Talon sente a necessidade de testá-lo. Nesse estado, o soldado se sente invencível, mas desconhece a extensão de seus poderes. Algo chama a atenção de Talon há quilômetros dali. O soldado não pode ver através das paredes, mas sente um grande acúmulo de magia em uma direção.
Informações atuais Data: Sexta feira 16/12/2016 - Noite Vitalidade: Ok Condição: Ok Pontos heroicos: 11 Pontos de poder: 171 (NP 11)
Informações atuais Data: Sexta feira 16/12/2016 - Noite Vitalidade: -2 Condição: Dazed (limited to free actions and a single standard (or move) action per turn) Pontos heroicos: 4 Pontos de poder: 150 (NP 10)
Embora não tenha respondido Ohr entendeu minhas palavras, pude perceber instantes antes correr na direção de Lara. Minha angustia diante as circunstancias em que nos encontrávamos era tão grande que naquele instante não esperei pela reação de Ohr e não dei atenção as palavras de Don. Pietro. Eu só queria chegar até Lara a tempo de poder ajudá-la e encontrar um meio de nos tirar daquela confusão. Eu tinha dúvidas se conseguiria traze-la de volta, mas não podia deixar de tentar. Mais uma vez, para minha surpresa, eu atingi meu objetivo. Embora assustada e confusa ela estava viva. Iniciei um sorriso que tão rápido quanto surgiu se desfez. Não pude evitar de pensar que em menos de um dia não só ultrapassei os limites que julgava ter como também fui capaz de fazer o que jamais imaginei ser capaz. Aquelas poucas horas revelaram que eu desconhecia-me bem mais do que eu podia suspeitar. Lara estava tremendo, confusa e eu não tinha a menor ideia do que dizer a ela. Continuei segurando sua mão. Foi só um susto, não preocupe-se. Eu... Isabel cala-se repentinamente e sua expressão é triste. A maga achava crueldade o que pediria a Twinkle naquele momento. ... preciso que continue lutando. Desculpa. Enquanto pedia a Lara que continuasse lutando, mesmo sabendo o quão insensível aquilo soaria, voltei minha atenção a Oze. Eu pretendia encontrar algum ponto fraco que nos ajudasse a derrota-lo, mas aquele maldito não possuía um. Sua constituição era impenetrável, nenhum de meus ataques era capaz de causar dano. Depois de tudo que passamos eu não estava disposta a desistir. Eu permaneceria tentando encontrar um meio de manda-lo de volta até meu último sopro de vida. Acabei concluindo que talvez conseguíssemos comprometer sua blindagem ao atacar juntos o mesmo local. Nesse instante voltei meu olhar a meus colegas iniciando por Lara. Eu estava prestes a dizer o acabava de concluir quando vejo Ohr levantando e olhando diretamente para nos duas. A imagem dele nos encarando é última coisa que vejo antes de ser dominada por uma visão que causaria uma serie de dúvidas em minha mente.
precognição :
A primeira imagem que surgiu a minha frente era um castelo em ruínas. Completamente abandonado. Conforme a visão intensifica-se a aparência daquele lugar começa a alterar-se. O lugar parecia reconstruir-se enquanto eu mergulhava mais e mais no futuro. A reconstrução completa-se assim que chego ao hall principal revelando o quão luxuoso era aquele lugar. A partir desse momento a sequência de eventos trariam consigo várias dúvidas. Sempre detestei precognições porque apesar de haver certa estabilidade para determinados eventos o futuro é altamente mutável. Além de que é praticamente improvável saber o quão distante aquilo está do presente. É encantador imaginar que você é capaz de mudar um futuro que te desagrade e eu desejei muda-lo diversas vezes. Foi o desejo de muda-lo que me fez seguir para a Time Square aquela noite e levou-me a tentar impedir os planos de Arimã. Entretanto, entre visualiza-lo e altera-lo existe um caminho complexo e perigoso. Isso porque: A mesma chance que temos de melhora-lo temos para tornar tudo ainda pior. Algumas vezes é melhor encarar como um alerta, uma chance de preparar-se para lidar com uma determinada situação. Naqueles instantes tais reflexões ficaram ofuscadas, mesmo sendo reflexões antigas. Durante a maior parte do tempo eu só conseguia pensar em como Ohr havia chegado tal ponto. Aquele que apresentava-se diante de Arimã (ainda no corpo de minha irmã) não era o mesmo cujas memórias tive acesso. Ele estava envolvido pelas trevas de Arimã com tamanha intensidade que assustou-me. Assustou-me imaginar que eventos ou séries de eventos levaram-o a tornar-se maligno. Entretanto, o verdadeiro temor revelou-se nos instantes finais. Aquele que representava uma parte de minha esperança para derrotar Arimã havia encontrado sua derrota pelas mãos de alguém que no presente revela-se um aliado. Confesso que naquele momento eu não conseguia pensar em nada que fizesse sentido. Um número enorme de dúvidas e possibilidades formaram-se de forma confusa e momentaneamente incoerentes. Mais tarde eu iria perceber como as expressões de Arimã foram contraditórias diante a notícia da derrota de Ohrmazd; tal percepção deixou-me inquieta por muito tempo.
Quando a visão encera-se Ohr já não estava no mesmo lugar. Procuro-o com medo de que esteja ao lado de Oze, mas quando encontro Ohr está diante ao demônio criando um imenso portal que embora não conseguisse suga-lo para dentro havia o assustado. Consegui notar que o portal levava direto ao Abismo. A simples visão daquele lugar trás consigo as memórias dos momentos angustiantes que passamos. A precognição que tive de Ohr já havia deixado-me abalada, mas ao juntarem-se com aquelas memórias eu congelei. Por instantes eu fiquei presa sem saber que atitude tomar. Eu apenas observava a situação. A tentativa de puxar o demônio de volta ao abismo utilizando-se do portal foi admirável. Infelizmente o portal, que em condições normais já teria sugado Oze, estava enfraquecido devido ao ritual realizado por Arimã. Embora o portal não tivesse força para suga-lo tornou Oze vulnerável. Com ambas as mão agarradas à borda do portal ele não poderia nos atacar fisicamente embora ainda fosse capaz de nos atacar. Ohr havia conseguido assustar Oze que certamente revidaria brutalmente.
MindGame escreveu:Oze - "(Língua abissal) VAI SE JUNTAR A ELA ENTÃO, HUMANO!"
O grito de Adam ecoa em minha mente de forma angustiante. No futuro, talvez nos encontraremos em lados opostos mas naquele instante possuíamos o mesmo objetivo. Eu precisava tomar uma atitude o mais rápido possível e aproveitar a chance que ele estava nos dando. Não precisávamos ferir gravemente Oze, apenas impulsioná-lo para dentro do portal. Don. Pietro daqui você não o alcançará, mas posso te levar até ele.
NimaruSouske escreveu: Ótimo. Caso você consiga me erguer até lá (...)
Isabel não espera Don. Pietro terminar e falar. Um ato rude que ela jamais faria em circunstâncias normais. No entanto, a situação exigia maior foco. Ela precisava passar as informações pertinentes rapidamente. Se quisermos uma chance devemos atacar juntos no mesmo lugar. Precisamos jogá-lo dentro do portal e assim será enviado de volta ao Abismo. Isabel olha para Lara. Preciso de você. Enquanto espera a reação de Lara a maga olha para Don. Pietro e diz: Mantenha-se calmo. Isabel começa a erguer Don. Pietro usando marionete mágica enquanto olha para Oze e em seguida volta a olhar para o padre. Vou te mandar diretamente pra ele. Isabel deu alguns instantes para que Don. Pietro se acostumasse e decidisse o que faria antes de manda-lo na direção de Oze.
[off] Atrasando o turno até o de Lara. Neith efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :
Sentindo o pescoço da garota se desfazer nas mãos de Talon trazem a ele um prazer inimaginável. Muito perto do que sentia matando magos antes, mas, desta maneira, com este poder... é muito maior. Ele observava com cuidado a maneira que ela morria tão.. deprimente. Quase podia sentir culpa se não sentisse tanto nojo.
"Monstro! - uma voz dentro da sua cabeça grita. Ela se repete várias e várias vezes até Emir começar a pressioná-la de volta. Ele imagina uma armadura... e a armadura vai sufocando essa voz, pouco a pouco - "Monstro... - ele ouve uma última vez. Mas não era sua voz. Era uma voz mais suave, mais infantil... Mas ele não se importa mais com ela.
- Asas. - sorriu, sentindo elas brotarem em suas costas. Sua cabeça virou para o lado, como se algo tivesse passado por sua visão. Era magia, ele a sentia agora e não estava longe. Em um movimento mundano e rápido, ele separava a cabeça da garota do corpo e trazia para frente do seu rosto.
- Então é isso que sente em ser vocês... É bem como imaginava. - lembrou da missão e do prazer que tinha. Talon, para os Empírikos, são suas garras por em prática sua ideologia de por um fim a magia e pavimentar o caminho para Humanidade construir seu futuro.
... Mas isso nunca vai acontecer, ponderou Talon, olhando para o rosto falecido da garota. Ele viu o Abismo e não havia volta disso. Nunca havia sentido tão pequeno, tal como quando lutou contra Ohrzmad - "Formigas lutando contra Deuses usando galhos afiados."
Esse era o lugar dele. Mediador. Poderoso. Não era os Empírikos que iriam ganhar. Eles são só humanos com ferramentas arcaicas. Talon... Não, Black Mamba... Não... Emir... Não... Ele. Ele usaria o que for necessário para esse equilíbrio. Tecnologia é só um meio. E Emir -
- Preciso de mais.
Ele elevava a mão em direção das paredes e as destruías. Newman ficaria para depois. Segurando os cabelos negros da garota morta, ele voava em direção do seu novo sentido mágico. Pronto para testar seus poderes e intimidar seus novos inimigos com seu troféu.
[Off = Vou dar continuidade a cena do Gods até que os demais envolvidos no Team Attack rolem seus ataques.] Talon não precisou de mais do que um toque e a vontade de destruir aquelas paredes para que seu caminho fosse aberto violentamente. O soldado então lançou-se contra os céus com um único bater de asas, causando um grande estrondo ao quebrar a velocidade do som, e pousa com a mesma violência em seu destino. Talon se vê diante de cerejeiras no Inwood Hill Park, o que o faz lembrar imediatamente das instruções incompletas de Presto Magno. As percepções do soldado alertam para a grande concentração de magia no local, o que revela que Magno podia não estar mentindo sobre o suposto exército de magos da Lotus. A cabeça da garota decapitada deixa rastros de sangue por onde o soldado vai e, ao observar o local, Talon pode sentir que há uma maior concentração de magia entre duas cerejeiras.
Emir sorriu com sua demonstração de poder. Ele alcançava níveis que nenhum membro dos Empírikos sonhava alcançar. Ele se sentia um deus entre os mortais. O voo era maior de suas habilidades, pois dava a ele uma liberdade inigualável. Ele podia ir a qualquer lugar agora. Mas antes, sua missão. Chegou ao chão firmando os pés com toda força e anda pelo local.
- Siga pela margem até a cerejeiras... Fale alto "Eter Telúrico" bate sete vezes na cara de quem? - murmurou baixinho para si. Agora ele já prendia a cabeça da garota na cintura, amarrando seus cabelos. Rosnou - Dá para sentir, esse é o lugar. - riu em seguida.
- Telúrico... Terra... Éter Telúrico - falou em voz alta e, em seguida, bateu sete vezes na Terra.
"Se isso não funcionar, vou estuprar o crânio dele".
Perante a sétima batida, as duas cerejeiras que delimitam o espaço mágico brilham e Talon é trasportado para o que parece ser uma dimensão espelhada, onde o campo do parque é substituído por uma grande mansão de arquitetura gótica.
Mansão:
Luzes acesas revelam movimentação do lado de dentro, mas ninguém parece ter notado a presença do soldado.
o olho do colossal demônio era mais resistente do que Donald esperava, parecia que talvez o monstro não tivesse ponto fraco.O cientista estava preocupado, mas algo surgiu para ajudar com suas angustias.O homem mascarado acordara e parecia que ele iria ajudar.O portal criado pelo mascarado parece afetar o demonio que larga o anjo em suas mãos tentando evitar que seja tragado pelo portal.Mas tentando revidar ele ataca o mascarado.
O anjo caia o demonio atacava seu agressor, Atomic sabia que só conseguiria salvar um deles, o mascarado parecia não se preocupar muito com o ataque do demonio, o que fez com que atomic decidisse que ele deveria conseguir suportar, assim salvando o anjo.
Se quisermos uma chance devemos atacar juntos no mesmo lugar. Precisamos jogá-lo dentro do portal e assim será enviado de volta ao Abismo.
Atomic apenas assente com a cabeça, estava um pouco desconcertado pelo choque com a criatura, mas quem sabe ainda não possuía algum gás para um ataque em conjunto.
[off] vou participar do team attack, eu vou ficar meio atarefado nessa semana, estou de mudança e vai começar o semestre na facul, então se eu demorar muito a responder vcs podem me ignorar e continuar com o jogo que quando as coisas derem uma segurada eu volto a regularidade normal. Enfim, dados me deem um bom numero ^^
Jim Jones efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :