Era provavel que se um estranho visse aquela cena sem um conhecimento previo da pessoa de Ellywick, ter uma certa preocupação. Pensaria o porquê de uma menina de 12 anos estar fumando em tal idade? Esse era um fato curioso sobre a gnomo, o fato de parecer um pre-adolescente humana. Essa sensação era tão forte que algumas pessoas que a não conheciam na cidade quando entravam na loja pediam para ela chamar os seus pais. Ou então os bilhetinhos amoroso que recebia de alguns meninos da cidade se declarando para ela achando que tinham a mesma idade.
Devia ser por causa da sua aparencia. Pense numa menina de 12 anos magra, com cabelos longos lisos loiros quase brancos, pele bem branca um pouco rosada nas maçã dos rosto e acrescente um rosto bonito e com ar inocente. Essa era a aparencia de Ellywick, uma gnomo de 45 anos de idade. Muitas noites ela acabava rindo com essa pequena confusão que a sua aparencia causava nas pessoas. O que não era o caso dessa vez.
Fumava apenas olhando a fumaça subir e se perder no ar ao redor da sua varanda. Não estava muito a afim de pensar em nada naquela noite, não sabia porquê. Apenas queria admirar a beleza dos brejos a sua frente, ouvir o coaxalhar do sapos e o barulho dos outros animais do pantâno. Com as pernas estendidas no apoio inferior da cadeira, ela foi um pouco para atrás se espreguiçando. Daqui alguns minutos iria entrar em casa preparar um chá e ir dormir.
Antes mesmo que pudesse terminar de se espreguiçar uma batida forte veio na sua porta. Soltando o ar pelo nariz e boca em lamento ela se levantou da cadeira. Quem seria naquele hora? Foi andando passando pela cozinha. Essa que era equipada com um forno a lenha, alguns armarios presos a parede e uma mesa de madeira rustica no centro. O comodo estava iluminado por algumas velhas acessas presas em suportes de metal na parede. Depois ela passou pela sala de visita aonde um solitario candelabro iluminavao recinto em cima da mesinha de centro.
Chegando a porta, sem muito trabalho ela a destrancou e abriu dando de cara com um homem . Ele tinha mais ou menos 1,75, cabelos curtos escuros, que não dava para sabe se era preto ou castanho escuro, cavanhaque bem desenhado no rosto e um face bem feita. Era um homem bonito, mas acima de tudo era um homem conhecido dela. Rarvadd, um antigo colega que tinha um estabelecimento ao lado dela. Vendia poções magicas, mas que sinceramente não pareciam ser verdadeiras. Parecia um pouco aliviado ao ver-la:
- Ellywick, graça a Mitz que eu achei você – exclamou ele ao ver a gnomo assim que abriu a porta – Não quero ser chato, mas será que podemos conversar ai dentro?
***
Após entrar na residência da gnoma, Rarvadd sentou-se à mesa, visivelmente preocupado. Ele olhava para os lados, detendo-se alguns momentos nas janelas, a procura de algo suspeito. Depois de certificar-se de que estava tudo bem, ele volta seu olhar para Ellywick.
- Você bem sabe, colega, que os negócios por aqui não andam nada bem, os clientes que temos são muito poucos. Mas graças aos céus que hoje voce não foi trabalhar, Ellywick! Bem, quando hoje a tarde entraram na minha loja 3 homens, já fui pensando que iria ganhar o dia com estes fregueses. Eles ficaram olhando as mercadorias, andando de um lado para o outro... Tentei ajudar, mas parecia que não estavam dando muita atenção. Eu já estava achando tudo isto muito estranho...
Rarvadd pede um pouco de agua para molhar sua garganta seca, pigarreia, e então continua.
- Até que um deles, um homem de capuz com uma cicatriz no rosto, perguntou se eu conhecia uma gnoma chamada Ellywick. Imediatamente me lembrei da historia que voce tinha contado sobre a baronesa Barbara. Engoli em seco e respondi que não.
Neste momento Rarvadd estava tremendo. Mas ainda assim continuou sua historia.
- Ele ficou me observando, um olhar frio. Mostrou um desenho de seu rosto, e por Mitz, eu a reconheci! O homem ainda me disse que foram na loja ao lado, a sua loja, mas que estava fechada. Eu então falei que não conhecia a vizinha, que era novo no local. Ele não pareceu acreditar muito, e já ia avançando para o meu lado do balcão, quando por sorte entrou o chefe da milícia, Oriol, para comprar uma poção para sua insônia. Sem dizer mais nada, os três saíram.