Elmon - Thalion

Agnus caminha feliz pela estradinha galiana, dedilhando as cordas de seu bandolim.  O bom tempo contribuía para seu bom-humor, e a expectativa de chegar finalmente em União aumentava a cada instante. Ao passar próximo de uma fazenda um cão vira-lata decide acompanha-lo, curioso com a melodia do instrumento do meio-elfo, mas logo o abandona, confortável com a boa vida que levava naquele lugar.

Já é início de tarde quando Agnus, ao passar o topo de uma colina rochosa, vê mais abaixo, no caminho tortuoso por entre as pedras dois viajantes, de pé em meio aos corpos caídos de três bandoleiros da estrada. Uma luta mortal tinha acontecido ali.

Um dos viajantes tinha trajes típicos de Rabiah, usando mantos e um véu vermelho que lhe cobria a face. A outra era uma mulher ruiva de porte avantajado, parecendo uma barbara do norte. Porem ela tinha sido gravemente ferida na luta, e estava prestes a perder a consciencia. O outro viajante tinha grandes dificuldades em mante-la de pé.

A aproximação de Agnus não se passa desapercebida, e o viajante rabiahno volta-se cuidadoso para o meio-elfo. Ao se certificar de suas boas intenções, ele acena com a cabeça e indica para que o bardo apoie o braço da ruiva em seu pescoço.
- Agradeço pela ajuda, senhor. Fomos atacados por estes bandidos, e quis os espíritos ancestrais que fossemos vencedores. Porem, esta... jovem foi gravemente ferida – diz, e aponta para um ponto mais acima da colina – se puder me ajudar a leva-la até aquele lugar, agradeço.

Com certo esforço os dois levam a pesada barbara entre eles, cujo corpo inconsciente parecia pesar toneladas. O bardo nota que aquela mulher era puro musculo, exceto por algumas gordurinhas bem localizadas. Um pigarro do rabiahno faz com que Agnus volte a realidade, e ambos deixam a viajante sobre uma pedra lisa.

Passado o susto inicial, o meio-elfo observa melhor o rabiahno. Suas orelhas pontudas indicavam ser ele um elfo, porém de uma subraça a qual Agnus não sabia identificar. De cabelos brancos e pupilas claras, o estranho dava-lhe a impressão de ser um fantasma.

Este elfo estava agora ao lado da mulher, limpando suas feridas com a agua de seu cantil e cobrindo-as com uma mistura de ervas e ataduras. Ele termina o serviço após alguns minutos.
- Não sou companheiro dela, assim como você resolvi ajuda-la, pois estava enfrentando os bandidos sozinha – diz, e faz um cumprimento – meu nome é Rafik, e quis os espiritos ancestrais que nos encontrássemos neste local inesperado.

Rafik põe a mão na testa da jovem e balança a cabeça.
- Esta enferma, e é melhor que não se mova. Ficarei ao seu lado em vigília, amanhã já deverá estar melhor. Não sei o que o senhor planeja fazer, mas se ficar poderemos partilhar de uma fogueira, comida e estórias.

Rafik e Agnus preparam juntos o acampamento, catando galhos e gravetos secos para iniciar uma fogueira. O elfo de cabelos brancos pergunta durante a tarefa porque o bardo tinha dito anteriormente que tinha achado a cena romântica, com corpos ensanguentados espalhados pelas rochas. “Ah sim, foi um pequeno gracejo, um homem e uma mulher juntos na colina”, diz, acenando com a cabeça depois de ouvir a explicação. “Se bem que o senhor não deve ter visto o que aconteceu anteriormente, antes de iniciar o embate... Explicarei melhor depois que terminarmos a fogueira.”

Munido de uma pederneira, os gravetos secos logo se incendeiam e um calor gostoso surge para esquentar a noite fria. O bardo inicia suas canções e estórias, e nota que apesar da atenção com que Rafik dedica as suas palavras, o mesmo permanece impassível. Ao final de uma das canções, Rafik diz:
- Aprecio suas melodias, pode ter certeza disto. Se não me expresso exteriormente, é porque como um nômade do deserto tive uma vida sofrida, com mais perdas do que ganhos. Se eu tinha alegria dentro de mim, tive que apaga-la para suportar a dor do que já não posso mais ter. Se eu sou frio, é porque esta é a maneira com que encontrei para continuar vivendo.

A mulher ruiva tosse e reclama um pouco, ainda dormindo. Rafik levanta-se e a observa, cuidando para que as ataduras permanecessem no lugar. Ele retorna, e retoma a conversa.
- Ah sim, havia dito que havia acontecido algo com... ela. Seu nome é Redris, ela me disse quando estávamos em luta. Foi brava, porem notei que seu manejo na espada era o de um iniciante nas artes marciais. Mas o que lhe faltou em habilidade, compensou com ímpeto, lançando-se ao combate sem medo. – diz, lançando um olhar de admiração para a enferma – Porém este não é o fato anormal...

Neste momento, Rafik volta sua atenção para a escuridão, observando com sua visão élfica um vulto se aproximar pelo caminho. Agnus, que compartilhava este dom, também pode ver um homem vir em sua direção, talvez atraído pela iluminação provida pela fogueira. Ele esta acompanhado de um lobo.

Elmon atraído pela fogueira e barulhos que ouviu de longe resolveu se aproximar para ver do que se tratava, o meio elfo acabara de sair em busca de aventura após anos em uma floresta em companhia apenas dos animais e de seu mestre druida. A falta de costume em lidar com pessoas deixou o druida com um certo receio de se aproximar, não podia afirmar se aquelas eram boas pessoas, mas a curiosidade falou mais alto, então o druida se aproximou até que notou que foi avistado, eram elfos, podiam vê-lo apesar da escuridão em que se encontrava, e em resposta a sua atenção ele acenou timidamente, tentando mostrar que não era hostil. Ele se aproximava cada vez mais até ser tocado pela luz.

Olá senhores, desculpem incomodar, eu sou apenas um viajante que fui atraído pela sua fogueira, não procuro nenhum problema, apenas a minha curiosidade me trouxe aqui.

O meio elfo dá uma boa olhada no local e vê uma mulher desacordada e com ataduras.

Aquela mulher está bem? parece que ela se feriu bastante.

A curiosidade de Elmon trouxe o druida para próximo do acampamento dos viajantes, e sua chegada havia sido recebida com uma mistura de desconfiança e hospitalidade. A pedido do bardo, o druida comanda seu lobo a permanecer a distancia, e o mesmo o faz com prazer, preferindo aproveitar seu tempo caçando alguma lebre no mato alto.

O elfo nômade de cabelos prateados levanta-se e indica um lugar para Elmon se sentar, e depois de relembrar o embate que tivera com os bandidos, ele continua sua historia.
- Pois esta mulher ferida, Redris, que lutou bravamente, não era uma mulher ao iniciar a luta. Viajava por estes caminhos um pequeno rapaz, magro e de cabelos vermelhos, e foi este rapaz que encontrou os bandidos. Estive observando de cima a cena, procurando a melhor maneira de ajudar o rapaz, quando o mesmo mudou de forma! Os cabelos cresceram, ele ficou maior... E assumiu o corpo de uma mulher. Ou pelo menos o físico de uma mulher, pois mais eu não posso, e talvez nem deva, saber.

Rafik olha para Redris, e depois para Elmon e Agnus.
- Cada qual possui sua historia, e quis os espíritos ancestrais que nos encontrássemos e partilhássemos nossas historias. Certamente Redris tem a sua, e em breve contarei a minha, e ouviremos as suas. Se então ao amanhecer partiremos juntos ou separados, ninguém sabe... É na encruzilhada dos destinos que decidiremos qual historia iremos seguir.

O druida ouvia atentamente a história de Rafik, havia sido um dia confuso para ambos acreditava ele, ainda mais para Rafik que viu um homem se transformar em uma mulher, que apesar do longo tempo que passou das pessoas ainda sabia reconhecer que era bem atraente.

-Essa é uma história interessante, foi mesmo um dia movimentado o de vocês, imagino que você deva ter ficado confuso ao ver essa cena. Se possível eu gostaria de ouvir essa história dela, desde que ela tenha o desejo de compartilhá-la conosco.

O druida era curioso, passou muito tempo escondido, longe das pessoas, e agora o mundo que antes não lhe trazia interesse começou a atiçar sua curiosidade.

Infelizmente eu não tenho uma história tão boa para contar, vivi boa parte da minha vida em uma floresta, estou saindo agora em busca de experiência e histórias que eu possa contar em rodas como essa futuramente.

As historias do bardo são muito bem contadas, e entretem a sua audiência por horas. Depois de muita cantoria, Agnus sente tanto o corpo como a voz cansada, e decide que já era hora de parar. Rafik se oferece para fazer o primeiro turno de vigília, e tanto Elmon como o bardo vão dormir.

A noite passa e a manhã chega. O druida, ao final de sua vigília, retorna para próximo da fogueira, que já esta quase se apagando, as cinzas fumegantes. Ele olha para os que estão dormindo, e nota que a bela mulher estava diferente... Tinha os cabelos ruivos ainda, mas sua face... Era a de um rapaz!



Ele aos poucos desperta, e geme um pouco de dor. As ataduras sobre seus ferimentos estavam folgadas, pois ele era bem mais franzino que a mulher. Ao perceber que estava sendo observado por Elmon, o rapaz se assusta, e procura por sua arma. Rafik, que também despertara, se aproxima do rapaz, que ao reconhece-lo se torna mais calmo.
- Redris, este é seu nome, não é? Não se preocupe, estamos a salvo. Estes são Elmon e Agnus, viajantes  como nós – diz, e verifica as ataduras – Seus ferimentos já estão bem melhores, mas é bom não se esforçar. Vou refazer as ataduras.

Enquanto Rafik cuida de seus ferimentos, Redris decide contar sua historia para todos.
- Eu vivia numa fazenda com meus pais e minha esposa, e era muito feliz, cuidando das vacas e dos porcos e colhendo trigo. Aos finais de semana ia ate a vila próxima, para beber na taverna e jogar cartas. Uma vida normal. Porém um dia tudo mudou... Foi quando bandidos invadiram a fazenda e ameaçaram minha mulher e meus pais, se não déssemos dinheiro para eles. Nós não tínhamos dinheiro, mas eles não queriam saber. Então os bandidos começaram a bater nos meus pais e a abusar da minha esposa. Tive uma raiva imensa, e neste momento foi que me transformei... Entrei numa grande fúria, e me lembro de ter pegado uma faca de cozinha. Matei todos os bandidos.

Redris passa a mão pela face, angustiado. Ele suspira e continua.
- Quando viro esta... mulher... eu fico assim ate a manhã do dia seguinte. E... ela surge em momentos de raiva, ou desespero. Mas tem vezes que ela simplesmente aparece, sem motivo algum. E cada vez mais frequente. Não sei porque fui vitima desta maldição, nunca fiz mal a ninguém. Sem aguentar ficar nesta situação, uma noite peguei a espada de meu pai e deixei a fazenda de noite, sem contar a minha esposa ou a meus pais. Em busca de uma cura para a minha maldição!

O jovem fica cabisbaixo, e Rafik bate a mão em seu ombro.
- Os espíritos ancestrais me guiaram para União, e quiseram que nossos caminhos se cruzassem para que possa ajuda-lo em hora de dificuldade. Talvez em União possamos encontrar uma cura – diz, e se vira para os outros – E quanto a vocês, viajantes?

No primeiro instante, ver a transformação de uma mulher forte para um rapaz franzino surpreendeu o meio elfo, já havia visto um outro druida se transformar em animal, mas aquela transformação ainda impressionava até mesmo com a história que Refik havia contado.

Ele olha para Redris e fala em resposta a sua pergunta.

-Eu só estou seguindo o caminho que a natureza está me levando, ela me trouxe até vocês, e depois de ver tal coisa como poderia eu apenas esquecê-la? Fico feliz em seguir com você para a União.

Elmon era um druida curioso e toda aquela história despertava sua curiosidade, não era todo dia que encontraria alguém com um problema como aquele.

Agnus força a memória para ver se já tinha visto ou ouvido alguma coisa semelhante com o ato transformista, e se lembra então de uma historia sobre um homem que havia se transformado em fera por ter sido mal com uma andarilha, que na realidade era uma bruxa poderosa. Ele permaneceria naquela forma ate encontrar o amor de sua vida, quando então voltaria a ser um príncipe belo. Esta certo que a historia falava sobre xicaras, relógios e candelabros falantes, mas no fundo o que importava é que se tratava de alguma espécie de maldição. Agora que tipo de maldição que este ou esta Redris teria, ainda tinha que descobrir.

O bardo, que sabia que aquele trabalho ainda podia dar muito pano para a manga, já pensa numa maneira de ter um retorno financeiro. Redris faz uma cara de triste e mostra os bolsos vazios.
- Puxa Agnus, não tenho quase nenhum dinheiro, sai com muito pouco da fazenda, e já gastei a maior parte durante o caminho...

Rafik observa intensamente o bardo, e finalmente acena com a cabeça.
- Entendo. Os espíritos ancestrais sempre me orientam, e dizem que o que importa é a solução, independente dos propósitos – diz, e mostra um anel de ouro, finamente trabalhado, com imagens de dunas e coqueiros – Isto será seu, quando Redris tiver se curado de seus problemas.

O jovem ruivo, surpreso com a generosidade do elfo das areias, volta seu olhar para Rafik, e sorri em agradecimento.

Por sua vez Elmon concorda em acompanhar o grupo, sem esperar por qualquer pagamento, baseado apenas em sua curiosidade pela historia de Redris. Este faz um esforço para ficar sentado, e curva-se em direção do druida.
- Agradeço muito pela ajuda, senhores. Talvez eu ainda possa sonhar com uma cura para os meus problemas, e possa voltar para o conforto do meu lar. Que as deusas lhes retornem em dobro toda sua generosidade.

Rafik então se levanta e se espreguiça. Ele aponta para leste.
- Creio primeiro ser necessário curar as feridas que Redris ainda tem em seu corpo. Sei que no caminho para União existe uma estalagem que tem fontes termais que auxiliam na recuperação dos enfermos. Poderiamos passar um dia por la para descansarmos, e então seguimos viagem para União.

Espero que você consiga se curar dessa maldição. - Diz Elmon a Redris - Fico feliz em poder ajudar.

O druida ficava feliz em ter encontrado um caso tão único logo em sua primeira aventura, sentia pena do pobre rapaz, mas toda aquela história o deixava animado.

-Por mim tudo bem. - responde a Rafik sobre seguir para uma estalagem - É melhor que Redris descanse em um lugar mais apropriado.

Logo em seguida o meio elfo assobia e espera um instante, e então surge o seu lobo da floresta que se aproxima do druida.

-Espero que esteja tudo bem agora, não precisam se preocupar com ele. - Diz enquanto afaga o animal.

Depois de entrarem em acordo, o grupo levanta acampamento e segue caminho pela trilha tortuosa. O dia estava tranquilo, com o bardo Agnus cantando musicas animadas e os outros conversando para se conhecerem melhor.
- Viajei muito por este mundo em busca de conhecimento, mas é em União que os espíritos ancestrais disseram que eu encontrarei minha irmã perdida. Já perdi muita coisa, é o momento de recuperar algo que para mim é muito importante – diz Rafik.

Logo o grupo passa da trilha para uma via mais movimentada, por onde passavam comerciantes e moradores locais. Com um deles Rafik confirmou que estavam próximos, e num ponto de cruzamento entre duas vias eles avistaram a estalagem Estrela Negra.

A estalagem Estrela Negra era uma grande casa, mais aparentando uma mansão da nobreza das cidades. Era grande, de 3 níveis, e ao fundo havia uma torre ainda maior. A estalagem estava bem cuidada, toda feita de madeira, pintada e envernizada. O movimento era grande e viajantes e comerciantes de todas as raças entravam e saiam pela porta principal.

Ciente de que seu lobo era amedrontador para os demais, Elmon o comanda a esperar do lado de fora, algo que o animal faz de maneira obediente. Ao passarem pela porta, o grupo descobriu o porque do nome da estalagem:uma grande pedra negra, quase esférica, estava no centro do salão principal, sendo admirada por alguns dos fregueses.

Logo eles são recebidos por Eron, o dono da estalagem, que era o completo oposto do que se espera de alguém neste ramo: magro, calmo e bem-apessoado. Ele estava lendo um livro de poesia quando foi interrompido pelos aventureiros.



- Em que posso servi-los? – pergunta Eron.

Elmon deixou a parte da comunicação com Agnus, ficou apenas parado lá enquanto o bardo falava com o dono a estalagem. Aquele não era um ambiente onde o druida costumava dormir, aquela estalagem era bem maior do que ele esperava, parecia mesmo uma estalagem de luxo, um tipo de local no qual o druida jamais visitou antes, não sabia se sentia-se confortável naquele local, tinha muito mais gente do que estava acostumado, assim ficou apenas calado ao lado do grupo e deixou com que resolvessem qualquer questão diplomática.

Eron cumprimenta o meio-elfo cordialmente.
- Sim, nossas fontes termais são conhecidas por toda a Gália! Todos que se banham em suas aguas se sentem como renovados! O uso das fontes termais é condicionado com a hospedagem, que é de 5 peças de prata o dia. Infelizmente estamos sem quartos, mas os senhores podem fazer uso do quarto comunal, pagando o valor de 2 pratas. Cada cama tem um baú, onde podem guardar seus pertences.

O dono da estalagem olha para o bandolim de Agnus, e sorri animado.
- Ah, o senhor é um bardo? Se puder animar as pessoas daqui de noite, não precisará pagar a diária!

Acertados os detalhes, o grupo guarda seus pertences, recebem toalhas brancas e se dirigem até o local onde estão as fontes termais. Ficava ao lado da estalagem, e era cercado por um muro alto feito de bambus, e possuía uma entrada principal, que dava acesso a dois corredores, um levando para a parte masculina e a outra para a parte feminina das fontes.
Na entrada, tanto Agnus como Elmon e Rafik poderiam perceber que Redris estava nervoso, suando frio. O elfo do deserto põe a mão sobre o ombro do rapaz, que recua instintivamente.
- O que esta acontecendo, Redris? Melhor se acalmar, ou então vai acabar se transformando novamente! – aconselha Rafik.

O ruivo fecha os olhos, e começa a respirar devagar. Passados alguns instantes, e mais calmo, ele diz:
- Olhe só, eu venho de uma fazenda, e nunca estive num negocio como este, onde todo mundo toma banho pelado junto... Voces sabem do meu problema... E se quando estiver pelado, eu me transformar, imagina a vergonha que vou passar, o tumulto que vai acontecer!

Rafik põe a mão sobre os olhos e balança a cabeça. Ele volta o olhar para Agnus e Elmon.
- Como iremos resolver este problema? Redris precisa relaxar nas fontes termais, será bom para sua recuperação.