Phlan - Taverna "Nove Encontros"

Bradur pára, toma um longo gole de sua cerveja e responde:

-Hummm, pois bem. Terras elficas? Com pessoas de pouco humor, mas com muitas histórias a ser contadas. A Zaketrin aqui é minha amiga e sempre darei meu sangue para protegê-la e sei que ela fará o mesmo por mim.

Nesse momento ele pega a caixa e abre vendo o que havia dentro.

-Isso aqui é para ser identificado? Humm, me ofereceram algo assim, mas foram pessoas que pareceram não querer que eu fizesse isso, eu diria grosseiras até. Mas agora estamos em uma nova situação, bem mais interessante eu diria.

Assim, o anão agora volta sua atenção para Zake e diz:

-Vamos Zaketrin? Será uma grande oportunidade para aprimorarmos nossas técnicas de combate, e poderão haver recompesas realmente que valham a pena para você e para mim.

As recompensas maiores para o anão eram as histórias aprendidas e vividas por ele e para Zake talvez algo de grande poder e beleza.

- Não odeio elfos, não me importo com eles. Com certeza eles me odeiam e não temo entrar nas terras elfas. Não tem nada que os elfos possam fazer que se compare com o que as clerigas de Lolth iria fazer - A drow se vira pro anão e continua - Você está certo, daria o meu sangue por você. Amigos são amigos e não importa o que falem de mim ou do meu povo isso nunca mudará. Eu irei de bom grado Bradur, só preciso receber pela missão da carta que é o que tenho direito - Termina de fala a drow.

O homem respira fundo e vê a atitude do jovem Merripen. O pequeno tinha um bom coração e o vez acalmar-se de vez. Nessas horas ele se questionava em oculto quem era o mestre entre os dois afinal...:

- Agora fique quieta e excercite a paciência....

Ele então encara Hartigan e Darvannel que ainda não responderam se vão ou não na missão.

A atitude do Gnomo embrulhou completamente o estômago de Xanub, por pouco ele não vomita tudo que comeu para fora. Um ar de preocupado o aflige e ele começa a achar que esse excesso de bondade do grupo vai ser um grande problema para eles em suas missões...

Zaketrin dá um sorriso e recolhe as duas moedas e guarda. Afinal justiça tinha sido feita. Não ligava pro quanto falassem mal dela contando que recebesse o dinheiro pelo seu trabalho estava bom.

Bradur pega as moedas e dá para Zaketrin, dizendo:

-Eu não fiz nada, ainda, portando não tenho que receber nada por enquanto. São suas por direito Zake, talvez me pague umas cervejas depois.

Assim ele fica aguardando o restante das informações para seguir rumo a missão.

Hartigan escuta o que Helldeth estava dizendo com atenção, e tomou um farto gole de hidromel.

Viu o mago distribuir algumas das encomendas e estendeu a mão para buscar o pacote que lhe era destinado. Poucou o caneco na mesa e abriu curioso o embrulho enquanto ouvia as palavras de seu contratante.

"Criatura? Deve ser um extra-planar..mas de onde?", ele pensava curioso.

Hartigan analisou o conteúdo do pacote, e ouviu a voz da drow, querendo sua recompensa.

O mago tentou não julgar a atitude dela, afinal, ela estava certa. Entretanto, a expectativa do próximo trabalho era ainda maior, então, por que reclamar por algumas poucas moedas?

"Guerreiros...", foi tudo que ele pensou.

A conversa continua por aquele caminho, e o mago franze a testa, ainda encarando o embrulho, sem parecer se abater sobre a conversa dos outros. Crianças..., ele não conseguiu evitar pensar.

Não sei o que eu estou fazendo aqui, Riley. Meu contratante é tolo como uma criança. - Se comunicou com sua coruja que estava no teto da taverna.

Então Hartigan ouviu a voz do goblin e olhou para o mesmo, aquele tipo de discurso o preocupava.

Seriam conhecidos? Ele sabe de algo sobre essa missão que desconhecemos? Ou apenas se colocou nessa situação, servil, para agradar o contratante, alguém que ele também não conhece?

Ele encarou mais um tempo o pequenino e deixou escapar apenas para os mais próximos. - Goblins..

Então percebeu a atitude de Merripen e achou graça. Ele deu um sorriso e curvou a cabeça para o pequenino, enfim alguém com bom senso. Ingênuo, sim, mas Hartigan gostava de trabalhar com pessoas assim.

- Resolvida essa questão, devo dizer que concordo com a missão. Ele pousou o embrulho na mesa e encarou Helldeth por um segundo, e, apesar de seus vinte e poucos anos, as olheiras e o cansaço que ele trazia passavam a impressão de que ele era muito mais velho. Essa criatura, é um extra-planar? Originário de que plano? Nos conte mais..

O homem então responde às perguntas, uma vez que todos participarão:

- Não sei muito sobre a criatura, todos os enviados que foram para descobrir alguma coisa útil nunca mais voltaram. Mas desse mundo não deve ser, por isso provavelmente é de outro plano sim, Hartigan. Tem poderes incríveis além de ser de um tamanho muito maior que estamos acostumados. Bem, muita coisa que ouvi são boatos, então não irei dividir com vocês. Essa criatura te muita inteligência e trama alguma coisa, afinal anda recrutando alguns aventureiros para seu lado.

Ele faz uma pausa. conforme falava ele olhava para os olhos de todos ali e sua mão gesticulava e pousava na mesa de tempos em tempos. Merripen nunca havia visto seu mestre tão preocupado e apreensivo e podia entender que a situação era séria.

- Pois bem, qual o preço de vocês? Entraremos em um acordo... Que tal 700 PO para o grupo? 100 POs para cada. Entendam que faerun está em tempos difíceis e ouro tem se tornado cada vez mais raro...

O goblin faz uma cara de desagrado...mas aceita:

-100 Po's para se iniciar...ta baixo demais...quanto receberemos na volta?

Hartigan ouviu com calma tudo que Helldeth dizia.

"Criatura poderosa, não deixou um sobrevivente.."

Suas suspeitas foram confirmadas, mas sua suposição não rendeu muitos frutos, afinal, continuava sem saber nada a respeito da criatura...

O valor para o mago estava ótimo, qualquer quantia é boa quando oferece a oportunidade de aprendizado e treinamento, mas ele nada falou ainda, deixaria que os outros conversassem acerca do ouro, e se preocuparia em saber mais a respeito da criatura, ou de como prosseguir na missão.

Precisamos de alguma informação para localizar o monstro..como soube de sua existência? Ou para onde enviar os seus contratados em busca dele?

A drow coça o queixo e pensa. Cem peças de ouro eram pouco pra perseguir uma criatura tão perigosa assim como aquela, mas que tipo de coisas podia ganhar além das moedas? E itens que podiam achar pelo caminho? A julgar pelos inimigos que perseguiam eles antes de chegar naquela taverna, talvez o saque valesse a pena. Quanto mais poderosos os inimigos mais valiosos os itens que carregam. A drow numa ação surpreende bate de mão fechada na mesa e diz:

- To dentro, hahaha.

Gargalha ela e depois se cala.

Bradur apenas observava a discussão sobre o dinheiro. O anão já aceitara a aventura apenas pelas histórias que poderiam surgir durante a jornada.

O homem se interessa mais na pergunta inteligente e menos gananciosa e responde à Hartigan:

- Há alguns meses ouvi histórias que homens estavam abandonando seus lares, sem jamais voltar. Algumas mulheres guerreiras foram investigar as causas dos desaparecimentos e também não voltaram. As histórias dizem que foram mortos, comidos, sugados para outros planos, alvos de deuses enfurecidos, ou até mesmo recrutados. Vários de meus enviados seguiram pistas, boatos e histórias que ouviam, mas cada uma os direcionava para um lugar mesmo lugar, onde? Não sei ao certo, mas me parece que se trata de uma masmorra ou algo semelhante. Bem, meu palpite é que procure pelos lugares sombrios, isto é um fato lógico. Dizem, também, que a criatura é astuta, traiçoeira e pode manipular facilmente todos aqueles que se opor sobre seus planos... Bem, mas são apenas histórias que eu ouvi, cabe a vocês encontrar a criatura, matá-la ou convencê-la a voltar à seu plano de origem...

Ele faz uma pausa, toma de seu hidromel e responde aos outros gananciosos:

- Perguntei o preço de vocês e ninguém me respondeu, apenas questionou a minha primeira oferta. Me deem seu preço e então eu poderei negociar com todos...


Ele encara cada um que questionou sua proposta inicial e aguarda uma resposta.

Informações:

Xanub sorri com o homem querendo negociar e diz seu preço:

-500 Po's...

Hartigan vê os pequeninos discutindo o preço, e mesmo a drow aceitando, mas ignora ambos e escuta a resposta de Helldeth com atenção.

Bom, vamos ter que começar do zero..espero que não seja muito difícil seguir o rastro da criatura. Espero, também, que estejamos à altura do desafio. - Ele acabou pensando na armadilha que sofreu junto de sua mulher no covil de Styrvenix e no trágico desenrolar dos fatos. Se aventurar, afinal, não era para qualquer um. Ainda mais uma missão como a que estava sendo proposta a eles. Malditos monstros.. - A lembrança de seu passado recente e a possibilidade de encontrar um ser mais perigoso que o falecido dragão lhe irritou profundamente, e Hartigan termina o caneco de hidromel com um farto gole, remoendo o passado em suas lembranças.

Depois de alguns segundos ele deixa de lado suas lembranças e volta a prestar atenção no que ocorria por ali, enquanto tirava o broche da caixa e prende em alguma parte da roupa que esteja a mostra, e guarda a caixa em sua mochila de carga.

Bradur já ia ajeitando o anel em sua barba colocando em um local evidente bem ao centro. Era uma peça muito bonita e ficaria bem ali.

Ele diz.

-O preço que for fechado para o restante do grupo será também meu preço. Acredito que não sou melhor ou pior do que meus companheiros de viagem. Só espero que a negociação não dure muito.

A drow nem esboça duvida. Sabia que apesar do valor baixo a ser pago a missão poderia ser vantajosa pra ela. Tinha quase 100% de certeza disso.

- Pra mim tá bom esse valor, mas se puder aumentar pra 200 moedas ou 300 estará melhor ainda - fala ela decidida em tom firme.