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    Só não venda a alma (por um preço baixo)

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    Mensagem por Leomar Qua Set 04, 2019 3:21 pm

    Num primeiro momento, Ricardo se surpreende ao ouvir Ka dizer que a peça tinha pó de diamante, em seguida chega ficar irritado vendo que era uma especulação.

    Ricardo não perde muito tempo discutindo com Ka, no fundo (e não necessariamente muito no fundo) Ka sabia que Ricardo não o achava o cara mais inteligente e esperto do mundo.

    - Só alguém que trabalhasse para um deus usaria pó de diamante numa magia fraca. - e sai sem esperar resposta.

    Ka trabalha em silêncio no novo elmo. Já tinha deixado o primeiro molde pronto, então o trabalho é relativamente rápido. Teria de deixar esfriar, mas parecia ter saído muito bom, pelo menos nisto estava melhorando.

    No dia seguinte ele experimenta o elmo. Tinha ficado melhor que o anterior. Estranhamente ainda estava um pouco quente, mesmo tendo ficado a noite toda esfriando. Ka o leva na mão para não queimar as orelhas, mais uma hora e o metal estaria suficientemente frio.

    Antes de ir ao porto, lembra que queria falar também com a artesã que o procurara no dia anterior. Seria um desvio meio grande, mas talvez uma empreitada menor seja boa antes de encarar o porto.

    O bairro dos Pequenos Milagres não era grande, e Ka encontra a tenda da armeira. Verificando dos lados, percebe Tirel sentada a pouca distância enquanto a tenda estava ainda fechada, ele se aproxima.

    - Bom dia! Que as deusas lhe abençoem!

    - Bom dia! Veio para ajudar encontrar aquele sal que começamos testar?

    - Sim, se ainda tiver precisando de ajuda. - Tirel parecia meio cansada, mas acordar desanimado é normal na cidade. - E se não for abusar, poderíamos trocar informações profissionais?

    - Aceito qualquer ajuda que me ajude com aquela espada. Minha cliente está falando com meu irmão. Quando terminarem, podemos fazer alguns testes.

    Ka se anima, olhando a tenda: - Se ela está aqui, talvez possamos conseguir falar sobre o mercado...

    Tirel faz um cara enigmática: - Não creio que você vá querer interrompe-la agora...

    Ele fica alguns segundos olhando na direção da tenda e do meio-fio, e resolve que é melhor sentar ao lado da artesã.

    Não muito tempo depois um humano (deve ser irmão de Tirel), abre a tenda. Estava suando, cabelos desgrenhados, sem camisa e parecia que tinha acabado de por as calças. Depois dele uma demônio de pele cinza grafite também sai.

    - Ah menina, estava aí de fora esperando este tempo todo? Por que não entrou?

    Tirel revira os olhos, Ka quase pode ouvir a resposta irônica não dita. A humana se esforça para dar um sorriso laranja (que tenta parecer menos forçado que o amarelo).

    - Seu irmão é mesmo muito atencioso. Tirion disse que vocês dois estão dando tudo de si para consertar a Suspiro Esmeralda. Fico feliz, sabia que podia confiar em você.

    A demônio passa a cauda na cintura de Tirel, como um sinal de amizade.

    - Oh, é verdade, Tirion está dando tudo que pode. Por aquela espada! - A demônio não parece ter percebido o tom de ironia nas palavras de Tirel.
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    Mensagem por Christiano Keller Sáb Set 14, 2019 12:07 pm

    Ka,

          Ao falar com Ricardo estava claro que o homem não sabia que existem limites. Há coisas que não adianta insistir pois a sobrevivência básica vem primeiro. Não estavam preparados para encantar a armadura, não temos a informação sobre o material e não temos o dinheiro para os ingredientes. Insistir nisto naquele momento poderia gerar trabalho, muito gasto e pouco dinheiro. Ka não tinha dinheiro para se bancar, todo dia precisava de comida, cada dia sem trabalho era um dia mais perto do fim e este não era o objetivo, era uma tentação testando seus limites. A ambição e o desejo de Ka são grandes, mas como se constrói uma peça, não podemos partir para o final, precisamos construir cada etapa, algumas sem o formato final como quando derretemos o metal para forjar uma peça dura.

          Quando Ka trabalhou com o novo elmo e sabia que era um passo atrás, mas serviria para dar mais passos a frente. O elmo tinha linhas rusticas de poder como havia estudado mas era sua primeira peça, ainda eram do mesmo material comum do lado de fora, mas não estava enferrujado e tinha suportes de cobre do lado de dentro como um pequeno fio que encostava em sua pele. Inspirado pela visita à loja de Helena o elmo estava polido, apesar de escuro o metal exibia um certo brilho liso e não tinha mais as marcas de marteladas como peças anteriores. Talvez isso ajude com algo, mas ainda falta o resto da armadura que agora destoava do elmo.

           Ao observar que Tirel estava com ciumes ou com uma preocupação sobre o irmão era melhor deixar o tema de lado para evitar problemas. Era óbvio que o Tirion estava fazendo sexo com Kapitulina e esta sentia um duplo prazer em zombar de Tirel, um sinal da maldade inerente. Sexo de manhã parecia uma coisa bem legal aos olhos de Ka que ainda não era versado nesta atividade.
           -- Olá, estou impressionado ao saber que é a portadora da Suspiro Esmeralda, em geral armas que fazem pessoas, mas seu poder é maior do que a espada. Serei direto, estou aqui para trabalhar com Tirel e identificamos que o liônio para parte do concerto da espada talvez esteja disponível no mercado negro. Meio sem jeito. Como pode ver nós não somos o tipo de pessoa que entra e saí do mercado negro vivos com facilidade, ainda mais com um material caro em mãos. Poderia ajudar-nos? Lembrei que talvez queira verificar algum serviço meu, já fiz uma armadura para o cavalo do mestre Hârin, da Corte dos Milagres com liônio em sua liga. Ka aguarda preocupado por um comentário, sem ajuda não conseguiria o material e sem o material não haveria serviço.
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    Mensagem por Leomar Dom Set 15, 2019 3:19 pm

    Só não venda a alma (por um preço baixo) 180?cb=20111208105936&path-prefix=pt-br

    - Ah que bom, o garoto enlatado está ajudando também! Eles me emprestaram a Suspiro Esmeralda para matar alguns akils*, mas no meio do caminho tinha um golem, tinha um golem no meio do caminho...

    *Akil é uma raça de demônios bem agressivos, que parecem verdadeiras bestas meio lupinas; não são dos demônios mais inteligentes, e ao contrário de alguns diabos, não gostam muito de trabalhar com íncubos ou súcubos, preferem ficar em grupos só deles.

    Spoiler:

    Golens eram criaturas de muitos ouviram falar, mas poucos já viram, embora haviam várias histórias que algumas estátuas em Dafodil eram na verdade golens, incluindo duas enormes no portão oeste, na parte da Necrópole. Como eram praticamente destituídos de espírito, golens eram tecnicamente chamas do mortos-vivos.

    - O mercado negro... na falta de diversão melhor na cidade, eu gosto de passar por lá. Não é como a taverna da Sereia Bêbada de Burnabad, mas sempre que temos sorte dá para arrumar algumas brigas divertidas lá. Você já sabe em que barraca vendem o que precisam? Não que eu esteja com muita pressa, mas minha amiga Tirel disse que o trabalho é complicado.

    Restaurar uma espada quebrada era mesmo mais difícil do que fazer uma espada nova, ainda mais uma como aquela, que tinha muitos ornamentos na lâmina. Por falar em armas, Kapulina começa guardar as dela: tinha um cinto com duas facas de caça na cintura, uma adaga amarrada na coxa, nas costas uma katana e um bastão em forma de gancho, na cintura um say e uma kratak. Kratak era um tipo de espada símbolo de Piro, tinha a lâmina curta, reta e fina; a maioria era feita com aço normal, mas as krataks legítimas eram feitas com o lendário aço-16, um metal magicamente tratado com dureza e peso impares. A diversidade das armas escolhidas impressionava muito mais que a quantidade.
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    Mensagem por Christiano Keller Seg Set 16, 2019 12:14 pm

    Ka,

           Ka havia ido ao mercado negro e as lembranças não eram agradáveis. Porém uma visita lá com Kapitulina era muito mais seguro do que sozinho.
           -- Lembro da barraca sim, apenas tenho receio que não terem mais material já que o suprimento deles não é regular. Ka queria colocar todas as cartas na mesa, não poderia se arriscar com uma combatente daquele padrão.
           Sem deixar transparecer Ka percebe o comentário de Kapitulina sobre a armadura rudimentar que usava, garoto enlatado. Ka tira parte da sua proteção de trabalho deixando na loja de Tirel ficando com roupas simples o elmo novo, sua pequena mochila na frente da barriga e o martelo. Velocidade foi importante na última vez e Ka pensa em treinar com o martelo para combate. Um pouco de receio cruza a mente de Ka e então organiza a lógica das informações que tem.
           O clima quente do deserto havia sido difícil com o peso extra da armadura, os pés afundando bastante na areia solta eram difíceis para locomoção. Talvez agora consiga mais velocidade e tenha menos desgaste físico. Ka então se recorda das palavras da Cigana Ametista de que deveria abandonar tradições, que o primeiro poderoso é a terra, a maior materialidade, a sobrevivência... é bloqueado pelo medo. Ka tinha medo de ir ao mercado negro e morrer no processo pois isso quase aconteceu da outra vez. Ka precisava enfrentar seus medos e agora tinha os interesses de Kapitulina ao seu lado para ajudar na situação. O serviço com Tirel para Kapitulina renderia um bom dinheiro para Ka e atenderia sua ambição de obter ouro de novos clientes. Ao pensar no ouro Ka lembra das palavras de Senun sobre a ambição e pensa no que fará com ouro. O objeivo era melhorar a vida das pessoas, poderia fazer um negócio, empregar pessoas, prover produtos que ajudem com a qualidade de vida. Havia tanto sofrimento em Dafodil e no mundo que Ka quer fazer algo sobre isso, dinheiro e poder seriam usados para melhorar a vida das pessoas.
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    Mensagem por Leomar Dom Set 22, 2019 9:46 am

    - Lembro da barraca sim, apenas tenho receio que não terem mais material já que o suprimento deles não é regular.

    - Dafodil é um ótimo lugar para fazer compras. A gente sempre acho o que quer se procurar.

    Ka deduz que Kapitulina deve conhecer mais de um mercado negro na cidade, pois existe mesmo esta lenda de que absolutamente tudo pode ser vendido em Dafodil, se você tiver dinheiro para comprar e saber onde procurar. Nem todos sabiam onde ficavam estes mercados, mas os boatos eram de que existiam pelo menos três. O que Ka tinha ido ficava nas montanhas ao lado da cidade, um lugar conhecido pelos diversos grupos de bandidos.

    Só não venda a alma (por um preço baixo) Cassandre-bolan-studies-environment-photobash-2017-02w

    Quando retira parte da armadura, Kapitulina ainda comenta algo tipo "parece bonitinho", mas Ka finge não perceber.

    Chegando no mercado, a diaba* se anima vendo diversas barracas de armas:

    - Uau, que espada linda! Mm, gostei destas adagas! Depois quero uma daquela, daquela, daquela outra! Deve ser bom matar alguém com uma desta! Esta aqui combina com minha saia! Uma lâmina rosa, que lindo! Mm, isto deve ser bom para quebrar ossos! Ai quanta coisa boa tem aqui!

    *obs: Existem vários tipos de demônios, para sorte de Ka ele conhece poucos. Kapitulina é bela como uma súcubo, mas não tem asas nem chifres. 50% das súcubos tem chifre, mas até onde Ka sabe, todas as súcubos tem asas, sendo assim ela ou deve ser uma diaba (que é a denominação comum para diversas raças demoníacas abaixo dos íncubos e das súcubos) ou ela deve ser híbrida.

    O mercado negro era um tanto diferente de mercados comuns. Os vendedores, os compradores e principalmente as mercadorias eram mais específicos, e por isto muitos gostavam de ser bem discretos. Os vendedores não ficavam anunciando suas mercadorias aos gritos, como numa feira; A maioria dos compradores usavam capuz; a maioria das mercadorias mais preciosas não ficavam expostas, mas trancadas; Tanto quem comprava como quem vendia levava sua própria segurança.

    Já Kapitulina era do tipo que parecia que "discreta" era uma palavra sem significado. Sua beleza já chamava atenção naturalmente, a roupa era mais para mostrar que pra proteger (não dava pra ignorar aquele belo par de pernas, quem gostasse de garotas com rabo então...), ao contrário de muitos demônios, que viviam de mau humor, Kapitulina tinha um belo sorriso e ria alto quando falava e pensava nas diversas formas de se matar com as diversas armas que tinha por ali. O excesso de bom humor aparente dela parecia deixar outros demônios ali com mais mau humor que o comum. Caras feias ficavam ainda piores.

    Além das diversas armas, Kapitulina olhava onde vendiam venenos, bebidas e joias. Ela tentou comprar um colar com moedas Supremas. Até então Ka só tinha ouvido falar da Suprema, mas era a primeira vez que via a moeda de Fajr-Regno de três cores: o centro é feito de bronze, o meio de prata e a borda de ouro, uma verdadeira obra de arte que reflete o talento e também a vaidade dos fajrenses. O problema é que a Suprema nem sempre é fácil de ser trocada por moedas comuns, sendo praticamente uma joia em forma de moeda.

    - Não aceito esta porcaria de dinheiro de Piro. - fala o vendedor de forma arrogante.

    - Foda-se, então vou levar de graça! - Kapitulina já colocara a joia no pescoço, esperando com um sorriso desafiador o outros, que começavam sacar as armas. Vendo que ia dar merda, Ka logo se voluntaria para trocar as moedas. Tirel já tinha se arrependido de ir com vocês até o mercado negro.

    Havia o risco de criarem problemas com o grupo na volta, e pior que Kapitulina parece desejar muito que alguém a atacasse.

    O comerciante com quem Ka negociou da última vez ficava dentro de uma caverna, um lugarzinho bem ruim para se correr.

    Só não venda a alma (por um preço baixo) Ffe302c0c2d4a36a016517e2e66001e1

    Como estava com um elmo diferente do que foi visto pela última vez e sem a armadura completa, ele espera não ser reconhecido, se tiver sorte.

    Um vendedor e dois escravos das raças selvagens* aproximam:

    - O que vieram procurar?

    *raças selvagens são várias raças humanoides inteligentes, mas que não têm todas as características de raças superiores. Os principais são as raças orquicas, goblinoides e homens-feras, mas assim como "diabo" denomina várias raças demoníacas, "selvagens" também denominam várias raças. Os selvagens não gostam nem de humanos, nem de demônios, e só estão de segurança ali porque são escravos. Ka não tem certeza de qual raça específica sejam aqueles, mas têm cerca de 1,80 de altura, muitos músculos e caras horrorosas.

    - Não sei. Qual é mesmo o nome do troço que vocês precisam para consertar a Suspiro Esmeralda? - Kapitu pergunta pra vocês.
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    Mensagem por Christiano Keller Seg Set 23, 2019 1:03 am

    Ka,

           Quando Ka escutou o "parece bonitinho" de Kapitu já pensou que poderia dar merda. A tentação do demônio ali perto e ainda com a Tirel ao lado. Se a Kapitu pegasse Ka não haveria resistência, ela deve ser muito mais forte que se imagina. Ai haveria chances de Tirel ficar brava pois Kapitu estava com seu irmão, num problema dobrado. Haviam opções na mente de Ka que poderiam dar menos trabalho que Kapitu, como: Jussara, Helena, até a assistente do Lester e a própria Tirel. Ka ainda era virgem, o sexo no entanto era um pensamento quase constante.

    Enquanto Kapitu fala sobre formas de matar as pessoas, Ka tenta aproveitar aquilo como lições de uma profissional. Algumas podem ser simples, porém são idéias viáveis e práticas de matar pessoas. Ka precisava de tais informações em combate pois os inimigos fariam o mesmo se pudessem.

           Em outra barraca moedas supremas de Piro com bandidos locais... o pouco dinheiro de Ka parecia fugir por seus dedos e precisava descobrir onde trocar aquela coisa depois. Kapitu parecia que buscava por problemas, ela até poderia dar conta do mercado todo porém Ka não queria sofrer um dano colateral.

    Kapitu escreveu:- Não sei. Qual é mesmo o nome do troço que vocês precisam para consertar a Suspiro Esmeralda?
    -- O material é Liônio, chefe. Talvez tenhamos sorte ali naquela caverna. Diz Ka de maneira cortês e simples.
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    Mensagem por Leomar Seg Set 23, 2019 4:55 am

    Kapitulina não parece muito satisfeita por Ka ter resolvido o problema sem brigas, pelo contrário, ela parecia doida para ter uma desculpa para matar um ali, portanto era melhor Ka não esperar um agradecimento da parte dela. Poderia agradecer às deusas depois se saísse dali sem problema.

    (R.Oc.)

    Ka reconhece o comerciante como o mesmo que teve problemas da outra vez, então responde Kapitulina tentando forçar a voz para ficar mais grossa. O comerciante fica um tempo analisando o pequeno grupo, desconfiado.

    - Liônio não é um minério fácil de achar, nem barato. De quanto minério está falando? Acha mesmo que têm condições de comprar?

    - Séééério!!?? Mmm, mais que problema heim? Então será que devíamos achar este troço raro em... sei lá... talvez algum tipo de MERCADO NEGRO?

    O tom de sarcasmo de Kapitulina é tão denso que alguém poderia tropeçar nele. Obviamente o comerciante não fica satisfeito. Demônios eram uma raça provocativa, Kapitulina obviamente era poderosa para ter este nível de confiança, mas quão poderosa exatamente ela era?

    Adeptos de Piro por sua vez eram conhecidos por fazerem coisas estúpidas, fossem eles humanos ou demônios. Kapitulina aparentemente era uma destas.

    Tirel comenta que, dependendo da pureza do minério, não seria necessário muito. O vendedor, ainda com cara de quem não gostou de vocês, apresenta um pedaço de minério e diz que o preço é 200 kons, o dobro do que Ka tinha pago quando foram lá a primeira vez.

    Tirel:
    - Parece um minério muito sujo, vai sobrar pouco depois de purificar. E ainda não tenho certeza se é o metal exato.

    - Isto é metal ou só um pedaço de pedra idiota? Não parece nada com a cor da Suspiro Esmeralda. - Kapitulina podia entender de armas, mas obviamente não se preocupava em como elas eram feitas. Qualquer minério antes de ser purificado parece só pedras idiotas para leigos, mas o comerciante parecia disposto a salgar demais o preço. Ka teria que pensar em quais informações passaria para Kapitulina.

    off: role comércio para analisar o minério, Tirel vai analisar também, já vou deixar a rolagem dela aqui, mas pode fazer a sua no tópico de rolagem:
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    Mensagem por Christiano Keller Seg Set 23, 2019 9:27 am

    Ka,

    Ka observa de onde o comerciante tirou essa amostra e tenta se lembrar se foi da mesma forma que fez da outra vez. Ka olha para os lados, o chão, o teto e para a porta enquanto aguarda Tirel fazer sua análise. Na sua vez presta atenção com cuidado para não inalar poeira daquela coisa. Aquilo poderia ser o final do saco ou caixa que tinha o liônio da primeira vez e isso explicaria a qualidade do material.
    -- A amostra parece suja mesmo e vai dar trabalho. Se fosse mais pura o preço poderia chegar a 200, mas essa quantidade por esse valor parece caro. Será que não há um outro produto que a minha chefe goste para melhorar a oferta pra ela? Ela merece, não acha? Ka tem uma decisão um pouco ousada. Em sua mente ao pressionar pela oferta o comerciante poderia dar a entender que Kapitulina não merece o desconto, o que seria razão para um combate. Então parece que se o comerciante aceitar, Kapitulina recebe uma puxada de saco e se negar, Kapitulina tem o que quer, numa situação em que Kapitulina receberá coisas que gosta em qualquer das opções.
    Depois de falar Ka observa as reações e fica preparado para problemas ou armadilhas.
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    Mensagem por Leomar Seg Set 23, 2019 9:39 pm

    Resultado do teste:

    Acerto de 3, já dá para subir a perícia. Comércio pode ser ligado à Percepção ou QI, como vc analisou o produto, foi com Percepção, que é mais fácil, o próximo teste é mais difícil, pois é a parte de barganha, que usa QI, então o alvo é ainda mais baixo.

    Como você acertou, já fica sabendo que o minério é verdadeiro, pois você pode comparar com o outro. Se tivesse errado talvez não conseguiria lembrar dos detalhes a ponto de avaliá-lo de olho.

    Como Tirel tinha cantado a pedra, é uma amostra bem suja. Talvez ela não precise de mais que meio quilo de metal para consertar a espada, mas não dá para ter certeza se dá para tirar isto da amostra. A probabilidade não é ruim, há mais chance de dar certo do que dar errado, mesmo assim o preço ainda está entre caro, se a purificação sair boa; Muito caro, se a purificação for ruim; E extremamente caro, se depois de purificar sobrar pouquíssimo metal usável.

    Vocês pelo menos agora sabem que o minério não pode ser purificado de qualquer forma, pois pode ser perigoso. Por outro lado sabe que o minério é realmente muito raro, e que achar outras amostras, mesmo nos mercados negros, seria algo bem difícil, assim, o vendedor poderia cobrar qualquer preço, pois se vocês não estiverem desesperados o bastante, outras pessoas podem estar mais desesperadas que vocês.

    Pode rolar comércio novamente, desta vez para ver se consegue barganhar o preço. Tirel já teve sorte no primeiro rolamento, apesar do teste dela ser mais difícil que o seu, ainda assim isto facilita o próximo teste. Vou rolar barganha para ela também:

    Leomar efetuou 2 lançamento(s) de dados Só não venda a alma (por um preço baixo) D10 (d10.) :
    1 , 2

    - Mm, se não vale o que ele pediu, quanto então vocês acham que vale? Eu não gosto de ser feita de boba. - Kapitulina pergunta novamente para os dois.

    Antes de responderem, o vendedor ainda acrescenta:

    - Vocês por acaso sabem de onde vem o liônio e como é difícil consegui-lo? - Ele diz irritado.
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    Mensagem por Christiano Keller Ter Set 24, 2019 12:38 am

    Ka,

    - Sim, é bem difícil conseguir e valorizo seu trabalho. É que precisamos de um pouco mais para completar o serviço. Seria como comprar dois terços do que precisamos. Se tiver mais um pouco, talvez metade a mais, creio que o preço de 250 pode ser razoável. Mais dinheiro por mais material. Que tal? Tirel, o que acha? Kapitulina por favor não mate ninguém antes de termos o produto.
    Ka olha novamente para a caverna, buscando mais informações sobre ameaça ou malucos.
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    Só não venda a alma (por um preço baixo) Empty Re: Só não venda a alma (por um preço baixo)

    Mensagem por Leomar Sáb Set 28, 2019 10:30 am

    off, resultado de teste escreveu:Sua barganha não foi muito boa, de fato teste com Q.I. é mais difícil que Percepção pra você, mas como Tirel tirou sucesso crítico, isto beneficia vocês.

    - Vocês por acaso sabem de onde vem o liônio e como é difícil consegui-lo?

    - Pelo que eu saiba, o liônio é tirado do Anel dos Deuses ou das Pontas da Morte. Você precisaria ser um sireno para conseguir isto, e não parece seu caso. Portanto se tem este material, deve ter roubado de alguma sereia, então não foi tão difícil assim. - Responde Tirel.

    O vendedor não parece nada satisfeito com a ousadia da humana, mas quem mandava ali era Kapitulina, que parecia se divertir:

    - Não seria irônico? Consertar a Suspiro Esmeralda com material roubado das filhas de Jara?

    A Suspiro Esmeralda é uma arma akvlandana, ainda parece estranho como foi parar justamente na mão de uma demônio da Corte dos Milagres, além disto demônios e sereias tem uma hostilidade natural, dificilmente uma sereia ajudaria Kapitulina. Tanto o Anel dos Deuses como as Pontas da Morte são lugares lendários de Akvlando.

    - As sereias não são as únicas que respiram embaixo d'água. Alguns demônios também fazem isto. - Rebate o vendedor.

    - Lamillus? Gosto menos deles do que das filhas de Jara. Continuaria sendo uma ironia devolver a Suspiro Esmeralda com sangue de lamillus. Talvez isto até acrescentasse valor à espada.

    Ka então sugere:

    - Sim, é bem difícil conseguir e valorizo seu trabalho. É que precisamos de um pouco mais para completar o serviço. Seria como comprar dois terços do que precisamos. Se tiver mais um pouco, talvez metade a mais, creio que o preço de 250 pode ser razoável. Mais dinheiro por mais material. Que tal? Tirel, o que acha?

    - Bem, você já purificou outra amostra antes, então você quem sabe. Mas é Kapitulina quem vai pagar...

    Enquanto olham para a demônio, Ka pensa na caverna, o difícil era correr ali, só tinha uma saída, e já estava fechada pelos seguranças.

    (R.Oc.)

    - A oferta do meu especialista é a final 250Ж por mais material ou 125Ж por este.

    O cara ainda não estava satisfeito, e fica um tempo analisando Kapitulina e vocês dois, no fim acaba aceitando.

    - Isto vale muito mais, vou aceitar só porque sou generoso. Espero que a Corte dos Milagre saiba da minha generosidade quando precisarem comprar outras coisas.

    - Ah, a Corte saberá de sua generosidade. Adoramos comprar no mercado negro.

    Apesar do falso clima de civilidade entre os dois, Ka tava satisfeito pela negociação acabar, ainda que tenham ficado marcados por ali.

    - Será bom se pudermos sair logo do mercado... Este metal não pode ser purificado em qualquer lugar, e isto pode nos tomar certo tempo...

    Kapitulina faz charme, como uma criança mimada:

    - Aaahhh! Tem certeza? Tem tanta coisa boa aqui para comprar!

    Tirel também não se sentia muito confiante naquele lugar:

    - Ainda temos muito trabalho, mas eu e o Ka podemos trabalhar enquanto você se diverte. Se puder só nos levar de volta a um lugar seguro...

    A demônio passa os braços pelas cinturas de ambos como se fossem íntimos:

    - Vocês humanos, sempre preocupados com as obrigações antes da diversão. Mm, espero mesmo que façam um bom trabalho para mim, mas tem alguma ideia de como podemos nos divertir depois? Seria um desperdício não aproveitar mais...
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    Mensagem por Christiano Keller Dom Set 29, 2019 12:23 pm

    Ka,

           Ka passa o braço na cintura de Kapitulina retribuindo o gesto, porém a audácia poderia ter um risco. Durante a caminhada e a conversa Ka ainda presta atenção aos detalhes do mercado. Quais a lojas estavam por ali, seus produtos expostos como chamariz, como o comércio funcionava, os olheiros, os seguranças, sua comunicação, os clientes que se mostravam e os que se escondiam. O passeio pelo mercado também tinha um fundo de aprendizado comercial. Produtos baratos e de boa margem expostos para compras por impulso, outros produtos presos por correntes para evitar o furto fácil. Locais de dinheiro no fundo das lojas, assim como produtos mais valiosos para ficarem aos olhos dos mercadores e fora do acesso fácil dos ladrões. O processo de compra também era interessante, um cliente distraia o mercador enquanto outro se aproximava para olhar e eventualmente furtar mercadorias, os mais espertos tinham mais de um vendedor ou produtos presos. Aquele lugar era uma verdadeira aula de vida. Até os argumentos do vendedor de Liônio foram uma aula, como cobrou mais caro, falou da origem e quando compramos mais por mais dinheiro ele ficou contente mas se fez de bravo cobrando reconhecimento.

           - Nossa obrigação é com você, mostra como nos preocupamos com você. Sobre diversão, bem talvez minha perspectiva de diversão não seja a mesma que a de vocês. Pelo que entendi Kapitulina gosta de comprar e lutar. São duas coisas que gostaria de fazer e parecem muito divertidas. Também não tenho certeza se você iria se divertir comigo - Ka dá uma apertada na cintura de Kapitulina enquanto olha para seu rosto - Sou inexperiente e gostaria de aprender a lutar com alguém como você. Só que fazer coisas gostosas com quem está aprendendo pode não ser tão gostoso assim. Certamente você teria vantagem no combate e receio que eu poderia ficar machucado pois minha força não é comparável à sua. Ka parecia que estava brincando com fogo, mas não era fogo da forja. E você Tirel, acha que isso seria divertido? Praticar o combate? Talvez sua experiencia e força sejam mais parecidas com a minha. Ka inclui Tirel na conversa. Se houvesse treino em qualquer arte, este seria bem vindo.
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    Mensagem por Leomar Seg Set 30, 2019 8:53 pm

    - Ahh, que fofinho, um humano temoroso e obediente! Às vezes, na Corte dos Milagres, até sentimos falta de vocês! Fico semanas ao lado de humanos que não têm medo dos demônios, o que tem lá suas diversões, mas é divertido brincar com humanos normais também!

    De fato você me entediaria num combate, a menos que arrume outros para participar, uns seis ou sete poderiam ser um nível de desafio minimamente aceitável. Não sou muito do tipo que se diverte ensinando, poderia até fazer, algum dia... Mas não estou NESTA vibração hoje. A não ser que você esteja precisando matar alguma coisa, seria um favorzinho que faria com prazeeeer, não precisa ter vergonha de pedir. Mas estava pensando em beber ou fumar ou cheirar algo, um lugar com música ou com machos e fêmeas bonitos, tenho certeza que deve conhecer algo assim, se for um lugar bom para arrumar brigas é bônus.


    Tirel tenta escapar desta:

    - Bom, talvez outro dia, como ela falou, precisaríamos de outros para não entediá-la. De qualquer forma ainda tenho sais a testar, ligas a examinar, vou ter que purificar isto aqui também... Nisto você poderia ajudar, mas tarde, depois que se divertirem, esta espada ainda vai me exigir dias de estudo e trabalho... Depois disto podemos ver o que as minhas e as suas armas podem fazer.

    OFF: Como morador da cidade, não é difícil conhecer vários lugares que você poderia sugerir. Se quiser, até pode rolar História e Geografia ou só QI pra ajudar, mas pode responder apenas usando a criatividade. A cidade está cheia de lugares barra-pesada, mas também cheia de bares, dos pé-sujo até uns para pessoas que andam com moedas Supremas no bolso, música e sexo fácil também não é difícil. Alguns destes lugares você pode conhecer só de fama, ou pode sugerir algum que realmente goste. Não quero influenciar muito por enquanto.
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    Só não venda a alma (por um preço baixo) Empty Re: Só não venda a alma (por um preço baixo)

    Mensagem por Christiano Keller Ter Out 01, 2019 2:21 pm

    Ka,

            - Bem Tirel, preciso servir a Kapitulina. Lembre que se for purificar de seguir as instruções do pergaminho e que o liônio pode expelir gases tóxicos, alguém deve ficar afastado para poder ajudar se a câmara de exaustão der problema. Eu posso ajudar quando voltar. Ka olha para Kapitulina nos olhos, depois passa os olhos pelo corpo antes de retornar aos olhos e dizer: Beber, fumar e cheirar, talvez arrumar uma briga. É acho que conheço um lugar, já fui lá beber. Só que vou avisando que não fumo nem cheiro, a fuligem da forja não permite isso e poderia morrer. Ka realmente tinha um certo medo de morrer, não sabia o que os compostos químicos fariam com seu corpo além da fumaça da forja, o risco era grande demais. O lugar deve permitir uma briga ou outra, certamente serão mais fracos que você mas em grande quantidade. Ka se despede de Tirel e tenta descrever o lugar ainda abraçado com Kapitulina que parece uma pessoa que tomou posse de um novo brinquedo.

           A "Toca" era uma taverna grande, tinha um grande salão e tinha alguns túneis construídos com tijolos pequenos formando um arco. O local era conhecido por ser a toca de alguma criatura grande, mas isso deveria ser lenda. O pé direito grande permitia a ventilação, mas tarde das noites com muitos clientes a fumaça se juntava no alto fazendo uma espécie de nuvem. Haviam alguns seguranças, mas era para impedir que a briga se espalhasse, não se metiam em assuntos dos clientes exceto em casos de armas, ai pediam pra saírem da taverna. Havia bebida, fumo, pó para inalarem e ofertas de sexo. Quando Ka esteve lá comeu, bebeu, presenciou duas brigas de punhos e até apostou numa luta com os outros ferreiros que estavam lá. Realmente foi uma tarde divertida e Ka não gostava de passar a noite fora, Dafodil tinha seus perigos e não poderia vacilar. As mesas eram presas no chão e havia bancos também fixos, isso deveria ser para evitar perderem os móveis nas brigas, haviam lá algumas coisas soltas também como cadeiras e bancos mas em menor quantidade. A música mudou muito enquanto Ka esteve lá, tocaram várias coisas, isso deveria ser por trocarem os artistas a cada trinta minutos. Sobre os frequentadores, havia muitas pessoas normais, tanto demônios, incubus, succubus como humanos porém Ka não lembra de ver pessoas muito arrumadas ou de posses, porém haviam pessoas como pequenos empreendedores. Até Helena já havia mencionado o lugar, assim como Jussara.

    Imagem ilustrativa:

           - Então Kapitulina, gostou da descrição do lugar? Quer ir conhecer a Toca? Ka aguarda uma resposta. Planejador e cauteloso Ka ainda tinha uma dúvida, como essa farra iria terminar. Poderia ser algo bom e divertido ou poderia terminar com uma bêbada em seus braços tentando levar ela para casa seja lá onde é que ela more.
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    Mensagem por Leomar Ter Out 01, 2019 6:49 pm

    - Uma toca de alguma criatura enorme, sem janelas, cheia de túneis e cheia de ralé? Parece interessante!

    Ao ouvir Kapitulina, Ka se dá conta que é a segunda vez no mesmo dia que vai para um lugar fechado, sem janelas e a lugares fáceis de fugir. Como ainda estava cedo, a Toca não estava tão cheia. Kapitu escolhe um lugar nas mesas rústicas, perto do fundo de um túnel, literalmente o melhor lugar para emboscar alguém, e o pior para se evadir.

    Ela pede cachaça com limão, e diz que Ka pode escolher o que quiser para beber e também para comerem, que ela pagaria. Ka tinha acabado com suas moedas de ouro e até as de bronze para ficar com as cinco Supremas que Kapitulina ia usar no mercado negro, portanto estava só com 45 Kons de prata, sendo assim fica feliz por ela bancar ali. Tomara que na Toca se aceitassem moedas Supremas, caso Kapitulina ainda insistisse em pagar com elas, pois Ka estava sem dinheiro comum.

    (off: alterei a ficha para colocar as Supremas que você trocou pra ela. Tirei 1kg do capacete, já que teve sucesso em fazer um novo melhor. Fiz uns R.Oc. de reação, e a maioria na taverna é mais favorável do que desfavorável, o que me deixou triste pois estava me coçando para jogar um grupo grande contra vocês).

    Kapitulina até parece se divertir bem, não demora muito um íncubo a provoca, eles trocam algumas palavras irrelevantes, e começam trocar beijos. Ka se pergunta se tinha "sobrado" ali, e pensa se deveria sair de fininho ou não, mas Kapitulina, talvez percebendo que ele pretendia levantar, manda ficar na mesa e beber mais.

    Vendo a cena, uma súcubo desafia o íncubo, falando alguma coisa em um idioma demoníaco qualquer, algumas pessoas em volta riem, só o íncubo parece não ter ficado satisfeito, ele cospe na súcubo, que dá um chute nele, algumas ofensas depois, e Kapitu resolve trocar o íncubo pelos beijos da súcubo.

    Alguns copos depois, Kapitulina resolve reclamar da música:

    - Cadê a emoção deste buraco? Cantem música da La Cour para animarem!

    É informado que os bardos ali não podem cantar músicas partidárias, pois alguns clientes não veem isto com bons olhos, Kapitu então desafia:

    - Então toque a bandola, deixa que eu canto!

    Kapitulina era péssima cantora, ou já estava meio de porre, ou as duas coisas, de qualquer forma suas "músicas" eram pura provocação ao Yüksek Kan:

    "Ei mãe, vou pro Kan construir pontes!
    Vai ser um engenheiro?
    Não, um arquiteto.
    O que, pelos infernos, é um arquiteto?
    Alguém que não é muito gay para ser um decorador, mas não é macho suficiente pra ser engenheiro."

    ...

    "Lá vai o soldado do Yüksek com seu major.
    A espada do major corta na frente, atrás o soldado só cutuca...
    O major grita suas ordens, o soldado só escuta...
    A noite o major joga gamão, o soldado só joga sinuca...
    Afinal o major é filho de nobre, o soldado não passa de... Esqueci como é a música, alguém sabe uma rima?"


    As pessoas em volta começam rir, gritar, alguns começam contar piadas maldosas, a maioria contra o Yüksek Kan, mas alguns também começam falar da Cour des Miracles, sobra para a Cisne Branco, Atemenses e até contra os deuses. Ka nem entende tudo, mas tem certeza que vai precisar fazer algo para se purificar só pelo número de heresias que escuta ali, nem precisava fala-las.

    Ka percebe que nem todo mundo ali parecia se divertir, e alguns falavam baixo com outros, então saiam do lugar e iam se dirigindo para a porta. Era bem provável que estivessem juntando um grupo para tirar satisfações na saída.

    Eis que um grupo resolve ofender com mais veemência:

    "A Corte dos Milagres não passa de um bando de vagabundos covardes!"

    Um grande "uuuuhhh!!" tipo "vai deixar barato", ecoa no lugar. Mas Kapitulina não se deixa intimidar.

    - Claro, somos os melhores vagabundos do mundo. "Nós somos como os vermes dentro do ventre podre da terra / O sangue e o vinho tem a mesma cor". Por isto que nossa turba de vagabundos derrotou os demônios malditos de Ades que tentaram tomar esta parte da cidade. E ainda demos um coro no pessoal do Kan de troco.

    Um UUUUHHH!! Maior ainda é ouvindo

    "Grande coisa! Ganharam lutando sujo!"

    UUUUUHHHH!!!!

    Kapitulina nem responde, só abana as mãos e os ombros, como quem diz: "E dai?"

    "É fácil matar pelas costas. Vocês não tem honra."

    - Pelas costas, de frente, de ladinho... Matando é o que importa. Se você consegue pegar mais de dez para cada um só pelas costas, devo ser mais macho que seu namorado. (quem tinha comentado era uma mulher) Na sua casa ele que fica de quatro?

    UUUUUHHHH!!!!

    O chão já estava cheio de cerveja e outras coisas, de tanto que o pessoal ficava levantando as canecas aos gritos.

    "Quem tem putas são vocês! A Corte não passa de um bando de ladrões e putas!"

    UUUHHHH!!!

    - É verdade. Alguém precisa satisfazer os homens que VOCÊS não satisfazem!

    UUUUUUUHHHH!!!

    "Assim como as vagabundas das esposas de Piro!"

    Desta vez o "uh!" é bem mais seco e baixo, a maioria fica em silêncio, como se soubessem que agora a coisa ficou feia. Kapitulina para de rir e fecha a cara, mas ainda não tinha perdido:

    - Quase metade das fêmeas de Fajr-Regno podem ser consideradas esposas de Piro, então talvez esteja certa, mas sempre cabe mais uma, se está tão interessada.

    (risadas)

    "Seu deus não passa de um embuste!"

    - Eu poderia me sentir ofendida, se tivesse a mínima suspeita de que alguém como você sabe o significado de "embuste".

    "Não há qualquer diferença entre quem segue Ades e os marionetes de Piro."

    Kapitulina se levanta, espadas começam ser desembainhadas por toda taverna.

    - Dizem que "a ignorância é uma bênção", mas a sua está prestes a te fazer perder os dentes.

    Um dos empregados dali, imaginando a sujeira que terá de limpar, fala: "Sem armas aqui! Se tiverem problemas resolvam na mão!"

    A turba grita: "Na mão! Na mão!"

    "Vocês, demônios, são todos malditos, só seguem deuses que refletem o que são: covardes sem honra e estupradores."

    - Se eu me importasse um pouco mais, poderia sentir mais pena do que raiva de você por ser tão idiota. - Kapitulina fala enquanto vai andando em direção à mulher, alguns grupos começam se fazer, outros se afastar. Apesar do pedidos para brigarem na mão, a mulher e dois homens partem para cima de Kapitulina de armas em punho.

    Com um movimento, o punho direito de Kapitulina bloqueia o punho armado de um dos homens que a atacou, e com um segundo movimento ela o acerta no braço, quebrando seu rádio e fazendo-o largar a espada; Com o joelho direito ela acerta a mulher no estômago; Com a mão esquerda ela segura a mão armada do segundo homem, e enrosca a perna dele com sua cauda, puxando-o e fazendo cair, ao mesmo tempo que diz:

    - Você não deve passar de uma idiota que repete o que algum filho da puta fala para você.

    Kapitulina faz um gesto muito rápido, e a atinge no diafragma, mas ao invés de quebrar os ossos, o golpe dela, de alguma forma, faz os músculos se retesarem.

    A mulher fica parada no lugar, rugindo, os músculos dos braços e pernas tensos como se estivesse fazendo enorme força, mas não conseguia se mover, a mandíbula fechada com força. Ao ser atingida no estômago, ela tinha deixado a espada cair, agora seus dedos se fechavam com tanta força, que as unhas começam machucar a palma da mão.

    Outras pessoas ficam em dúvida se deviam atacar também ou não, Kapitulina só então saca sua kratak (uma espada reta e bem curta): - Deviam ter garantido que seriam o mínimo de desafio antes de me atacar. - As pessoas em volta resolvem não atacá-la, incluindo os dois que ela tinha facilmente bloqueado.

    - Me diga o nome de uma única fêmea que não tenha ido de bom grado para a cama de Piro, e até implorado por isto, e quem sabe lhe tiro daí.

    Kapitulina anda em volta da mulher, esta só consegue grunhir e mover os olhos, as veias do pescoço saltadas, mas não conseguia sequer virar o pescoço, quando Kapitulina fica atrás dela.

    - Ninguém mais?

    Passa-se alguns segundos, e a mulher enfim cai no chão, pois as pernas colapsaram, solta um grito de dor e se debate duas vezes, ficando em posição fetal, e só conseguia dizer "aaaiii, aaaiii".

    - Tirem este lixo da minha frente.

    Kapitulina volta pegar o copo que estava bebendo, lançando olhares desafiadores para quem mais quisesse brigar.
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    Mensagem por Christiano Keller Ter Out 01, 2019 10:13 pm

    Ka,

           Observar Kapitulina ali ensinou muita coisa para Ka, coisas que ele não estava familiarizado ou até habituado. Coisas sutis que para algumas pessoas nunca fariam diferença mas poderiam se o segredo entre a vida e a morte, pelo menos do ponto de vista de Ka.

           Quando Kapitulina mencionou sobre lugares fechados e sem saída, Ka lembrou do mercado, de locais como as minas e outros que no geral tinham apenas uma saída. Daquele ponto em diante Ka prestaria atenção em rotas de fuga, sim, precisava saber como fugir. Lutar era bom, mas as vezes fugir era mais importante. A escolha da mesa no fundo parecia ruim, mas saberíamos que não tinha ninguém pra pegar a gente pelas costas. Sentar no meio do salão deixaria Kapitulina exposta por todos os lados, já do fundo sem mexer a cabeça haveria ampla visão.

           A disputa entre o incubo e a sucubo por Kapitulina também foi curiosa. Kapitulina não era apegada a ninguém, Ka tinha que ficar esperto com isso. Precisava lembrar que as pessoas neste mundo não se apegam, Ka estava apegado a sua armadura, seu antigo capacete, suas jóias escondidas. Em alguma das passagens que leu Ka estava claro o desprendimento dos adeptos da ICB em relação aos bens materiais.

           Outra coisa interessante de observar foram os beijos entre Kapitulina e a sucubo. As duas se beijaram, os movimentos das bocas pareciam diferentes do que com o incubo, elas tinham mais experiencia e aquilo poderia servir para o futuro. Ka não era lá uma referência para beijos, mas agora poderia se sair melhor. Os detalhes dos movimentos dos lábios, os momentos de sucção, as pequenas mordidas no lábio inferior quando demonstravam desejo e estavam ali pertinho que dava pra sentir o odor das bocas delas. Aquilo não era algo distante que se vê de longe, dava pra ver a coisa toda. Também os movimentos das mãos, das pernas fora algo que Ka não cogitou usar. As mãos passavam pelas costas, pela cintura, pela coxa, partes que Ka não considera importantes como seios ou virilha, porém certamente as duas ficaram excitadas com aquilo. Como eram duas mulheres tentado extrair prazer uma da outra aquilo poderia ser uma grande lição para Ka performar de forma superior a outros homens.

           O ponto forte foi a habilidade de liderança de Kapitulina, ao cantar, o que parecia uma simples cena na taverna, ela conseguiu apoio de vários dos presentes para sua causa. Era lógico que pessoas não gostaram de tudo, porém aqueles que gostaram ficaram ao lado de Kapitulina, expondo assim quem estava ao seu lado e quem não estava. A cada estrofe ela observou os presentes. Quando houve a troca de ofensas, aquilo também foi construtivo.

           No entanto o combate foi curioso, ela usou a causa como arma também. Ka nem esperaria um ataque como aquele, mas agora sabia que se seu inimigo tivesse cauda aquele movimento era possível e pertinente. O golpe paralisante foi fantástico, mas Ka duvida que poderia fazer igual.

           Quando Kapitulina retorna para a mesa, Ka diz:
           - Muito bem, uma ótima cantora, língua afiada, sabe usar a boca como ninguém. Aqueles movimentos na luta foram ótimos e ainda parece que um grupo vai querer tirar satisfações na saída também. Ka aguarda a reação de Kapitulina. Naquelas condições Ka não passava de um brinquedo nas mãos dela e Ka torcia para o brinquedo ser útil a noite toda pois se não poderia sair, teria que ficar sob sua proteção. Aquele golpe paralisante foi fantástico. Estou impressionado, linda, forte e com um espírito livre. Só falta ser louca pra me beijar. O que Kapitulina faria com Ka?
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    Mensagem por Leomar Ter Out 01, 2019 11:35 pm

    Obs.: Kapitulina não escolheu o lugar por não ficar exposta ou com receio de um ataque pelas costas, embora a observação tenha sido interessante, você percebeu a única vantagem ali. Ela propositalmente escolheu o pior lugar para, ficando propositalmente em desvantagem, se tivesse uma briga grande (que não rolou por causa dos dados) as pessoas sentissem mais seguras para ir pra cima dela, pois ela estava em desvantagem de terreno.

    Obs.2: Você não comentou sobre a lição principal: Kapitulina é meio insana (demônios são meio insanos, adeptos de Piro não batem muito bem, mas mesmo pra uma demônio, ela parece bem insana) mas quando ela estiver "de bom humor", é possível ofender a ela, à Corte dos Milagres, aos amigos dela, e ainda não vai tira-la do sério, mas NUNCA fale mal do deus dela. Isto vale pra outras freĉias.

    KA escreveu:- Muito bem, uma ótima cantora, língua afiada, sabe usar a boca como ninguém. Aqueles movimentos na luta foram ótimos e ainda parece que um grupo vai querer tirar satisfações na saída também.

    Ela sorri com a bajulação barata:

    - Mm, um grupo do Yüksek? Tomara que estejam mesmo lá fora, e que seja um grupo grande. Minhas lâminas não viram sangue deles hoje. Se for não podemos deixar eles esperando muito tempo, não acha?

    KA escreveu:Aquele golpe paralisante foi fantástico. Estou impressionado, linda, forte e com um espírito livre.

    - Gostou mesmo? Ele chama Uush Dranenakaja bajink, ou também bloqueio da antakarana. Cerca de dez ou dose pessoas conseguem aplicá-lo, é preciso algumas situações, mas como vê, é bem eficiente. Às vezes é divertido humilhar ao invés de matar. Só às vezes.

    Dez ou dose pessoas "em todo mundo"... Ou ela exagerou um pouco, ou o golpe era mesmo difícil ao extremo. Quando Kapitulina aplicou não parecia difícil. Se bem que ela bloqueou três ataques de uma única vez, e fez parecer fácil. Os oponentes não duraram nem meio minuto.

    KA escreveu:Só falta ser louca pra me beijar.

    Kapitu faz um carinho suave em seu rosto:

    - É mesmo? Eu estava mesmo pensando nisto. Mas eu não beijo pessoas que pedem, agora pegaria mal para os outros dois, não é? Se tivesse só pego o que quer, seria diferente.

    Os outros dois no caso são o íncubo e a súcubo. Kapitulina ia mesmo beijar Ka a qualquer momento, mas depois deste pedido, só se ele desafiasse um dos dois demônios. Tem algo a ver com orgulho demoníaco, este pessoal é estranho...

    Como perdeu a oportunidade, Kapitulina já está disposta a ir embora, esperando que o tal grupo que você falou estivesse mesmo esperando e procurando confusão. Porém, convence-la a ficar mais um pouco não seria difícil, caso não esteja com pressa de ver o Kan atacando ela.
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    Só não venda a alma (por um preço baixo) Empty Re: Só não venda a alma (por um preço baixo)

    Mensagem por Christiano Keller Qua Out 02, 2019 1:37 am

    Ka,

           - Eu não pedi um beijo seu Kapitulina, preste atenção: eu te chamei de louca na cara dura. Não disse ou implorei: Ka então faz uma voz de pidão para parecer engraçado: "me beije" "quero um beijo" "smack, smack". Ka então retoma o tom normal da voz. Você precisaria ser louca pra me beijar. Sim, você estava pensando em me beijar e por isso eu disse que parecia louca. Se eu quisesse um beijo seu, eu pegaria, mas sei que hoje apanharia fácil e não sou besta. Então a deixaria bêbada e usaria você quando estivesse embriagada, todavia não gosto de bêbadas. Mas eu não fiz isso, apenas constatei sua loucura, creio que disse "Só falta ser louca pra me beijar" e era verdade, louca. Ka muda a entonação de voz: Agora quer chamar a minha atenção, vamos sair vivos daqui pois acho que os caras lá fora vão matar a gente. Ai sim eu vou querer tomar você. Ka olha meio puto para a louca da Kapitulina. Vamos embora, estou começando a ficar cansado e não quero te foder cansado ou ter que correr da turba cansado caso você não acabe com eles. Kapitulina era realmente louca. Vamos, me impressione e prove que não é louca. Talvez assim eu até possa sodomizar você, se você gostar é claro. Ka olhava para Kapitulina, se ela era insana, ai estava um desafio, saírem vivos para ser tomada. O problema de comunicação fez Ka mexer com fogo, não era parte do plano Ka perder a virgindade com uma demônio, mas agora era parte do desafio pra sair vivo.

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    Mensagem por Leomar Qua Out 02, 2019 5:16 pm

    Aquilo tinha virado um show, a turba estava desanimada por Kapitulina ter acabado com os outros antes mesmo de dar tempo de fazerem apostas, mas alguns prestavam atenção em Ka para ver se ele seria o novo alvo, quem sabe poderiam apostar se a demônio o mataria de forma rápida ou devagar (obviamente ninguém apostaria pelo Ka).

    Kapitulina não parecia levar muito a sério o que Ka falava:

    - Ah humanos, vocês tem um senso de humor estranho.

    - Não gostei dele. Posso matá-lo ou é seu bichinho? - Diz a súcubo que estava com ela.

    - Ah, ele é engraçadinho. Até gosto um pouco dele.

    - Eu já matei por menos.

    - Eu também. Mas vou cuidar dele, por hoje.

    Pela cara não dava para ver exatamente o quanto Kapitu tinha gostado ou desgostado das últimas palavras de Ka.

    - Você está sendo um menininho mau educado. Mas vamos lá matar alguns menininhos do Kan, já que está com pressa.

    Notícias sobre circo pegando fogo corre em tavernas mais rápido do que copos, e pelo jeito alguém já tinha confirmado um grupo (provavelmente de pessoas do Kan) mesmo esperando, e em segundos as pessoas começam se juntar para apostar quantas pessoas a demônio ainda derrubava antes de cair ou coisas assim.

    - Mm, com que arma será que começo? Katrak, lâminas de Gaja, say, bastão com gancho, ou a velha katana? Faz um pouco de tempo que não uso say, mas também faz tempo que não acho uma luta que dure o bastante para brincar com bastão. O que acha? - Kapitulina fala enquanto vai saindo, ela tinha pago a conta com algumas moedas de ouro.

    Ela pergunta se alguém quer dividir a diversão, mas embora muitos de animassem com as apostas, e outros muitos adorariam ver pessoas do Kan caindo, ninguém se prontificou a ajudá-la.

    - Que bom, sobra mais pra mim, seus maricas.

    Só não venda a alma (por um preço baixo) Beco

    Na rua, o grupo esperava com armas prontas.

    - Então foi só isto que eu consegui reunir? Pensei que o "famoso" Kan era maior. Algum de vocês está com pressa de morrer primeiro? - Kapitu diz com um sorriso sarcástico antes de atacar.

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    Só não venda a alma (por um preço baixo) Empty Re: Só não venda a alma (por um preço baixo)

    Mensagem por Christiano Keller Qua Out 02, 2019 10:06 pm

    Ka,

    Pelo jeito precisaria pegar pesado se fosse um demônio. Ninguém respeitava o Ka, isso precisava mudar e essa seria uma ótima oportunidade para isso. Chega de ser um mero ferreiro, chega de ser um ninguém sem valor. Se Ka fosse fazer algo, precisava ser logo.
    Kapitulina escreveu:- Você está sendo um menininho mau educado. Mas vamos lá matar alguns menininhos do Kan, já que está com pressa.
    - Eu sou obediente, mais do que gostaria. Você queria beber e lutar, aqui tem. Se quiser outra coisa, posso te levar a taverna Licores de Lua com suas piscinas aquecidas. Você pediu para arrumar a espada, farei isso também. Eu a obedeço. Ka faz um sinal com a cabeça de quem obedece ordens.
    Kapitulina escreveu:- Mm, com que arma será que começo? Katrak, lâminas de Gaja, say, bastão com gancho, ou a velha katana? Faz um pouco de tempo que não uso say, mas também faz tempo que não acho uma luta que dure o bastante para brincar com bastão. O que acha?
    - Pode usar o bastão, quase todos tem armaduras que protegem contra cortes, mas são vulneráveis a impactos não perfurantes. Além do mais que golpes com o bastão não matam na hora e podem prolongar a lutar para sua diversão. O foco é a sua diversão, mas não vou deixar você se divertir sozinha. Essa saiu no duplo sentido sem querer, mas Ka iria participar do combate mesmo assim.

    Ka respira fundo, pensa nas coisas que aprendeu sobre magia, se estica com o martelo nas mãos avaliando os inimigos naquele momento antes do combate realmente começar. A magia precisava fluir, como da outra vez no mercado quando tentou queimar um dos bandidos. Será que conseguiria fazer isso novamente? Ka olha para o inimigo mais próximo e poderia jurar que sentiu alguma coisa acumulada sob a armadura do ferreiro. Um tipo de calor subiu, encheu suas mãos, seu peito, fluiu pelo pescoço e cabeça saindo na direção do inimigo. Assim que Kapitulina atacar, Ka também atacará.

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