Capítulo 1 - 7 Dias no Mar

O filhote de Dragão Negro alçou voo e foi ter com Miew, no momento em que ia alcançar a criaturinha ela simplesmente desapareceu, Nathu viu a cena pela janela, e lembrou-se que da primeira vez Miew estava invisível aos olhos dos outros tripulantes, apenas ele conseguiu vê-la, mas agora nem Nathu conseguiu achar o bichinho no ar, havia desaparecido por completo.

A frase de Nathu ecoou no ar, Miew pareceu não ouvi-la ou então não ligou para ela, o pequeno felino se fora, e não havia sinal dele em canto algum. Gama estava chateado, mostrou isso em sua voz:

- Sinto muito! Não sabia que acusar o arqueiro poderia causar isso a criaturinha, mas é a verdade, ele me atacou, no quarto em que realizamos o contato espiritual conseguimos invocar a garota morta, ela disse quem a matou, ela disse que quem tinha a assassinado foram duas pessoas, não sei se lembram delas pois apareceram pouco durante os eventos do Navio, eles são o príncipe errante e seu fiel ajudante assassino, foram as palavras do espírito, ela disse que foram estes dois que a mataram, se isto foi obra do tal sacrifício de que o culto precisa eu não sei dizer.

Gama se mostrou novamente cansado e sua fisionomia desvanecendo.

- Se forem até o caminho que lhes indiquei podem me deixar aqui sem problemas, se eu dormir mais um pouco poderei restaurar meu poder mágico e assim vou conseguir me defender das ameaças até que voltem, garota eu ainda não sei dizer coisas sobre você, mas com certeza se eles precisam de nós, e não nos mataram ainda então temos algum tempo e certa vantagem, eu preciso dormir mais, obrigado pelo que fizeram por mim, tomem cuidado daqui pra frente as coisas ficam difíceis...

Gama manifestou o desejo de dormir e já havia fechado os olhos após o termino de sua frase.

Nathu ficou angustiado ao ver o pequeno serzinho mágico desaparecendo frente a todos e, com isso, decidiu avisar à anêmona do que se tratava aquele desaparecimento.

- Ele decide quem pode ou não vê-lo... É assim que conseguimos enxergá-lo quando ele nos encontrou.

Depois disso, Nathu chamou o Dragão para voltar a seu local inicial, na parte externa do navio.

- Bom trabalho, garoto. Parabenizou ao dragão por ter atendido ao chamado de imediato.

Nathu então escutou as palavras de Gama. Sentiu que elas rasgavam seu coração.

- Então, se realmente não foi ele quem a matou, já temos dois objetivos à cumprir: Encontrar os dois assassinos e descobrir porque ele lhe atacou, Gama... O summoner estava sério e falava em tom baixo. - Nós que agradecemos a sua ajuda. Sem você, não sei o que seria de nós diante daquela aranha... Apenas me diga se acha necessário que eu deixe alguma invocação minha para lhe proteger até que seja capaz de fazer isso sozinho?

Com o coração na mão pela fuga repentina de Miew e pelo cansaço de Gama, a jovem de olhos violeta ficou sem saber o que fazer, porém ficou um pouco aliviada ao ver o dragão de Nathu perseguir o bichinho, até ele desaparecer. Seu colega explica o motivo do sumiço dele e ela só suspira.

- Ele deve estar com raiva de nós.

Nesse meio tempo ouviu o que Gama falava para o summoner e ficou pensativa:

- Mas quem seria esse príncipe errante? E o ajudante? E como conseguiram a adaga da senhorita Annie? Nathu, você ouviu falar de algum príncipe por aqui? - ela parecia preocupada - que medo! - ela pensou mais um pouco e piscou várias vezes, como se tivesse lembrado de algo - só lembro de um rapaz com um porte mais aristocrático, o elfo tarado... várias vezes eu o flagrei me espiando... ele... pareceu interessado na minha caixinha de música e dizia ter uma folha com uma canção... sei lá, eu... eu não estou acusando ele nem nada, só que era um papo muito estranho... será que... será que não teria alguma pista no quarto dele? Eu não sei onde é, mas poderíamos investigar antes de sairmos do navio - nessa hora ela sentiu um arrepio e afagou o próprio braço para espantar o medo que a ideia de sair dali deixava nela - se formos mesmo sair, né...  

- Talvez você precise das invocações mais do que eu Invocador, creio que não deve se preocupar comigo, acho que estou bem escondido, mas é por sua conta... - Respondeu Gama para Nathu acerca de deixar uma Summon ali com ele.

Nathu e Anêmona agora teriam uma importante decisão a tomar, e enfrentar a escuridão seria uma tarefa difícil.

- As perguntas da garota são pertinentes, acredito que a morte de Charllote tinha a ver com o culto das sombras, mas se não tem a ver, temos mais perigos por aqui. O nome do Príncipe errante era Somah e seu ajudante Agni. Desculpem mas preciso dormir agora.

- Não acredito que seja raiva... provavelmente ele acha que nós não acreditamos no que ele está falando e quer nos provar seu ponto. Falou à Anêmona.

Ao escutar as perguntas da garota, Nathu ficou pensativo por alguns instantes.

- Não me lembro de nenhum príncipe ou ajudante... mas talvez toda essa confusão tenha ocupado minha cabeça e embaralhado minha memória... sobre a adaga, você não lembra? Encontramos assim que nos libertamos das amarras com a ajuda do Miew.

Olhou para Gama.

- Vou confiar em você, então. Mas saiba que se mudar de ideia pode me avisar. Agora, descanse.

Voltou o olhar para Anêmona. Nathu começara a sentir uma leve dor em sua cabeça por não estar acostumado com tanta informação e a necessidade de usá-las para tomar alguma decisão.

- Investigarmos os quartos para descobrirmos mais sobre essas pessoas me parece bem relevante, mas como o Senhor Gama disse, parece que o que esta acontecendo lá fora é algo que contém um certo nível de urgência... podemos procurar nos quartos quando voltarmos, o que acha?

Balançando a cabeça de leve, Anemona respondeu à Nathu, assim que ele fez suas conclusões.

- Não Nathu, me referia à adaga que usaram para cometer o assassinato, a adaga da senhorita Anne. Ela estava duelando com o Keldar no momento que o navio foi atacado... depois... bem... você sabe... tudo isso foi antes de encontrarmos ela no corpo do senhor Etrigann.

Depois ela concordou com Nathu, de fato lá fora era mais urgente.

- Eu não vi esse príncipe Somah... está certo seu Nathu, eu vou com você para fora do navio... mas saiba que estou com medo... - ela olhou para o chão envergonhada, mas continuou - vou... me esforçar mais e tentar falhar menos... - depois voltou-se para Gama - isso mesmo... descanse, seu Gama e quando estiver melhor, vá nos encontrar. Creio que precisaremos de toda a ajuda possível.

A dupla então decide por sair da cabine e ir em direção a escuridão além de onde Nathu conseguiu seus novos poderes, atravessaram onde Gama tinha vindo e viram o altar de onde ele disse que as coisas de Anêmona estavam, inclusive sua caixinha de música, então continuaram caminho até acharem uma saída da caverna.

E o sol brilhava lá fora, estavam diante de uma floresta, Gama havia dito que estavam numa ilha, a Ilha do Espectro pra ser mais exato, mas a dupla ainda não conseguia ver os indícios de que era uma ilha, exceto por dentro da caverna que o mar passava por ela e o Navio que estava parado, aqui só havia a floresta.

Floresta:

No primeiro momento a Floresta não parecia perigosa e Nathu junto de Anêmona a exploraram facilmente, eles tinham de achar os outros e em meio a tanto mato, talvez não fosse fácil, de repente andando alguns minutos acharam duas trilhas, uma delas seguia a Leste e a outra a oeste, qual trilha pegar?

Nathu e Anemona decidiram que o melhor seria seguir em frente e sair do navio para buscar pelos tripulantes do Estrela Polar. Seguiram para direção indicada por Gama e logo a caverna terminava dando lugar a uma floresta aparentemente tranquila. Anemona viu o altar onde suas coisas estavam e sentiu calafrios.
A floresta seguia em dois caminhos distintos e cabia à dupla decidir por onde ir.

- O que acha, Nathu? Você tem alguma magia para saber qual direção é a certa? Ou ... seus animais poderiam farejar algo? - perguntou com ansiedade no olhar.

Após Anêmona corrigir o pensamento do invocador, Nathu permanece pensativo por algum tempo.

- Acho que isso ta sendo muito até para minha cabeça... E-eu não... não me lembro muito bem da adaga antes disso...

Mas ao ver a garota lembrando da urgência do que tinham que fazer dali em diante, ele balançou a cabela rapidamente como se tentasse se acordar e deu um pequeno sorriso de tranquilidade.

- Se é assim, partimos logo agora ^^ Levantou o polegar da mão direita. - E não fale isso como se estivesse atrapalhando, se chegamos até aqui é porque você se esforçou e foi abrindo seu próprio caminho, assim como eu, o Miew e até o Senhor Gama que sem ele não teríamos escapado da aranha. Cada um que chegou até aqui tem seu próprio mérito e eu só espero encontrar logo o capitão para que ele nos diga que passamos no desafio do barco e que finalmente vamos enfrentar aquele maldito labirinto.

Então, depois do que falara, chamou seu dragão para perto e partiu junto a garota para caverna a dentro. Sua mão buscava o cabo da adaga à qualquer coisa estranha que entrasse em seu campo de percepção enquanto o dragão observava atentamente a retaguarda da dupla.

Ao alcançar a saída, pôs a mão frente aos olhos para protegê-los da luminosidade e puxou o ar até encher completamente os pulmões. Aquele ar livre e mais leve o acariciava e o fazia esquecer um pouco da umidade da caverna e da maresia no navio.

Foram seguindo até achar a bifurcação com as duas trilhas e, diante disso, ele sabia que devia pensar com cautela.

- Sei que o mais óbvio é nos separarmos mas acredito que seja algo que só devemos considerar como última opção porque se nosso objetivo é achar os outros, não vai adiantar muito se nos perdermos entre nós mesmos. Então, vou ver se o Dragão Negro consegue visualizar algo por cima e, depois, vejo o que o Wildmutt consegue farejar... temos que tomar cuidado, estamos em um território que quem quer que esteja por trás disso parece conhecer bem.

Com isso faz sinal para que o seu dragão voe pela região para procurar algum sinal estranho que siga alguma dessas duas direções.

O Dragão Negro alçou voo, percorreu a região brevemente, a dupla esperou a varredura do ser, mas Nathu não conseguiu compreender o que o Dragão queria lhe dizer, suas habilidades ainda eram imprecisas, tanto pelo bicho ser um filhote quanto pelo Invocador ainda ser inexperiente com ele, então ele teve de ser suspenso pelo animal mágico, o que viu foi uma floresta vasta, árvores onde seus olhos podiam enxergar, o bicho não o levantou muito alto, mas foi suficiente para ver que a Oeste na floresta existia uma névoa arroxeada e ao leste aparentemente só se via as copas das árvores.

A floresta se estendia a frente e somente depois depois de umas 3 horas mais ou menos de caminhada, teria uma fenda na floresta, era um local sem árvores, não dava para enxergar dali o que era, o Dragão gritou e abaixou o Invocador lentamente, ele poderia levá-lo adiante na floresta voando, mas a garota teria de ficar, o filhote somente aguentaria um dos dois.

As asas do dragão se fecharam ao chegar ao chão e Nathu agora estava explicando o que viu a Anêmona, as árvores tampavam o caminho então não era possível enxergar tudo na floresta.

Off Game:

Após descrever o que viu à garota, Nathu acariciou seu Dragão o agradecendo pela ajuda e falou para Anêmona:

- E foi apenas isso que conseguimos... o que você acha? Devemos seguir essa névoa? Ou prefere que eu chame o Wildmutt para que ele nos possa dar mais informações? Nathu olhava um pouco perdido para Anêmona. - Não que eu queria lhe dar toda essa responsabilidade de escolher, mas é que eu realmente não tenho uma opinião muito formada sobre isso... apenas acho que como estamos atrás desse grupo, teríamos que ir para onde parece mais perigoso. Ri sem graça diante da situação.

- Uau! – a garota de olhos lilases exclamou ao ver o dragão içar seu amigo Nathu para o alto das árvores – incrível – e bateu palmas.

Alguns minutos depois, Nathu desce e explica para a jovem o que avistou do alto, deixando uma indagação para a jovem. Ela sente arrepios com a informação, mas precisava ser precisa em sua resposta.

- Está tudo bem, Nathu – manteve um sorriso gentil na face para acalmar o rapaz – entendo sua preocupação e partilho dela. Hummm... umas três horas de caminhada... creio que poderíamos ir até a clareira e lá montar uma base de operação... nossa, sempre quis dizer isso... enfim... certamente o mal está na fumaça roxa – disse com convicção. Ela deu umas batinhas no próprio queixo enquanto pensava mais um pouco – o Wildmutt pode ser nosso farejador durante o caminho, se não for cansativo para ele. Seguimos em linha reta e podemos ir marcando nossa passagem para não nos perdemos. O que acha?

- Acredito que seja uma boa ideia. Nathu sorri ao concordar com o planejamento de Anêmona.

O summoner convoca seu animal farejador, Wildmutt, e se despede do Dragão, agradecendo toda sua ajuda.

- Agora só precisamos começar nossa caminhada. Pode confiar nesse grandalhão, é resistente como um touro. Ele da leves tapinhas no corpo de Wildmutt, provando quão robusto o animal era.

A dupla com Wildmutt na frente parte em direção a névoa de cor púrpura, foram meia hora de caminhada ao chegarem no inicio da névoa, estava a frente do grupo, Wildmutt ficou apreensivo, olhou para seu mestre Nathu e latiu três vezes, soava como um aviso. Mas a dupla andara bastante para voltar agora, aparentemente não havia ninguém ali, e a névoa nada convidativa a frente não deixava que vissem nada a frente, apenas sabiam que havia a interminável floresta nela.

Wildmutt se virou e ficou parado na frente da dupla, de costas para Nathu e Anêmona, focava na névoa, mas a mesma não se mexia, alheio a presença dos invasores. Nathu pareceu sentir algo vindo do local, por um momento pareceu ver uma caveira na névoa.

Teste:

Ao escutar os latidos de Wildmutt, Nathu parou e fez sinal para que Anêmona também parasse. Parecia que o animal queria avisá-los de algo.

- O que foi, garoto? Perguntou enquanto acariciava seu pelo para acalmá-lo.

Tentou olhar ao redor mais nada além da floresta podia ser visto por conta da dificuldade que a névoa trazia ao campo de visão dos dois jovens. Passou um tempo encarando o que via, até que pulou de susto pela impressão de ter visto uma caveira.

- V-você também viu isso? Perguntou a garota com uma voz pouco trêmula. - Não sei mesmo o que é essa névoa, mas não parece que nada de bom vai acontecer enquanto estamos nela, então vamos nos apressar para sair disso.

Seguindo com Nathu e Wildmutt, a moça se sentia mais tranquila sabendo que um animal mágico seguia a frente deles. Animal esse que avisou seu dono para pararem, o que ela fez de imediato, sentindo um arrepio subir-lhe pela espinha.

- N... não tem... p... problema - disse ao comando de parar do mago.

A visão da caveira na névoa foi a gota da água para a dançarina ter certeza que estava em apuros e repensado sua ideia de ir para lá, mas as imagens dos pais sofrendo a fizeram suspirar e seguir em frente.

- Vi sim... você quer entrar aí? - ela não aprecia muito disposta a tal ato - acho que não é seguro, nem pros seus amigos mágicos... imagina para a gente! O que faremos?

Uma voz de dentro da névoa fez com que Anêmona se arrepiasse ainda mais, antes da resposta de Nathu, antes de entrarem de vez na névoa, ou não, a voz apareceu, uma risada, uma voz conhecida até, mas de trás da dupla surgiu outra pessoa.


- Ora, ora!!! Parece que encontrei os pombinhos, finalmente acabarei com isto e agora mesmo, já me cansei de brincar de esconde-esconde, vou matá-los aqui mesmo, a criaturinha estava certa, deu a dica valiosa, hum, hum, hum, huumm.

O Samurai atrás dos dois e a voz na floresta adentro, era a voz de Miew de dentro da névoa, a risada, era de Miew, no entanto a entonação da voz era mais macabra, a dupla não estava vendo Miew, provavelmente escondido dentro da névoa, o Samurai Sombrio sacou sua Katana e lambeu a parte de trás da lâmina.

- Eu não serei desleal, matar sempre é algo honrado, matar crianças não é nada honrado, mas em compensação não os atacarei por trás, peguem suas armas, vamos colocar tudo de nós neste combate, vamos estou a espera... Hehehehehe!!!

Jinei Kurogasa abriu seu sorriso macabro, parecia feliz em ter de lutar, sua espada parecia sombria e com certeza já havia matado muitas pessoas, agora ele colocara um alvo na dupla, estava prestes a matar novamente.

O ar a volta dos dois começou a ficar mais sombrio e assustador. Foi só a voz medonha surgir de dentro da névoa para Anemona logo achar que estava perdida. Olhou para Nathu com as ametistas brilhantes que eram seus olhos, expressando muito medo.
Um bizarra figura surge por trás deles e ao se virar para o dono da voz, Anemona leva um susto. Nunca tinha visto pessoa tão mal encarada quanto aquele samurai.

- Nathu! - ela se aproxima ainda mais do mago - q... quem é ele?

Da névoa ela ouvia Miew gritar e rir e ficou confusa. Poderia ser uma mentira ou uma ilusão. Não podia creditar que ele era um traidor.

- Quem é você e o que fez com Miew? - de repente a garota mudava sua postura. Mesmo estando com medo, tinha que manter-se firme por seus amigos.

Ele tinha deixado bem claro que ia atacar a dupla e Anemona saca sua adaga. Ela não sabia bem ao certo como o tal aro tinha aparecido e pensou que não teria muito tempo para refletir a respeito, por isso optou pela adaga.

Nathu não teve tempo de responder à Anêmona pois aquela voz que ecoou pela névoa fez com que seu pensamento travasse. Girou nos calcanhares para fitar o estranho que se aproximava da dupla.

Apenas conseguiu balançar sua cabeça de maneira a responder para a garoa ao seu lado que não fazia ideia quem era aquele samurai.

- Você está com o Miew? Perguntou o jovem invocador ao escutar o homem falar de uma criaturinha. Pensou em perguntar mais sobre isso, mas Anêmona se adiantou e fez seus questionamentos, o que fez com que Nathu ficasse quieto, observando e tentando entender porque os sons de Miew que ecoavam pela floresta.

Natho não tirava os olhos do homem e, sua mão, já segurava firme a adaga pronto para saca-la quando precisasse. Estava sério, olhando o recém declarado inimigo e escutando suas palavras confusas.

Decidiu então não esperar uma ação vinda do estranho e estalou os dedos para que Wildmutt entendesse que aquela seria a hora de disparar seu raio pela boca e, com isso, esperava que a garota que estava consigo entendesse que aquela era a hora de iniciar uma batalha.

Após o disparo de energia, sacou a sua adaga e partiu para cima do homem para desferir um golpe contra eu corpo.

O Samurai negro sorriu as perguntas dos dois, mas apenas isso, não queria responder nada a pessoas que para ele iriam morrer ali mesmo, ao sacar da arma de Nathu, o guerreiro já se preparou para o que viria, Wildmutt abriu sua boca para disparar a rajada mortal, um furacão de energia se formou em sua mandíbula.

Jinei Kurogasa colocou rapidamente a espada a frente do corpo, Nathu ágil mais rápido que seu cão e partiu pra cima do Samurai, Jinei desapareceu momentaneamente, Nathu apenas viu um vulto passar por ele, o Samurai negro cortou a energia provinda do canhão de Wildmutt, por um momento a energia permanecia sendo cortada e vazando por várias direções, Anêmona fora jogada longe com o impacto e seu corpo foi arremessado contra uma árvore. Nathu aproveitou esta deixa e quando os três se chocaram em uma violenta batalha uma nuvem se formou em volta deles.

Anêmona se recuperava, e abriu os olhos, viu Nathu em pé, a adaga de Mythril cintilava com os movimentos do jovem, era tão triste que uma arma tão bonita fosse um instrumento de morte para um de seus companheiros de Navio.

Wildmutt estava ferido, a lâmina do Samurai Negro estava intacta, apesar de aguentar a rajada canhão de energia da invocação de Nathu, ainda o havia golpeado seriamente, Wildmutt uivou, dizendo a Nathu que não poderia ajudá-lo mais, pelo menos por enquanto.
A invocação desaparecia, ferido e cansado, embora não tivesse ajudado de modo pleno, ou talvez tenha ajudado muito, na verdade se não fosse por Wildmutt talvez a lâmina veloz de Jinei teria golpeado de maneira mortal ao invocador, o corpo do Samurai jorrou sangue, o golpe da adaga foi certeiro pegando parte do pescoço até na cintura num corte diagonal.

- Ah criança, vejo que seu ataque foi incrível, Hehehehe!!! Eu subestimei sua força, parece que seus poderes são deveras algo raro entre nós os participantes da disputa para a ilha de Calla, isto já se tornou algo mais que uma disputa por um prêmio não é mesmo? Hehehehe... Você tinha falado da criaturinha? Sim ela me guiou até vocês, para que eu os vencesse e acabasse com isso de uma vez por todas, porém eu... Eu... Fa... Falheiiii... arrrgh... Cof cof cof... arrrrg...

Um jorro de sangue surgiu da boca de Kurogasa, ele caiu ajoelhado, a voz de Miew que vinha da névoa cessou diante da derrota de seu aliado, Anêmona e Nathu apenas ouviram brevemente seu rosnar de desaprovação, primeiro houve o paladino, depois o Samurai, ambos caídos.

- Boa sorte crianças no que virá... Heheheheheeee, aaarrrgh... Apenas lembrem que Jinei Kuroogasa... lutou com... vo... argh...

O samurai caiu de cara no chão e uma poça de sangue se formou em volta dele.