– Eu compreendo sua apreensão. Mas não podemos ajudar em seu desafio. Ele é apenas seu e de mais ninguém. – Expôs o homem, tentando dar-lhe uma leve ideia do que aquilo significava. Aquilo o preocupava um pouco, se a jovem não conseguisse concluir o Ritual, teriam que reavaliar tudo que tinham ensinado a jovem e começar tudo de novo.
- Tente se focar, repassar tudo que lhe ensinamos. Tenho certeza que se sairá bem caso se esforce um pouco para deixar suas limitações de lado. – Afirmou ele.
[…]
Os dois tinham partido após deixar Lailah de novo em casa, avisando-lhe que a veriam de novo na assembleia, na noite seguinte. Em casa ela pode passar um tempo com a família e com seus animais – e esse era um problema novo que Lailah logo descobriu – os animais tinham certo receio dela – eles podiam sentir a fúria – e teriam de ser acostumados novamente a presença de Lailah.
De resto, as horas correram normalmente, a família se reuniu para as refeições, conversaram sobre amenidades e tudo mais.
[…]
A manhã do dia da assembleia amanheceu menos nublada, era possível ver nuvens no céu, mas o leve azul estava lá, com um sol não muito brilhante. Naquela manhã Lailah descobriu que Parentes não participavam de assembleias como aquelas, raro eram os casos que isso poderia ocorrer e foi lhe dito que os Kuhn lhe levariam junto à matilha deles para o local onde seria a assembleia.
Lailah teria a manhã e parte da tarde toda livre para fazer o que quisesse. Por volta das 15hs da tarde, um lobo cinza, de porte robusto pararia próximo as cercas de sua casa e ela sabia que era hora de ir. O lobo, ela logo descobriria, era Máni, e logo ele se juntaria a outros lobos como ele – um deles sendo Erik – um lobo grande, com o corpo adornado por cicatrizes e junto com os outros, eles partiram rumo das florestas. Lailah teria que se esforçar em sua forma lupina para segui-los. Mas pela primeira vez, também, ela pode ver como uma matilha funcionava em sincronia como se fosse um único ser.
Na mata, Lailah também pode ver outros e outros lobos, que rumavam para o mesmo lugar que eles. Era bonito, de certa forma, isso não podia negar. Em determinado momento, Lailah pode ouvir a quantidade de uivos – apresentações, como ela tinha aprendido – que eram possível ouvir. A matilha de Fenris que ela seguia também parou e começaram a se apresentar aos uivos, pedindo passagem.
Lailah precisava fazer o mesmo, como havia sido ensinada.
- OFF:
Sempre que se aproximar do território de outra matilha é importante pedir passagem primeiro (é uma das Leias da Litania), a passagem pode ser pedida em forma lupina, com um uivo indicando Nome, Nome Tribal (se tiver) Tribo, Augúrio e Posto e em alguns casos parentescos em territórios rurais e selvagens, ou por e-mail/telefone em territórios urbanos.
Então finalmente entraram nas terras do Caern Chifre do Cervo, e lá Lailah podia notar como era… Puro, como era natural e bonito, sentia-se extremamente bem, apesar de toda a estranheza. A viagem até lá tinha demorado cerca de duas horas, e agora o sol começava a se recolher devagar. Eles foram recepcionados por alguns outros Garou e havia uma festa bastante animada ali. Fogueiras acessas, comida e bebida. Erik e parte da matilha se separaram de Máni e Lailah.
- Venha. – Tinha dito Máni, ao indicar um local onde uma jovem ruiva como Lailah estava sentada. A jovem se vestia de maneira meio estranha; suas roupas eram bem… Medievais por assim dizer. Pareciam ser feitas de animais e haviam enfeites estranhos na sua cabeça, com penas e ossos. Seu rosto tinha uma pintura tribal esquisita que lhe dava a aparência de uma criatura saída de um pesadelo.
- Antes-Que-Anoiteça. – Disse Máni, se aproximando da mulher.
- Essa é a filhote Lailah, dos Filhos de Gaia. – E a mulher voltou seus olhos para Lailah, olhando-a de cima a baixo por um breve instante, antes de voltar seus olhos para Máni.
– Essa é Aine “Antes-Que-Anoiteça”, Laila, Theurge Fianna, filha da Líder desse lugar.Próxima a Aine estava outra Lupina, de pelo negro e branco. Aine voltou-se a ela e disse.
- Máni "Manto-de-Sombras", filho de Erik "Justiça-Primeva". - Lailah pode notar como a outra ruiva tinha bastante dificuldades em falar a língua comum.
- Está é Nimue, filha do Pegasus, esteve sob minha tutela até o dia de hoje, para o ritual.Continua aqui