Conforme os recém filhotes mais Dimitri e Maik conversavam, a festa a sua volta continuava. Galliard contavam histórias, Ragabash pregavam peças, Ahroun entravam em disputas e a vida seguia.
Os recém-cliaths foram embebedados - contra a vontade mesmo - e colocados para "lutar" uns contra os outros bêbados e depois todos eles sentaram-se e ouviram as histórias das Tribos: Dos Presas, eles ouviram sobre os Grandes Reis e seus feitos e sobre seus heróis. Dos Fiannas, eles ouviram sobre as fadas e de como um dia eles tinham sido unidos. Dos Fenris, eles ouviram sobre Sigun - a parceira do Grande Fenris - e de como ela tombou defendendo suas Crias como uma honrada guerreira. Dos Filhos de Gaia, eles ouviram sobre a humanidade e de como eles, os Garou, como os Guardiões de Gaia, deviam mudar o rumo das coisas.
Os Roedores contaram suas histórias, que vinham de longe e de muitos lugares, contavam sobre como a corruptora esticava suas garras e de como eles, ali tão próximos, a expurgavam.
Os Galliard Fiannas também contaram histórias sobre as Fúrias Negras e suas contribuições ao Misticismo dos Garou, e os Anciões falaram sobre a Guerra da Fúria e de como aquilo não poderia ser esquecido e nem deixado se repetir.
As histórias tomaram noite à dentro e foram interrompidas quando Sussurra-no-Vento começou a evocar o espírito da Grande Caçada.
Em suas formas lupinas, os mais afoitos uivavam de ansiedade, moviam-se de um lado para o outro. Enquanto em sua forma de Crinos, Sussurra-no-Vento murmurava em mil vozes e tecia as teias invisíveis de um Grande Cervo, um cervo feito de Luz, um cervo que não era realmente de carne o ossos, mas que dizia a lenda que o Garou que o caçasse teria gloria para toda a vida.
A Grande Caçada os deixava afoitos, os deixava eufóricos e fazia seus instintos mais primitivos viram à tona: eles uniam-se com seu lobo interior. E então, Sussurra-no-Vento libertou o cervo e ele correu para a floresta, um rastro de luz desaparecendo na escuridão, e todos os Garou correram atrás dele e assim a assembleia terminou.
[...]
A verdade é que era praticamente impossível saber quem conseguiu pegar o Cervo - se é que alguém, algum dia havia conseguido - porque a Grande Caçada durou o resto da noite toda, enquanto todos eles tinham corrido como uma única a grande matilha, quando todos eles tinham um único objetivo. Quem pegava o cervo, no final, não importava, o que importava era aquele único e permanente momento.
Aos poucos eles foram se debandando, cada um tomando seu caminho: os lupinos vagaram para as matas, os hominídeos de volta a suas casas.
Já era manhã, quando Nimue acordou, adormecida entre folhas e a carcaça do que pareciam coelhos, era uma manhã nublada e cinzenta e ela se lembrava da assembleia, e da coruja e da Grande Caçada e do convite do Presas de Pratas para formar a matilha: tinham decidido ir à Umbra naquela próxima noite, atrás de um totem. Nimue sabia que aquilo era um grande passo e que caçar um espírito não era algo fácil - tinha acompanhado Aine poucas vezes nessas tarefas - e aquilo poderia levar dias, precisava se preparar - e precisava de alguém mais experiente para lhe ajudar.
Ela estava longe da área comunal do caern, enfiada nas áreas mais selvagens do local, e além do som da mata, não ouvia mais nada.
[...]
Samuel tinha dormido por ali, num saco de dormir improvisado na casa de qualquer um. Ele acordou com Rony lhe cutucando com a ponta do tênis velho. Todo aquele tempo no meio do mato era muito bonito, muito legal, ele dizia, mas já estava de saco cheio e ele e Samuel tinham coisas para fazer, e se Samuel ia mesmo fazer parte da matilha de um Presas de Prata, tinha alguém com quem Samuel precisava conversar urgentemente.
Eles voltariam para a cidade naquela manhã, mas à noite Samuel tinha um compromisso com sua futura matilha.
[...]
Lailah, apesar de ter sido levada até ali pelos Crias, não foi levada de volta por eles, na verdade a menina não foi levada de volta por ninguém, passou a noite na casa de um Parente dos Fiannas ali próximos e poderia voltar pela manhã para casa, caso quisesse.
Um Parente se ofereceu para lhe dar carona até parte do caminho, já que ele estava indo para aquelas bandas. Tinha um compromisso à noite, com todas aquelas pessoas novas que tinha conhecido. Precisava adaptar-se a nova rotina.
[...]
Maik retornou para o Caern Fenris e contou a A-Dama sobre a matilha, ela ouviu em silêncio contemplativo e concordou com o filho deveria mesmo fazer parte da Matilha, os motivos? Não explicou. Era uma Anciã, não precisava explicar seus motivos.
Ele também tinha ouvido sobre a solução do problema entre os Pratas e os Fenris e sabia que sua irmã teria que receber Aeron e mais alguém nas terras dos Lobos do Norte para que o Presas pudesse se desculpar formalmente pelo ocorrido. Só não sabia se isso era exatamente uma boa ideia...
[...]
Dimitri, junto aos Presas retornou as suas terras, com tudo que ouviu e falou e conheceu na sua cabeça. Sabia que aquela nova investida seria... Complicada. Era um grupo bastante distinto e todos eles bastante crus. Era uma empreitada perigosa, que poderia ou não render frutos.
Pela manhã, Dimitri soube que o casamento dos O'Shea que seria naquele dia tinha sido cancelado, mas ninguém lhe explicou o motivo, a festa havia sido mudada para uma recepção para sua familia onde ele conheceria sua possível pretendente, Sienna O'Shea.
- Off:
Façam seus resumos a respeito da grande caçada e do seu inicio de manhã, vou abrir tópicos individuais para tratar de pequenas questões dos personagens durante o dia para depois juntá-los à noite de novo. Qualquer dúvida, só falar.