No Caminho - Aventurando-se!

Darvannel fica com os olhos arregalados diante da ameaça do anão. Ele engole seco, ficando com os olhos arregalados.

- Err...d-desculpa ae Bradur, é que esse anel é tão bonito...mas eu não recebo ordens de um GOBLIM. Va para sua toca embaixo da terra, o anel vai ficar comigo, diz ele para o goblinoide.

- Não tem lugar melhor pra ele ficar, vamos la...temos uma missão pela frente, não vou abandona-los pois quero minha parte nos tesouros, diz Darv para o restante do grupo que estava la.

Blefar:

Xanub cerra os olhos e rebate logo em seguida com seu sorriso sarcástico e tom de deboche:

-O anel fica com você, contanto que fique na caixa, até porque eu não quero ele, afinal não to a fim de morrer ainda com sei lá o que tem ai nele...Pode morre sozinho com ele, fique a vontade! Mas... não atraia mais coisas para ameaçar minha vida...Afinal...

Dizia ele enquanto olhava para os demais levantando a voz:

...um anel como esse não pode ficar exposto, acho que todos concordamos que ele deve voltar pra caixa até para facilitar nosso trabalho não é?

Hartigan tentou investigar o anel também, mas sentiu um impulso violento poderoso, se contendo por pouco. Ele põe a mão no rosto e respira ofegante e com os olhos arregalados. - A magia neste item é poderosa..me perguntou se os outros itens também são assim. - E guarda o que descobriu sobre o anel com ele próprio, melhor revelar o conhecimento em outro momento.

- Não importa mais. - Disse Hartigan às palavras de Xanub. - A proteção que existia na caixa foi destruída, totalmente rompida pelo ritual que os diabretes fizeram. Vamos tentar estudá-lo mas um pouco.

Bradur e Zaketrin ocupavam-se ajudando a mulher que desmaiara nos braços da drow.
Com dificuldade - e um pouco de disperdício - Bradur conseguiu fazer com que a jovem bebesse a poção que lhe dera. Foram poucos os ferimentos que se fecharam, mas ao menos não estava sangrando tanto. A cor das faces voltou a ficar rosadas, mesmo que a jovem ainda estivesse desmaiada.

Havia perdido muito sangue, talves demoraria ainda para despertar.

Darvannel tentou usar de sua Diplomacia para afastar o Goblin e os demais, infelizmente sua tentativa foi falha, não auxiliando para que todos o dessem ouvidos ou simplesmente o ignorassem.
Todos  - exceto Hartigan e Stella que se mantinha calada estudando até então - queriam que o anel voltasse para a caixa. Mas o gnomo parecia não ceder.

- Façam o que quiserem, mas não toquem no anel...

Stella dizia baixo, apenas Hartigan ouvira. Ela dizia em tom levemente cantado, talvés até um deboche daquela situação, mas no fundo falava sério.

De repente ela fecha o livro com um 'baque' alto, assustando Darvannel que salta para trás. Levanta-se e, jogando o livro no chão, questiona a todos com uma expressão séria e preocupada:

- Quem os mandou?! Vamos, abram o jogo logo! Todos agora estamos marcados pelos demonios e eu mereço saber A-GO-RA!

Stella não falava brincando... Impaciente, tagarelava sem parar e sem explicar nenhuma frase:

- Este anel contém uma alma amaldiçoada, há outras por aí! Quem foi a infame que lhes entregou esta...coisa!? Sabem quantas criaturas morreram para que este dia nunca chegasse?

A barda andava em círculos e olhava Hartigan ansiando que ele a respondesse, depois ela pega o broxe que ela roubara-lhe naquela noite:

- Nunca percebeu que esta Coruja folheia o livro?!!?

Não se importava em ser acusada de roubo, afinal roubara mesmo... mas suas intenções eram claras: estava protegendo Hartigan.


Ela encarava a todos, esperando logo uma resposta daquele estranho grupo.
Obviamente, não tirava os olhos de Darvannel.

Xanub olha para Estela com ar de deboche e abre seu largo sorriso sarcástico:

-Não seja ridícula falando desse jeito, quem você pensa que é para exigir algo? Além disso... pouco me importa quantos morreram e quantos vão morrer por causa desse anel, contanto que EU não morra tudo estará muito bem.

Confesso que até sinto certa simpatia por este grupo e auxiliaria-os para se proteger, mas de todos aqui quem eu menos confio é você com essa sua voz doce e sedutora que levou o mago na lábia...Não tenho obrigação de falar nada a você! Se os outros quiserem que deem todas as nossas informações e caso aconteça alguma traição por sua parte a culpa é exclusiva de quem revelou!

Dizia ele encarando Hartigan.

O goblin a muito já desconfiava de Stella mas não queria falar até um momento que parecesse mais adequado e a indagação dela foi a gota dágua.

Stella ouve as palavras de Xanub e ri dele:

- Quero saber porque agora também estou envolvida... E tenha certeza que se um de nós cair, você também morrerá em poucos instantes! Não sabem com o poder que estamos, agora, ainda mais envolvidos!

Ela pega o livro que folheava e abre uma página dele bruscamente estendendo o livro para Xanub.
O Goblin, Hartigan e Darvannel - que estavam próximos o suficiente para ver a página que a barda abriu - puderam reconhecer a imagem que estava desenhada.

Tratava-se de uma serpente imensa estranhamente familiar à todos... ''Nagine'' estava escrito em uma língua que o mago pôde reconhecer, na parte inferior do desenho. Obviamente a imagem do livro era muito maior do que a serpente que estava com Helldeth - que lhes ofereceram a missão - mas a semelhança era indiscutível.

Stella não dizia nada, apenas olhava Xanub com ar superior, embora Hartigan tenha percebido o brilho do medo nos olhos da humana.
A barda não conseguia dizer nada, a pergunta estava subentendida. Ela queria saber se o grupo conheceu a serpente da imagem... quem sabe assim eles poderiam começar a conversar melhor...

- Barda, não sei porquê esse seu medo todo - Falou começando apontar pra todos ali - Olha as nossas caras e as nossas raças. Sinceramente, você já devia esperar algo assim quando entrou num grupo estranho assim. Nós somos mercenarios, não discutimos as propostas que recebemos, apenas aceitamos ou não. Caso eu ou o meu amigo Bradur fossemos tentar entender e saber os porquês dos serviço que somos contratados, com certeza não teriamos mais a cabeça sobre o pescoço. Tente entender o nossa lado.

Zaketrin tinha levantado e se aproximado da Barda. Olhava nos olhos dela como se a tentasse ler. Sabia que a mulher tava com medo. Fintou Stella por um tempo e depois olhou a serpente do livro.

- O que você quer façamos? Não temos culpa se você se meteu numa furada porque quis fazer sacanagem com um mago - Disse a Drow voltando a olhar pra Barda.

Hartigan tenta absorver o que a mulher dizia.

Ele reconhecia o anel, mas não conhecia tudo a seu respeito. - Quando olhei bem para o anel percebi que já havia ouvido falar dele. Tem envolvimento com uma guerra travada a mais de cem anos. Eu apenas pude presumir que a criatura que caçamos tenha alguma relação com esta guerra, não conheço todos os detalhes, mas se quiser compartilhar conosco... - Ele apenas disse, calmo.

Acabou devolvendo o olhar que Xanub lhe deu, muito sério.

Se surpreendeu um pouco quando ela puxou o broche que lhe foi dado. Então lembrou da noite que tiveram e que ela poderia ter se apoderado dele ali. Cerrou um pouco os olhos e o apanhou das mãos de Stella. - O que eu vejo neste broche é um símbolo atípico de conhecimento...mas se você também tem informações sobre ele gostaríamos de saber. E esse, está em suas mãos há alguns dias, então você deveria ter dito algo antes..

Continuou olhando sério para ela, e observou o desenho da serpente. - Nagine.. - Ele leu em voz alta, então coçou a cabeça, irritado. - Uma coisa de cada vez. Primeiro, nos diga o que está acontecendo e com calma. O que aquele anel e este broche representam, que serpente é essa e ao que estamos ligados?

O goblin mantém sua postura não queria demonstrar que ficou meio sem ação com o que a mulher mistrou, então após olhar e ouvi as palavras dos demais ele fala:

-...Pois é...deveria ter nos mostrado antes...

Ele olha para os demais e fala desconfiado:

-É aquela serpente...

Mais uma vez ele olha para a barda e completa, dessa vez com seu ar de superior de volta:

-Pois bem, diga o que sabe...mostrando sua utilidade pode ser que diminua minhas desconfianças de você. afinal escondeu isso até agora logo, me soa bastante suspeito...

Darvannel presta atenção a discussão tentando entender o que estava acontecendo ali.

Stella ouve Zaketrin e dá pouca importância para o que a drow disse.

Em seguida Hartigan se aproxima e toma-lhe o broxe das mãos, ela não procurou segurar ou tentar recuperá-lo. Resolveu responder ao mago, que tinha-lhe seu afeto dentre todos ali:

- Não lhe disse nada antes porque não tinha certeza. Simplesmente o roubei e o guardei antes que algo de ruim pudesse lhe acontecer, Hartigan.

O mago não podia negar a verdade. Se o broxe estivesse com ele quando os diabretes apareceram talvez ele estivesse na mesma situação que Darvannel...

Não lhe disse mais nada, pois foi cortada com as palavras do Goblin novamente e desejou, por um momento, que o anel estivesse com Xanub ao invés do silencioso Darvannel. Aquela criatura estava começando a irritar.

Ela cruza os braços e diz à todos:

- Respondo as perguntas se responderem a minha! Quem os contratou!? Quem entregou-lhes estes itens? - dizia referindo-se ao anel, ao broxe e, pela primeira vez, deixou implícito o colar de Zaketrin envolvido naquela trama.

- Lhes direi sim o que sei, Hartigan. Mas antes menos acusações e mais respostas. Todos devemos cooperar agora, ou venderam suas vidas e almas por um preço baixo demais até mesmo para mercenários...

E encarava Xanub com desprezo, bem como a  drow.

Bradur estranhamente não disse nada, estava ocupado demais cuidando da jovem que Zaketrin deixou no chão aos seus cuidados antes de se aproximar de Stella.

Zaketrin nem ligou pro olhar de desprezo da barda pra ela. Em relação ao colar ela chegou a botar mão pra tira-lo do pescoço, mas pensou melhor e não fez isso. Depois de tudo o que tinha falando e que acontecera, era capaz de causar algum efeito negativo se ela o fizesse.

- Foi um druida, mestre do pequenininho. Uma bonitinha a mando dele me deu o colar e ela deixou de proposito um anel no balcão - Zaketrin tirou o anel da mochila, pegou a mão da barda abriu ela, e botou o objeto na palma e depois a fechou - Tai o anel se quiser pode analiza-lo.

Tinha falado tudo logo de uma vez, tava estressada com tudo o que tava acontecendo. O momento era tão ruim ali que ela tinha até lembrado da transa falha com o gnomo. Ficou até com vontade de tentar uma segunda vez, talvez fosse melhor. O ambiente daquela missão tava tão ruim que só uma transa mesmo aliviaria. Talvez um bom boquete melhorasse o seu espirito.

Andou e voltando pro seu lugar perto da menina desmaiada. No meio do caminho deu peteleco na orelha do gnomo.

Hartigan ouvia as palavras de Stella, irritado, mas colocou a cabeça do lugar. O que ela dizia fazia sentido, e ele estava mais preocupado em ter sido enganado do que no sigilo da missão.

- Helldeth. Ele nos contratou. E sim, vimos uma serpente muito similar a esta, mas em proporções bem menores.

E aguardou a reação dela.

Stella recebe o anel de Zaketrin e o joga no chão a seus pés assim que a drow coloca-o na sua mão. Temia que pudesse lhe acontecer algo semelhante ao que aconteceu com o gnomo. Mas, após ter pensado e analisado melhor os contornos e escritas no anel, não o identificou nada (usou conhecimento):

- Este anel não tem nada, ao menos nada que eu tenha conhecimento. Talvez Hartigan possa ver se ele tem alguma magia...

Foi interrompida com o assombro de resposta do mago. O fitou por alguns instantes e observou os demais, para ver se completariam alguma coisa, e lhe responde:

- Nagine... O problema não é somente o seu poder, mas a quem ela realmente é fiel. Esse quem lhes contratou, possivelmente está seguindo ordens a algum tempo... vocês foram apenas uma peça no xadrez, na verdade, todos nós somos.

Ela faz uma pausa olhando para o livro e diz:

- A muitos anos houve uma guerra, mas nenhum livro conta o detalhe dela. Havia um demonio muito poderoso que recrutava um exercito... e conseguiu aliados. Mas houve um traidor... Esse traidor matou todos os principais generais e aliados do outro e abrisionou suas almas e essencias dentro de itens que foram espalhados e escondidos.

Ela olhou para Darvannel e disse:

- Creio que este anel seja um dos aliados recém despertados....

O goblin arregala os olhos e parece que muda de opinião acerca dos anéis, o fato de poder controlar uma criatura poderosa lhe agradava mas ele poderia estar com um dos objetos amaldiçoados, ele pega a sua bolsa cheia de pedrinhas e itens e ergue em direção a ela:

-Você pode identificar algo nessa bolsa que possa estar com características semelhantes a estas que vc descreveu? Tem muitos objetos suspeitos aqui...

Ele muda sua expressão para pensativo e um ar malicioso envolve sua face:

-Podemos controlar o poder dessas criaturas a nosso favor?

Bradur se recorda que havia recusado um trabalho muito estranho na taverna...

-Me ofereceram um trabalho também, e eu recusei....Achei muito estranha a abordagem dos sujeitos que vieram me oferecer o serviço. Inclusive ficaram nervosos por causa da minha recusa.

Ele fica pensativo e resolve mostrar o broche que havia recebido...

-Mas recebi esse broche depois... Dê uma olhada nele por favor.

Diz o anão retirando o broche e mostrando para Stella.

- AAAiii! Diz o gnomo após levar o peteleco.

– Esse anel aqui? Capaz, ele não é nada disso não, so é bonito mesmo. Mas ele não deixa de rever suas coisas para ver se não havia nenhum ítem suspeito...

Darvannel procurou em suas coisas, mas não encontrou nada suspeito.

Bradur e Xanub entregaram seus itens "estranhos" e confiaram mais algumas coisas  para a barda.
Hartigan, por sua vez, ficou estranhamente quieto, não dizia nada, apenas observava o que estava acontecendo e pensando nas coisas que ouvira.

Zaketrin foi ficar junto da menina, mas ela continuava na mesma situação de antes. Precisava descansar depois de tudo o que aparentemente viveu.

Stella pegou um pedaço de pano branco, aparentemente com um pó de metal encobrindo-o. Xanub - que estava mais próximo - podia perceber uma aura mágica do tecido:

- Coloque-os aqui. Este pano é revestido por uma magia de proteção... é fraca, mas ainda é mais segura do que eu ficar virando os itens no ar após este ataque dos diabos..

Os olhou e aguardou que colocassem as coisas no pano. Depois enrolou-os envolta do tecido e prosseguiu:

- Acho que precisamos encontrar um lugar mais seguro paraver seus itens, no meio da estrada com uma mulher desmaiada e os corpos de monstros não acredito que seja o lugar mais indicado...

- Tá ai uma coisa que eu concordo com você. Eu acho que nós já ficamos aqui tempo demais. Uma Caverna ou uma casa abandonada seria o ideal pra isso - Diz a Drow.

Ela volta a pegar a menina no colo se levantando. Estava pronta pra partir caso fossem fazer isso.

Xanub balança a cabeça comcordando com a Drow:

-Depois de tudo isso devemos sair daqui o quanto antes, não quero ser surpreendido outra vez por essas criaturas.