Uma figura solitária cavalgava em meio ao calor incessante e infernal de Dorne, mas os efeitos que o sol poderia proporcionar parecia não incomodar aquele estranho. De alguma forma, havia algo de diferente em como ele se locomovia pelas terras áridas. Era um homem, e suas roupas eram de um tecido nobre, e ele montava um garanhão de batalhão bem encorpado, que apesar de toda sua força e imponência, carregava uma carroça pesada contendo alguns objetos cobertos por uma espécie de tecido rústico. Isso o tornava ainda mais intrigante para qualquer pessoa que o avistasse, algo que seria realmente difícil naquele momento, pois o sol se encontrava no auge, e até mesmo os dorneses mais acostumados ao sol relutavam em permanecer nele nessa altura da tarde.
Alon Tarbor sentia o calor do sol penetrar seu corpo com fúria, e dentro de si ele sentia que não aguentaria cavalgar por muito tempo embaixo daquele sol escaldante sem comprometer sua saúde. Se ele estivesse cavalgando um corcel ágil e veloz da região, a história seria diferente, pois certamente ele já estaria longe daquele lugar. No entanto, ele estava em um cavalo de batalha, um animal feito para se chocar contra outras garanhões e se manter em pé, e as vezes, derrubar o oponente de sua montaria, e essa mesma força transformava aquele grande animal em meio de transporte lento. E assim, o passado recente de Alon Tarbor ainda ficava bem a espreita, pois ele ainda se encontrava nos limites das terras de sua casa. As terras eram tão familiares ainda que qualquer vento que soprasse ali e levantasse a poeira, Alon podia sentir o cheiro leve de sal misturado com a terra, e irremediavelmente sua mente o fazia lembrar-se do Lago de Sal, um marco tão famoso para os Tarbor.
De qualquer maneira, as terras familiares estavam chegando ao fim, pois em meio a distorção causada pelo sol, Alon viu uma pequena vila que demarcava as fronteiras de sua casa. Era uma vila pequena, com cerca de dez casas apenas, mas era uma vila famosa, pois abrigava três tavernas em cada ponta da vila, sendo que cada taverna representava uma região que fazia fronteira. Havia o Peixe Salgado, fazendo alusão aos Tarbor e a Lagoa de Sal, de modo que essa foi a primeira taverna a ser visto por Alon, uma vez que ela estava direcionada para essa região, ou seja, estava apontada para direção em que Alon se encontrava. A outra taverna era O Cavaleiro Habilidoso, fazendo alusão a casa Santagar e a região onde ela se encontrava, as Terras Vermelhas. Já a última taverna era a maior e a que tinha mais destaque, era chamada de Os Príncipes da Areia, fazendo alusão ao poderia dos Martell, principalmente a Oberyn Martell, o qual era muito conhecido naquela vila, uma vez que era comum que ele se encontrasse naquela região para conversar e beber com os homens.
Havia então três opções de parada, mas as estradas de terra batida também permitiam uma passagem direta pelo local, avançando bem mais ao norte e saindo dessa região, onde um viajante poderia encontrar um local seguro a 1/4 de dia de distância, numa taverna chamada Espaço Verde, uma taverna que demarcava o início de um território mais neutro, de uma casa pequena chamada Grey.
A movimentação das três tavernas era pequeno, uma vez que o sol estava muito quente, a maioria dos homens deveriam estar abrigados dentro dos estabelecimentos, algo que Alon ainda não podia ver, uma vez que sua visão pegava apenas a parte externa dos recintos.
- Leia-me:
- Sua primeira ação é livre. Você pode descrever o que você quiser, inclusive se você foi a uma dessas tavernas, se foi notado por alguém, se você não foi e seguiu a viagem. Essa ação é totalmente livre para você, pode construir a cena que quiser.