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    Alon Tarbor - Bravos

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    Mensagem por Vinah Sex Set 08, 2017 11:56 am

    Alon Tarbor




    Uma figura solitária cavalgava em meio ao calor incessante e infernal de Dorne, mas os efeitos que o sol poderia proporcionar parecia não incomodar aquele estranho. De alguma forma, havia algo de diferente em como ele se locomovia pelas terras áridas. Era um homem, e suas roupas eram de um tecido nobre, e ele montava um garanhão de batalhão bem encorpado, que apesar de toda sua força e imponência, carregava uma carroça pesada contendo alguns objetos cobertos por uma espécie de tecido rústico. Isso o tornava ainda mais intrigante para qualquer pessoa que o avistasse, algo que seria realmente difícil naquele momento, pois o sol se encontrava no auge, e até mesmo os dorneses mais acostumados ao sol relutavam em permanecer nele nessa altura da tarde.

    Alon Tarbor sentia o calor do sol penetrar seu corpo com fúria, e dentro de si ele sentia que não aguentaria cavalgar por muito tempo embaixo daquele sol escaldante sem comprometer sua saúde. Se ele estivesse cavalgando um corcel ágil e veloz da região, a história seria diferente, pois certamente ele já estaria longe daquele lugar. No entanto, ele estava em um cavalo de batalha, um animal feito para se chocar contra outras garanhões e se manter em pé, e as vezes, derrubar o oponente de sua montaria, e essa mesma força transformava aquele grande animal em meio de transporte lento. E assim, o passado recente de Alon Tarbor ainda ficava bem a espreita, pois ele ainda se encontrava nos limites das terras de sua casa. As terras eram tão familiares ainda que qualquer vento que soprasse ali e levantasse a poeira, Alon podia sentir o cheiro leve de sal misturado com a terra, e irremediavelmente sua mente o fazia lembrar-se do Lago de Sal, um marco tão famoso para os Tarbor.

    De qualquer maneira, as terras familiares estavam chegando ao fim, pois em meio a distorção causada pelo sol, Alon viu uma pequena vila que demarcava as fronteiras de sua casa. Era uma vila pequena, com cerca de dez casas apenas, mas era uma vila famosa, pois abrigava três tavernas em cada ponta da vila, sendo que cada taverna representava uma região que fazia fronteira. Havia o Peixe Salgado, fazendo alusão aos Tarbor e a Lagoa de Sal, de modo que essa foi a primeira taverna a ser visto por Alon, uma vez que ela estava direcionada para essa região, ou seja, estava apontada para direção em que Alon se encontrava. A outra taverna era O Cavaleiro Habilidoso, fazendo alusão a casa Santagar e a região onde ela se encontrava, as Terras Vermelhas. Já a última taverna era a maior e a que tinha mais destaque, era chamada de Os Príncipes da Areia, fazendo alusão ao poderia dos Martell, principalmente a Oberyn Martell, o qual era muito conhecido naquela vila, uma vez que era comum que ele se encontrasse naquela região para conversar e beber com os homens.

    Havia então três opções de parada, mas as estradas de terra batida também permitiam uma passagem direta pelo local, avançando bem mais ao norte e saindo dessa região, onde um viajante poderia encontrar um local seguro a 1/4 de dia de distância, numa taverna chamada Espaço Verde, uma taverna que demarcava o início de um território mais neutro, de uma casa pequena chamada Grey.

    A movimentação das três tavernas era pequeno, uma vez que o sol estava muito quente, a maioria dos homens deveriam estar abrigados dentro dos estabelecimentos, algo que Alon ainda não podia ver, uma vez que sua visão pegava apenas a parte externa dos recintos.

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    Mensagem por Bravos Sáb Set 09, 2017 12:55 am

    Cavalgar no sol dornense era um flagelo que estalava contínua e lentamente nas costas. Mesmo os mais habituados nativos penavam vez ou outra. Ele cavalgava por falta de opções. Os dedos lhe haviam apontado como culpado de um crime que não cometera, mas aparentemente isso não importava, já que só tinha, naquela altura, sua palavra. Saíra de casa apressado, juntando uns poucos pertences, jogou-os numa carroça e atrelou o primeiro cavalo saudável que encontrou. Em Lago de Sal havia um ou outro corcel dornês, mas eles não lhe pertenciam, e não pretendia ser acusado de roubo também. Além disso, um animal como aquele não deveria sair arrastando uma carroça. Ele nascera para correr livremente, tão rápido quanto o vento.

    Mas Alon não pensava nessas coisas. Já cavalgava a algum tempo e ele mesmo não aguentaria seguir viagem com o sol a pino como estava. Poderia bem fazê-lo por mais um dia ou dois, no terceiro provavelmente cairia doente e não levantaria por dias as fio. Era melhor ser inteligente que aguerrido. A valentia levou muitos à honra, mas levou muitos mais a ruína - e tantas vezes, ruína quer dizer morte. Chegava ao final das terras de sua família. Ele mesmo pouco as considerava como suas, embora fosse bastante apegado ao lugar, sobretudo ao lago. Mas não lhe cabia o direito, não deveria lhe caber também a presunção. Ainda mais depois do ocorrido, em que ele deveria ser considerado pouco mais que merda. No pequeno vilarejo, três tavernas faziam alusão ao encontro de terras que ali havia.


    "Não tenho como seguir viagem com o sol a pino... Tampouco quereria ser reconhecido no estado de foragido que estou. Creio que não tenho muitas opções..." - Passou direto do Peixe Salgado. Ali sua cara era mais que reconhecida. Não passaria um segundo sequer sem que alguém não espreitasse e lançasse mais boatos no meio do mundo. A opção mais segura era a taverna próxima as terras dos Santagar. Ninguém esperaria que um Tarbor tivesse a ousadia de por o focinho ali. Ele não se importava com isso, essa era a verdade, mas que infernos! Claro que se houvesse um Santagar, por ridículo que fosse, que o reconhecesse, criaria uma situação espalhando aos quatro ventos que ele era um assassino. Sobrava Os Príncipes da Areia. Mesmo que o próprio Oberyn estivesse ali, certamente Alon teria mais simpatia dele que nas outras opções.

    Levou o cavalo para o estábulo, à sombra e com água, prezando que seus bens na carroça estivessem bem dissimulados e em segurança, o ex-nobre ousou adentrar na taverna predileta dos Martell. Tentou evitar chamar atenção para si, entrando de cabeça baixa e sentando-se na mesa mais ao canto, de onde ele pudesse ver todo o salão e não ser surpreendido por alguém fora da linha de visão. Logo uma garota de pele morena do sol veio perguntar-lhe sobre o pedido. Pediu uma cerveja e um pão. Nada extravagante. Bastava-lhe as roupas que não havia trocado. Pretendia esperar ali ao menos até o sol estar um pouco mais amigável, antes de seguir viagem até uma outra taverna mais adiante, há 6 horas de viagem. Fez as contas, só era prudente ficar ali por no máximo uma hora. Não era o bastante para o sol descer...
    "Mas que porra!"




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    Mensagem por Vinah Dom Set 10, 2017 1:54 pm

    A taverna preferida do Príncipe Oberyn Martell estava repleta de pessoas. Assim que adentrou no recinto, Alon Tarbor pôde ver um grupo de camponeses no centro do salão, homens com a pele ressecada pelo tempo e com as mãos rudes, uma vez que qualquer tipo de trabalho naquela região ali era uma tarefa árdua. Os homens bebiam e riam, e apesar da cerveja muitas vezes elevar o ânimo dos homens, eles pareciam bem contidos. De alguma maneira, Alon Tarbor havia feito uma boa escolha, pois não havia nenhum tipo de ameaça no local, apenas camponeses, os quais não pareceram reconhecer quem Alon era.

    Dessa forma, o jovem de Lago de Sal encontrou um local onde pôde ficar mais escondido, e assim, conseguiu passar bons minutos desfrutando de sua cerveja, pão, e principalmente, da sombra fresca que era oferecida pelo local. Foram minutos preciosos, o suficiente para que a energia drenada pelo sol retornasse aos poucos ao corpo de Alon. Quando já estava próximo do tempo de descanso acabar, novas figuras adentraram na taverna.

    Um grupo de cinco homens carregando espadas na cintura e vestidos com cotas de malhas atravessaram a porta da taverna, e imediatamente, alguns camponeses os saudaram com alegria. No entanto, uma figura entrou por último. e essa figura provocou uma reação diferente das pessoas que se encontravam lá dentro. Se outrora havia sido manifestado alegria por parte dos camponeses, agora havia um sentimento diferente, cautela. A maioria dos camponeses se afastaram do centro do salão, e começaram a cochichar, e as risadas que antes foram fartas, agora estava somente presente na boca daqueles que exageraram na bebida. Não foi difícil para Alon reconhecer quem era.

    Spoiler:

    Não era o príncipe Oberyn Martell, mas assim que Alon fixou os olhos na figura, soube imediatamente quem era, apesar de nunca ter tido a chance de conversar com ela. Era Obara Sand, a filha bastarda mais velha de Oberyn Martell e a mais conhecida entre as "Serpentes da Areia". Alon sabia que, mais do que suas irmãs, Obara havia herdado a proeza marcial de seu pai, particularmente na habilidade com uma lança. Era uma pessoa dura, e o modo como ela se vestia comprovava que Obara era certamente alguém peculiar. Sua roupa era de couro, a mesma que usava para batalhar, uma peça leve, porém que oferecia uma certa proteção. O porte de Obara era muito mais masculino do que feminino, e seu olhar era como se tudo ao seu redor a desagradasse. Ela caminhou de forma dura pela taverna, e imediatamente a moça que servia os fregueses entregou uma jarra de barro contendo cerveja para ela, a qual foi sorvida quase completamente com três grandes goles de Obara. Os camponeses a observavam, e até mesmo os seus companheiros também, mas ela os ignorou, pois ela havia encontrado um ponto muito mais interessante para olhar. Ela olhava para o Alon Tarbor.

    Sim, Obara Sand encarava Alon Tarbor com uma fúria contida, ou talvez esse era o jeito normal de Obara olhar. De qualquer maneira, assim que avistou Alon Tarbor, ela caminhou em direção aonde ele estava. Os passos da bastarda eram duros, e após alguns segundos, ela já se encontrava em frente a Alon. Ela então falou numa voz rouca provocada pelo calor excessivo do deserto.

    - Você não foi muito longe. Pensei que seria mais difícil te encontrar. Para um filho do deserto, esperava que você fosse mais que isso. - Ela bufou em desprezo. - Não importa, eu te encontrei. Não tenho tempo para jogos, por isso serei direta, Alon Tarbor, tenho algo que talvez possa ser interessante para você.

    Obara Sand ficou parada, olhando nos olhos de Alon. Era estranho, pois, Obara falava como se já fosse alguma conhecida de Alon, mas a verdade era bem diferente daquilo. Os dois haviam se encontrado poucas vezes, e nunca nem mesmo trocaram mais que meia dúzia de olhares dispersos em eventos por toda Dorne. E no entanto, ali estava ela, esperando que Alon dissesse alguma coisa.


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    Mensagem por Bravos Dom Set 10, 2017 11:03 pm

    Alon era um nobre, de uma Casa Menor, é verdade, mas apreciar um pão e uma cerveja como um homem simples tinha um certo prazer para ele. Sem tantas arrogâncias e sem tantas firulas: uma refeição digna, num canto levemente confortável, à sombra, lhe bastava. Não que ficasse desgostoso com grandes ceias e tantas pompas, mas definitivamente, não fazia falta. Ali no meio daquela gente, sendo mais um, ele estava bastante bem.  

    O descanso que pretendia ali estava sendo bastante proveitoso. Para falar a verdade, conseguira mesmo relaxar desde que fora acusado, alguns dias antes. Os dias até o atual, no qual ele fora expulso, tinham sido tensos. Realmente tensos. E ali ele parecia esquecer um pouco tudo aquilo pela primeira vez em dias. Esse relaxamento e o pão fermentando em seu estômago o fizeram cochilar na cadeira. Foram apenas alguns minutos. Seu breve sono foi interrompido pela chegada de cinco homens que foram recebidos com festa. A algazarra dos bêbedos o fez abrir os olhos. Bem a tempo de ver a festa acabar logo em seguida. Entrara no bar Obara Sand. Uma das bastardas do príncipe. A mais velha. Alon observou-a secando uma jarra de cerveja. Ela era uma pessoa intrigante.


    "Será que ela prefere outras moças...? Ela tem mais porte que os cinco amiguinhos que entraram primeiro, mais que 2/3 dos homens daqui, se duvidar até mais que eu..." - Pensava nessas coisas quando o olhar dela cruzou o seu. Vira aquele olhar feroz. Fez uma cara de desentendido e olhou para os lados como se quisesse encontrar para quem ela estava olhando. Tornou a olhar para ela, fazendo um gesto com as mãos como que dizendo 'não sei'. Alon tinha uma certa natureza provocadora. Ações como essa emergiam espontaneamente. Quando ela estava já a beira de sua mesa, olhou-a ainda sentado e possivelmente com o semblante ainda sonolento.

    - Veja bem, não é como se eu estivesse saindo foragido... Por motivos diversos os meus não me querem mais em casa... Isso não quer dizer que eu precise me esconder por aí. - Apertou levemente os olhos como tentando entender porque Obara Sand estaria procurando-o e ainda mais falando consigo como se fossem amigos de longa data. Quando ela então falou que tinha algo para ele, chegou a reclinar-se no encosto de surpresa. Aquela parecia o tipo de história mal contada cheia de coincidências. - Algo para mim? O que a maior das 'Serpentes da Areia' poderia ter para um jovem deserdado do Lago de Sal? - Deu um leve sorriso sem dentes. - Que deselegância minha! Quer sentar-se? Ou prefere caminhar um pouco?



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    Mensagem por Vinah Seg Set 11, 2017 7:07 pm

    Obara Sand ouviu e se manteve atenta a reação de Alon, mas a mesma permaneceu imóvel por alguns segundos, observando-o. Logo depois, ela respondeu.

    - Sim, creio que você não tem motivos nenhum para se esconder, talvez a urgência do que eu preciso te contar tenha feito-me ansiar pelo momento em que te encontraria. - Ela bufou, e logo em seguida deu de ombros. Indicou então que queria conversar lá fora, mas antes que os dois saíssem do local, ela fez questão de pegar outra jarra de cerveja. Só quando os dois estavam lá fora, ela voltou a falar. - Como eu falei, eu não sou de jogos, e parte de mim acredita que você não passa de um jovem arrogante, assim como todos os outros bem nascidos. - Ela cuspiu no chão, e os sinais corporais de Obara Sand não eram difíceis de ler para um nobre como Alon. Estava claro que, o modo de falar como um velho amigo, na verdade, significava que alguém que Obara respeitava tinha uma estima grande por Alon, e isso refletia de certa forma na maneira de Obara Sand de agir. Quanto ao xingamento anterior, parecia algo intrínseco a dornesa. - No entanto, prometi a uma pessoa que te encontraria, e te ajudaria da maneira que eu conseguisse. Então aqui estou eu. - Ela fez uma pausa, dando tempo para Alon assimilasse o que ela estava falando. - Eu estive em Lago do Sal há poucos dias, exatamente meio dia depois que você tinha "saído" de lá. Eu estava levando uma proposta para sua casa, mas fui convencida por alguém da sua família em oferecer essa tarefa a você. Veja bem, talvez isso lhe ajude a recuperar um pouco de prestígio na sua própria família, pois há pessoas que ainda acreditam na sua inocência, e que acham que essa tarefa que eu tenho para você pode lhe ajudar a contornar essa situação.

    Obara parou de falar, sorveu um grande gole de cerveja, mas o gole foi tão grande que ela não conseguiu engolir tudo, de modo que o excesso de cerveja escorreu pela boca da dornesa, e logo depois pingaram no chão. Ela não pareceu nenhum pouco preocupada com isso, e logo depois sorveu todo o resto do conteúdo. O corpo de Obara Sand confirmava que ela tinha um aspecto masculino, seus braços eram forte e os músculos eram proeminentes em cada movimento que ela fazia. Ela então voltou a falar.

    - O que me diz sobre isso? Deixo a oportunidade para você se manifestar, talvez eu esteja certa e você realmente seja um nobre arrogante que queria se afastar da sua própria família. Enfim, não me importo muito para falar a verdade.

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    Mensagem por Bravos Qua Set 13, 2017 10:10 am

    - Eu sou o mais mau nascido entre os bem nascido... O que me torna quase igual a você, por exemplo.- Retrucou quando ela falou do seu berço de nascimento. Ela preferia sair dali, e Alon não se opôs. Lá fora o sol já dava sinais que iria amenizar, porém, era ainda forte o bastante para ser incômodo. Alon estaria reclamando se não houvesse descansado algum tempo na taverna, ou se não estivesse acostumado com o sol inclemente no meio do mar.

    - Uma pessoa... Quem?! - Observava Obara e via que de fato ela estava ali por causa de alguém. Alon, contudo, não imaginava quem gostaria de estendê-lo a mão naquela ocasião. Não que estivesse negando, apenas não estava certo de quem poderia ser... Na verdade, seu coração desejava que fosse alguém. "Mas não seria possível... Alira?" - Ele sabia, entretanto, que isso era sobretudo seus desejos por ela falando. Alira era a futura esposa de seu irmão. Abanou a cabeça como que para dissipar aquele pensamento. Quem mais poderia ser?

    - Logo depois que eu saí? Como estavam as coisas lá? - Era uma pergunta sincera. Embora não fosse culpado, se sentia até mal pela situação que ficara ali. Na sua mente passou todos os momentos em que o pai lhe apontara o dedo e o responsabilizara pela morte do irmão. Decerto não poderia ser ele... Sua mãe, Laena, talvez? Ele nunca fora seu filho preferido, mas era ainda sua mãe. Ou talvez Luciya... Ela era uma das poucas da casa que pensava mais com mais clareza nas situações.

    - Não ganho nada estando perto de minha família. Porém, ganho menos ainda estando apartado dela. Não tenho interesse algum em continuar proscrito de minha própria casa... - Disse essas palavras olhando para o chão. Não deixava de ser verdade. Decerto não era um grande nobre, mas não reclamava a posição em que nascera. - Quem lhe convenceu a trazer essa tarefa para mim? - Voltou a olhara para Obara, com seriedade. - E o que deve ser feito?



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    Mensagem por Vinah Qui Set 14, 2017 4:55 pm

    Obara Sand ouviu as indagações de Alon, e prontamente começou a falar.

    - Essa pessoa não quer se revelar agora, pois teme uma punição grande em caso de ser descoberta. As coisas em Lago de Sal não estão muito boas, inicialmente apenas os membros de sua família sabiam o que aconteceu, mas você sabe como os nobres são, e aos poucos esse segredo é cochichado por entre as paredes quando a noite caí. Eu não duvido nada que a população já esteja sabendo sobre o caso nesse momento, e mesmo que não saibam com toda certeza, deve haver no mínimo uma suspeita. - Obara Sand fez uma pausa, e olhou em volta. O sol já estava começando a dar indícios que estava saindo do seu auge, indo então para um declínio lento e irrefreável. Obara então volta a olhar para Alon, com seriedade. - Quando você retornar a sua casa, saberá quem te ajudou. - Ela fez uma pausa, e logo continuou. - O príncipe Oberyn Martell precisa de sua ajuda. Ele acredita que você detém habilidades importantes para contribuir positivamente com o que ele vem planejando. Ele quer que você comande um barco, com uma pequena tripulação designada por ele, para buscar um objeto de extrema importância que está em Essos. Esse objeto é muito importante, de modo que ele aprecia sua habilidade no mar e também a tradição de sua família. Não posso te dar mais informações que isso agora, mas tenha em mente que o futuro de Dorne pode estar em suas mãos.
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    Mensagem por Bravos Sex Set 15, 2017 11:12 pm

    - Sem saber quem me estende essa mão, eventualmente pode ser alguém que queira soltá-la quando eu achar que estou bem seguro.- Sabia da problemática de um filho de uma Casa Nobre ter sido assassinado. Ainda mais quando culpavam o próprio irmão com um motivo vil. Porém sabia que mistério demais na verdade poderia ser um disfarce. Alguma espécie de armadilha ou de vendetta bem escondida como uma oportunidade de ouro para se reerguer. Sobretudo se você acabou de cair. Quando Obara falou que quando ele voltasse saberia quem o havia ajudado, abriu um sorriso irônico. - Pode ser que eu nunca volte, não é?

    A bastarda então anunciou a proposta. Ir até Essos buscar uma mercadoria, com um barco com tripulação restrita. Alon riu-se sarcasticamente. Balançando a cabeça como se não acreditasse. - Você está propondo que eu vá a Essos liderando uma tripulação de estranhos para buscar alguma coisa? Ouça, se fosse há uma semana atrás eu estaria já exultante. Mas estão me acusando de fraticídio. Se alguém de minha casa quiser me ver morto, parece providencial que eu saia num barco escondido e que misteriosamente meu corpo suma para sempre afundado no Mar de Dorne. - Falou seriamente. Tudo poderia não passar de uma trama para enredá-lo e por fim de vez naquela história. Continuou fitando fixamente Obara, procurando um indício de pista ou de hesitação. Algo que pelo menos lhe indicasse quem lhe estendia a mão.

    - O que vai me garantir que não serei apunhalado pelas costas na primeira oportunidade? Eu aceito o risco de morrer à deriva no mar depois de uma tempestade; de ser, quem sabe, degolado por um Dothraki que cruzar com a tripulação; ou mesmo de morrer de diarréia por causa de um tempero maluco do Leste. Tudo isso vale a chance de reverter meu quadro com minha família. Porém não vou enrolar uma corda no meu pescoço. Entende o que quero dizer? - Nessa altura, havia ficado completamente ereto, mostrando com sua postura a firmeza de sua posição.

    - Para que não diga que eu estou sendo ingrato e que note que apenas estou sendo precavido, invés de somente reclamar, lançarei uma contra proposta. - Um leve sorriso voltou a surgir em seu rosto. Aquela idéia acabara de lhe passar pela cabeça e parecia resolver seu problema. - Irei de bom grado e de consciência tranquila se você, Obara, estiver na tripulação. Você cumpriria sua promessa com quem lhe convenceu, dividiria comigo os louros da vitória, se assim o for, e eu teria a segurança de ter uma Serpente da Areia comigo em alto mar. - Sorriu uma outra vez, agora com todos os dentes.



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