Ato III - O Último Confronto

Quando avançavam Darksol percebe uma bifurcação em seu caminho, ele para olhando paraum lado e para o outro e quando ia tomar sua decisão ouve um som de gemidos de dor no corredor a direita, ele rapidamente puxa o manto do mago e o fala:

-Darksol está escutando gemidos de dor a direita, sim sim, são gemidos sim, tem alguém ferido, pode ser um dos nossos!

Dito Isso ele avança pela direita.

Sophia havia reconhecido sua parte de culpa na bronca que levava da leoparda enquanto os outros estavam explorando mais adiante. Embora jamais admitisse.

- Você podia me ajudar, ao invés de ficar aí quieto...

Falava para Felpudo ao seu lado, Nevasca rosnou baixo, mas amável com a Druida. A humana agachou-se ela veio ao seu encontro, acariciando sua cabeça em seu pescoço e rosto do lado esquerdo.

Foi quando Sophia viu os companheiros chegarem. Levantou-se pigarreando e batendo com o cabo da foice no chão, para disfarçar o momento carinhoso que tivera a pouco com a leoparda:

- E então? Encontraram algo?

Perguntou e, após ouvi-los, se colocou a marchar de volta ao local. Nevasca mordiscou de leve sua mão livre e indicou com a cabeça Frafur:

- Err... Muito leal seu animal, anão...

Ela tentou arriscar, mas sentiu-se ridícula e ignorou a leoparda que parecia feliz em tê-la convencido a dizer alguma coisa que não fosse ríspido.
Chegando ao local, ela diz:

- Esperemos os outros voltarem?

E aguarda a resposta.

Felpudo olhava estranhamente para Sophia sem entender ao certo o que ela pretendia e apenas respirava com força como se quisesse dizer que era melhor ficar calada e prestar atenção alguma coisa acontecesse.

Frafur ouve o comentário de Sophia e diz:


-Obrigado, ele é um grande companheiro...Tive sorte de Gorm Gulthyn me conceder essa graça... (diz o anão acariciando o pelo de Felpudo e se preparando para montá-lo)

Então responde:
-Há uma fortaleza adiante, provavelmente está tomada pelos duergas e talvez muitos outros inimigos... Mas precisamos cumprir com o combinado e, aí sim, voltaremos para explorá-la. E acabar com quaisquer inimigos que lá estejam.

Ao retornar verifica que tudo estava em ordem, nada havia mudado de lugar. Ele sabia que tinham mais alguns minutos até o retorno de Eunsech, bem como Tondrill e Darksol.

-Agora é só aguardar por Eunsech e os outros, caso eles demorem além do tempo combinado, sugiro que a gente desça e vá de encontro a eles. O que acham?

A elfa após levar a mordida tenta rapidamente se recompor, conjurando cura sobre si mesma.

O machado de Baraz continuou seu movimento mortal e atingiu o peitoral do duergar, perfurando carne, armadura e osso, e o anão cinzento tombou ao chão, desmaiado. Não havia mais inimigos de pé, e a muitos metros dali, em alguma outra parte da masmorra, Barbalarga e Isabela pararam de correr. Eles sabiam em que parte estavam e o caminho de volta que teriam que percorrer, embora não soubessem exatamente por que haviam fugido daquele jeito.

Tomdrill olha o homem sofrente e depois ao redor procurando inimigos. Verificado que estavam sós ele se abaixa e pergunta:

- O que aconteceu? Onde estão os outros?

Darksol vê Ivor ferido mortalmente, não teria muito tempo para falar onde estavam os demais, e não podia fazer nada quanto a ele o kobold se entristece, mas tenta disfarçar com um sorriso no rosto, ele não queria desesperançar o homem.

-Sabendo onde estão os outros Darksol e Tomdrill poderiam encontrar Belediel sim sim, encontra sim e trazer ela aqui para salvar você sim sim, salvar sim e você vai ficar bem e vamos maar todos os Duegars e quem fez isso com você sim sim, vamos sim!

O sorriso meio forçado do Darksol para tentar amenizar a findada esperança de Ivor subitamente some e dá lugar a uma expressão de tristeza, mais um companheiro morto na vida de Darksol, como se não bastasse todos os outros.

O kobold respirou fundo agachou-se e pegou as mãos ainda quentes de Ivor sem falar uma palavra, simplesmente juntou as duas e levantou-se, lançou mais um olhar de tristeza e então após alguns segundos virou-se para Tomdril e falou com ar pesaroso:


-Darksol acha que devemos ir atrás dos demais, eles devem ter seguido por aqui, a cobra devoradora deve estar nos arredores ainda sim deve sim. Devemos seguir rápido.

Dito isso ele segue se passo sem olhar para trás.

Belediel se levanta do chão e limpa a poeria da roupa. Sentia a dor das mordidas que tinha levado do cão, mas elas ainda estavam meio que disfarçadas devidos a magia usada. De fato estava mais tranquila por tudo ter terminado bem. Só restava agora achar isabela e o goliath.

Ela canta uma das suas canções de cura que aprendera no templo, pra fechar os seus ferimentos. Depois se vira pro anão e fala:

- Belo trabalho com os cinzentos. Poderia ter sido o meu ultimo dia se não fosse você, gostaria de dizer obrigado. Estou bastante preocupada com o goliath e Isabella, eles sairam em panico por causa do latido do cão, podem se encontrar com aquela cobra.

BARAZ

A vibração que os machados ao partir os ossos das vítimas era transmitida integralmente ao corpo do anão. Como uma droga, a batalha proporcionava uma mórbida sensação de poder e prazer. Os movimentos se encadeavam numa dança cruel e mortal, que cobrava em sangue sua apresentação. Ao fim, nenhuma oposição restara, e tudo que o anão ouvia era o som de sua respiração pesada e ruidosa. Distante, ouvia a elfa falar algo, como um agradecimento ou coisa assim. Curtindo os últimos instantes do bem estar da adrenalina, responde, satisfeito:

- Consegue caminhar? Vamo achá os outro e sair daqui. Acho que nossa presença foi notada...

Barbalarga retorna aos seus companheiros, coçando a cabeça. Ele evita olhar para os membros do grupo, pois sua fuga fora vergonhosa.

Ele trata de observar o local e redobrar sua atenção.

Tomdrill queria pegar o corpo de Ivor e levar até um local mais seguro. Ali naquele lugar a tal cobra poderia retornar e terminar de comê-lo. Mas havia tempo e se a cobra não estava ali, estaria no encalço deles. Ele é interrompido pela voz do Kobold.

- Você sabe que adentrando ainda mais aqui nós provavelmente encontraremos a tal cobra, não é? Ainda assim está disposto? Sinceramente devo dizer que não posso garantir a sua segurança.

Se o Kobold confirmar, Tomdrill seguirá o caminho indicado. Caso contrário arrastará o corpo de Ivor para fora da caverna.

Draksol já estava a caminho mas para um pouco e pensa no que Tomdrill falou ele ia seguir sem pensar buscando os demais, ele para de súbito ao ouvir as palavras dele e voltando-se fala:

-Ah sim sim, o mago voador está certo, mas ele disse que os outros seguiram, eles podem estar sendo perseguidos pela cobra sim, sim podem sim, e nós devemos ajuda-los! Sim, devemos sim!

O kobold temia pelos outros e saia que se a cobra o estava perseguindo pode ser que eles estejam precisando de ajuda e não mudou de opinião.

Tomdrill para em frente ao grupo. Deixa descer o kobold e começa a explanação:

- Encontramos uma entrada por onde os que caíram passaram. Encontramo Ivor no fim da vida. Ele quem nos contou que foram atacados por uma serpente e os outros conseguiram escapar. Nós o arrastamos até aqui em baixo. Podemos aproveitar o que me resta de asas para trazê-lo para cima. Para isto preciso de ajuda. Cordas?

Arrancou a casca do machucado de uma vez. Sabia que seria doloroso.

Darksol ouve Tomdril explanar de modo direto e objetivo a situação, não teria um jeito melhor, nem saberia explicar tão bem, mas apenas ficou atento e escutou, logo em seguida complementou:

-Ainda procuramos os outros por quase todo o lugar, sim, sim procuramos sim e Ivor disse que os outros estão vivos, estão sim! Darksol não gostaria de perder mais amigos, não gostaria não, temos que encontra-los sim, temos sim e trazê-los para junto de nós outra vez!

O kobold estava triste, mas ao mesmo tempo feliz se isso fosse possível, triste pela morte de Ivor e Feliz por estar muito esperançado que os outros estejam vivos, afinal, nada de sangue foi encontrado além do de Ivor enquanto procuravam os demais.

- Isso não seria arriscado? Esse Duergar pode ser perigoso. E você isabela tá bem? - diz ela pegando no rosto da humana e virando de um lado pro outro.

Ela faz o mesmo com o goliath, e ainda circunda os dois procurando algum ferimento mais grave. O barbaro tava um pouco ferido, mas nada pra ser preocupar, já a humana estava num estado pior. Tinha alguns machucados mais graves e belediel não estava tão segura em trazer o duergar de volta com ela naquele estado. Era obvio que tinham barbalarga, baraz e até mesmo ela pra lutar caso alguma coisa desse errado, porém não era bom arriscar.

- Você não está bem Isabela. Só uso cura no anão cinzento e você ficar longe dele. Nós aqui estamos no limite e eu não quero arriscar que nada de ruim aconteça - Diz ela olhando com uma cara seria pra humana.

BARAZ

- Duergar perigoso?... diz Baraz, com sangue pingando dos machados. - Não gasta cura com essa escória, teus companhêro precisam mais.

- Vamo retorná e ver se encontramos os outros. O sacrifício de Yvor deve te acalmado a fome da serpente. Pra frente não sabêmo o que nos espera.