Ato III - O Último Confronto

A rajada Mística de Darksol era um raio vermelho brilhante crepitante, a energia corta a ponte numa velocidade impressionante e em pouquíssimos segundos dirige-se ao inimigo. O kobold não queria saber se era herói ou não, ele agora era uma ameaça e merecia ser exterminada como qualquer outra.

Quando aquela imensa rocha começa a desabar sobre o grupo, Barbalarga grita um "Corram!", mas suas palavras são abafadas pelo som da imensa rocha se desprendendo do teto. Ele tenta esquivar daquele imenso projetil, mas não consegue: rangendo os dentes ele tenta inutilmente segurar a pedra. Quando esta perfura a ponte, ele tenta tatear o ar com as mãos, buscando algo em que se segurar com o rosto atonito de surpresa, enquanto seu corpo é sugado para a escuridão.

BARAZ

Tudo aconteceu muito rápido. Num instante estavam atravessando a ponte, e, no segundo seguinte, nem ponte mais havia. O anão, apesar do esforço, não conseguiu reagir a tempo, nem correr, nem segurar-se onde quer que fosse. Antes que pudesse terminar de esbravejar, o abismo o engolira.

Frafur caminhava atento a tudo, ele sabia que aqueles malditos cizentos podiam estar tramando algo e ao ver um deles surgir das sombras percebeu que não estava errado. Mas não conseguiu prever que o ataque viria de cima e não de baixo.

A pedra imensa desceu sobre eles e apenas deu tempo do Barakor dar alguns toques na rédea e recuar Felpudo um pouco, o suficiente para que não tivesse o mesmo destido de seus companheiros.

Ele não acredita no que acabara de acontecer, ver seus companheiros serem sugados para o abismo daquela forma, sem poder fazer absolutamente nada. Inevitavelmente o sentimento de culpa o assombrou.

Mas se lembrou da história de Rafar e Rafur... "Nunca perca as esperanças...mesmo que haja uma faísca de vida haverá uma esperança."

Afastou os mals pensamentos e viu que além do outro inimigo cinzento, um de seus heróis surgira das sombras revivido por alguma magia maligna. Ele precisava ir para o outro lado ajudar àqueles que ficaram lá desamparados.

Tomou as rédeas firmemente e pronunciou algumas palavras para Felpudo que recuou alguns passos para tráz e partiu em disparada para saltar a fenda que abrira na ponte.

Então grita para os companheiros:

-Vou pro outro lado acabar com essa maldição então iremos atrás dos nossos companheiros. Sei que estão vivos em algum lugar.

Ele não tinha certeza, mas era nisso que ele iria acreditar naquele momento.

Havia sido o pior dos pesadelos de Tomdrill. Na torre dos arautos descobrira que veria alguns de seus amigos morrerem. Depois da viagem em busca da aliança da tribo bárbara, o mago ficara um pouco mais relaxado com aquela predição, afinal de contas, nunca fora de dar ouvidos a estas coisas.

Mas num estalar de dedos tudo foi buraco abaixo. Belediel estava no meio daquela ponte, assim como Baraz e os novos aliados. Não havia criado laços fortes o suficientes para chorar suas perdas, mas ainda eram valorosos aliados que poderiam ajudá-los na missão. Uma vez já tinha nutrido sentimentos pela elfa e era muito sua amiga.

Sabia que estavam numa péssima situação. Mas ia precisar manter seus amigos vivos, vivos primeiro.

- Transformat, domina amet, Mystra cordis mei. Da mihi pennas Avariel, nihilominus plena facultate. Adjuva me in die tribulationis!

Depois da transformação, Tomdrill alado, irá se mover por cima da ponte todo o seu deslocamento (12m). E estará preparado para em qualquer situação de perigo contra ele, disparos, magias ou novas soterrações, ativar sua habilidade de teletransporte.

Darksol sorri quando vê que atingiu seu alvo, mas as coisas não pareciam muito favoráveis, para sua Rajada mística, a confusão de movimentação e pessoas atrapalhava o Kobold, temendo acertar seus aliados já sabendo de seu poder o Kobold não vê outra alternativa a não ser mirar no outro duegar mais atrás que parecia ser um alvo mais fácil o inocente Duegar não sabia que Darksol podia enxergar até em escuridão mágica devido a sua invocação visão diabólica que ele ativou assim que iniciaram a missão, o kobold avança mais 6m e pronunciando algumas palavras de poder aponta para o Duegar conjurador que achava que estava seguro escondido atrás da muralha de sombra, a rajada desloca-se em alta velocidade tentando acerta-lo.

O kobols olha para o Mago voando e fala:

-Pegue Darksol, sim, pegue sim, leva ele por outro lado!

Assim que a rocha despencou, Sophia acompanhou a sua queda de onde estava apenas desejando e confiando que Nevasca não seria tola para ser acertada pela rocha. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, a rocha caiu e levou consigo alguns companheiros daquele grupo para a escuridão abaixo de si, preocupada com a única que realmente se importava, a druida procura por Nevasca, que dá um rugido alto assim que os companheiros despecam.

A humana não diz nada, apenas sorri de canto o alívio de sua leoparda estar viva e a salvo daquele imprevisto, mas agora havia um combate e não podiam deixar isto passar ileso.
Ela corre para aproximar-se do outro lado da ponte, vê todos os acontecimentos e ouve todas as ordens e palavras proferidas enquanto corria.

Enquanto isso, Nevasca segue o que a druida havia lhe solicitado antes de irem para a ponte. Sem compreender o que Johan lhe dissera, estava com os pelos eriçados e mostrando todos os dentes para o anão à sua frente, irada por ter feito o que fizera com o grupo. Imediantamente ela pega impulso e ataca o seu inimigo com sucesso, mas infelizmente também sofreu um forte golpe e, agora, estava muito debilitada, mas ainda com a adrenalina correndo por seu corpo, não deixaria que isso atrapalhasse seu combate.

Mas foi então que ouviu sua companheira gritar para ela.

Sophia estava do outro lado, mas sentiu como se uma lança atravessasse sua alma e soube que sua companheira estava em apuros. Ela e Nevasca estavam juntas desde os primeiros passos da jovem humana e ela jamais se perdoaria se algo acontecesse com a leoparda.
No mesmo instante que ela sentiu essa fisgada atravessando sua alma e coração, ela bate forte com a sua foice no chão da ponte e grita à sua companheira:

- NEVASCA, AFASTE-SE E DEFENDA-SE!

Nevasca olha para trás, vê Eunsech e Frafur montado no seu animal e, contrariada, obedece sua companheira (Manobra Recuar). Ficando na frente de Eunsech em defesa total, rosnando eriçada e dando espaço para que os demais possam se aproximar para atacar o inimigo.

Enquanto a leoparda obedecia sua companheira, Sophia começa a pronunciar várias palavras de poder e a gesticular lentamente até que, pouco a pouco, ela vai se transformando em um leopardo de pelos amarronzados, que lembravam seus cabelos.

Sophia iria preparar-se para saltar a distância em forma de leopardo até o outro lado e lutar em sua forma selvagem contra o inimigo.

Não pensou nos outros que despencaram, não tinha esperanças que sobreviveriam. Estava preocupada com sua companheira e com a situação real que tinham a frente, talvez depois do combate os sobreviventes se reuniriam para falar algo, mas naquele momento era um pensamento distante e absurdo para a druida.

Frafur via que seria arriscado avançar com Felpudo em investida contra o inimigo, o seu tamanho avantajado poderia simplesmente lançar os seus companheiros que estivessem a frente no abismo, e essa não seria uma boa idéia.

O anão percebe que Tomdril já havia dado um jeito de voar e darksol pedia o auxilo do mago. As coisas estava ruins, mas com as habilidades dos que restaram tinham tudo para virar o jogo e logo logo ir atrás dos que haviam caído.

Johan acertara com a tocha o anão que havia se transfomado em inimigo e isso já os dava uma boa vantagem, mesmo assim o inimigo acertou a companheira de Sophia em cheio que teve a ordem para recuar.

-Avançarei e acabaremos com esse mal o mais breve possível.

Frafur e Felpudo então avançam com cautela se posicionando em defesa total logo atrás de Johan e afrente de Eunsech e  Nevasca. Além disso o Barakor fazia uma prece silenciosa rogando a Gorm Gulthyn que abra seus olhos e lhe mostre todo o mal que os rodeavam.

Tomdrill olha com desdém para o kobold. Era de se esperar que um arcano inteligente preferisse a distância à aproximação. Era de se esperar que a raça covarde destes pequenos dragõezinhos preferisse a segurança, mas este kobold era diferente. O odiava até os ossos. Não por repugnar sua raça, cara nojenta, hábitos desprezíveis... O que Tomdrill odiava mesmo neste ser era o seu modo de se expressar. Muitas vezes repetindo as mesmas sentenças diversas vezes. Era um comportamento que fazia gemer de nojo.

Aquela criaturinha queria que ele o pegasse e levasse até o outro lado. Em que mundo ele vivia? Onde é que um mago do quilate de Tomdrill faria este trabalho?

Neste momento o mago Duergar prepara uma magia e Tomdrill presta bastante atenção aos gestos e palavras para desvendar que magia seria. Tomdrill olha rápido para o outro lado e vê que a Leoparda estava em péssimas condições, sendo assim ele põe em prática palavras de magia.

- Não se preocupe, kobold. Te enviarei ao outro lado.

- Secundum voluntatem meam trocai amicos meos, domina!

Tomdrill então voa para um local onde ele pudesse ver depois da muralha de outro ângulo.

Johan sente um grande impacto que fez a ponte de pedra tremer. O cavaleiro olha para trás com o canto do olho e vê que Frafur tinha pulado o buraco sobre o abismo com sua grande montaria. Filho da Ruína se virou para Mirtandir confiante de que o anão se juntaria a ele, mas não foi isso o que aconteceu. Frafur parou, fez uma prece ao seu deus e começou a observar. Observar!

- FRAFUR, O QUÊ você está fazendo? - Johan agradecia à Tríade a distração que o grande felino dava ao herói revivido - Se não está claro o suficiente para você, eu te digo que há dois inimigos à nossa frente. Se não consegue avançar, desça da sua montaria e saque sua arma!

Filho da Ruína se volta para Mirtandir a tempo de ver o felino dar lugar ao kobold por meio de magia. O cavaleiro não sabia quem e como aquilo tinha sido feito, mas não era hora para se importar com isso.

- Darksol, destrua aquele feiticeiro!

Johan aproveita o maior espaço, agora que o felino não estava mais na ponte, e gira Redentora com força, golpeando o anão. Apesar do que pensara antes, Mirtandir já estava queimado e rasgado por dentes, não havia sentido em agora tentar preservar seu corpo. Os anões do Salão de Mithral podem dar um novo e igualmente honroso destino ao corpo de Mirtandir.

Frafur não precisava justificar-se para ninguém e sabia de suas estratégias com perfeição. Logo Johan entenderia:

-Sei o que estou fazendo Joven, a imprudência é o primeiro passo para o fracasso.

Assim que possível Frafur avança com mantado em Felpudo e pronto para atacar o antigo herói, agora inimigo.

Darksol pisca e quando se dá conta já estava do outro lado da ponte, parece que o mago fez uma magia impressionante, ele olha rapidamente pra trás e vê nevasca exatamente onde ele estava, o kobold queria se aproximar do feiticeiro Duegar para usar sua invocação Abraço das rochas e esmaga-lo, mas ele estava muito distante, só a rajada mística poderia atingi-lo, sem perca de tempo o kobold avança 6m na ponte e mais uma vez mira no Duegar então pronuncia algumas palavras de poder e mais uma Rajada Mística voa em direção ao conjurador.

Frafur percebe que não era de fato o herói que havia se transfomado em algo maligno, e sim um aura maligna externa o assombrava. Mas não dava para fazer algo ainda sobre isso então grita para Johan:

-É agora Johan, abra caminho que irei avançar!

Ele então "aguarda" o passo de ajuste de Johan para B4 e avança violentamente com Felpudo.

-Se trabalharmos juntos não demorará para vencermos, que Gorm Gulthyn desça sua benção sobre nós.

Assim, com um comando o Rothé avança em disparada contra Mirtandir, ao passo que Frafur ergue seu machado para atacar.

Sophia, em sua forma selvagem, rosna como quem avisasse o que faria, obviamente nenhum dos seus companheiros do outro lado da ponte entenderia, apenas ouviria o rugido.

Ela pega impulso de onde estava e corre saltando para o outro lado (12).

Nevasca estava do outro lado, obedecendo sua companheira mas, de repente se vê do outro lado da ponte.
Não sabia o que acontece, inclinava a cabeça e ''resmungava'' como quem se questionava como aquilo aconteceu. Foi quando viu sua companheira rugir e saltar para o outro lado.

A leoparda, inicialmente, apenas se aproxima ficando na mesma posição anterior a da druida para se preparar para o salto, em defesa total e atenta.

Johan já havia ficado atordoado o suficiente quando o anão o chamou de 'jovem', e a martelada que levou no queixo serviu apenas para acentuar a tontura que o dominou. Tentado se recompor do ataque, o cavaleiro é alvejado por uma série de projéteis mágicos, vindos do dedo imundo do feiticeiro duergar. O cavaleiro buscou o anão cinzento, mas tudo o que viu foi uma coluna negra como a noite. Covarde.

Filho da Ruína pensou, por um momento, que Beshaba o observava com demasiada atenção, pois Frafur avançava contra Mirtandir com sua enorme montaria em um lugar onde não havia espaço para isso. O cavaleiro não tem tempo para argumentar e dizer onde está o tal 'trabalho coordenado' a qual o paladino havia se referido à pouco. Tendo o cuidado para não ser atropelado pelo rothé e para não baixar sua guarda diante do antigo herói anão, Johan dá um passo para o lado, aproveitando o movimento para atacar Mirtandir.

- Isso é o que você chama de trabalhar em conjunto, Frafur? Atacar com um rothé numa ponte estreita? Acredito que você não pensou que agora o sua montaria obstrui a visão dos outros que estão disparando contra o duergar. Excelente trabalho!

Tomdrill se prepara para fazer uma nova magia que os ajude a vencer este combate difícil quando vê a leoparda despencar. Pensava que os felinos eram perfeitos neste tipo de coisas, mas não foi o que se provou. Ele então usa toda sua recém adquirida agilidade e todo o seu deslocamento para tentar salvar a Druida ranzinza.

- Droga!