Ato III - O Último Confronto

Com a ajuda do mago, Johan não teve dificuldades em içar Ivor sobre a ponte. O corpo de seu mais novo companheiro continha vários ferimentos, mas o que mais chamava a atenção era o fato de sua perna esquerda estar quase que totalmente devorada, restando pouco dela.

O eco de passos anunciou a chegada de Eunsech com os patrulheiros do Salão de Mitral. Ele vinha acompanhado de dois anões, ambos com expressões de desgosto no rosto. Eles não pareciam muito à vontade ali, nos Despenhadeiros. Um dos anões era ruivo com uma barba trançada num único ramo, enquanto o outro tinha cabelo espesso e barba negra com várias pequenas tranças sustentadas por anéis de prata.

- Olá amigos – acenou o halfling, do outro lado da ponte. – Trouxe os reforços que necessitávamos.

Com o empenho de todos, eles conseguiram passar o corpo de Mirtandir para o lado dos patrulheiros. Ao reconhecer o rosto queimado de seu antigo herói, os anões se ajoelharam e fizeram uma prece rápida, precedida por Frafur. Os anões disseram que seria perigoso voltarem sozinhos carregando um corpo de quase duzentos quilos, então ficou acertado que o grupo inteiro os seguiria de volta ao Santuário dos Cinco Pináculos. Por mais que os membros do grupo vissem a urgência de ir atrás de seus amigos desaparecidos, todos eles estavam feridos e com poucos recursos disponíveis, e nada seria melhor do que se recuperarem num local seguro e então adentrarem a masmorra atrás dos outros no dia seguinte.

O grupo passou uma noite tranquila no Santuário. Sem o perigo de sofrerem um ataque repentino, todos puderam descansar e recuperar suas forças. Já o corpo de Ivor foi deixado com os anões patrulheiros, onde eles o levariam até o cemitério da cidade. Sem delongas, o grupo se pôs em marcha novamente, e eles voltaram para a ponte quebrada sem problemas. A corda ainda estava amarrada lá, e eles a usaram para descer até o lago.

* * *

Por fim, Isabela, Baraz, Belediel e Barbalarga concordam em retrocederem por onde eles tinham vindo. Os quatro passaram novamente pelos dormitórios, pela cozinha, desceram a escada de madeira, caminharam novamente pelos túneis labirínticos da masmorra, desceram uma nova escadaria – só que esta de pedra – e então alcançaram a saída do local que dava para as margens do lago.

Baraz foi o primeiro a sair da boca da caverna e ver um grupo bastante familiar de pessoas. Johan, Frafur e os demais estavam às margens do lago e pareciam um segundo antes ter estado prestes a entrar na masmorra. Agora, o grupo estava novamente reunido.