Job 03

O setor 17 era um setor complicado. Pegaram muito trânsito e quase de uma hora foi gasta para percorrê-lo. Pelo mesmo motivo, Cheza demorou mais que o esperado para chegar. Saito recebeu, de 10 em 10 minutos, mensagens atualizando a posição dela. Ele e Yura tentaram, por meio de seus TAP's, encontrar novas rotas, mas foi em vão. Aquele era um setor movimentado pois se tratava de um pólo cultural e gastronômico, até tarde as ruas estavam cheias. Somente quando estavam saindo do setor 17 é que Cheza entrou em contato por chamada: - Estou finalmente chegando! Mas porque você está se dirigindo para o setor 21? Onde pretende ir? - Havia certa desconfiança naquela pergunta. O setor 21 era basicamente industrial, pela noite, porém, as gangues dominavam aquele território e aquele era, desde o princípio, o trecho mais perigoso. Era também o destino final da entrega. Saito olhou para Yura procurando alguma inspiração de resposta, mas não sabia a certo o que dizer. - Não importa. Encontro com vocês na próxima esquina. - Dito e feito, logo na esquina à frente apareceu uma Pick-Up DB Hood Ratz, um veículo grande, se comparado aos comuns, com cabine dupla e compartimento de carga atrás.

- Como pretende fazer isso?Perguntou enquanto emparelhava o seu carro cinza chumbo com o Armadillo, tão enorme que fazia a Pick-Up parecer um brinquedo.

dream inscription: Postem e rolem testes de Perceber (Procurar), se não tiver essa especialização, joguem 1d4+1d6 e a jogada fica com modificador -2.

Yura pergunta sobre tirar aquele rastreador em movimento e Saito explica que não valia a pena o risco. O Armadillo para sob a direção do agente e eles descem. O trânsito continua acirrado logo ao lado deles. O carro de Cheza para logo atrás. A cantora vê o rapaz sisudo e armado, que no começo daquele job parecia mais fechado que uma ostra, ir até ao carro da sua paquera e abraçá-la. Naquele mundo cão, uma cena como essa era de certa forma alentadora. Ela ficou observando de longe os dois juntos, conversando.

Mais perto da Pick-Up, eles conversavam: - Oi... - Disse depois que saiu do abraço. - Espero mesmo não estar contribuindo para a distribuição de drogas ilícitas, senhor Tsurumaki. - Seu sorriso irônico coroava a frase. Um carro passou buzinando e deixando rastros de luz de seus faróis. Saito a levou até Yura e as apresentou. - É um prazer conhecê-la! Assisti algumas transmissões de seus shows. Oh... Não era pr...?! Tudo bem. - Levou a mão à boca tapando-a e depois estendeu-a para a cantora.

Assustada, Yura chamou seus seguranças, ativando através de seu TAP a chamada de emergência. Saito tentou fingir um começo de diálogo, mas logo com um grito e um empurrão colocou as duas garotas em direção à entrada do veículo. Puxou sua metralhadora e atirando sobre os motoqueiros mais próximos das duas, impediu que eles tomassem alguma atitude. Aquele escudo de balas permitiu que Cheza e Yura corressem de volta para o Armadillo. Um outro motoqueiro até tentou correr, saltando da moto, e indo em direção das duas, mas era tarde demais, se ele se metesse ali, tomaria tiros perigosos.  

Enquanto atiravam, um dos homens no sidecar voou em direção de Saito, dando-lhe um encontrão. Porém, por conta da armadura e por estar bem firmado para aguentar o tranco da arma, ele golpeou-o com o ombro, fazendo-o afastar-se. Nesse meio tempo, dois outros motoqueiros atiraram contra o agente, os tiros, apesar de certeiro, resvalaram na armadura de combate. Aquilo era uma prova do valor daquele investimento, afinal de contas.

Yura subiu para a arma do caminhão, mas ainda perguntava a Cheza o que fazer. Ela estava abaixada, procurando também uma oportunidade de agir. - Eu não sei! Melhor atirar neles que eles atirarem na gente. - Nesse momento a saraivada de tiros que Saito fazia parou e os dois que estavam atrás da moto se protegendo correram em direção à entrada do caminhão. Cheza agiu rápido e o alvejou, fazendo-o cair para trás num baque seco e sujando a pista de sangue escuro e abundante. O outro ainda se aproximava e cabia à Yura decidir se atiraria ou não!

Por outro lado, os demais bandidos iam para cima de do agente. Um deles, aquele que havia sido empurrado de volta, atirou uma mão mecânica, que se abriu em três formando garras longas e delgadas. Como se não tivesse sido empurrado da outra vez, ele avançou golpeando com suas garras. Saito por sua vez, deu um passo para trás e contra-atacou com um golpe com o cotovelo à altura do externo. Um tiro passou bem diante de seus olhos logo que terminou aquele golpe. Não teve tempo de reagir quando o segundo veio. O projétil penetrou sua armadura e o impacto distribuiu-se pelo colete à prova de balas. O ar saiu-lhe dos pulmões. Sua visão se embaçou um pouco. Ele precisava diminuir o número de oponentes.

dream inscription: @shamps considerei que você 'preparou' uma ação ao ficar segurando a arma e esperando. Quando quiser atirar, role como o indicado: 6d4+1d6.

@Matusael um dos motoqueiros teve uma ampliação e com o 1d6 extra fechou 11 de dano, o suficiente para lhe deixar Abalado. Você pode gastar uma bene para sair desse estado imediatamente, ou fazer um teste de Espírito para sair ao fim do seu turno.