Lasciate ogne speranza, voi ch'intrate

Ashur havia ajudado a libertar os reféns mas logo que virou seu rosto percebeu que o anão e a mulher de pele estranha estavam no chão, seus aliados estavam próximos a eles. O clérigo então se aproximou dos combatentes e falou. - Algo não está certo. Trent parece saber de algo, precisamos entender o que ocorreu. Ao que parece estamos fomos pagos para ajudar em um sequestro. - Havia um desapontamento no olhar de Ashur, era claro que ele não aprovava aquilo.

Ver o cão subjugando Trent daquele jeito fez o clérigo se divertir, se o combatente estava tão relutante ele deveria saber de algo. Então ele merecia aquela punição. Ashur olhou para sua armadura bagunçada e começou a apertar as fivelas novamente. O aço já não o incomodava mais, foi então que ele viu a druida no chão e deixou um riso sem graça no rosto, ela também havia sido castigada. - Guerreiros, precisamos arrumar essa bagunça. Não precisamos de mais sangue, ao menos por enquanto. Deixem esses dois comigo, um de vocês fica perto de Trent e os outros cuidam dos arredores. - Ashur então parou de frente para o anão e para a druida. - Por que vocês não me dizem o que está acontecendo? Nosso grupo foi contratado para escoltar uma carga de equipamentos e animais, isso tudo ocorreu sem o nosso conhecimento. - Ele olhava os dois enquanto esperava.

[off: Eu acabei de rolar diplomacia e desde então eu não ataquei mais, eu preciso rolar outro teste?]

'- ... Perdeu a cabeça, homem!? Que tipo de guerreiro é você que ataca deliberadamente um oponente rendido. Ainda mais sendo uma mulher, seu VERME IMUNDO!?'

O Bárbaro ainda estava em fúria, a mesma fúria que havia derrubado o Orc. Ele olhava com ira e de forma fuzilante o desonrado, e covarde, guerreiro. Era uma ira tão grande que pulverizaria o mesmo caso o bárbaro pudesse disparar raios pelos olhos. Ainda dirigindo sua voz para Hagen, 'pede' que que o mesmo fizesse algo realmente fizesse algo útil e coerente com a situação trazendo Razor para que Edward pudesse interrogá-lo.

'- Tire aquele cão-de-guerra de cima do nosso 'honesto' contratante, amarre-o e o traga até aqui. Nosso cruzado tem perguntas a fazer.'

O cimério procura por Ashur, que estava nu em matéria de armadura.

'- Pagão! Precisamos controlar aquelas chamas. Seu Deus é capaz de realizar algum truque? Se sim, rogue por uma chuva. Se ele não te atender, reúna alguns homens e joguem o que encontrarem, joguem a própria urina sobre o fogo se for preciso. E caso seus pintos sejam curtos de mais... Joguem o vinho. O Sr. Arag Tatte terá mais com o que se preocupar que alguns toneis sumidos. Os demais, tratem seus feridos e recolham os seus mortos.'

Depois disso o Cohen embainha sua espada. Ele estende a mão para que a mulher pudesse se levantar.

'- Me chamo Cohen, filho de Conan rei de Aquilonia. A sua versão será escutada logo depois de Razor. Se puder demonstrar algum gesto de boa fé e nos ajudar caso o deus do nosso clérigo o abandone, peço que controle aquele incêndio.  Afinal, foram vocês o começaram...'

Ashur ouviu as palavras de Cohen e fez uma careta. - Por que você não usa seu próprio pênis para apagar as chamas? Afinal, você tem dito a semanas que era hábil no manejo de sua ferramenta. Deixe os dois comigo, veja quem pode resolver a bagunça lá atrás. - Ashur apontou para as carroças e voltou a olhar para os oponentes rendidos.

O Bárbaro não havia olhado para o clérigo.

'- Você é o mais indicado pra resolver essa bagunça porquê seu Deus pode lhe conceder as habilidades necessárias, Clérigo. Diferente de Crom, que não responde seus filhos. Escute, enquanto discutimos quem faz o quê, a mercadoria queima, incinerando aquilo que será nossa indenização pela inglória missão ao qual fomos contratados. Se ainda sim achar que não há coerência no que vos falei... tudo bem. Aproxime-se, e trate dos ferimentos da Druida. Isso agregará mais valor a sua diplomacia. Quem sabe assim podemos começar a resolver o mal entendido desta noite... Deixe nosso nobre 'ex-paladino' administrar a situação com Razor. Tudo bem, assim?'

As ultimas palavras foram empregadas com um tom respeitoso. Nessa hora o cimério lhe dirigiu não só a voz mas também o olhar. A fúria dele parecia ter se dissipado.

Cohen suspeitava que seu compromisso com toda a situação tivesse passado a impressão de autoritarismo para os demais membros daquela companhia. A verdade é que naquele bando ninguém queria respeitar ninguém. Todos ainda agiam por conta própria já que nenhuma liderança havia sido reconhecida.  Suas impressões com o passar do tempo para cada membro havia sido: El Gato era o melhor em fazer negócios pois era esperto e incapaz de levar desvantagem numa negociação. Ninguém confia em espertinhos. Edward, apesar de descrente com os Deuses deste mundo, ainda carregava consigo o coração de um nobre cavaleiro quixotesco honesto e polido. Ninguém confia em certinho. Ashur era o clérigo problematizador. Sempre colocando sua religião a frente das discussões. Com ele, vinho e sexo certamente seriam proibidos e seu Deus sempre seria idolatrados após o almoço. Ninguém confia nos fanáticos. Já Hagen era louco, sempre estava em vários mundo e em nenhum ao mesmo tempo, enquanto Smith era um psicopata caótico. Talvez fosse alguma maldição do seu sangue de dragão. Quanto a estes dois, ninguém confia nos loucos.

A conversa tinha sido rápida. Cohen ainda estava com a mão estendida aguardando um posicionamento da druida.

Com um assovio, Setja sai de cima de Trent, mas ao invés de de voltar para perto dos arqueiros, ou mesmo ficar em guarda, ele se lança correndo em direção as mulheres. Seu rabo abanando e sua língua para fora deixava claro que ele não oferecia nenhum perigo a elas, pelo contrário, parecia que ele as conhecia. O mastim se esfrega na perna das duas adultas, mas é na frente da criança que ele para.

Trent engole em seco diante dos olhares de Edward e Ashur, o guerreiro se mantém em silêncio por mais uns intantes, talvez na intenção de ganhar tempo. Seus olhos vão para onde as três mulheres estavam reunidas e ele abre sua boca para começar a responder, mas é cortado por uma delas que avança.

A mulher se abaixa, ficando numa altura rente a Trent. Ela inclina a cabeça um pouco para o lado, seus olhos amarelos pareciam saídos de algum felino, não de um humano. E quando ela fala, sem nenhum tipo de inflexão na voz, o som que sai é rouco, suas cordas vocais parecendo não acostumadas ao hábito de falar.

-Ele sabia. Ele me estuprou. Ele é meu. - E apesar de seu tom, asism como sua expressão, ter sido completamente vazio, havia poder ali. Não algo físico ou palpavel, mas, por algum motivo, aquelas três frases haviam deixado Trent aterrorizado. O homem começava a rastejar para trás, tentando balbuciar algo. Os outros não haviam sido tão afetados, até porque o ponto não era amedrontar ninguém. Mas todos podiam sentir o quão intimidadora era sua presença.

Enquanto isso, Saya aceita a mão oferecida por Cohen. E Baren se aproxima de ambos. Ambos trocam um olhar e a druida fala: -Sim, eu posso apagar o fogo. Mas depois preciso curar Dan e Otgard. - Seu tom era de urgência, e ela, mesmo sem ter muito como negociar, tentava fazê-lo, a carga pela vida de seus companheiros.


OFF

Intimidação da guria de olhos amarelos 16, só Ashur e Edward passaram: Basicamente ngm além deles quer contestar que Trent é dela para fazer o que bem entender.

Ibagens:

Hagen via aquela bagunça toda e diz para os seus companheiros.

' - Mas porque Diabos não matamos todo mundo e roubamos os pertences, essa vaca druida nos atacou, vamos matá-la. '

Hagen se vira para Cohen e berra:

- NINGUÉM ME CHAMA DE CÃO, CÃO!!!

saindo pelo lado, todo mundo vê Hagen rindo sozinho, e de repente ele é tomado por uma feição séria, se aproxima e fala calmamente...

- O que acham que é o melhor a se fazer? desculpem, eu ainda estou meio perdido...

Hagen se aproxima dos outros e apenas observa o que estava acontecendo, parecia que ele ainda tinha uns lampejos de moralidade com situações caóticas, hora queria ver muito sangue, hora queria ser centrado e calmo. ele vai tentar ajudar o gato de botas a romper os grilhões e fala para todos.

-Acho que eu devo ser o líder, sou o mais centrado aqui...

Hagen vai tentando soltar os grilhões calmamente com um belo sorriso no rosto, ainda para por um instante para ajeitar o seu coque samurai, no meio da tentativa ele começa a cantar calmamente:

"I used to think that I could not go on
And life was nothing but an awful song
But now I know the meaning of true love
I'm leaning on the everlasting arms
If I can see it, then I can do it
If I just believe it, there's nothing to it
I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day (Night and day)
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that open door
I believe I can fly
I believe I can fly
I believe I can fly hoo"

Ashur ouviu as palavras de Cohen, no momento ele não teria como dar um jeito na carroça e riu. - Não posso ajudar com a carroça.

O clérigo se ergueu e começou a entoar alguns cânticos. - Estrela Mística, ouça a voz de seu filho e derramai sua luz sobre seus filhos feridos. Aqueles que carregam a sua palavra e lutam pela sua vontade precisam de sua benção. - Ashur disse com as mãos erguidas e uma luz pura e prateada foi lançada sobre seu corpo e o de Cohen.

Prayer of Healing - Recupera 17 pvs de Ashur e Cohen (acho que estamos Full de novo xD)

Já havia algum tempo que Ashur estava tentando entender o que estava acontecendo, mas ele havia sido novamente ignorado. Ele não deixaria que eles continuassem sem dar explicações. Ashur caminhou até um dos companheiros do grupo atacante que ainda estava vivo e ergueu sua lança enquanto olhava furioso para os demais, ele teria suas respostas.

- Você não vai fazer nada enquanto não der explicações. Acredito eu eu tenha sido claro quando perguntei o que esta havendo. Quem são vocês? Quem são elas? Quem contratou vocês? Há muitos mortos aqui que merecem uma explicação e se ela não for dada agora esse número só vai aumentar! - Ashur falou firme com a lança em riste. - Companheiros, mantenham a guarda. - Ele disse por fim.

A situação toda era caótica demais. Mal havia passado dez minutos desde o ataque inicial e todo o panorama já estava mudado. Trent sabia algo e, se ele não dissesse, concordaria por omissão. Sem tirar os olhos dele, fez um sinal com a mão do escudo para Ashur, que apesar de correto em questionar, parecia disposto a colocar a trégua conseguida a perder.

"Acalma teu espírito e aplaca tua ânsia por sangue, Ashur. Está no direito de questionar, é bem verdade, mas não há necessidade de mais ameaças."

Olhando agora para a mulher que queria retirar com as próprias mãos a vida de Trent, prossegue.

"Acalma teu espírito também, por ora. Apenas estamos cansados de ser enganados e pedimos algumas respostas, civilizadamente."

Passando o olhar para os arqueiros com quem se deparou antes, convencido de que poderia ler melhor suas expressões e linguagem corporal, indaga.

"Digam, por favor, o que aconteceu, com calma. A situação está controlada. Não há necessidade de envolvermos mais sangue nisso tudo."

A espada do guerreiro continuava apontada para Trent e seu escudo pronto para prevenir qualquer ataque ao seu redor, fosse ele inimigo ou amigo.


OFF: teste de intuição - 15
Qualquer um tem dificuldade 15 em testes de enganação para mentir para Edward.

- ...Dan e Otgard. Com certeza devem ser os puro sangue desse bando - pensou consigo mesmo. Ele concordou fazendo um leve gesto com a cabeça. Estava de acordo com a barganha dela.

'- Cumpra sua parte. Ashur, o Clérigo, irá lhe encontrar em breve. Apenas mostre a ele quem são os seus dois homens. Ele fará o resto sozinho. Entenda isso como um gesto de boa fé em prol da paz. Gostaria que mantivesse seus demais guerreiros calmos e com suas armas abaixadas. A situação ainda é tensa. A desconfiança está no ar. Muita coisa aina precisa ser respondida. E um aviso, mulher... o povo Cimério honra sua palavra. Não queira descobrir como Crom nos ensinou a punir traições.'

Em seguida, liberou a druida para que ela fizesse sua parte do trato. Caminhou até Ashur, que parecia nervoso com toda a situação e buscava respostas. Sir Edward já estava por lá e tentava controlar o ânimo do Clérigo, lhe trazendo de volta a sua natureza serena. Cohen também se aproxima do homem santo e diz em tom baixo para que só os três, contando também com Sir Edward, pudessem ouvir seu plano de contingência:

'- Ashur... agora não é a hora de fúria. Peço que me escute. A druida irá apagar o incêndio para salvar nosso tesouro sob a condição de que eu a permita também curar dois dos seus homens. Você sabe como sou desconfiado. Estamos em menor número e precisamos ser inteligentes estando sempre dois passos na frente. Temo que ela possa tentar deixar seus melhores guerreiros em ponto de batalha e investir em um novo contra-ataque. Por tanto... preciso que você esteja frio e atento para administrar a situação do lado de lá. Vá ao encontro dela e veja o que pode fazer pelos dois moribundos que ela irá lhe mostrar. Demonstre um gesto de boa fé os curando, mas, apenas os tire apenas do leito de morte. Não sabemos o que pode acontecer depois disso. Por Crom, já estou farto de surpresas por esta noite... Ah! Obrigado por me ajudar com as escoriações. Quando meu sangue esfria elas começa a me incomodar. Lhe prometo a respostas que você busca quando retornar.'

Agora ele mirava o estuprador, e dizia para o cavaleiro. Ashur, ainda poderia ouvir o diálogo antes de partir, se quisesse.

'- Sir Edward, não podemos permitir que a vida de Razor seja cifada... pelo menos não agora. Apesar dele ser um traste desprezível e a crucificação lhe ser a mais leve das pena possíveis, precisamos interrogá-lo. Saber para quem iria este carregamento de jovens. Descobrir se mais garotas estão tendo este infortúnio destino. Enfim, minha intuição me diz que esta é apenas uma pequena operação de um complexo sistema que já funciona há tempos. Acredito que este grupo esteja empenhado na mesma empreitada. Ao termino disso eles se mostrarão mas abertos e confiantes com nossa presença. Será mais fácil arrancar informações deles também.'

O bárbaro não tinha só a força de um tigre. Ele também tinha a sua astúcia para a caça. Fracassava miseravelmente que o tomava apenas por um açougueiro troglodita.

Ashur ouviu as palavras de Edward e de Cohen. Sede de sangue não tinha nada haver com a sua mudança de postura, havia algo muito errado ali, Ashur podia sentir. Desde o seu sonho o clérigo estava perturbado e a verdade sobre aquele trabalho não ajudava. Para piorar os oponentes também estavam evitando seus questionamentos, o que lhe sugeria que a verdade poderia ser ainda pior do que se mostrava. O senso de urgência de Ashur estava gritando. Como seus companheiros poderiam estar tão tranquilos? Eles não sentem a tensão, a atmosfera e a perturbação naquele ambiente? Bando de ignorantes! Ashur se mantinha firme em sua intenção, deixando isso claro a todos.

- Essa situação se complica ainda mais. Acabei de utilizar uma poderosa magia de cura, não terei como ajudar os companheiros dela sem nos prejudicar. Por acaso só a mulher sabe falar? Ela pode dar um jeito na carroça e nos companheiros dela, mas aquele anão ali vai abrir o bico. Baren, certo? Por que você não fala tudo o que sabe? - Ashur não desistiria daquele assunto.

No momento que Aragorn solicita que El Gato remova os grilhões, a expressão de praticamente todos se torna receosa e outra troca de olhares acontece. Mas é a mulher de olhos amarelos que tem a resposta mais visceral, virando a cabeça para trás na hora e praticamente rosnando: -Não. Deixem que fiquem.

Já a expressão de Trent não é vista por ninguém além de Edward, que estava parado ao seu lado, o observando. Um rápido arregalar de olhos, como se lembrasse de algo, rapidamente seguido como algo que só poderia ser descrito como esperança.

É então que Hagen tem seu rompante esquizofrênico, e Saya e Baren olham preocupados para o guerreiro. O anão flexionando a mão que segurava sua arma. A outra mulher com grilhões toca no ombro da criança e a faz caminhar para atrás de si.

-Setja, atenta... - Murmura, após faz um carinho atrás da orelha do cão, que se posiciona menos brincalhão ao lado da menina.

A mulher de olhos amarelos devolve o olhar de Edward, ainda posicionada de cócoras na frente de Trent e fala, sua última frase soando como uma questão: -Não agora. Não de forma rápida. Mas serei eu?

Enquanto isso, a druida se desloca para onde a primeira carroça havia pegado fogo e rapidamente começa a entoar e gesticular, provavelmente castando alguma magia para resolver a situação.

Baren assente quando lhe perguntam sobre seu nome, mas seu olhar se desloca até a mulher com a criança. Ela então suspira e caminha alguns passos para frente, se posicionando no centro de todos eles. Sua roupa simples estava imunda e fedia, seu cabelo já estava ao ponto de formar dreads naturais devido a sujeira, ela estava visivelmente subnutrida, a carne colando em seus ossos, mas ela parecia altiva. Não de maneira arrogante, mas de maneira puramente nobre. A mulher correu seu único olho por todos e, por fim, suspirou.

-Os perdoem por sua desconfiança, mas precisam entender que muitas pessoas temem o desconhecido. - Ela fez uma pausa e murmurou baixinho para si mesma, mas os outros foram capazes de escutar: -Não, não, acho que estou me adiantando...

Mais alguns segundos de silêncio, e voltou a prosseguir num tom normal: -Ninguém os contratou. Nós fomos levadas de nossas terras, e eles finalmente nos acharam. Nós somos do mesmo lugar, amigos, vizinhos ou família. - Fala, indicando os jovens arqueiros com um gesto da cabeça. -Quanto as mortes? Imagino que eles não tivessem como saber que vocês desconheciam o que estava acontecendo, o que claramente é o caso.

O anão se interpõem, sua voz profunda ressoando satisfeita: -Não me arrependo de nenhuma vida ceifada... - E era na direção de Trent que olhava, deixando claro que falava em relação a ele e seus mortos.

Enquanto isso, a druida finalmente terminava sua invocação e uma diminuta nuvem surgia por cima de algumas carroças e logo a chuva torrencial começava. O fogo seria apagado, mas talvez algo da carga estragasse ao contato com a água. Após isso, a mulher, já não mais com a sua armadura de pele de árvore cobrindo seu corpo some por de trás das carroças, provavelmente indo curar seus companheiros caídos.

Edward percebe a expressão no rosto de Trent. Ele não gostava de quando alguém visivelmente subjugado ganhava um ar de esperança. Isso costumava indicar... Reforços.

"Atenção! Trent pode ter alguma carta na manga, não baixem a guarda e mantenham-se todos atentos."

Olhando para a mulher de olhos amarelos, responde.

"Há muito tempo, diria que deveríamos levá-lo às autoridades e deixá-los seguir com a aplicação da justiça. Infelizmente, nunca vi a justiça ser praticada nesse local a não ser quando tomada nas mãos dos próprios injustiçados. A seu tempo, será você. Me certificarei disso."

Voltando o olhar de volta para Trent e baixando a ponta da espada para próximo da virilha do homem, diz.

"Quanto a você, acho melhor abrir a boca logo. Dizem que a castração é dolorosa no corpo e na alma de um homem."

Ashur ouviu as palavras daquelas pessoas, talvez essa seja a verdade deles. Mas algumas verdades não estavam sendo ditas, o que mais causou surpresa ao clérigo foi a reação da mulher de olhos amarelos a respeito dos grilhões. Por que ela não iria querer que os grilhões fossem removidos?

Ashur estava achando que aquela situação estranha já durava muito tempo e foi quando a druida se dirigiu para as carroças para curar seus companheiros que o clérigo sentiu que deveria deixar essas coisas de lado. Ele enfim havia se acalmado, girou a lança até que ela ficasse paralela ao solo e foi atrás da druida. Ele não falaria mais nada, estava apenas querendo uma resolução para aquela situação.

Enviado pelo Topic'it

Cohen estava farto daquele frisson. Apenar cruzou seus braços e ficou aguardando o desenrolar daquela cena. Não jogaria mais perola as porcos. Se algo desse errado, sua espada estava ao alcance de sua mão. Que fosse feita a vontade de Crom.

Hagen estava totalmente perdido e para ao lado de Cohen, estava observando a tudo e tentando colocar sua mente fixa, focada em um ponto e deixando de ser perturbado por tudo que acontecia.

Ashur encontra a mulher ajoelhada ao lado do orc, aplicando "primeiros socorros" no guerreiro caído e com um frasco vazio ao seu lado. O clérigo nota que apesar dela ter curado o orc, fora apenas uma questão de salvar sua vida, e não de deixá-lo pronto para outra.

Já Trent respira fundo, olhando de Edward a Aragorn, cada vez mais pálido e nervoso, mas quando ele abre a boca não são respostas que saem, mas três palavrinhas mágicas: -
Deschis, deschis, libertate.

A mulher de olhos amarelos se joga para cima de Trent alarmada, mas suas mãos alcançam a boca do homem tarde demais. E simultaneamente vários "cliques" podem ser escutados e todos os grilhões que estavam incapacitando as mulheres se abrem de formam mágica e caem no chão.  

-Oh, fuck... - Ela sussurra, enquanto a outra mulher grita desesperada, pois sua roupa simplesmente havia entrado em combustão. Desesperada, ela cai para trás, e ao encostar na carroça atrás de si, a mesma também entra em combustão no mesmo momento. Contudo, apesar dos gritos, a mulher não parece se ferir com as chamas.

Já a criança simplesmente some diante dos olhos de todos, reaparecendo a alguns metros no mesmo instante, com uma expressão assustada. E novamente some, e reaparece em outro lugar. Algumas vezes.

E diante da mulher de olhos amarelos um Diabo e um cão-infernal simplesmente aparecem, e Trent usa justamente esse momento para se levantar e começar a correr por sua própria vida.

Vermelho, com parte inferior de seu corpo peluda como um bode, com um rabo tão grosso quanto a de um dragão, com uma barba comprida e cheia de espinhos e que parecia se mover por contra própria, com uma Glaive em suas mãos, uma armadura de metal em seu corpo, um cão infernal deitado aos seus pés, um Diabo havia surgido em Sigil... E só Ashur era capaz de conceber a grandiosidade daquilo... Pois Sigil não tinha acesso a nenhum outro plano, tanto para ir, quanto para invocar... E naquele instante, diante deles, um extra-planar havia se materializado. E ele estava gargalhando, olhando ao seu redor com interesse.

-Ora, ora. O que temos aqui... - Ele comentou, não falando com ninguém em particular. Aos seus pés, o cão se espreguiçava, olhando de forma lânguida para todos.

Ibagens:

- MORRA MONSTRO!!!!1 VOCÊ NÃO PERTENCE A ESTE MUNDOOO!

Hagen parte em disparada para atacar o demônio, suas veias se enchem com a fúria e se projetam no seu ataque, mostrando sua ferocidade, Hagen chega berrando e gritando:

- MORRAAAAAAAAAAA!!!!

Hagen erra o ataque... E erra o segundo também, ele vê sua ineficácia e pensa:

"Isso porque sou um guerreiro, mano..."

Fail.

Muitas coisas acontecem. Razor, com apenas três palavras trouxe confusão novamente ao campo de batalha fazendo uma figura diabólica surgir. Cohen jamais havia visto uma criatura infernal. O que estava diante dele era um verdadeiro demônio? Não sabia. Seu corpo estava imóvel. Seus olhos azuis estavam incrédulos. O suor em sua nuca escorria frio. Realmente não estava acreditando no que via. Há muito tempo havia aprendido a temer o que os seus instintos não compreendiam.

Seus selvageria diante do perigo e do medo inexplicável começam a jogar adrenalina para seu corpo. O temor pelo perigo não o instiga a fugir, mas, agir com a ferocidade de um tigre engaiolado. A resposta para aquele estímulo veio rápido. E foi Razor quem pagou o preço.

Se aproveitando do perigo, o canalha ordinário tenta fugir da cena. O olhar afiado de Cohen o fez agir rápido impedido aquela empreitada. Catando uma espada abandonada no chão após o combate, o Cimério a arremessou contra o fugitivo.

A espada voou, voou e voou até finalmente cravar nas costas do homem, que imediatamente caiu no chão com o impacto. A violência do golpe foi tão grande que imediatamente encharcou a boca do homem com sangue, fazendo-o se engasgar enquanto emitia sons guturais de dor. Ele se estrebuchava no solo como um animal abatido. A lâmina da arma havia lhe perfurando a armadura, penetrado as costas e transfixando seu tórax. Com pavor, era assim que ele contemplava a ponta da espada que brotava do seu peito, suja com seu sangue carmim.

‘-... A nuca é face de um covarde!’

Havia ódio e satisfação nas palavras do bárbaro que assistia aquele homem em agonia. O Cimério agora toma posição se preparando para o embate contra o demônio e seu mascote infernal.

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RAZOR após ser EMPALADO VIVO está INUTILIZADO.