Observando-a posso distinguir um divertimento genuíno.
“Isso é bom”. Ainda é um tanto ‘agradável’ perceber que consigo divertir uma igual sem recorrer a facilitadores do sangue, sendo sincero estou um tanto ‘carente’ de ‘contato social adequado’.
“Acho que estou menos enferrujado do que supus.” Lidando com barris, não tinha porque me dar ao trabalho de emular emoções. A comida não valia tanto esforço então simplesmente me utilizada dos poderes da ‘Presença’ e pronto.
“Quanto tempo faz desde que me diverti assim com outro irmão”? Realmente fazia tempo...
“No meu antigo bando”. Os ‘Caçadores de Cabeças’.
“Também não seria sábio ‘tentar’ qualquer abordagem mais intima e pessoal”. Não eram conhecidos como ‘Caçadores de Cabeças’ a toa, um passo em falso e o ‘acordo’ que me ‘protegia’ não seria o bastante.
“Tinha de ficar ligado o tempo todo com os Irmãos e os recrutas ainda estavam nas fraudas”. Uns sofrendo por terrem morrido, outros por serem nosferatu, outros por serem telas... Resumindo os recrutas estavam tão na ‘sofrencia’ que foi broxante.
“Claro que ainda deu pra aproveitar algo e brincar com alguns deles”. ((Recrutas))
“Mas era sempre uma experiência pobre.” Tive alguns pequenos envolvimentos, mas foi mais pelo tedio e para passar o tempo do que por qualquer outra coisa.
“Ao menos ela é uma igual, o que torna esse jogo mais interessante”. Desde que sai transformado e servindo a Grégoire da sede de minha família revenante, sentia uma falta gigantesca das práticas da minha família. Claro que isso não é algo que se diga aos de fora, mas na falta de outro Zantosa, um irmão de clã e bando como Belatrix era ao menos um substituto aceitável e a Tzimisce começa a me manter realmente entretido.
“Isso realmente pode ser divertido.” Vou construir essa relação devagar, para que possa come-la continuamente.
Ao ouvir essa colocação completamente absurda, a moça não consegue se segurar e solta uma leve risada. - Sim, claro Henry, bastante pudico... Talvez para os padrões da sua familia.
Continuo brincando com ela e interpretando o papel de ‘pudico’ enquanto dançamos.
– Não tenho nada haver com aqueles libertinos. Digo como se sendo eu mesmo, fosse muito diferente deles.
- Sua pureza sempre me deixa impressionada sabe.
Sorrio.
– Sei. Faço uma expressão satírica, uma mistura de ‘gato de botas’ com ‘menininha virgem’.
– São meus lindos olhos. Digo piscando-os com uma frequência exagerada, para deixar a situação ainda mais cômica.
– Essa é a face de um anjo. Digo como se estivesse ‘me sentindo’ fazendo posse de ‘super star’. O que termina o pequeno ‘ato’.
- Obrigada, eu também tive algumas aulas em outros tempos. Apenas sorrio em resposta enquanto continuamos dançando.
- Se você acha que não se distinguem tanto assim, por que não tenta assistir o sol nascer, como os vivos fazem? Não se engane, Henry, o que separa a vida da morte não é e nunca foi o fato de existir, racionalizar ou sustentar nossas próprias personas, essa ideia é muito mortal, por que eles não são evoluidos suficiente para entender a verdadeira face da morte. O que vai distinguir de verdade a vida da morte, é a liberdade... Os vivos são completamente livres para serem o que quiserem, fazerem o que quiserem, já nós os mortos, servimos ao único propósito de trazer a morte para os vivos. Felizmente, nós também temos a liberdade de escolher como vamos fazer isso. A morte é muito gentil com seus servos, entende. Pergunto propositalmente expressando genuína curiosidade e interesse.
– Você é uma coveira? (Seguidora da Trilha dos Ossos).
– Tenho um entendimento muito superficial do que as trilhas representam, portanto admito meu pouco conhecimento sobre o assunto. Na esperança que isso a motive a falar sobre sua trilha e assim me passar esse conhecimento gratuitamente.
– Mas em verdade, meu estado atual é completamente proposital. Digo como que ‘sendo sincero’ com ela.
– Fui criado de forma a otimizar nossas relações com a comida, portanto, não podia pensar de outra forma. Não seria tão útil ao Sabá, ao clã e mesmo a meu bando se pensasse de forma diferente. Era uma colocação muito crível, tendo-se em conta que sou um Zantosa.
– Não foi fácil adaptar a visão ‘mais humana’ que tenho hoje a nossa vivencia como Tzimisces e Sabás, mas ela me é útil. Olho sutilmente para a janela e depois volto a olhar para ela.
– Graças a essa forma de pensar consigo acordar tão cedo, dormir tão tarde e também simular dessa forma um corpo mais ‘mortal’. Espero que isso nos seja uma vantagem, habitando uma cidade da Bastarda como essa. Pareço estar sendo sincero com minha irmã, e toda a argumentação de fato é bem crível.
Entretanto, claro que é tudo mentira.
“Enfim, você não precisa saber que sou um metamorfista.” ((Seguidor da trilha da metamorfose)). Além disso, era útil poder dar uma desculpa aceitável para meus ‘hábitos madrugatorios’ e depois dessa ‘demonstração de sinceridade’ ela devia sentir ao menos um pouco mais de confiança em mim.
“A vida e a não-vida não passam de casulos, diferentes entre si é claro, mas ainda assim, ambos casulos”. Após a tentativa de enforcamento de Belatrix, Henry entrega a moça a reação que ele julgava ser a esperada por ela, fazia o possivel para que a sua reação parecesse natural, um natural que tentou ser oculto, como se ele não quisesse que a moça visse, aquela reação, a habilidade do metamorfista é grande o suficiente para conseguir fazer algo assim, e a dama percebendo que deixou o um pouco preocupado, e que ele não queria que ela notasse a deixa satisfeita, mas ela também procura não demonstrar isso, no entanto, nada escapa aos olhos de Henry, que percebe aquela tentativa de esconder a satisfação muito rapidamente, como se ela fosse um livro aberto e Henry pudesse ler cada palavra com extrema nitidez.
É tão fácil engana-la e lê-la que me regozijo por dentro.
“Cara sou bom demais nesse negócio hahahaha.” Ao mesmo tempo que começo a me preocupar.
“Agora ainda bem pra você que estamos no mesmo bando”. Claramente faltava a Belatrix a astucia necessária para sobreviver na noite.
“Melhor ela ficar encarregada só dos ‘paranau espiritual’ e deixar as tratativas com a comida e com os outros cainitas pra mim e pro ductus”. Imagino inúmeras situações onde essa ‘ingenuidade’ pode ser um problema.
“Ela nunca vai poder negociar com os nosferatu. Os lasombra então estão completamente fora de questão.” Eles comeriam o cu dela antes que a mesma se desse conta.
A princípio, Belatrix retribui o beijo, entregando a Henry o que ele queria, porém, de repente para separar o beijo, ela não simplesmente se afasta, mas sim dá uma joelhada bem localizada no pau morto de Henry, a joelhada é dada com força, ela não estava brincando ali, o que era claro. A joelhada é o suficiente para encerrar o beijo, e separar os dois, a região de Henry doia, mas não muito, nada comparado ao que ele já havia experimentado em seu tempo caminhando por essas terras.
O beijo estava ótimo pra mim e sei que causou uma boa impressão nela também.
“Modéstia a parte, sou muito versado nessa porra.” Uso a minha ‘larga experiencia’ de forma a tornar o contato ainda mais agradável para ambos.
“Agora se o negócio estava bom, como tenho certeza que estava, pra que essa joelhada? Esse ‘joguinho’ me freando é realmente irritante. A ação dela não chega a ser ‘inusitada’, a bem da verdade esse comportamento era um ‘tanto quanto’ previsível.
“Isso realmente parece um barril querendo uma barrilzinha virgem”. Mas não é por ser previsível, que se tornava menos irritante.
“Ela realmente vai seguir a risca esse script? Sou um Zantosa e ela uma Tzimisce, precisávamos mesmo começar assim tão lá de baixo, quase como... humanos?
“Quando nos enfim formos transar, vou te morder gostoso e te deixar viciada na ‘maneira Zantosa’ de viver.” Em um ato reflexo causado pela joelhada, envergo um pouco o tronco e levo uma das mãos ao pênis atingido, expressando desconforto ainda que esse desconforto fosse infinitamente menor que o desconforto debilitante que um mortal sentiria na mesma situação.
– Não é bem isso que eu tinha em mente, Endireito a coluna mas ainda mantenho uma das mãos sobre o pênis.
– Quando sugeri ver outro lado seu. Demonstro ter sentido mais a distância que ela colocou entre nós, que propriamente o chute.
- Eu não dei permissão pra me beijar, Henry, não é educado beijar uma garota sem ter sua permissão primeiro. Sorrio meio marotamente.
– Algumas ações. Aponto para meus lábios com o indicador de uma das mãos.
– Compensam seus riscos. Tiro a mão que estava em meu pênis do ‘júnior’ propriamente e uso o indicador dessa mão para apontar pra ele. Depois pisco e sorrio pra ela tornando a abaixar ambas as mãos.
– Não posso dizer que estou arrependido, algumas coisas podem mas não devem ser pedidas. - Ela então de repente parece estar cansada de dançar e vai se sentar no sofá de novo. Apesar da joelhada, ela não parecia estar ofendida, ou até mesmo com raiva, sua expressão era mais para satisfação.
- Aquele idiota do Sebastian saiu e não deu nem um maldito ola. Mal educado. - Ela resmunga, enquanto se fazia confortável no sofá.
Quando ela menciona a saída de Sebastian, olho para a porta do apartamento, faço que não descompromissadamente com a cabeça enquanto comento:
– Aquele caga pau. Suspiro longamente e volto a olhar para Belatrix, que complementa:
- Acho que teremos uma noite de folga. Sorrio novamente pra ela enquanto comento sobre sua frase anterior.
– Mesmo com essas frases de duplo sentido que tentam meu caminho Faço uma proposital antes de continuar.
– Minha mente pudica me coloca no caminho da virtude. Digo inicialmente convencido, mas depois levanto uma sobrancelha como quem começa a pensar no que falou, em uma clara expressão de interrogação.
– O que me permite concluir que os virtuosos são todos virgens. Pareço pensar sobre a questão...
– Acho que a minha virtude esta no fim. Sorrio para ela em tom bem humorado e vou indo para o meu quarto, de onde volto com meus pertences em mãos me vestindo enquanto ando e por fim, jogando a mochila em um dos sofás enquanto sento em outro para calçar os tênis. Calçando-os sem de fato lhes dar muita atenção, enquanto olho para ela.
– Bom ... não é educado viver as custas de uma garota com ou sem sua permissão. Volto a sorrir largamente.
– Por isso no ultimo suspiro da minha virtude, me levanto do sofá já pronto para ir, precisando apenas apanhar minha mochila.
– Vou sair pra descolar aquela grana que mencionei mais cedo. Coloco a mochila nas costas.
– Quer que te traga algo?