As Experiências do Professor Burke

Os experimentos do professor Burke

Era a noite seguinte do assalto ao banco. O policial Graham dirigia para a casa do Professor Burke, que o esperava para uma reunião um pouco fora do habitual. Já passava das 20h. Graham havia passado o dia coletando provas e batendo fotos do banco assaltado e fazendo anotações sobre o modus operandi utilizado. Seu corpo reclamava de cansaço, mas sua mente permanecia acesa como uma lâmpada que insiste em não apagar em dia de ventania. Inclusive, aquela noite estava com ventos frios cortantes e incômodos.

Junto do policial, seguia no carro dois especialistas que iriam ajudar naquele caso: o Doutor Frank Hallem, um pesquisador pokémon, como era também o Professor Burke, que havia deixado seu contato e sua disposição para ajudar do que fosse para recuperar a pesquisa de seu colega de profissão; e Maximiliano Bells, um exímio treinador e criador pokémon, que por seu parentesco com o Detetive Bells, costumava colaborar com a polícia na lida com aquelas feras. Graham achava o Doutor Hallem um tanto quanto aversivo. Quanto à Maximiliano, ele preferia não ter que incomodá-lo, por ser neto do seu mentor. Naquele caso, contudo, o policial achou prudente usar da expertise daqueles dois.

O Professor Burke morava numa espécie de fazenda no subúrbio da cidade. Ele, como muitos pesquisadores, apreciava a solidão para prosseguir seus trabalhos. De qualquer forma, ele pouco tinha essa solidão desejada. Sua casa e laboratório particular logo se tornou uma espécie de pequeno centro de referência, então comumente havia visitantes pesquisadores ou não. Levava uns quarenta minutos do centro da cidade até o destino dos três. - Er... É lamentável, não é? - Disse meio sem jeito o policial Graham para quebrar o gelo. - Vocês têm idéia da potencialidade das gemas roubadas? - Na verdade esse era o grande motivo da reunião: saber com o Professor Burke a urgência de reaver aqueles itens.

...

A casa tinha dois andares e tinha uma arquitetura singular, adepta das curvas e formas esféricas. Tinha pelo menos dois andares que eram ora ocultos detrás das árvores, ora irrompiam do meio delas. Parecia que o edifício se encaixava entre as árvores existentes. Uma lua minguante estava à meio caminho do céu, mostrando que a hora estava avançando. Havia apenas uma meia dúzia de postes de luz amarela iluminando as vagas para o carro e o pequeno trajeto, de forma que a edificação toda tinha um aspecto meio lúgubre. Quando estacionaram, havia um outro carro ligado, estacionado três vagas à frente.

Lá dentro estava Pablo Dupin. Ele havia visto uma nota no jornal sobre o assalto ao banco e a suspeita de ligação com o Team R. Dada a natureza do objeto roubado, ele tinha plena certeza do envolvimento desse grupo. Por isso ele estava ali. O policial Graham, saindo do carro, seguido dos dois especialistas que vinham com ele, aproximou-se do carro onde estava Pablo e fez um gesto para que ele abaixasse o vidro. - Posso ajudar, senhor? O senhor sabe que está numa propriedade privada?

@Hunter @Shmul @hello começamos aqui o jogo espero que curtam. Se quiserem usar o mesmo padrão de postagem que estou usando, aqui embaixo segue o código direitinho, basta só mudar o nome do personagem e escrever no meio. Vocês vão ver que no padrão tem um 3 e um símbolo depois da postagem, esse é o símbolo dos Pontos de Destino, cada um começa com 3 e usará à medida que achar válido para usar Aspectos, fazer inserções narrativas etc, como está resumido na Pokédex.

Código:

<center><link href="https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro" rel="stylesheet"><link href="https://fonts.googleapis.com/css?family=Anton" rel="stylesheet"><div style="width: 580px;padding: 40px;background: #101010"><table><td></td></table>
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<font color="#8f1f1f">- Cor de Fala</font>

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[right]<font size=4>3</font>   [img(25px,25px)]https://i.servimg.com/u/f59/19/76/22/32/fatepo10.png[/img][/right]

<center><a href="http://fenixgraphic.com.br/u22" style="color: #717171; font-size: 8px; letter-spacing: 1px;">(C) Ross</a></center></div></div></center>

(C) Ross

Dr Frank Hallem

Olhava, pela janela do carro, a lua no alto e acariciava a orelha de Neon uma primeira vez em seu colo, na segunda, Neon esquivou-se. Suspirou depois do silencio ser interrompido.

- Tenho a ideia exata, policial Graham!

Disse mais alto do que o esperado.

- Eu me preocupo e torço para que eles estejam indecisos em como e quando usar, pois se já tiverem usado as gemas, o problema terá saltado de nível...  

Suspira novamente e depois solta um riso de duas sílabas enquanto leva as mãos ao rosto e com os dedos, puxa a pele de seu rosto para baixo, deixando visível a pele interior inferior avermelhada de seus olhos, sempre aparentando sonolência. Sua mente, ao contrário de sua aparência, já calculava possibilidades, previsões, intenções e tudo de mais anormal que uma mente louca possa trazer a tona.

(C) Ross

Dr Frank Hallem

Desceu do carro e se esticou. Procurou o maço de cigarro no bolso interior direito de seu jaleco branco, não tão limpo. Errou.

- Ué...

Procurou novamente na esquerda e achou dessa vez. Um sorriso amarelo brotou em sua face. Acendia o cigarro quando Max lhe dirigia a palavra. Soprou a fumaça para cima e esboçou um som de prazer.

- Ahhhh. Óh, sim, sim.

Abaixou-se para cariciar Neon, que se afastou com o fucinho erguido.

- hahaha, ele é arisco, mas ele me ama. Eu o chamo de Neon. E você é o Maximilian... Maximílliun.. Maximiliano... Me desculpe... Posso te chamar de Max? Ora, fico feliz que tenha lido um artigo meu. Alguns costumam de dizer isso... Mas eu não me importo com esse negócio de fama. Se bem que vem a calhar em algumas situações. Ouvi dizer que treina pokémons para policiais... Imagino a carga de experiência que deve ter com essas criaturas.

olhava para o policial encurvado, checando quem estava no interior do veículo, enquanto conversava com o treinador.

(C) Ross

Dr Frank Hallem

Guardou o cigarro em seu bolso interno novamente enquanto Max saia do carro. Levava as mãos ao queixo sustentando sua cabeça numa expressão de reflexão.

- Olha... A fama trás alguns benefícios, como disse antes, em algumas situações vem bem a calhar. Estou aqui agora, creio que por causa de minha capacidade e voluntariedade. O professor Burke é um grande amigo meu, ajudarei no que puder.

Enfiou a mão no bolso, dessa vez certeiro, apanhou um cigarro sem retirar o maço do bolso e entregou para Max, sem cerimônia.
Continuou o diálogo.

- Ah, entendo. Ainda assim, acredito que deve ser uma trabalho tanto árduo quanto prazeroso, deve gastar bastante tempo e paciência nesse ofício. Sempre pensei que os treinadores profissionais utilizavam de algo especial para fazê-los obedecer, entender, aprender. Então não tem nenhuma técnica especial, nem truques mirabolantes...

Disse a última frase mais para si mesmo do que para Max, num tom de decepção. Os olhos ainda fixos no que ocorria no carro.

- E então, qual pokémon tem a sua disposição?

(C) Ross

Os experimentos do professor Burke

Enquanto o Dr. Frank Hallem e Maximiliano conversavam, o policial Graham escutava o que o investigador Pablo Dupin tinha a falar. Por protocolo ele pediu a licença do investigador. - Você está certo, essa é a residência do Professor Burke. Acabamos de chegar para esclarecermos com ele alguns pontos chave. Já que o senhor também está atrás do Team R, faça a bondade de nos acompanhar. - Nessa altura, Maximiliano estava com o cigarro na mão dado pelo doutor estranho e Pablo Dupin abria a porta do carro para acompanhar a comitiva de experts. - Doutor Hallem, Maximiliano, este é o investigador Pablo Dupin. Por seu trabalho ele vai se juntar a nós dessa reunião e talvez passemos a trabalhar juntos a partir de agora. - Introduziu o policial.

Os quatro então seguiram pelo caminho de pedra ladeado por gramado extenso até chegarem à porta da casa/laboratório. A porta era de vidro, deixando entrever um espaço muito similar à maioria dos centros pokémons que, embora raros, eram bem conhecidos. O policial Graham tocou a campainha. Um silêncio pesou sobre os quatro enquanto esperavam alguma resposta do outro lado. Até que um barulho de estática e a voz abafada do professor Burke se fez ouvir: - Em que posso ajudar? - Quem respondeu foi novamente o policial. - Professor Burke, sou eu, Graham e os especialistas. - Todos viram uma câmera colocada à direita e no alto da porta se mover em direção a eles e emitir uma luzinha vermelha. - Ah, sim! Entrem! Dobrem na primeira porta à esquerda e sigam escadas acima.

A porta se abriu. Apenas uma ou outra luz indireta estava ligada, deixando todo o ambiente um pouco numa penumbra. A primeira porta à direita não estava muito longe. Essa parecia uma porta residencial, de fato, feita de madeira. Os quatro passaram por ela e deram num pequeno corredor. Do lado esquerdo ele se abria para o exterior através de um vidro, havendo plantas diversas colocadas numa faixa de terra colada à fachada. De certa forma o professor Burke gostava muitíssimo de estar em contato com a natureza. Cinco metros mais à frente havia um lance de escada e sobre suas cabeças havia um pé-direito duplo, que deixava o teto altíssimo. Eles seguiriam e subiram as escadas para darem numa sala de estar.

Era o primeiro cômodo que estava dignamente iluminado, também com luzes amareladas, porém, naquele contexto, elas eram muito mais aconchegantes. O professor Burke esperava a comitiva sentado numa poltrona. À direita havia uma lareira acesa, à esquerda um sofá grande, onde caberiam três pessoas bem acomodadas. Diante dele, uma grande mesa de centro, na altura dos joelhos e diante dela uma outra poltrona. - Sejam bem-vindos a minha casa! - Seu tom de voz denotava uma vivacidade pouco esperada para um cientista.

Façam as perguntas que quiserem pro professor Burke

(C) Ross

Dr Frank Hallem

Apaga o cigarro em meia vida na sola do sapato. Meio desiquilibrado por estar sustentado por um pé só, cumprimenta Dupin e devolve o cigarro usado no maço junto ao resto enquanto o investigador era apresentado. Em frente ao laboratório/casa, acena levantando a palma da mão para a câmera.
Enfim, na presença do Professor Burke, externa seu companheirismo e admiração.

- Caro Professor! Bom vê-lo novamente e fico feliz que esteja bem!

Dizia com igual vivacidade enquanto lhe apertava a mão com as suas duas. Num tom mais ameno, continuava antes de deixar o Invertigador interrogá-lo.

- Lamento o ocorrido com as Gemas, tenha a certeza de que eu e os que estão aqui nos esforçaremos ao máximo para resolver essa situação.

Tenta expor algumas palavras de conforto e saia de canto para o investigador prosseguir com suas perguntas. Aguarda de pé, admirando a sala enquanto deixava sua audição focada no assunto.

(C) Ross

Os experimentos do professor Burke

O professor Burke apertou as mãos de cada um, se apresentando em contrapartida, gastando um pouco mais de tempo com o Dr. Hallem, que já era um conhecido. Depois, indicando com a mão, sugeriu que todos tomassem lugares no sofá ou nas poltronas.- Sentem-se, por favor. Vejamos no que eu posso ser útil. - O policial Graham abriu a boca para falar, mas foi interrompido por Pablo Dupin. Quem gastasse um tempo para olhar para ele, veria que seu semblante parecia aborrecido com a intervenção do investigador particular. O professor Burke, no entanto, tinha sua atenção voltada para o seu interlocutor. - Não saberia dizer um possível suspeito, mas pelo que o policial Graham, que é o responsável do caso, já me passou, a principal suspeita da polícia recai sobre o famigerado Team R. - Graham balançou a cabeça, confirmando o que o professor dizia. - Sobre rotas de fuga a polícia saberá responder melhor do que eu, apenas fui informado do sinistro. - Disse ele, coçando a cabeça.

- As gemas são pedras semi-preciosas. Mas isso não é o grande valor delas, sim que elas são indutoras de evolução pokémon. Dependendo da pedra, pode evoluir tipos de pokémons diferentes. Essa descoberta se deu por monitoramento do tamanho de populações de formas evoluídas de pokémons em determinadas áreas e não em outras. A resposta estava na presença desses minerais indutores. - Respondeu, agora com uma certa seriedade típica de quando estava fazendo seu trabalho. - A maior parte da minha pesquisa fica aqui no laboratório, porém, como apenas recentemente conseguimos extrair e lapidar esses minerais na forma das gemas que foram roubadas, achei por bem colocá-las no banco. Infelizmente não foi o bastante. Lá haviam duas gemas: uma pyrita e uma lunarita. Com elas se pode induzir a evolução de alguns pokémons do tipo fogo e de alguns pokémons do tipo fada. - O professor se levantou e foi até a estante, de onde puxou um volume que parecia um fichário e passou algumas páginas. Ele pôs na grande mesa de centro que havia na sala e mostrou para todos imagens das duas gemas. - Foram essas as gemas roubadas. Elas estão aí em seu tamanho original, tem pouco mais que cinco centímetros cada uma. É impossível localizá-las à distância.

Quando Pablo falou de ir à cena do crime, o policial Graham pigarreou, chamando atenção para si. - Sobre isso, pode falar comigo. Mas já fizemos toda a investigação e quando voltarmos posso mostrar os laudos. - Se afastando um pouco da mesa, o anfitrião resolveu exercer um pouco de sua gentileza. - De fato, isso é algo a ser visto com o policial Graham e sua equipe. Irei buscar um pouco de chá e biscoitos para nós, um momento, já continuamos. - Disse ele enquanto atravessava um vão sob a estante grande onde ele havia pegue o livro. Por ali passava um corredor que deveria dar acesso aos outros cômodos mais íntimos da casa. Um pequeno momento de silêncio se fez sobre os quatro presentes ali.

(C) Ross

Dr Frank Hallem

Enquanto aguardava o desenrolar da situação atual, tomava o livro do centro da mesa e começava a foleá-lo. Enquanto comentava com todos sem tirar os olhos de livro.

- Team R... Eu não conheço a fundo esses marginais, sei apenas o básico, informações superficiais... Policial Graham! acredito que possa nos contar detalhes sobre esse grupo também.

Agora caminhava próximo estante. A curiosidade lhe coçava a mente. Com o livro aberto da mão esquerda, passava a discorrer o indicador nos livro organizados na estante, balbuciante seus títulos. Ora ou outra exclamava algo em que achava algo um pouco mais interessante que os demais.

- Que bela coleção temos aqui...

(C) Ross

Os experimentos do professor Burke

Graham cruzou os braços e começou a tamborilar os dedos em si mesmo. - É bem típico desses bandidos agirem a fim de acumular poder. As investigações da polícia não esclareceram ainda o que eles pretendem com isso, mas deve existir algum objetivo final. Ter pokémons mais poderosos parece apenas o meio para obter algo. - Maximiliano e Hallem pediram esclarecimentos sobre a cena do crime e, pela primeira vez, apareceu um certo brilho no olhar do policial. - Se desejarem, posso levá-los até lá, mas minha equipe já fez o trabalho completo. O sistema de segurança foi sobrecarregado de energia, tanto que uma parte considerável dos fios derreteu, mesmo com todo o isolamento padrão. - Um pequeno sorriso apareceu no canto da boca do herdeiro espiritual do Detetive Bells. - Isso danificou até o equipamento de vídeo segurança. Ainda assim conseguimos recuperar um trecho logo anterior ao ataque. Quem tenha invadido usou um Electrode para induzir a pane generalizada do sistema. - O Dr. Hallem se ocupava da estante de livros, mas o policial nem se incomodava com isso enquanto relatava seus trabalhos, de fato, ele exultava com aquilo que fazia e nisso - de certa forma - ele deveria estar mais perto do cientista estranho que de qualquer outro ali.

Enquanto esperavam a volta do Professor Burke, um som de algo caindo no chão veio lá de dentro, seguido por um silêncio. Eles se entreolharam e o policial Graham foi o primeiro a levantar e puxar a arma da sua cintura. - Vocês escutaram isso? - Quando olharam para a passagem no meio da estante, viram no fundo do corredor uma fumaça escura e pesada vinda do lado direito.

(C) Ross