“nunca acredite no contador de histórias, apenas na história”
REENCONTRO
Até mesmo Eva parece se surpreender com o quão bem as meninas aceitaram as suas palavras de conforto. Talvez, nos melhores dos seus sonhos, a mulher pensasse que a filha ia ser receptiva com a mãe desconhecida... Mas o senso de realidade sempre dizia que, provavelmente, Alice só iria a odiar ou ser indiferente à sua existência. Então, conseguir confortar e acalmar a criança já era bom o suficiente pra aquecer seu coração.
Deixou Alice contar a experiência, de como se lembrava, sem tocar nos pontos mais delicados ou forçar qualquer lembrança que a mente tinha apagado. Era melhor assim. Ainda sim, a menina se lembrava o suficiente pra ter pesadelos e traumas pra uma vida. Eva se perguntava se suas escolhas, desde o nascimento da menina até aquela noite, tinha sido provocadoras daquele trauma. Provavelmente sim, pensou, buscando alívio no fato de ter salvado a criança de uma morte horrível.
Enquanto Alice a observava daquela maneira, Eva sorriu. Quase... quase tocou no assunto, mas não o fez. Apenas continuou conversando com ela até que a menina dormisse.
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Ergueu o olhar pra Morte, quando ela falou novamente, percebendo que eram as únicas acordadas. Poderia dizer que não era exatamente boa com jovens... Que só tinha feito um plano ruim e tido sorte na floresta... Mas, por fim, Eva apenas sorriu – Obrigada – disse, baixo, realmente agradecida. Não estava no local certo e na hora certa por acaso. A Morte tinha dado um empurrão pra aquilo acontecer. Talvez só por querer a confiança de sua nova representação na terra... Talvez por não querer tirar uma vida tão jovem e preciosa pra Eva. Preferia acreditar na segunda opção.
Embora temesse pela segurança da Kombi ao andar tão acelerada assim, Eva também queria se distanciar daquele local, não pedindo para o Perpétuo desacelerar. Ouviu com atenção as próximas palavras.
- Você acha que eles podem vir atrás dela? Por causa dessa.... Máscara? – sentia um arrepio na espinha. Pelo menos Alice não havia se machucado... Será que eles conseguiriam seguir seu rastro apenas pelo cheiro? – Tem alguma forma de proteger ela deles? – claramente estava ficando mais e mais ansiosa com os pensamentos que aquela hipótese causava.
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– Acho que sim. Não sei se vou ter outra oportunidade. – ligou novamente a água pra esquentar, querendo um pouco de café. – Elas moram em Hill City? Poderia deixar primeiro a Mindy em casa? Eu queria conversar com ela sozinha...
Deixou Alice contar a experiência, de como se lembrava, sem tocar nos pontos mais delicados ou forçar qualquer lembrança que a mente tinha apagado. Era melhor assim. Ainda sim, a menina se lembrava o suficiente pra ter pesadelos e traumas pra uma vida. Eva se perguntava se suas escolhas, desde o nascimento da menina até aquela noite, tinha sido provocadoras daquele trauma. Provavelmente sim, pensou, buscando alívio no fato de ter salvado a criança de uma morte horrível.
Enquanto Alice a observava daquela maneira, Eva sorriu. Quase... quase tocou no assunto, mas não o fez. Apenas continuou conversando com ela até que a menina dormisse.
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Ergueu o olhar pra Morte, quando ela falou novamente, percebendo que eram as únicas acordadas. Poderia dizer que não era exatamente boa com jovens... Que só tinha feito um plano ruim e tido sorte na floresta... Mas, por fim, Eva apenas sorriu – Obrigada – disse, baixo, realmente agradecida. Não estava no local certo e na hora certa por acaso. A Morte tinha dado um empurrão pra aquilo acontecer. Talvez só por querer a confiança de sua nova representação na terra... Talvez por não querer tirar uma vida tão jovem e preciosa pra Eva. Preferia acreditar na segunda opção.
Embora temesse pela segurança da Kombi ao andar tão acelerada assim, Eva também queria se distanciar daquele local, não pedindo para o Perpétuo desacelerar. Ouviu com atenção as próximas palavras.
- Você acha que eles podem vir atrás dela? Por causa dessa.... Máscara? – sentia um arrepio na espinha. Pelo menos Alice não havia se machucado... Será que eles conseguiriam seguir seu rastro apenas pelo cheiro? – Tem alguma forma de proteger ela deles? – claramente estava ficando mais e mais ansiosa com os pensamentos que aquela hipótese causava.
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– Acho que sim. Não sei se vou ter outra oportunidade. – ligou novamente a água pra esquentar, querendo um pouco de café. – Elas moram em Hill City? Poderia deixar primeiro a Mindy em casa? Eu queria conversar com ela sozinha...