- Kenneth Kelly:
Kenneth Kelly apresentou-se formalmente como um fianna e explicou que levaria Lia para conhecer as raízes de seu povo e o modo de vida da tribo. Surpreendentemente, tanto Lia quanto seus pais concordaram prontamente com a viagem na companhia daquele recém-conhecido, e Lia fez as malas novamente, dessa vez para um período bem maior.
Saindo de Dublin, Ken (como ele preferia ser chamado) levou-a até a Baía de Galway, na costa oeste da ilha esmeralda.
- Falésias de Moher na Baía de Galway:
Ali naquela cidade, Ken e Lia passaram algum tempo passeando por praças e bares, e Lia percebeu que ele parecia conhecer praticamente todo mundo. Ken comprou alguma comida e um suprimento considerável de bebidas, mais do que Lia já tomara na vida. O fianna mais velho não se importava muito em explicar detalhes para a filhote, respondendo apenas o que ela perguntava, de um jeito um pouco displicente.
Quando Ken já acumulava três grandes sacos de bebidas, ele levou Lia para o cais, onde cumprimentou um barqueiro e pagou passagem para dois. O barco os levou pela baía de Galway até as ilhas Aran, um arquipélago de três ilhas principais e outras tantas menores.
- Ilhas de Aran:
O barqueiro explicou que a maior das ilhas se chamava Inis Mór e tinha uma população de umas 800 pessoas. A ilha menor, Inisheer ou Inis Oírr, tinha pouco mais de 250 pessoas. Mas a ilha para a qual estavam indo, a média, era Inishmaan ou Inis Meáin, que apesar do tamanho tinha menos de 200 pessoas.
Ao aportar em Inishmaan, Lia pôde dar uma boa olhada na paisagem natural da ilha.
- Inishmaan:
Assim que o barqueiro partiu, Ken explicou que todos os habitantes daquela ilha eram garous fianna ou Parentes.
Hoje, já fazia um mês que Lia chegara ali. Ela conheceu uma comunidade de pessoas alegres, festivas, tradicionalistas e orgulhosas de suas origens. Eles adoravam competir amistosamente em tudo, e Lia sempre se metia em apostas de corrida, saltos, escaladas ou simples lutas mano-a-mano.
Naquele tempo, ela também foi instruída em tudo que os fiannas tinham para ensinar. Lia aprendeu a controlar a mudança de forma, identificar seus inimigos, a se portar no meio da Nação Garou, e principalmente a usar os poderes concedidos pelos espíritos naturais, os Dons. Lia aprendeu o truque da Persuasão que Ken usara para convencer seus pais tão facilmente. Aprendeu a Inspiração, com o qual os líderes guerreiros motivavam seus comandados para lutar melhor. E, os mais valioso de todos, aprendeu a Resistir a toxinas, que servia para se proteger de venenos, mas que a maioria dos fianna usava para poder beber quantidades assombrosas de álcool.
De fato, a prova de fogo para Lia ser reconhecida como uma cliath, uma fianna de posto 1, foi uma bebedeira homérica percorrendo todos os bares da ilha. Aclamada em estado ébrio, Lia e os outros fiannas beberam até cair desmaiados.
Agora Lia acordava da bebedeira, com uma ressaca ligeiramente incômoda, à beira de uma estrada deserta, com laterias de pedras antigas, a meio caminho do atracadouro e do centro da vila.