2 de setembro de 2018
TODOS
Os jovens dragões ficavam boquiabertos com aquelas novas e surpreendentes descobertas. Axcelandra praticamente ligava o "tico e teco" de seu cérebro e começava a andar de um lado para outro na tentativa de focar sua mente para entender o que tinha acontecido.
Ekon ainda se recuperava da dor de cabeça causada pela "invasão" da diretora em seus pensamentos e decidia compartilhar aquela informação com todos os demais, trazendo ainda mais questionamentos não só sobre a índole de Thomson como também sobre os mistérios que cercavam o covil.
Thommy e Mack questionavam Charlie e Lykke sobre a vergonhosa atuação na tentativa de ludibriar a diretora e os dois respondiam na mesma moeda, se justificando de que talvez pudesse ter dado certo.
- Ai... Minha cabeça... Charlie e Lykke, vocês dois são tão burros quanto esquisitos... - Os dizia Reynard, massageando sua têmpora esquerda com a mão de um modo bem parecido com o de Ekon anteriormente.
- E Mack, anda logo e abre esse pergaminho!Algumas conversas e questionamentos depois, Ekon decidia lançar um feitiço de revelação no pergaminho, na ideia de se prevenir de armadilhas ou contra-feitiços que pudessem estar encarnados naquele objeto.
"Specialis Revelio" era seu escolhido para aquela empreitada.
Após um brilho prateado iluminar o pergaminho, uma folha se desprendia e flutuava como um balanço até despencar delicadamente nas mãos de Ekon. Na folha haviam os seguintes dizeres:
"Estimado Dragão-Negro,
Receba as nossas congratulações por
ter praticado este feitiço de forma exímia,
porém temos de lhe avisar que apenas a guardiã dos segredos pode revelá-los.
Portanto pedimos para que o senhor não meta o seu nariz
estupidamente grande onde não é chamado.
Atenciosamente, A meteoro-chinês da sabedoria e a da sinceridade."
- O que diz aí? - Perguntava Reynard a Ekon, e já espiando por detrás do amigo, ele caía na gargalhada.
- Hahaha! Essa foi boa! O grande e sábio dragão-negro fora rejeitado! Ai ai, tá, agora da pra você abrir esse pergaminho de uma vez? Mack, ó guardiã dos nossos segredos! - Reynard mais uma vez parecia agora mudar de personalidade. Deixava a quieta e discreta para se voltar a mais sarcástica e imprevisível.
Ekon sabia que seu feitiço tinha dado certo, então só haviam duas alternativas. Ou aquele objeto teria sido encantado por forças muito mais poderosas que ele, ou o pergaminho já fora criado daquele jeito, pois no momento em que Mackenzie o recebera da diretora, ela se tornava a única capaz de abri-lo e talvez até de lê-lo. A folha desgastada em sua mão agora se auto destruía, queimando nas das pontas até só restar algumas poucas cinzas.
Reynard agora passava sua atenção para Axcelandra e com os olhos avermelhados e esbugalhados ele a cantava na cara dura:
- Até que você ficou gatinha nessas férias Axcel, que acha da gente ir para um lugar mais reservado? - Geralmente as coisas não acabavam bem quando Reynard perdia controle de sus impulsos mais primordiais. Charlie sabia bem disso, pois levara uma surra do colega logo quando se conheceram.
A face de Reynard então se contorcia como se estivesse em dor profunda e aquela feição mais enérgica voltava a ser a de sempre, cheia de dor e confusão.
- Desculpa por isso Axcelandra, esse idiota aqui dentro as vezes toma controle. Eu vou sair, preciso ficar sozinho por um tempo pessoal. - Ele então passava as duas mãos na cabeça e deixava o covil. A grifana ainda podia perceber que lágrimas escorriam por seu rosto antes que ele cruzasse pela saída.
Off: Só mais um turno no covil e aí deixamos essa cena para trás.CORVINAL & SONSERINA
Durante a aula, Mackenzie se juntava a sua amiga Gise e seus outros colegas de casa, enquanto Ekon, Thommy e Charlie ficavam com sua turma de sonserinos. A sala ficava claramente dividida e de forma curiosa, porém não surpreendente. Da metade ao fundo, apenas alunos da Sonserina, e do meio para a frente, apenas os sábios da Corvinal.
- Mack! - Cochichava Gise para a sua amiga antes da professora começar a falar.
- Onde você se meteu durante o almoço? Não me diga que estava com aquele.... - Ela então dava uma curta pausa, olhando para onde ficavam os alunos da sonserina e então continuava se virando de volta a Mack.
- Excêntrico Charlie.Na metade sonserina, a ruivinha Taurya lançava olhares e sorrisos para o jovem aspirante a craque Mbah e a senhorita Finnick observava Thommy atentamente, o cutucando logo em seguida.
- Thommy, onde vocês se meteram? Esta tudo bem? - Ela o questionava, sempre em seu tom de voz arrastado e melancólico. Já Charlie, por ser um meio-veela, atraía olhares por anda passava, querendo ou não. Algumas garotas - e alguns poucos garotos - se admiravam com sua beleza, porém ainda se sentiam intimidados com sua personalidade forte. Outros cochichavam em repulsa ao garoto, muito provavelmente moídos de inveja por não terem nem um pingo sequer das qualidades do mesmo.
Então a aula começava e na primeira chance de mostrar porque era conhecida como a sábia do covil, Baker imediatamente erguia seu curto braço e o esticava ao alto o máximo que podia. Sua ação não passava batida pela professora, que com um sorriso de satisfação a autorizava a responder, o que a garota fazia com a maestria digna de um corvino orgulhoso.
- Excelente senhorita Baker! Fazia algum tempo que não conhecia uma bruxa ou bruxo tão jovem e sábio como a senhorita! Espero que isso posso estimular seus colegas a estudarem mais, cinquenta pontos para a Corvinal! - Mais uma vez a sala se dividia. A metade corvina era só alegria e exaltação, enquanto a dos herdeiros de Salazar se inundavam de caretas e reclamações.
Talvez tivesse sido aquele sentimento que tocava a mente e o coração do jovem herdeiro dos Thorps, ou ele só era do tipo que adorava ver o circo pegar fogo, quem sabe, mas a verdade era que ele se levantava eufórico de sua cadeira e aplaudia - parecendo bastante irônico - mais uma resposta certa da corvina, atraindo todos os olhares da sala. Incluindo os da professora.
- Senhor Thorps! - Ela bravejava e o encarava por entre seus dourados óculos meia-lua.
- É assim que você age em casa também? Talvez eu deva mandar uma carta para sua avó a questionando se foi essa a educação que ela lhe passou! - Ela então erguia sua varinha na direção da porta da sala e exclamava a magia
"Pegãnum nabútirra". Um globo de luz avermelhado era disparado da ponta de sua varinha que atravessava a sala e a porta da sala em uma velocidade impressionante.
- O senhor deve comparecer imediatamente a sala da Diretora Thomson para sua detenção. - Ela então se virava ao quadro negro como se fosse continuar sua aula, mas ao ouvir algumas reclamações e cochichos sobre toda aquela cena, ela dizia em alto e bom som.
- E menos vinte pontos para a Sonserina! Mais uma gracinha e serão ainda mais!- Charlie Charlie, o que tem de bonito tem de idiota. - Comentava Liana para sua amiga Taurya que apenas balançava sua cabeça em sinal de desaprovação á atitude de seu colega. Conforme Charlie deixava a sala, a professora enfim voltava para o assunto sobre a tal Morgana.
- Como a Senhorita Baker já nos disse, Morgana fora monarca de Avalon, e como vocês já devem adivinhar, ela sentia que deveria governar mais do que apenas uma ilha, afinal de contas, o sangue que corria em sus veias era o mesmo que corria em Arthur... - Ela continuava então os ensinando como Morgana utilizou de sua habilidade de animaga para poder espionar a corte da
Távola Redonda e assim os por uns contra os outros, seduzindo um cavaleiro e homem de confiança de Arthur chamado Lancelot, que assassinara o Rei em busca da aprovação de sua amada.
- ... E assim Merlin liderou um ataque até Avalon e afundou sua ilha no esquecimento após um embate mortal contra a terrível Morgana. - Ela então respirava fundo e consultava seu relógio de bolso de ouro reluzente e encerra aquela aula:
- Bom, acredito que por hoje seja só, porém, quero dois rolos de pergaminho sobre a queda de Avalon e ascensão de Merlin para a próxima aula. Agora podem ir. - Ela os dizia abanando sua mão em sinal de adeus e voltava sua atenção a suas anotações e a seu tomo envelhecido.
Off: Fiquem a vontade para erguerem o braço e perguntarem sobre o que quiserem sobre esse assunto galera. Não precisam rolar nada, só descrever em seus posts que respondo no meu depois.Charlie "Excêntrico" Thorps
Quando saía da sala após ser expulso pela professora Austin, o garoto poderia ver que a esfera de luz avermelhada que a mesma tinha lançado por entre a porta agora voltava pelo corredor, vindo em sua direção. Ela então ficava flutuando imóvel bem em sua frente, na altura do peito. Passos rápidos eram ouvidos cruzando o corredor seguidos de alguns resmungos:
- Já tô indo! Aaaahhh! Quem foi o idiota que perdeu pontos da casa agora!? - Ele conhecia bem aquela voz, pois ela atormentava a todos que a contradiziam. Era a voz do monitor chefe e capitão da Sonserina, Luke Finnick.
GRIFINÓRIA & LUFA-LUFA
Axcel tentava aproximar sua avoada amiga Lykke do tímido e envergonhado Jonathan Glover, e a garota dos cabelos cor de gema a reprendia, sempre sem perceber as reais intenções da amiga. Porém de certa forma o plano de Axcelandra aparentemente funcionava, já que Lykke logo questionava Glover sobre um assunto nada a ver, assim como geralmente era sua mente sem sentido.
- Ah... Me-Meus óculos? Hãã... Si-Sim, digo, não! Não, eu pre-preciso deles mesmo! - Ele a respondia todo envergonhado, com as bochechas parecendo prestes a pegar fogo. Antes que pudessem seguir com aquela inusitada conversa, a apresentação espalhafatosa do professor Vaganay acontecia.
Enquanto Lykke pensava e refletia sobre seus gostos e opiniões, o professor questionava a turma sobre a magia que havia utilizado, e Axcelandra já possuía a resposta na ponta da língua.
- Muito bem Senhorita Maverickson, essa simples magia já causou muitos problemas para seu pai no ministério da magia. Pensando bem, não só para ele como para todo o ministério. Cinquenta pontos para a Grifinória! - O professor então organizava os alunos em duas fileiras, uma de frente a outra. Alunos da Grifinória de frente com os da Lufa-Lufa e vice versa, cada um com um parceiro para praticarem o feitiço que o professor com sotaque francês carregado começava a ensinar.
- Senhorita Webster, poderia me ajudar por favor? - Ele então convocava a lufana para poder exemplificar o feitiço na prática para que todos pudessem acompanhar não só como se fazia, mas também qual era seu efeito. Cochichava algo inaudível para ela e depois se colocava a alguns metros de distância em sua frente. Então Girava sua varinha em um movimento espiral na direção horária e a apontando na direção de Webster, exclamava em alto e bom som para que todos ouvissem:
- Aqua Erupto! - Um um grande jato de água - que Axcel e Lykke podiam julgar de ser capaz de apagar um incêndio - jorrava da ponta da varinha e atingia em cheio a aluna lufana. A força e a pressão do jato d'água arrancavam suspiros de todos. Como um professor faria algo assim com uma aluna?
Então depois que a magia cessava e a "névoa" de espuma causada pelo jato se dissipava, todos viam que a garota tinha usado o feitiço do guarda-chuva invisível, e em seu rosto ela estampava um sorriso de orelha a orelha.
- Uaaau! Isso foi muito maneiro! Dá para fazermos de novo? - Ela dizia toda animada, colocando todos a gargalhar - inclusive o professor - aliviados por terem sido mais uma vez enganados pela magia do simpático francês.
- Hahaha! Excelente defesa senhorita Webster, cuidado para que seus irmãos da Corvinal não fiquem com inveja! Cinquenta pontos para a Lufa-Lufa! - Indicando para que sua ajudante agora se colocasse junto aos demais, ele explicava que o feitiço guarda-chuva
"Repello Pluviatus" poderia ser usado como defesa ao jato d'água.
Agora era a hora da prática para todos. Cada um teria de se defender com o feitiço do guarda-chuva e depois atacar com o do jato. Axcelandra estava de frente a Chris Nice, e o garoto demonstrava um tom de superioridade:
- Rá! Prometo pegar leve com você garota! - Ele esticava seu braço e apontava a sua varinha na direção dela.
- Pronta? Aí vai! Aqua Erupto!Já Lykke encarava o prodígio e esperança dos texugos no quadribol Riley Tyler.
- Pronta? Se eu exagerar grita ok? - Então com sorriso de confiança ele lançava a magia d'água na direção da garota grifana.
Off: @Lnrd faça um teste de percepção com sua habilidade de "intriga". Depois vocês dois rolem "magia" com -4, que é o nível de poder de magia dos alunos que os "enfrentam". Depois disso, já podem rolar mais uma vez com -4,mas desta vez para lançar o jato ao invés de se defender. Podem utilizar tanto os modificadores de "feitiços" como os de "duelo", caso tenham.