[!ON!] Capítulo I - Vento da Mudança

Tendo ao mesmo tempo a atenção e o corpo debruçados sobre o fantástico objeto da diretora, Axcel subitamente franziu o cenho e, sem explicar a razão, começou a ameaçar... o pergaminho.
- Olha aqui seu pedaço de papel de limpar bunda, é bom terem te colocado uns bons feitiços de invulnerabilidade ou eu vou meter um Flamma Impetus em você quando não tiver ninguém olhando, entendeu!?! – Em, antes mesmo de ser questionada pela turma, completou - Quê foi? Só disse o que deve ter passado pela cabeça de todo mundo. Humpf! – E não precisava mais dizer que também recebera algum tipo de ofensa. “Vai ver quem é a banshee-seca quando estiver todo esturricado”.

Não que pensasse em mudar a própria aparência para se adequar ao gosto dos outros, mas achara “impertinente” por parte daquele item mágico fazer comentários sobre ela ser magra e não ter muito... “volume na blusa”.

Porém havia coisas mais importantes a se ater e aquele contratempo não fora o suficiente para distraí-la do clima de apreensão que envolvia-os após o inesperado encontro. Entendendo que talvez só Mack tivesse real visão dos segredos plantados ali, insistiu com ela:
- E então? Estamos amaldiçoados pelos restos de nossas vidas e um pouco mais? Algo chocante que vai mudar tudo o que entendemos sobre essa escola? Ou esse papel de presente velho só tem a língua grande e receitas de bolo?

Era óbvio que não estariam passando por tudo aquilo para aprender afazer uma torta, mas o encantamento naquela coisa parecia ser bastante... maroto.




A garota olhou para trás, para confirmar se a piscadela era ou não para ela, retornando para a direção certa em seguida. “O que deu nesse menino?! Será possessão espiritual?!”. Não só a ousadia, mas a segurança que transparecia agora deixara-a espantada. “Talvez esteja forçando amizade pra que eu pergunte se a Lykke quer ficar com ele...”. Fosse qual fosse o motivo, apenas acenou com um sorriso de agradecimento.

Entre respingos d’água, risadas e reclamações, a aula prosseguiu até que o senhor Vaganay passou a tarefa de cada aluno secar o coleguinha usando Ventus. Ela praticou a magia no chão, porém quando Nice aproximou-se dela para cumprir o ordenado... .
- Obrigadinha, Nice, mas de secar cabelo eu entendo. Não quero sair daqui que nem um lobisomem que se atracou com um pé-grande. Aer Calidus!

E tão logo achou que as madeixas estavam novamente em perfeito estado, foi saindo da sala com a amiga.
- Pst! Amiga... – disse, observando certo grupo à distância – você não acha que o Glover está estranho hoje? Digo, mais que o normal?

Mackenzie seguiu sua intuição, nada aconteceu quando passou seu pingente e também nada aconteceu ao abrir o pergaminho sobre a mesa para que todos ali pudesse ver o conteúdo. O que não esperava foi vê a reação de seus colegas, que começavam a reclamar de ofensas, que ali para ela não aparecia. Na verdade era revelado algo importante e que dariam aquilo que tanto eles queriam abrir. Só não sabia se realmente era algo para se dizer em voz alta e para todos. Mackenzie tinha confiança em seus amigos, mas o que tinha no pergaminho era revelador demais e assim respondeu Axcel - Humm… Não há uma maldição, mas agora temos uma grande responsabilidade com o segredo do covil. - Ela pegou o pergaminho e o enrolou de volta - Aqui tem apenas instruções de como abrir o baú.  - E por fim, seguiu mais uma vez para a entrada do covil, no intuito de sair e ir para a aula que começaria logo em seguida. - Talvez devêssemos voltar, e depois das aulas podemos ver isso com mais calma.


Mackenzie sempre recebia avisos de sua amiga, mas ela realmente insistia que não deveria se juntar a Charlie e os outros. Aquilo já estava a começar ficar estranho e irritante. - Não se preocupe Gise, eu sei me cuidar. - disse para a menina ao seu lado. Tentou não soar grossa com sua amiga, afinal ela queria seu bem. A resposta sincera sobre ela não ter interesse em relacionamento deixou Mack um pouco surpresa e encucada, será que Gisele tem um gosto diferente? Ou talvez apenas realmente não tivesse interesse em namoro ainda. Aquilo rodou um tempo por sua cabeça, até a aula começa e finalmente dar por convencida que Gizé não era lésbica.

Após o término da aula, Mackenzie seguiria para fora da aula, talvez passasse na biblioteca para pesquisar sobre algo relacionado ao os eventos do dia.

Viu aqueles mesmos comentários imbecis sobre sua aparência e entendeu que aquele pergaminho estava blindado para os demais. - Palhaçada. - Deixou o corpo cair nas almofadas. Se levantou quando Mackenzie falou que tinha instruções como abrir o baú: - Então ele fala do baú? Por que não fazemos isso agora? - Mas a corvina insistiu para que voltassem às aulas e a verdade era que era a melhor opção mesmo. - Ok, ok... Não vamos querer abrir o baúe
ter que fechá-lo em seguida...

Rumo à aula.


Quando viu que haviam perdido outros cinquenta pontos, Ekon revirou os olhos. - Diabo ruim todo diabo usa ele. - Não ia reclamar mais. Era evidente que havia favoritismo naquela escola. E tudo começou com Dumbledore. Harry Potter podia dançar o Konga la Konga com McGonagall que estava tudo bem. Ekon conhecia McGonagall pois ela era uma das grandes bruxas da Transfiguração.

Saiu da aula meio abatido, mas a notícia que o professor-responsável da casa chamava o time de quadribol o reanimou. - Sorteio? Mas para quê? Bem, vamos logo, não vamos o deixar esperando. - Perguntaram sobre Reynard e ele teve que responder categoricamente: - Ele está dando corda na pipa, talvez demore a aparecer.

Tommy parecia ser um dos mais curiosos para saber sobre o pergaminho, mas quando tentou bisbilhotar viu uma frase em letras garrafais que o deixou irritado “O QUE É, O QUE É? TEM PLUMA AZUL NA CABEÇA, NARIZ DE BATATA E CARA DE FUINHA? ISSO MESMO! UM THOMPSON! VÁ CATAR COQUINHO, THOMAS."
- Arrrrrgh! Porcaria de pergaminho idiota! – exclamou. Tentou insistir para Mack os informar exatamente o que estava escrito, mas a garota parecia resoluta em postergar tal descoberta.


Sabia que as ofensas de Charlie resultariam na perda de ponto. O ano letivo mal havia começado e a derrota na disputa das casas já parecia certa – Nesse ritmo vamos obter pontuação negativa – tentou arrancar uma risada forçada dos sonserinos ao redor.


- Pra que sorteio? Oras bolas, Ekon. Preocupo-me se você bateu a cabeça em algum lugar. Esta tudo bem com você? Obviamente que para saber a sequencia das disputas. Serão 6 jogos disputados como no ano passado. Jogos de ida e volta. Lembrando que mais vale a pontuação do que a vitória. – E seguiu tagarelando enquanto se deslocavam até o local do sorteio.

- Seria um novo recorde de desastre... - Comentava bufando a ruivinha Taurya com o comentário sarcástico de Thomas.

- Talvez devêssemos matar o Charlie. - Falava Liana com uma expressão séria, deixando todos os colegas de boca aberta. Ela então os encarava de volta e destacava, um tanto irritada. - Foi uma piada.


- Estão vendo? É por isso que perdemos o campeonato ano passado! Falta inteligencia para você Ekon, é lógico que o sorteio é para o chaveamento dos times. Vamos logo, temos um novo batedor no time. - Dizia o capitão Finnick aos demais.

- E quem é o meu novo parceiro de posição? - Perguntava Liana, se aproximando dos demais. O antigo batedor era um aluno do sétimo ano, e como ele já havia se formado, a vaga se mantinha em aberto desde aquele tempo. Mas a surpresa maior era de que o capitão não havia realizado um teste para preenche-la, visto que até com sua irmã ele teria exigido um.


Vários bruxos e bruxas se amontoavam nas altas arquibancadas que jaziam imponentes na grande arena de quadribol da escola. Cada torre era decorada com inúmeros bandeirões destacando os símbolos de suas respectivas casas. Mas somente a da Corvinal detinha o de atual campeã, com a taça de quadribol reluzindo e tremulando sobe o tecido enfeitiçado. Então uma voz forte e poderosa era ouvida por todos os lados:

- SILÊNCIO! - Sua origem vinha da torre mais alta, onde ficavam o corpo docente da escola. A diretora gritava autoritária com a varinha encostada em seu pálido pescoço. - Bem vindos ao sorteio dos confrontos de quadribol das casas! Nossa coordenadora de esportes mágicos já está no centro do campo para começar!

Todos avistavam a professora Gina Weasley, com seus cabelos cor de fogo se chocando ao vento conforme ela circulava pelo centro do campo e colocando todos em delírio coletivo. Ela então parava com as palavras finais da diretora e então dava inicio ao sorteio, erguendo sua varinha e invocando a taça de quadribol.


A imagem da taça flutuava bem acima de sua cabeça, maximizado para que todo pudessem vê-la. Então de dentro para fora, vários fogos saltavam e explodiam no ar, revelando os nomes das casas um de cada vez, e indicando os primeiros confrontos.

O primeiro fogo era avermelhado, indicando que a Grifinória teria o primeiro jogo do campeonato, o que fazia os leões reagirem em euforia extrema. - O primeiro time será a Grifinória! - Gritava Gina, amplificando sua voz com a ajuda da varinha. - Agora seu rival! - Então uma luz esverdeada surgia da taça flutuante e explodia ao lado da Grifinória, revelando que a Sonserina seria a rival dos leões logo na estreia. - Parece que teremos um grande jogo já na estréia!

A primeira rodada já estava decidida. Teriam então:


- Vamos para a segunda e terceira rodada! - Então mais uma vez os fogos de artificio que surgiam velozes da taça indicavam os próximos confrontos da segunda rodada:


E finalmente os da terceira:


- Muito bem, serão o total de seis rodadas, pois são estas três e depois os jogos de volta! No fim das rodadas, os dois times que somarem mais pontos se enfrentam na grande final! VIVA AO QUADRIBOL! - Ela exclamava e a taça inundava o céu com inúmeros e ininterruptos fogos, e nas arquibancadas a festa era generalizada.

- Vamos esmagá-los esse ano! - Gritava o capitão Finnick para seus companheiros de time.




A resposta direta de sua amiga Gise deixava Mack encucada sobre a sexualidade da mesma, pois para ela, alguém como a Enzonelli só poderia ser lésbica caso não se interessasse por alguns garotos assim como ela mesma. Porém a verdade era de que Mack nunca vira ou ouvira a amiga paquerando alguém. Do que ou o quê ela gostava, parecia ficar apenas para ela.

Ao fim da aula, Baker ouvira de suas amigas sobre o tal evento de quadribol que aconteceria logo após, no campo arena da escola. Mas ela tinha outros planos para depositar seu precioso tempo. Não era uma rata de biblioteca á toa.

- Não vai para o quadribol Mack? - Perguntava Gise quando notava a amiga se afastando. - Quer que eu e as garotas guardemos um lugar para você? Um certo goleiro vai sentir sua falta sabe...



O principal âmbito de sabedoria e conhecimento havia sido renovado aquele ano. Vários tomos bastantes envelhecidos haviam sido trocados por outros novos, mais atualizados, logicamente aprovados pela nova ministra da magia. Porém fora as atualizações, todo o resto aparentemente continuava o mesmo.

Seu teto alto e pontudo, ainda permanecia sem igual, todo decorado em uma arquitetura única e formidável. Suas prateleiras com milhares de exemplares se estendia e forravam as paredes de um lado a outro, circundando todo o local com os mais diversos assuntos.

Enfim a senhorita Baker retornava a um de seus lugares preferidos do castelo. Contudo, com apenas alguns passos adentro, tinha sua atenção chamada pela bibliotecária - que surpreendentemente não havia sido trocada - Madame Price. A mulher estava como sempre realizando suas anotações com sua grande e negra pena em sua mesinha de escritório próxima a janela.

- Ora ora... Senhorita Baker, bem vinda de volta. Precisa de alguma ajuda? - Ela lhe questionava com uma voz aveludada após as sinceras boas vindas.


Off: @Mystic Stranger faça um tese de "Usar Biblioteca" com -2 por não ter essa habilidade, porém com mais o seu valor de "Conhecimento". Caso vá pesquisar algo em uma sessão especifica, aí adicione - caso tiver - o valor dela também.




- Tirando a parte que meus avós estão em Azkaban e que meu pai matou minha mãe e fugiu? - Respondia o capitão para Charlie, em tom bravejante e irritado sobre a pergunta do que teria acontecido com a família Finnick. Ele então franzia o cenho e concluía:

- Não ouse tirar sarro do Senhor Griffiths. Anda. - Enquanto Charlie percorria o caminho até a sala de Defesa contra as artes das trevas, notava que aquele globo de luz avermelhada continuava o seguindo, assim como o próprio Luke. Ao finalmente alcançar o local, avistava que a porta já se encontrava aberta, e uma voz cansada, porém autoritária era ouvida de dentro da sala:

- Entrem e já fechem a porta por favor. - Charlie reconhecera aquela voz como sendo a do professor Griffiths. Ao transpassar o arco da porta, a esfera de luz carmesim desaparecia. O homem estava sentado e realizando algumas anotações em um longo pergaminho. Lançava um olhar curioso aos dois que se aproximavam por detrás de seus óculos dourados de lentes circulares. Ele os retirava e os depositava delicadamente em cima da mesa, e depois os indicava com a mão para que se sentassem nas classes de frente á ele.

Como um meio-veela, o herdeiro Thorps logo percebera que o professor também possuía a mesma peculiaridade, porém em menos quantidade e destaque, o que justificava ele não ter notado antes durante a cerimonia de abertura do dia anterior.

- Então Senhor Thorps, devemos considerar as reclamações da professora Austin ou o senhor tem algo a dizer em sua defesa? - Ele o questionava, o encarando sem nem piscar.        




- Losnedahl? Achei bem maneiro. - Respondia para a garota norueguesa o lufano Riley Tyler. - Vai para o evento de quadribol? Eu estarei lá com o time da minha casa! - Ele concluía abanando para Lykke após a despedida da garota.

No outro lado da sala, sua inseparável amiga Axcel decidia se secar sozinha com uma outra magia, e arrancava alguns risinhos de alunas próximas bem como alguns suspiros dos garotos, incluindo o próprio Chris.

- Até me ofenderia por você não aceitar minha magia, mas vendo como ficou bom, entendo perfeitamente. - Ele então dava uma leve corada quando se tocava do que havia falado e abanado a cabeça de um lado a outro, completava. - Bom, nos vemos de novo por aí garota, então quando precisar de uma surra de duelo, pode contar comigo! - E saía atrás de seus amigos e colegas lufanos.

Na porta da sala as duas amigas se reencontravam e Axcel questionava a garota dos cabelos cor de gema sobre o recente comportamento de Glover, que agora partia junto daquele grupo pelo corredor, todo animado a passos largos.

- O que vocês estão cochichando aí? - Perguntava Tiago Sirius, já se aproximando das duas. - Ah, notaram o Glover né? Ele entrou pro nosso time de quadribol, Rômulo ficou bastante surpreso com as habilidades dele, e para ser sincero, eu também. Vejo vocês depois!

Off: @Khaleesi e @Lnrd, vocês precisam descrever exatamente para onde irão, não adianta colocar "eu vou tentar levar fulano até ciclano", tem de confirmar com um "eu vou para tal lugar", porque se não fica difícil de continuar o post, blz?

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