Raine passou a noite em seu quarto. Durante a madrugada, ela rezou para Afflux, ficando nua e com um punhal, ajoelhada em frente ao seu símbolo sagrado e sentada sobre seus calcanhares.
Raine: Ó, Afflux, senhor da tortura e pai da dor, ouça o clamor de sua seguidora. Eu, Raine Morso, sua filha rogo a ti para que me dê o seu poder para enfrentar os seus inimigos e fazer valer as suas lições, pois, só através do sofrimento é que realmente se aprende. Agradeço por todo o conhecimento e peço o teu perdão por hoje, neste dia, não ter ensinado ninguém através da dor. Por isso, uso o meu corpo para saciar tua sede e fome.
Então, Raine passou um bom tempo se torturando com o punhal. Fazendo pequenos e finos cortes em suas costas e coxas. Depois disso, ela lavou o sangue e colocou ataduras para que não as infeccionasse... trancou a porta do quarto mais uma vez e conferiu as janelas também. Só depois disso, Raine dormiu.
Na manhã seguinte, ela acordou, vestiu a armadura pesada e foi ter com seus novos companheiros.
Raine: Uma boa manhã a todos.
As irmãs só chegaram perto da hora do almoço e Raine ouviu toda a argumentação delas. Quando Jack fez o comentário sobre a "Dama Pálida", Raine apenas sorriu e disse.
Raine: Que encantador...
Era impossível dizer se era irônico, se ela havia gostado ou se ela sequer estava ligando para o comentário do companheiro. Depois que todos deram a entender as suas opiniões, ela se manifestou.
Raine: Eu devo concordar com Jack... os contatos são a forma mais segura e rápida de chegarmos onde temos de chegar. Termos de ir por conta própria é um prato cheio para o improviso e para uma enrascada. Além disso, concordo com o Pixie... Nós não podemos ir em uma jornada, arcar com nossos custos, nos arriscarmos a morrer para só depois sermos "reembolsados". Algum dinheiro para os custos da viagem viria a calhar.
Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.
A questão do caminho ficava dividida, o voto decisivo ficaria com Garu, o portador da espada gigante. Mas ele andava terrivelmente silencioso. Antes que esse fale, Jack tenta defender sua decisão.
—Não sei se os barcos e marinheiros não teriam também interesse em nos atrapalhar... Afinal se só há esses dois caminhos, ambos podem ser vigiados.
O lutador observa o mapa.
—Não podemos contar com muita discrição com dois homens fortemente armados, por isso pensei que expor que vocês são exatamente isso, guerreiros armados ajudando mercadores... Isso é mais fácil das pessoas acreditarem.
O pixie ouve seu amigo argumentar e aguardava a opinião de Garou, mas enquanto ele não se decidia o pequenino faz um chiado e resmunga para sí e então se pronuncia girando os olhos.
-Ahh...tanto faz, não vou faze caso por isso, só achava mais seguro o barco talvez. Mas se as irmãs nos ajudarem com alguma coisa eu poderia por qualquer lugar.
- Não é esse ponto, o problema é que não estamos tendo uma visão completa da história. As pessoas começaram a evitar e ter raiva de Tomas por uma razão e obviamente ele não disse e provavelmente não vai dizer. Caso nós formos de carruagem ligada as duas irmã, existe a chance que alguém da caravana dê com a língua nos dentes e informe a população local que viemos ajudar o Comte Tomas, automaticamente eles ficaram hostis a nós e a nossa chance de entender o caso por completo vai por água abaixo. No caso do barco nós vamos procurar um transporte de forma independente e não terá como ninguém nos ligar ao Comte. Sobre sermos discretos, armadura podem ser não vestidas e armas escondidas. O pixie é pequeno mesmo e ninguém vai notar -Olhou para Raine e riu- Quero ver serem discreto com ela, a noiva cadáver. Mas de qualquer jeito você são livres pra fazer o que quiserem, eu vou de barco, não vou tomar a palavra do Comte como certa e também não vou arriscar me ligarem a ele.
Sanes se vira e encara as duas irmãs, com uma expressão maliciosa:
- O pixie fala algo interessante. E se as coisas não correrem do jeito que o Comte deseja quem vai nos pagar? Não tem nada dizendo que esse Tomas é esse cara legal todo.
Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.
—Não sei o quer dizer com noiva cadáver... Mas... Eu entendo que é um tom que muita gente usa por ai... Mas não sou eu eu quem vou me por no caminho das escolhas de qualquer homem... Mas se quer ir mesmo sozinho pelos barcos irá se arriscar demais e nós ficaremos mais visíveis sem um outro armadurado... Eu sei que vocês dependem demais de suas armas e armaduras, por isso eu estava apenas respeitando o fato que estão sempre dentro delas...
Jack coçou o queixo, porque as palavras sobre o receio dos moradores fazia muito sentido e ele não confiava em aristocrata algum de qualquer maneira. Nem mesmo nas duas irmãs tão gentis.
—Não recomendo que vá sozinho pelos barcos, apesar que tem sentido o que você diz... Mas como eu disse antes, não sou eu quem vai te dizer o que fazer, sacerdote... Vamos ver o que Garu acha disso.
Talvez a ida do clérigo por lá ajudasse se fossem em duas frentes, mas realmente era perigoso se afastar sozinho nessas terras das brumas.
Dasdingou escreveu:-Senhoritas, iremos ganhar algumas moedas de suporte para iniciarmos nossa jornada? Quem sabe subornar alguém, pagara algum tipo de pedágio ilegal caso bandidos nos abordem em nossa viagem etc.? -Acho que devíamos ir pelo mar, no caso, as moedinhas que pedi podem ser de grande ajuda para isso!
Jack escreveu:—Meninas, vamos pela parte que vocês tem contatos... Não estou nem um pouco querendo ter de lidar com imprevistos em uma jornada por um tal "Penhasco da Dama Pálida"... De damas pálidas já basta Raine. Eu posso tranquilamente auxiliar as caravanas na Avenida do Progresso e temos os dois guerreiros como guarda-costas... Acho o mais plausível... Mas gostria de saber a opinião dos demais.
Sanes escreveu:- Com certeza acham que ele foi marcado por algo profano ou que o próprio Comte fez algo ruim - apoiou o cotovelo na mesa e a mão no queixo - hm... é uma historia interessante. Seria bom que chegássemos da forma mais discreta possível e conversarmos com a população local antes de falar com o sujeito. Sinto que tem algo faltando nessa historia e gostaria de saber das pessoas ali do se trata. Ir de Barco parece uma melhor alternativa já que vocês duas não tem ligação nenhuma com marinheiros assim não teriam chance de saberem que viemos ajudar Tomas.
Raine escreveu:Eu devo concordar com Jack... os contatos são a forma mais segura e rápida de chegarmos onde temos de chegar. Termos de ir por conta própria é um prato cheio para o improviso e para uma enrascada. Além disso, concordo com o Pixie... Nós não podemos ir em uma jornada, arcar com nossos custos, nos arriscarmos a morrer para só depois sermos "reembolsados". Algum dinheiro para os custos da viagem viria a calhar.
Jack escreveu:—Não sei se os barcos e marinheiros não teriam também interesse em nos atrapalhar... Afinal se só há esses dois caminhos, ambos podem ser vigiados. Não podemos contar com muita discrição com dois homens fortemente armados, por isso pensei que expor que vocês são exatamente isso, guerreiros armados ajudando mercadores... Isso é mais fácil das pessoas acreditarem.
Dasdingou escreveu:-Ahh...tanto faz, não vou faze caso por isso, só achava mais seguro o barco talvez. Mas se as irmãs nos ajudarem com alguma coisa eu poderia por qualquer lugar.
Sanes escreveu:- Não é esse ponto, o problema é que não estamos tendo uma visão completa da história. As pessoas começaram a evitar e ter raiva de Tomas por uma razão e obviamente ele não disse e provavelmente não vai dizer. Caso nós formos de carruagem ligada as duas irmã, existe a chance que alguém da caravana dê com a língua nos dentes e informe a população local que viemos ajudar o Comte Tomas, automaticamente eles ficaram hostis a nós e a nossa chance de entender o caso por completo vai por água abaixo. No caso do barco nós vamos procurar um transporte de forma independente e não terá como ninguém nos ligar ao Comte. Sobre sermos discretos, armadura podem ser não vestidas e armas escondidas. O pixie é pequeno mesmo e ninguém vai notar -Olhou para Raine e riu- Quero ver serem discreto com ela, a noiva cadáver. Mas de qualquer jeito você são livres pra fazer o que quiserem, eu vou de barco, não vou tomar a palavra do Comte como certa e também não vou arriscar me ligarem a ele. O pixie fala algo interessante. E se as coisas não correrem do jeito que o Comte deseja quem vai nos pagar? Não tem nada dizendo que esse Tomas é esse cara legal todo.
Jack escreveu:—Não sei o quer dizer com noiva cadáver... Mas... Eu entendo que é um tom que muita gente usa por ai... Mas não sou eu eu quem vou me por no caminho das escolhas de qualquer homem... Mas se quer ir mesmo sozinho pelos barcos irá se arriscar demais e nós ficaremos mais visíveis sem um outro armadurado... Eu sei que vocês dependem demais de suas armas e armaduras, por isso eu estava apenas respeitando o fato que estão sempre dentro delas... Não recomendo que vá sozinho pelos barcos, apesar que tem sentido o que você diz... Mas como eu disse antes, não sou eu quem vai te dizer o que fazer, sacerdote... Vamos ver o que Garu acha disso.
As irmãs Weathermay-Foxgrove ouviam a discussão do grupo, Gennifer apreensiva, Laurie com ávida atenção.
Quando houve um momento de silêncio, Laurie tomou a palavra, falando num tom impaciente:
- Senhores, achei que tinhamos deixado claro que não estamos contratando mercenários. Apesar do herbanário ser uma loja, nós não o mantemos para ter lucro, mas para dar continuidade ao combate às criaturas das trevas travado pelo Dr. Van Richten e seus aliados. Além de vocês, temos quase uma dezena de equipes atuando por todas as terras do Núcleo e além. O que oferecemos a nossos aliados é hospitalidade e informação que não teriam de outra forma, conforme vocês receberam. Se realmente houvesse a necessidade de mais dinheiro, nós poderíamos tentar levantar uma quantia modesta mas suficiente em alguns dias, mas não me parece que seja esse o caso aqui.
Gennifer tentou acalmar os ânimos:
- Embora nós não paguemos pelo trabalho corajoso que nossos aliados executam, sabemos que há custos envolvidos em viagens e atuação em lugares distantes, e por isso tentamos fazer o máximo por todos. Além dos guias do Dr. Van Richten com que os presenteamos, pesquisei todas as informações ao meu alcance e consegui um mapa para vocês. A sugestão de acompanharem a caravana de mercadores permitiria que vocês viajassem como guarda-costas, sendo evidentemente pagos por esse trabalho pelos mercadores. Nós temos duas equipes em missão que estão usando os dois barcos que nós confiaríamos aos nossos aliados, senão eles estariam ao seu dispôr.
Laurie atalhou logo:
- Sei que vocês acabaram de se conhecer, mas é importante saberem trabalhar em equipe, ou não terão grandes chances de sucesso. Separar-se não é uma tática inteligente, já que vocês perderiam contato entre si. Apesar de poder ser uma armadilha perigosa, não poemos recusar um pedido de ajuda. A carta foi enviada e mantida em sigilo até agora, quando a mostramos a vocês.
Novamente serenando o debate, Gennifer explicou: - Sobre as preocupações do senhor Young, acredito que são compreensíveis, mas infundados. Eu e Laurie somos conhecidas por quase todo mundo em Mordentshire, seja como filha do prefeito Foxgrove, como netas do governante de Mordent Lorde Weathermay, como sobrinhas do cavaleiro George Weathermay ou como sucessoras do Dr. Van Richten. Nós já empregamos outros aventureiros como guarda-costas de caravanas de mercadores antes, e também como marinheiros em barcos. Mesmo que nem todos em Mordent aprovem nosso envolvimento com caçadores de monstros, todos nos conhecem, mas nós não confiamos em qualquer pessoa. Somos cautelosas para manter a segurança de nossos aliados tanto quanto possível. Além de tudo que já fazemos, um de nossos aliados corvos os acompanhará a distância, e vocês podem enviar mensagens através dele. Apesar de nossa família ser aristocrática, até o mais humilde nobre de Dementlieu é mais rico do que todos as famílias de Mordent, então não temos como competir financeiramente com eles.
Mais calma, Laurie procurou definir a questão:
- Nós já colocamos as condições e todos os recursos que podemos oferecer para viabilizarmos nossa parceria, senhores. Se estiverem dispostos, todas essas informações lhes serão dadas e os preparativos estarão à sua disposição. Se não aceitarem, pedimos apenas que esqueçam tudo que já conversamos, e nós procuraremos heróis que realmente lutem pelo bem.
Os ânimos se exaltam Dasdingou coça o queixo enquanto houve as mulheres, mas fica mais esclarecido quando ao trabalho de guarda costas e quanto as demias dúvidas do grupo, as jovens conseguem esclarecer bem.
-Ah, eles vão pagar!? Menos mal...Nesse caso, eu mudo de opinião e aceito ir pela estrada. Com minha mudança de voto acho que desempata e se temos a maioria devemos seguir. Não concordam?
O pequeno circunda a mesa voando aguardando a resposta dos demais.
Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.
Dinheiro, dinheiro e mais dinheiro... para comprar coisas que os dominam.
—Acalme-se, "Dasdi". Eu creio que não estamos em um sistema de democracia... Eu realmente creio que essa sua ganância esta retirando o foco de nossa organização... Senhoritas, eu sinceramente peço desculpas pelo meu amigo pixei... Ele tem um hábito gigantesco de acumular mais moedas do que pode carregar como corvos que não sabem o que fazer com seus objetos brilhantes. Quanto à minha parte no pagamento junto a Cotme eu irei dar um jeito de redistribuí-la por lá mesmo. Não vim aqui pelas suas moedas... Eu espero nos foquemos. Se o receio do Sanes é que não tenhamos a cooperação das pessoas da região, eu sugiro que por lá perto nos dividamos para chegar até o homem que pediu ajuda... E não que façamos toda viagem separados ficando vulneráveis, especialmente vocês que dependem de suas armas. Se fossem bom em se esconder, não as usariam...
Olhando diretamente para Sanes.
—Meu receio era justamente por vocês em alto mar sem armaduras e armas... Mas se confiam que pode lidar sozinho com sua viagem... Eu só não acho prudente ir sozinho de barco. E acredito que devem ter tantos espiões ou falta deles tanto em caravanas quanto navios... E as duas jovens confirmaram isso. Ir pelo mar não garante mais sutileza pelo que elas estão falando... Mas você é quem sabe como ir... se prefere ir sozinho de barco ou com os demais que escolheram a estrada. De fato, você chegaria mais cedo.
Se mesmo depois das garotas dizerem que não faz diferença ele manter essa ideia, Jack iria seguir o conselho de Sanes de rumar pela estrada com Raine, Garu e Dasdingou... Mas gostaria que o Sanes viesse junto.
Raine ouvia tudo e sorria com aquele certo grau de discórdia. Uns queriam dinheiro, outros não... um queria ir de barco, os outros pelas montanhas... aquilo estava deixando de ser um fim de manhã tedioso para se tornar algo acalorado.
Raine: Bem... Se de fato seremos pagos miseravelmente, não há problema. Ontem a noite conversei com meu senhor e ele me garantiu que o grau de aprendizado que teremos nessa jornada será ímpar. Ele me disse que encontraremos algo totalmente diferente do que iremos encontrar e isso me anima.
Ouvia enquanto Jack tentava convencer o outro homem que preferia ir por barcos e Raine se intrometeu.
Raine: Bem... se ele é experiente o suficiente para ir numa jornada sozinho e nos encontrar lá, porquê não? Ao menos se morrermos nas montanhas a missão ainda terá seu último respiro de chance... não sei quão poderoso é o cavalheiro para dizer se seria algo tolo ou não... porém, se for tão poderoso assim, eu gostaria que viesse conosco. Acho que todos nos sentiríamos mais seguros.
Depois disso, ficou quieta, pois já tinha ficado claro que ela aceitaria.
- Hm...eu não tava me focando na segurança mas na resolução da missão. Eu sei me defender, mas tem aquele ditado que diz " sempre existe um predador maior que você" então não existe nada seguro. Não sei se acredito em vocês duas, mas fazem tanta questão eu vou junto com os outros. Só não sei se isso vai ajudar na resolução do caso - afirmou isso fazendo o sinal com a mão de tanto faz.
Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.
Olhando diretamente para Sanes, que ainda assim defende que é mais seguro o mar, Jack concluí.
—Mas pelo que elas disseram tanto faz a terra, onde você pode andar o tempo todo sem precisar esconder suas armas ou o mar onde você terá e ficar preocupado em fingir não saber usar equipamentos caros de combate e que sequer esta com eles no que se refere aos espiões que conhecem as irmãs, já que em ambas jornadas pessoas indicadas por elas já foram vistas... Fica óbvio que o sucesso tem maior chance se você for conosco como um guarda-costas, assim como Garu. Dois guerreiros de armadura...A jovem Raine pode perfeitamente escorder-se combrindo-se mais com o manto escuro.
E olhava para todos os demais para ver se seriam pelas caravanas, como fariam.
Dasdingou ouve as opiniões de seus companheiros em especial o aceite de Sanes quanto a ir pelo solo como seguranças de uma caravana e mesmo abrindo mão de seguir pelo mar ele aceita de bom grado já que seriam recompensados pela caravana, ele sorri circunda o grupo vai até a frente das irmãs, põe a mão na testa quase que num cumprimento militar.
-Então com isso está decidido creio eu! Vamos por terra mesmo, estou prontíssimo! Vamos, vamos vamos!
Após a decisão do grupo, Laurie e Gennifer os convidaram a ir conhecer os mercadores que acompanhariam até Port-a-Lucine.
Elas levaram os cinco aventureiros até uma rua afastada do centro de Mordentshire, onde havia uma fila de muitas carroças estacionadas em frente a armazéns. Laurie falou com o homem na portaria e recebeu permissão para ir até um gabinete lateral à entrada que servia como escritório. Lá dentro, três homens discutiam algo, mas pararam quando as gêmeas entraram com os cinco aventureiros.
- Boa tarde, senhores! Como eu lhes disse, eis aqui os cinco indivíduos extraordinários que podem reforçar a segurança de sua caravana.
O homem de barba ruiva sorriu, enquanto o maius jovem vestido de preto olhou-os dos pés às cabeças, avaliando-os com olhar crítico. O homem mais velho que estava atrás da escrivaninha deu a volta à mesa e veio estender-lhes a mão, cumprimentando-os com um aperto firme enquanto os olhava nos olhos.
- Ah, prazer em conhecê-los! Sou Ebenezer Chappel, criador e comerciante de ovelhas. Estes são meus associados, Barnabas Black, proprietário de minas, e Jasper Spratt, dono de barcos pesqueiros. Essa é a última viagem que faremos antes do inverno e gostaríamos de ter uma segurança reforçada. Importam-se de se apresentar e nos dizer quais suas especialidades?
Mercadores:
Ebenezer Chappel Barnabas Black Jasper Spratt
Eles escutam atentamente enquanto cada um fala.
Depois que todos falaram, os três comerciantes trocam olhares entre si, e Ebenezer retoma a palavra:
- Acredito que sejam capazes. Estamos dispostos a pagar 3 moedas de ouro a cada um por dia de viagem, pagos um terço quando chegarmos a Chateaufaux e o restante quando chegarmos a Port-a-Lucine. Comida e acomodação serão por nossa conta. Aceitam?
Uma vez que o acordo esteja selado, o sr. Black diz:
- Procurem Bertin Broad no armazém, ele lhes dirá o que fazer. Partiremos amanhã ao amanhecer, então fiquem por perto.
Saindo do gabinete, Laurie apontou um homem de meia idade forte e com uma vistosa barba.
- Aquele é Bertin Broad.
Bertin Broad:
O homem levantou os olhos quando ouviu seu nome e sorriu quando viu os cinco forasteiros.
- Ah, então vocês são os reforços? Prazer em conhecê-los, sou Bertin Broad, mas podem me chamar de Bert. Eu cuido da segurança da caravana, mas meus rapazes são apenas braços fortes sem nenhum miolo, nada de especial. É bom ter gente que sabe se virar num aperto. Venham, eu vou lhes mostrar tudo.
Bert os levou para fora do armazém, mostrando as carroças. Eram bem grandes, e algumas estavam preparadas para atrelar até quatro cavalos.
- Nossa carga consite em três carroças de lúpulo, 1 com ovelhas vivas, 2 com carne de carneiro, 3 de lã, 1 carroça de argila, 1 de giz, e essas três ultimas têm tanques de frutos do mar, 1 de linguado, 1 de ostras e 1 de lagostas. Nós teremos duas carroças de segurança, onde poderemos dormir à noite e descansar durante o dia. A cada par de horas, fazemos uma ronda a pé ao longo de toda a caravana, e sempre mantemos alguém de vigia, com olhos bem abertos. Meus cavalos já fizeram esse caminho dezenas de vezes, e eu nunca perdi nenhum, então não vamos começar agora, hein? Hahaha! Se quiserem dormir com a gente essa noite seria ótimo, os empregados estão acabando de carregar as carroças e amanhã de manhã vamos atrelar os cavalos.
Gennifer disse:
- Acho que seria bom vocês voltarem à estalagem para pegar suas coisas e fechar a conta com a Sra. White antes de acamparem aqui em definitivo.
Aquele que botar as mão sobre mim, para me governar, é um usurpador, um tirano. Eu o declaro meu inimigo.
Jack pensou no cristal tão fino que segurava quando novamente quantidades de moedas começavam a ser debatidas, pensou o quanto aquilo era caro e ostensivo... Ele pensava isso enquanto se lembrava que as irmãs comentaram que mesmo sendo da aristocracia, o mais humilde nobre de Dementlieu é mais rico do que todos as famílias de Mordent ... concluí que é um planeta cheio de pessoas apegadas a comodidades, riquezas, convenções sociais e pudores.
Quando ouviu sobre em que ele era capaz de fazer, ele comentar de forma irônica.
—Eu sou o Andarilho, sou hábil em andar... Algo útil em caravanas e aumentar músculos nelas...
Jack não gostava de ouvir que era um grupo de homens sem miolos, mas não comentava nada por hora. Sem armas e aparentemente indefeso, com seus trajes simples, não fica claro Todo pagamento ficaria temporariamente com Dasdingoul olhava para todos os demais para ver se seriam pelas caravanas, fariam.
O dinheiro ele dara para algum necessitado em cada cidade.
- Ah, prazer em conhecê-los! Sou Ebenezer Chappel, criador e comerciante de ovelhas. Estes são meus associados, Barnabas Black, proprietário de minas, e Jasper Spratt, dono de barcos pesqueiros. Essa é a última viagem que faremos antes do inverno e gostaríamos de ter uma segurança reforçada. Importam-se de se apresentar e nos dizer quais suas especialidades?
Dasdingou se apresenta após seu amigo:
-Me chamo dasdingou meu nobre senhor e minha especialidade sem dúvidas é um das mais úteis!
Dasdingou desaparece e aparece atrás do homem:
-Posso ficar invisível e voar, logo você não encontrará na região um batedor melhor do que eu! Posso vasculhas sempre a frente da caravana e os arredores por cima das árvores evitando emboscadas.
Após as apresentações o pixie segue com o grupo e escuta atentamente o quanto serão pagos e a estratégia da segurança.
Depois daquele falatório todos e uma conversa que andava em círculos as duas irmã os levaram até a um lugar de onde a suposta caravana iria partir. Sanes se apoiou na lança olhou para tudo em silencio.
- Sou só um velho mercenário, com nenhuma especialidade além da força bruta - sorri, mas é um sorriso sinistro.
Sanes já estava com as suas coisas ali mesmo e já tinha pago a comida na estalagem.
- Posso esperar aqui mesmo, não tenho conta para fechar mesmo.
Gennifer e Laurie despediram-se do grupo, entregando-lhes a bolsa de couro com todas as informações que lhes tinham revelado.
O trabalho no armazém seguia intenso durante o restante da tarde e adentrou pelo início da noite. Os "reforços", como Bert os chamava, não foram solicitados para ajudar, mas ninguém recusaria caso algum deles se oferecesse.
À noite, Bert e um grupo de empregados acenderam uma fogueira e começaram a assar um belo carneiro no espeto, espalhando o cheiro apetitoso pelo armazém, enquanto dividiam um barril de cerveja. Dessa vez, os "reforços" foram convidados a participar. Os mais velhos contavam histórias de viagens e experiências na estrada, mas os mais jovens pareciam novos no trabalho, ou até mesmo sem experiência alguma.
Aos poucos, todos acomodaram-se sobre os montes de palha para dormir antes da viagem no dia seguinte.
O que despertou os cinco "reforços" foi o som de trabalho frenético ao seu redor. Os empregados corriam de um lado para outro, cuidando dos últimos preparativos. Bert estava empenhado em atrelar os cavalos, a quem tratava com carinho e familiaridade, mas notou os que despertavam.
- Ei, dorminhocos, ainda bem que acordaram, achei que iam ficar pra trás! Podem embarcar na última carroça, vamos partir ao primeiro raio de sol.
Eram ao todo treze carroças. Em cada uma delas sentavam-se jovens fortes, pouco mais que garotos, todos vestidos de preto e segurando uma pequena besta cada um. Mas não eram esses guardas vacilantes que conduziriam os veículos, e sim os empregados dos mercadores e os próprios mercadores, cada um fazendo par com um guarda.
A primeira, conduzida pelo próprio Bert e puxada por seus quatro cavalos preferidos, levava as provisões para a viagem. Havia espaço para três ou quatro sentarem-se lado a lado na boleia da carroça, mas ela estava tão cheia de comida que não havia como permanecer em seu interior.
As nove carroças de Ebenezer Chappel vinham logo atrás, com o próprio Ebenezer, seu irmão Eliezer (que parecia uma versão pobre do irmão), Hugh Dunn, Reuben Short, Jean Rowan, Lance Cooper, os irmãos Anselm e Amos Trull, e a jovem Ellen Chappel .
Carroças de Ebenezer:
Eliézer Chappel
Hugh Dunn
Reuben Short
Jean Rowan
Lance Cooper
Anselm Trull
Amos Trull
Ellen Chappel
Após eles, vinham as duas lentas carroças de Barnabas Black, com ele no comando de uma e a outra dirigida por seu servo Bardolph Brennan, que não estivera com eles na noite anterior.
Bardolph :
Atrás deles era a posição das três carroças de pescados, a primeira levada por Jester Spratt, a segunda por sua esposa Selma Pratt, e a terceira por seu filho Chester.
Selma e Chester Pratt:
A última carroça era o dormitório para os reforços, conduzida pelo gordo e bonachão Normam Bubb. O espaço interno permitia que todos se deitassem lado a lado, inclusive o enorme Garu.
Norman Bubb:
Quando estavam prontos para partir, Bert veio falar com eles:
- Vamos partir, pessoal! Vocês podem se acomodar bem aqui, mas pelo menos uma vez por hora um ou dois de vocês precisam descer, fazer uma ronda por toda a caravana até chegarem na primeira carroça e depois voltar. Não precisam ficar aqui o tempo todo, podem circular e conversar com os outros, senão a estrada fica um tédio. Mas não esqueçam das rondas! Faremos uma parada ao meio dia para comer e descansar, e esperamos chegar a Hope´s End antes de escurecer para passar a noite.
OFF: Fiquem à vontade para escolher suas ações durante todo o dia.
A caravana afastou-se de Mordentshire, ganhando a Estrada do Moinho, da qual o armazém era convenientemente próximo.
A via formava um aclive suave à medida que se afastava da cidade e do litoral, seguindo para o norte. De modo geral, o solo de terra batida estava em boas condições, com poucos pontos enlameados pelas chuvas dos dias anteriores. O vento marinho ainda açoitava os viajantes com um sopro gelado, mas sua força diminuía com a distância do litoral.
Quando a Floresta dos Antigos começou a preencher com árvores o lado esquerdo da Estrada do Moinho, o terreno aplainou-se e os golpes de vento cessaram, permitindo que as carroças ganhassem mais velocidade.
Pouco antes do meio-dia, no ponto em que a estrada do Moinho se bifurcava, a caravana aproveitou uma clareira ao lado da estrada para uma parada. Os empregados soltaram os cavalos para que pastassem um pouco e sentaram-se em círculos enquanto Norman distribuía as rações de viagem a todos. Os três mercadores sentaram-se num círculo separado, aparentemente para discutir assuntos comerciais, mas os demais estavam todos numa grande roda.
OFF: Especifiquem onde e com quem vão comer.
A parada durou pouco mais de duas horas, e logo todos estavam de volta à estrada, na mesma ordem que antes. A Floresta dos Antigos agora se erguia dos dois lados da estrada com árvores altas de sombras alongadas, deixando os viajantes numa quase penumbra. O solo aqui era um pouco mais acidentado, mas mesmo assim Bert tentava impôr um ritmo mais forte à marcha das carroças. Sons inumanos pareciam ecoar entre as folhas, e em cada ronda, os aventureiros enxergavam vultos esbranquiçados, sem conseguir discernir se eram raios de luz filtrados pelas copas das árvores ou se eram outras coisas...
À medida que o dia chegava ao fim, a escuridão engolfava a floresta e dificultava a visão, ao ponto das carroças acenderem lampiões para conseguirem prosseguir.
Quando a noite já era completa havia algumas horas, a caravana finalmente enxergou a floresta abrir-se para o povoado de Hope´s End.
OFF: Ações livres durante a tarde e o início da noite. Se quiserem alertar os carroceiros ou aumentar a confiança dos guardas, ou qualquer outra ação, fiquem à vontade.
Dasdingou aproveorou aquela primeira noite para ler o pergaminho sobre as criaturas fornecidos pelas irmãs em seguida seguiu com os demais para dormir, acordando em seguida com barulheira dos funcionários carregando as carroças. O pixie acorda meio sonolento, limpa a sujeira de seus olhos. Abre uma grande boca bocejando e voa até a janela para ver o sol e receber um pouco de melanina. Ele volta e ajuda os demais a carregarem o que pode para agilizar.
Antes de partir ele ouve as orientações e faria como combinado e em suas rondas ele sempre circundava a caravana voando por cima das treze carroças e invisível. Vez ou outra ele subia bastante para olhar de cima e admirar a floresta, retornando a sua posição e ronda.
Já na hora do almoço, Dasdingou sentou entre Garou e Jack que foi onde comeu, mas não ficou muito tempo ali, ele gostava mesmo de voar pelos arredores para observar a floresta um pouco. Mas não deixou de aprontar com os amigos girando capacetes, amarrando cadarços, escondendo coisas fazendo um fuzuê com os próprios aliados enquanto se divertia.
Após a comoção que causou ele pediu desculpas a todos e passou a conversar mais com o grupo estava matutando em sua mente os Deuses de Raine e Sanes e logo aproximou-se de Sanes.
-Meu conterrâneo! Fiquei curioso com o seu deus! Não tenho certeza ao certo, poderia nos dizer? Eu sirvo Mieliki a senhora das florestas!
Depois ele também se aproxima de Raine:
Senhorita! Assim como fiquei curioso com o deus que Sanes segue também fiquei quanto ao seu, poderia falar mais sobre ele?