Os Felinight assistiram juntos, sentados na arquibancada dos nobres, enquanto os eventos do nono dia do torneio se seguiam, até a última justa.
Foi somente quando o Rei Robert levantou-se e se retirou junto com a família real que Lorde Beron deu o comando para que também eles, os Felinight, seguissem rapidamente atrás do cortejo real. Lorde Beron e Lady Maria, juntamente com Lícia e Arthur, entraram na carruagem do senhor de Felinight, enquanto Esdres e Gylen foram na carruagem do meistre Asdulfor. O cortejo real era ladeado por vários mantos dourados, e os cavaleiros da Guarda Real que não tinham competido naquele dia faziam o comando da escolta, de modo que nenhum soldado da casa Felinight os acompanhou rumo à audiência.
Enquanto os veículos e montarias entravam na cidade pelo Portão do Leão, eram saudados por dois gigantescos leões de pedra, símbolos da Casa Lannister, guardando a entrada principal para a cidade. O acesso estava sempre aberto durante o dia para permitir a passagem e, uma vez dentro dos muros da cidade, eram notáveis os sons vibrantes e caóticos do comércio e da vida cotidiana. Vendedores ambulantes ofereciam seus produtos, e o aroma de comidas diversas preenchia o ar.
Seguindo adiante, o cortejo passou pela Rua das Irmãs, um animado centro comercial com lojas exibindo uma grande variedade de mercadorias. Aqui, nobres e plebeus se misturavam, fazendo negócios e desfrutando da agitação urbana. A arquitetura das casas era diversificada, variando de modestas construções a mansões imponentes. Passaram pela encantadora Praça das Flores, um oásis tranquilo no meio da cidade, com jardins meticulosamente cuidados, fontes borbulhantes e bancos de pedra que convidavam os visitantes a descansar e contemplar a beleza natural que contrastava com o ritmo acelerado do restante de Porto Real.
Conforme se aproximavam da Fortaleza Vermelha, começaram a subir a Colina de Vissenya, um caminho mais íngreme que revelava uma visão panorâmica de Porto Real, com suas torres, cúpulas e muralhas. Músicos de rua e artistas podiam ser vistos aqui, entretendo os transeuntes com suas habilidades. Passaram pelo Pátio do Grande Septo de Baelor, uma construção sagrada e majestosa que dominava a paisagem. O sino gigante e os vitrais coloridos eram testemunhas da fé fervorosa de muitos cidadãos de Porto Real.
Ao chegar às Arcadas Exteriores da Fortaleza Vermelha, surgiam os muros imponentes e a guarda vigilante. Essas arcadas abrigavam uma variedade de pequenas lojas e tabernas frequentadas por membros da corte, soldados e até mesmo visitantes de outras terras.
Finalmente, chegaram ao destino final da viagem - a Fortaleza Vermelha. Seus imponentes muros vermelhos e torres altas impunham respeito, e a presença da Guarda Real e da patrulha da cidade era notável.
Ao atravessarem o Portão de Ferro e entrarem na Fortaleza Vermelha, todos desembarcaram e iniciaram um cortejo solene com Lorde Beron à frente, todos escoltados pelos mantos dourados. Iniciaram uma jornada imponente e carregada de história em direção à Sala do Trono.
A fortaleza era um complexo labirinto de corredores, pátios e salões majestosos, todos projetados para impor respeito e refletir o poder dos governantes dos Sete Reinos.
Logo após passarem pelo Portão de Ferro, eles entraram no amplo Pátio do Forte. Aqui, a Guarda Real era vista em postos estratégicos, observando atentamente cada movimento. As muralhas da fortaleza bloqueavam a maioria dos ruídos da cidade lá fora, criando uma atmosfera de tranquilidade e isolamento dentro das paredes da fortaleza.
Atravessando o Pátio do Forte, chegaram aos Jardins do Sol. Esse oásis de vegetação era um refúgio para os membros da corte e visitantes, com belas árvores, flores e fontes. O som suave da água e o canto dos pássaros traziam uma sensação de calma antes de continuar a jornada.
Após passarem pelos Jardins do Sol, eles entraram no Salão das Lanças, onde soldados e membros da Guarda Real treinavam e praticavam suas habilidades de combate. Escudos, lanças e espadas estavam dispostos em exibição, e o som dos treinos ecoava pelo salão enquanto eles seguiam adiante.
Chegando ao Pátio do Construtor, encontraram artesãos e construtores ocupados em suas tarefas. Esse pátio era o centro de todas as atividades de manutenção e reparo na fortaleza, garantindo que ela permanecesse imponente e resistente ao longo do tempo.
Continuando pela Fortaleza Vermelha, passaram pela Torre da Mão, onde o principal conselheiro do rei tinha seus aposentos e escritório. A torre era uma estrutura alta, de onde se tinha uma vista panorâmica da cidade. A presença do brasão da mão, símbolo do poder da posição, estava gravada nas portas e paredes.
Ao se aproximarem da Sala do Trono, passaram pelo Torre das Espadas Brancas, onde os membros da Guarda Real mantinham suas armas e equipamentos. A lendária armadura branca e capas imaculadas estavam dispostas em posição de honra, um lembrete da lealdade inabalável da Guarda Real ao monarca.
Finalmente, os Felinight alcançaram o coração da Fortaleza Vermelha - a Sala do Trono. O ambiente era solene e majestoso, com o Trono de Ferro no centro da sala, brilhando sob a luz que entrava pelas janelas altas. A Sala do Trono ficava no coração da Fortaleza Vermelha. Para acessar a sala, era preciso percorrer um longo corredor com paredes altas e pesadas portas de madeira entalhada, que eram guardadas por membros da Guarda Real.
A sala era grandiosa e imponente. O teto abobadado estava decorado com afrescos intrincados que retratavam cenas da história de Westeros, desde os dias dos Primeiros Homens até os eventos mais recentes. As paredes eram revestidas com pedra esculpida e adornadas com tapeçarias intrincadas e bandeiras que representavam as grandes casas nobres de Westeros. Havia candelabros enormes pendurados nas paredes, que proporcionavam iluminação adicional à sala. Onde antes havia crânios de dragões havia grandes representações de caçadas e batalhas, mais ao gosto do atual monarca.
No centro da sala, ficava o Trono de Ferro, uma impressionante estrutura feita a partir das lâminas de milhares de espadas derretidas, simbolizando a conquista e unificação dos Sete Reinos. O trono era uma cadeira imensa, com altas costas e apoiada em um estrado elevado. Sua aparência era austera e intimidadora, e diziam que era desconfortável para aqueles que não eram dignos de sentar nele.
Mas sentado nele estava Robert Baratheon, Primeiro de seu nome, detentor do trono por direito de conquista.
Ao lado dele estavam sua rainha, Cersei, seus filhos, Joffrey, Myrcella e Tommen, e sua Mão, Lorde Jon Arryn.
A atmosfera na Sala do Trono estava solene e carregada de poder e história. Com o monarca presente, o local estava cheio de cortesãos, membros da corte, conselheiros e a Guarda Real, todos assistindo a audiência à espera de decisões importantes. Os ecos dos passos dos visitantes reverberaram pelo espaço, criando uma sensação de reverência ao poder real.
Lorde Beron ajoelhou-se diante do trono à uma boa distância, e Lady Marya e Lícia imitaram seu gesto.
O arauto anunciou:
- Lorde Beron Felinight, senhor do Castelo dos Sussurros, vassalo de Lorde Eddard Stark de Winterfell, o Protetor do Norte.
O Lorde Mão ordenou:
- Erga-se, Lorde Felinight! Seja bem-vindo à Fortaleza Vermelha!
Beron levantou-se e disse, com sua voz ecoando pela enorme câmara:
- Obrigado, Lorde Mão, e obrigado, Rei Robert! Permita-me apresentar-lhes minha família: minha esposa Marya, meu primogênito Arthur, meu segundo filho Esdres, minha filha Lícia, meu meistre Asdulfor, e meu filho Gylen Snow.
OFF: Podem descrever quaisquer ações que fizeram durante a viagem ou perante o rei.