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e onde aquele vampiro conseguia ser tão burro, era a única coisa que vinha na mente de Gonzales.
Aquilo ficava cada vez mais insano, de onde saia tamanha falta de noção sobre o que as pessoas deveriam ou não saber? Especialmente um estrangeiro como ele.
Aliás, ele não fazia ideia do que aquele estrangeiro poderia fazer.
Loius teria vivido tempo demais em sua bolha soturna para entender que nem todo mundo vivia nessa cidade? Especialmente os que acabaram de chegar?
Gláucio tinha problemas com seu próprio temperamento, mas o sujeito tentava a todo momento partir para algum tipo de ofensa e partindo para xingamentos e risos desesperados tentando desqualificar completamente o que lhe foi dito, só para concordar completamente da possibilidade em seguida.
Aquela outra nova reação exagerada o fazia desconfiar ainda mais.
Talvez Louis não parecesse tão boçal em sua intelectualidade nas formas de agir, Gláucio já o teria levado a sério e isso seria ainda pior... Já que sua raiva já teria tomado conta. Mas tudo que seu "guia" fazia parecia tolo, desleixado e arrogante.
"E pensar que as mulheres ficaram todas derretidas por ele naquele bar. Era esse o tipo de homem que as jovens queriam hoje em dia?"Mas durante o riso e os comentários ofensivos, as reações exageradas daquele tipo estranho faziam Gonzales crer que estava diante de algum tipo de bufão espalhafatoso, que estava zombando com xingamentos diversos. Ou seria uma estratégia de tentar intimidar e mentir e se safar sobre a morte de Cláudia? Isso o fazia pensar se o tom displicente e arrogante não era uma outra manobra.
Louis falava como se qualquer pessoa no mundo tivesse a obrigação de saber que ele era
"um membro da segurança particular do mais alto escalão" de Cláudia por aqui, o que já mostrava que ele nada entendia de segurança ao se expor de tal maneira.
Mas tudo ainda piorava quando por uma razão para o vampiro era ainda mais óbvio que para qualquer pessoa, um desses jamais seria capaz de se voltar contra a sua empregadora e principalmente tirar a vida de Cláudia... O professor faz isso em um riso de gargalhadas, afirmando que seu interlocutor é um total paspalho só para no instante seguinte, depois de tentar acusar Gonzales de ser burro, se dá conta que da própria burrice quando o Professor percebe que ele mesmo não tinha pensado na hipótese de alguém da patente dele ter dado cabo dela.
Essa era a mais alta elite da segurança?Ora, era uma guarda fiel ou não? [/color] Gonzales se perguntava como alguém tão descompensado, arrogante e burro como esse tal professor era um segurança de Elite? Bom, Cláudia estava morta, realmente essa cidade.
Por um instante ao notar que seu interlocutor que o xingava reconhece a própria burrice uma sensação de vergonha alheia e tédio percorreu a espinha do mago, enquanto seu sangue mestiço fervilhava em sua circulação na ponta de seus dedos aquilo lhe gerando uma sensação de piedade e indiferença. Assim como o fazia pensar porque estava perdendo tempo com aquele total pirado.
Afinal ele poderia até dizer que acusar um segurança "da alta cúpula" seria um absurdo até o fim ou talvez de cara concordar com a suposição que Gláucio lançava... Mas mudar tão rapidamente de convicção demonstrava uma fraqueza de vontade e flexibilidade moral muito atípicas de alguém que se dizia tão antigo que fez Gonzales sentir-se diante de um completo idiota.
De qualquer modo, mesmo querendo ir embora, o jogo bem que poderia ser de aparências. Só então o mago começou a pensar que poderia levar o tal mudou para uma posição tão moderada de tentar se exibir como uma criança com brinquedo novo.
Afinal havia poucas informações sobre qualquer coisa que aquele vampiro poderia fazer. Ele se recorda novamente de que todas mulheres daquele pub estavam atrás dele como abelhas em flores, então pensou se Loius não estava jogando com as emoções do desperto também.
Gláucio tinha comprado devido aos seus argumentos tolos e ameaças de violência constante que estava diante de um tremendo otário... Mas em seguida pensou se não seria esse o plano de Loius desde o começo para pega-lo desprevenido.
Sentindo-se acuado e não sabendo se seria capaz de fugir dele, Gonzales diminuiu seu passo enquanto andava e continuou ouvindo o Professor em sua divagação temerosa sobre apresenta-lo a Alec.
E com isso, mesmo o Professor percebendo que estava dizendo um absurdo em se apressar ao julgar o seu interlocutor não escondeu seu medo de levar Gonzales até o novo regente.
Mais do que isso, suas palavras lhe ressoavam como com muito mais reseio quando Louis não parava de fazer mais e mais ameaças, agora afirmando que sua vida seria tirada por um tal de Jace.
Mais um nome para decorar.
Era melhor tentar jogar com esse medo que Louis tinha dele que começava a aparecer.
— É essa toda questão. Se não tivesse medo de que algo acontecesse a vocês, não teria porque não me levar. Mas para ser sincero... eu não sei se realmente quero que me leve para esse tal Alec. Não sei se realmente vocês podem me ajudar, Senhor Professor "Segurança". Minhas instruções eram simples. Minha antiga professora e aliada apenas falou-me dessa cidade e que Cláudia, era ela quem iria chamar por em contato com outras pessoas que poderiam me ajudar... Seus nomes deveriam ser ditos à ela e nem imagino se Alec poderia ter esses mesmo contatos. Pensei que a festa do prefeito poderia ser um lugar melhor para achar essas pessoas, ao começar por Cláudia... E no bar eu procurei conseguir alguma companhia feminina... O que se tornou impossível na sua chegada.Não era nenhum truque de psicologia reversa para induzi Louis a leva-lo...
Ou qualquer jogo ao massagear aquele ego enorme de macho alfa...
Até porque depois de tanto medo demonstrado por Loius em faze-lo era mais certo que Jace e Loius iriam ataca-lo muito em breve apenas para silenciar alguém que precisava de Cláudia viva.
E sincera e realmente se ela esta morta, perdia o sentido estar ali sem a Cláudia, porque Gláucio não sabia se alguém que estivesse agora na administração das sombras da cidade poderia ajudar.
Parecia que o Louis não notou que Gláucio soube da morte de Cláudia por ele e que ainda se mantinha desconfiado, mas não era difícil entender quanto problema trazia aquilo que o Professor disse, afinal não tinha como confirmar sequer que o tal Professor falava a verdade sequer sobre Cláudia estar morta.
E ainda que a morte da Príncipe fosse verdade, jamais saberia dizer se Alec conhece Maalia Halec e Clarie Fray com quem sua mentora disse que a própria Cláudia saberia como encontrar.
E se realmente Cláudia morreu e Alec fosse agora contra o pacto e a organização que sua mentora elogiou existir nessa cidade? E se odiasse a Andarilha e a Oradora de quem ele precisava? Não tinha como confiar tanto quanto o "Professor Burro", mas talvez fosse a única saída.
De qualquer forma o tempo dele urgia.
Em sua mente ambos perderam tempo demais um com o outro, Loius deveria deixa-lo ir (vivo ou morto) ou guia-lo até Alec.
A única vantagem que ele poderia fazer antes de achar esses aliados era permanecer em algum local público com mais pessoas.