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Samantha Doiley
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Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº202
Re: Samantha Doiley
Sam: Eu não sei como, mas eu sabia que não era só o tempo fechando, sabe?
"Cê tinha os olhos né. Vai perceber que via mais antes." Então ela dá de ombros.
Sam: Cê já pegou ele né?
"Só nos meus sonhos, mas eu não penso com a buceta." Ele traça o contorno da orelha de Sam com a unha afiada da sua mão. "Eu conheço ele a anos. Nós somos tribo. O cara passou por um instante na sua vida. Um instante fodido e confuso do qual você não sabe o que sentir. Além de que quanto mais cê acreditar que ele tava fazendo o melhor mais cê sente culpa e remorso. Claro que cê quer pintar os espaços em branco com algo que te console. Quem não quer?" Ela fala sem tirar os olhos de Sam. Sem esconder as mãos. Sem alterar a voz. Sem sair do abraço que a nova uratha a deu. Tranquila e macia como a neve que voltava a cair na fora.
Sam: Mas se eles usaram essa lasca... Devem saber um pouco mais. Talvez o suficiente pra gente se proteger... Ou, com sorte, o suficiente pra caçar e acabar com essa coisa que me usou pra fazer o que fez
"Theo era o melhor." Ela não parece triste e sim orgulhosa. "Aponi sabe mais que eu. William pode saber menos que ela, mas era a única opção. Ela precisava de alguém ousado o suficiente para tentar e forte o suficiente para ajudar ela a controlar a coisa lá." Ela sacode a mão como se tivesse algo nojento grudado nela.
"Mas vai lá sim. É bonito e cheio de mistérios." Ela dá um sorriso malicioso e afiado. "Mas acho que essa coisa passou sem ninguém ver. Ou um pedaço dela no meio da confusão." Ela dá de ombros de novo bem de leve.
"Acho que o segredo são babas." Ela diz meio perdida. "Isso e coisas pra quebrar. Coisas pra rasgar também. Coisas pra explodir é bom, põe na lista. A xingar também. Muito bom xingar. Coisas pra xingar gritando. Acho que dá se a gente revesar." Ela enfiar o rosto no pescoço de Sam e respira fundo.
Então ela segura a foto com carinho. Os olhos fixos na imagem preto e branco. O rosto sem nenhuma expressão. Até que "Aquela fofoqueira do caralho. Eu as vezes esqueço que elas são umas porras de esquisitões que ficam arquivando as pessoas." Ela nem parecia ter ouvido a pergunta. Um pouco de cor volta ao rosto dela.
"Teodoro vai ser ótimo. Mas cê é catolica?" Então ela levanta a mão rápido defensivamente. "Não tem problema se for. É errado. Burro. É besta também, claro. Mas cê pode ser." Ela segura o riso. Tapa a boca e fica esperando Sam responder.
--
Sam podia muito bem comprar as próprias passagens, mas Anne disse que tava tudo errado e ela não podia se enfiar em Londres. Não há voos diretos de Dover para Tokyo, mas as passagens que Anne a entrega passam por Berlin e então direto para Tokyo e são na primeira classe.
A viagem foi confortável e sem nenhum incidente. Mas pouco antes do pouso Sam começa se sentir lenta e pesada. Uma dor de cabeça fraca, mas constante. No caminho do avião até a ela ser tirada de uma fila enorme por um oficial da policia de Tokyo as coisas pareciam querer escorregar dos seus dedos.
"Samantha Doiley." Não era uma pergunta. "Por favor, me acompanhe." Educada e firme. O inglês era ruim. As duas vão andando até uma sala apertada com uma mesa quadrada e simples e duas portas e cadeiras. Cameras bem visiveis nos cantos.
"Por favor se sente." Ela não espera Sam para se sentar. Olha um pouco para a uratha em silêncio. Ela muda as mãos de posição em cima da mesa duas vezes antes de sorrir. "Pode seguir senhora Doiley." Uma das portas se abre em poucos segundos e uma figura conhecida sorri do outro lado. "Senhorita Samantha, eu sei que sente mal, mas não vai passar." Ele estende uma mão para ela da mesma forma que fazia nos treinos virtuais.
"Vem com a gente." Diz Hope aparecendo ao lado dele. "Estamos com um pouco de pressa."
A oficial permanece imóvel enquanto os dois falam.
--
Os três saem do estacionamento em um carro popular bem pequeno. "Vão levar a sua mala, não se preocupa." Era Junior falando. "A, essa coisa que você tá sentindo é normal. É o que acontece quando toda realidade quer que você vá embora. Os humanos não sentem isso. Não sentem quase nada." Ele não estava no volante, Hope estava e começa a falar assim que ele para.
"Veio ver como o sindicato funciona?" Ela diz com orgulho e expectativa. "Aliança." Diz o irmão meio de saco cheio. "Eu prefiro Sindicato. O Sindicato de Tokyo soa bem melhor." Ela não tira os olhos da estrada enquanto fala. "Não liga para ela, a gente vai te levar para onde pode tomar um banho e descansar. Tem uma casinha separada para você."
Ela para no sinal e olha para trás. "A não ser que queira ir direto ver o pai, ele tá fazendo fazendo umas tattoos pras Víboras do Asfalto. Elas são sinistras, mas parecem umas groupies sem noção na maior parte do tempo. E aí, banho? Ou tattoo?"
"Cê tinha os olhos né. Vai perceber que via mais antes." Então ela dá de ombros.
Sam: Cê já pegou ele né?
"Só nos meus sonhos, mas eu não penso com a buceta." Ele traça o contorno da orelha de Sam com a unha afiada da sua mão. "Eu conheço ele a anos. Nós somos tribo. O cara passou por um instante na sua vida. Um instante fodido e confuso do qual você não sabe o que sentir. Além de que quanto mais cê acreditar que ele tava fazendo o melhor mais cê sente culpa e remorso. Claro que cê quer pintar os espaços em branco com algo que te console. Quem não quer?" Ela fala sem tirar os olhos de Sam. Sem esconder as mãos. Sem alterar a voz. Sem sair do abraço que a nova uratha a deu. Tranquila e macia como a neve que voltava a cair na fora.
Sam: Mas se eles usaram essa lasca... Devem saber um pouco mais. Talvez o suficiente pra gente se proteger... Ou, com sorte, o suficiente pra caçar e acabar com essa coisa que me usou pra fazer o que fez
"Theo era o melhor." Ela não parece triste e sim orgulhosa. "Aponi sabe mais que eu. William pode saber menos que ela, mas era a única opção. Ela precisava de alguém ousado o suficiente para tentar e forte o suficiente para ajudar ela a controlar a coisa lá." Ela sacode a mão como se tivesse algo nojento grudado nela.
"Mas vai lá sim. É bonito e cheio de mistérios." Ela dá um sorriso malicioso e afiado. "Mas acho que essa coisa passou sem ninguém ver. Ou um pedaço dela no meio da confusão." Ela dá de ombros de novo bem de leve.
"Acho que o segredo são babas." Ela diz meio perdida. "Isso e coisas pra quebrar. Coisas pra rasgar também. Coisas pra explodir é bom, põe na lista. A xingar também. Muito bom xingar. Coisas pra xingar gritando. Acho que dá se a gente revesar." Ela enfiar o rosto no pescoço de Sam e respira fundo.
Então ela segura a foto com carinho. Os olhos fixos na imagem preto e branco. O rosto sem nenhuma expressão. Até que "Aquela fofoqueira do caralho. Eu as vezes esqueço que elas são umas porras de esquisitões que ficam arquivando as pessoas." Ela nem parecia ter ouvido a pergunta. Um pouco de cor volta ao rosto dela.
"Teodoro vai ser ótimo. Mas cê é catolica?" Então ela levanta a mão rápido defensivamente. "Não tem problema se for. É errado. Burro. É besta também, claro. Mas cê pode ser." Ela segura o riso. Tapa a boca e fica esperando Sam responder.
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Sam podia muito bem comprar as próprias passagens, mas Anne disse que tava tudo errado e ela não podia se enfiar em Londres. Não há voos diretos de Dover para Tokyo, mas as passagens que Anne a entrega passam por Berlin e então direto para Tokyo e são na primeira classe.
A viagem foi confortável e sem nenhum incidente. Mas pouco antes do pouso Sam começa se sentir lenta e pesada. Uma dor de cabeça fraca, mas constante. No caminho do avião até a ela ser tirada de uma fila enorme por um oficial da policia de Tokyo as coisas pareciam querer escorregar dos seus dedos.
"Samantha Doiley." Não era uma pergunta. "Por favor, me acompanhe." Educada e firme. O inglês era ruim. As duas vão andando até uma sala apertada com uma mesa quadrada e simples e duas portas e cadeiras. Cameras bem visiveis nos cantos.
"Por favor se sente." Ela não espera Sam para se sentar. Olha um pouco para a uratha em silêncio. Ela muda as mãos de posição em cima da mesa duas vezes antes de sorrir. "Pode seguir senhora Doiley." Uma das portas se abre em poucos segundos e uma figura conhecida sorri do outro lado. "Senhorita Samantha, eu sei que sente mal, mas não vai passar." Ele estende uma mão para ela da mesma forma que fazia nos treinos virtuais.
"Vem com a gente." Diz Hope aparecendo ao lado dele. "Estamos com um pouco de pressa."
A oficial permanece imóvel enquanto os dois falam.
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Os três saem do estacionamento em um carro popular bem pequeno. "Vão levar a sua mala, não se preocupa." Era Junior falando. "A, essa coisa que você tá sentindo é normal. É o que acontece quando toda realidade quer que você vá embora. Os humanos não sentem isso. Não sentem quase nada." Ele não estava no volante, Hope estava e começa a falar assim que ele para.
"Veio ver como o sindicato funciona?" Ela diz com orgulho e expectativa. "Aliança." Diz o irmão meio de saco cheio. "Eu prefiro Sindicato. O Sindicato de Tokyo soa bem melhor." Ela não tira os olhos da estrada enquanto fala. "Não liga para ela, a gente vai te levar para onde pode tomar um banho e descansar. Tem uma casinha separada para você."
Ela para no sinal e olha para trás. "A não ser que queira ir direto ver o pai, ele tá fazendo fazendo umas tattoos pras Víboras do Asfalto. Elas são sinistras, mas parecem umas groupies sem noção na maior parte do tempo. E aí, banho? Ou tattoo?"
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- Mensagem nº203
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº204
Re: Samantha Doiley
Sam: ...frente da minha razão.
Anne balança a cabeça que sim, mas faz uma cara de que não acredita.
Sam: ..., é bom que esteja certa nisso também.
"Eu to. Eu sempre to." Uma cara safada que não parecia ter nenhum motivo.
Sam:... juntos e unidos assim?
"Não mantem. A gente divide conhecimento e com isso troca uns favores, normalmente uma reunião mês sim e mês não. Mas essa união toda é coisa de Dover. Coisa que veio com a Loba de Ferro e que os Crestwood fazem como se fosse o único jeito." Ela faz um estalo com língua. "Nem todo lugar tem um protetorado. Antes da Lyall você ficava fora do caminho do Trovão e fora da vista do Atiçador. Quebra Correntes tinha respeito e a gente tinha moral. Não era assim que todo mundo fala e tem voz. Claro que tem essa coisa dos Alfas falarem e cada merda que cê fala na hora errada pesa, porque mostra que cê é um cuzão sem consideração o bastante para querer que o protetorado funcione ou que é um descontrolado que não deve ser confiado com coisas que quebram." Ela sorri
"Minha tribo é a melhor, mas isso é o que todo mundo acha. Mas eu to certa. Sempre to." Ela sorri de novo. Cheia de humor. "Cê pode ver. A gente se olha, alguns querem tirar vantagem, sim, claro, mas a gente se vê e isso muda tudo na pratica." Ela segura o rosto de Sam e a olha com paixão. "Quer conhecer o pessoal? Ver o que a tribo é?" Os olhos escuros e cheios de espectativa.
--
Sam: A plaquinha com o nome saiu de moda por aqui?
"Quem é você e onde está sua paranoia?" Diz Hope tentando ser engraçada. "Aqui a segurança é importante. É bem apertada. É território de muita gente e minha responsabilidade." O irmão acrescenta rápido. "Então não conta pra ninguém por favor."
Sam: É por ser território de vocês?
"É" ele diz como se tivesse dito isso antes mais vezes do que podia contar. "A nossa aliança é tão impressionante e magnetica que o mundo rejeita você, a invasora. O ar. A gravidade. O atrito. O chão. A luz. Tudo. Além de tudo ajudar a gente aqui. A gente sente o contrario do que você sente. Mas só aqui." Ele claramente poderia ter sido mais detalhista, mas tinha dito o suficiente para ela entender o que estava acontecendo e se sentir aliviada por não estar tendo um derrame.
Eles assentem sobre as escolhas de Sam e logo ela está em um lugar inusitadamente tranquilo. Quase bucólico. Uma escada de pedras cinzas longa cercada de verde por todos os lados. O cheiro era bom. Alguns braseiros de bronze apagados em pequenos pilares. No alto dava para ver um telhado rústico entre as árvores.
"É só subir." Hope pega um cordão feito de pedrinhas cinzas rabiscadas de kanjis e coloca em um braseiro. "Eu sabia." O irmão dela diz empurando ela de forma implicante. Muito menos formal que pela aula online. "Tão te esperando. O pai te leva pra tua casinha depois. Não se preocupa muito com as Víboras, elas agem como se ele fosse delas." Ela diz. "São ciumentas." Ele completa antes de entrarem no carro e deixarem ela para trás.
Anne balança a cabeça que sim, mas faz uma cara de que não acredita.
Sam: ..., é bom que esteja certa nisso também.
"Eu to. Eu sempre to." Uma cara safada que não parecia ter nenhum motivo.
Sam:... juntos e unidos assim?
"Não mantem. A gente divide conhecimento e com isso troca uns favores, normalmente uma reunião mês sim e mês não. Mas essa união toda é coisa de Dover. Coisa que veio com a Loba de Ferro e que os Crestwood fazem como se fosse o único jeito." Ela faz um estalo com língua. "Nem todo lugar tem um protetorado. Antes da Lyall você ficava fora do caminho do Trovão e fora da vista do Atiçador. Quebra Correntes tinha respeito e a gente tinha moral. Não era assim que todo mundo fala e tem voz. Claro que tem essa coisa dos Alfas falarem e cada merda que cê fala na hora errada pesa, porque mostra que cê é um cuzão sem consideração o bastante para querer que o protetorado funcione ou que é um descontrolado que não deve ser confiado com coisas que quebram." Ela sorri
"Minha tribo é a melhor, mas isso é o que todo mundo acha. Mas eu to certa. Sempre to." Ela sorri de novo. Cheia de humor. "Cê pode ver. A gente se olha, alguns querem tirar vantagem, sim, claro, mas a gente se vê e isso muda tudo na pratica." Ela segura o rosto de Sam e a olha com paixão. "Quer conhecer o pessoal? Ver o que a tribo é?" Os olhos escuros e cheios de espectativa.
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Sam: A plaquinha com o nome saiu de moda por aqui?
"Quem é você e onde está sua paranoia?" Diz Hope tentando ser engraçada. "Aqui a segurança é importante. É bem apertada. É território de muita gente e minha responsabilidade." O irmão acrescenta rápido. "Então não conta pra ninguém por favor."
Sam: É por ser território de vocês?
"É" ele diz como se tivesse dito isso antes mais vezes do que podia contar. "A nossa aliança é tão impressionante e magnetica que o mundo rejeita você, a invasora. O ar. A gravidade. O atrito. O chão. A luz. Tudo. Além de tudo ajudar a gente aqui. A gente sente o contrario do que você sente. Mas só aqui." Ele claramente poderia ter sido mais detalhista, mas tinha dito o suficiente para ela entender o que estava acontecendo e se sentir aliviada por não estar tendo um derrame.
Eles assentem sobre as escolhas de Sam e logo ela está em um lugar inusitadamente tranquilo. Quase bucólico. Uma escada de pedras cinzas longa cercada de verde por todos os lados. O cheiro era bom. Alguns braseiros de bronze apagados em pequenos pilares. No alto dava para ver um telhado rústico entre as árvores.
"É só subir." Hope pega um cordão feito de pedrinhas cinzas rabiscadas de kanjis e coloca em um braseiro. "Eu sabia." O irmão dela diz empurando ela de forma implicante. Muito menos formal que pela aula online. "Tão te esperando. O pai te leva pra tua casinha depois. Não se preocupa muito com as Víboras, elas agem como se ele fosse delas." Ela diz. "São ciumentas." Ele completa antes de entrarem no carro e deixarem ela para trás.
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- Mensagem nº205
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº206
Re: Samantha Doiley
Sam escreveu:Cê tá sempre gostosa e metida, “sempre certa” a gente vai ver
Anne balança a cabeça devagar com um sorriso que tinha nascido no beijo que recebeu logo antes, mas se tornava mais animado agora.
Sam escreveu:Quero! Eu posso?
"Claro que pode, como cê acha que as pessoas entram nas tribos?" Ela dá um risinho torto com uma mistura de deboche, paciência e diversão. "Cê já conhece quase todo mundo e acho que sem a Lyall a galera que tá mais no alto do conceito da tribo são Richard e Amy e cê conhece eles." O sorriso ganha uma camada extra de deboche e um polimento de diversão.
--
Sam escreveu: Mas, porra, tinha de ter um jeito de dizer que fui convidada, não to invadindo
"Nem tem. Só entrando em uma das alcateias da aliança. Não melhora. Não passa. Cê não se acostuma." Diz Hope como um aviso, mas sem muita emoção. Ela claramente não tinha sentido o que Sam sentia.
Sam escreveu:você poderia me mostrar mais sobre o Sindicado...
"Nunca to livre. Mas ele pode acabar me pedindo para mostrar a nossa casa pra você. Ele é excêntrico desse jeito." Ela da de ombros e da o assunto por encerrado. Mas o irmão complementa. "A gente gosta de mostrar o nosso trabalho."
Sam escreveu:Sabia?
"A gente aposta todo tipo de coisa." Como se estivesse explicando a turista estrangeiro que as pessoas usam roupas.
Samantha sobe as escadas e vai vendo o carro se afastando e logo entrando na selva de concreto que é a cidade de verdade. Ali era alto, mas não alto o bastante para ela poder ver além da parede de prédios. Ela encontra, debaixo do telhado que tinha visto lá debaixo, um patio com flores e pequenas árvores e um caminho de pedras cuidadosamente quadradas e polidas. Em volta do pátio uma escada de madeira muito pequena, um, dois, três passos. As paredes eram de papel e todas brancas, mas marcadas com essência formando palavras na primeira língua. As cores eram todas simples, a madeira muito vermelha, as pedras de um cinza homogeneo, o papel era bege como se espera de papel. As flores eram rosadas e vermelhas, as folhas eram todas verdes e viçosas.
Mas tinham pessoas ali. Samantha se vê observada de imediato. Alguma coisa fazia um barulho repetido. Tap tap tap. Bem rápido. A pessoa mais perto era uma mulher alta de pernas longas e fortes que você esperaria ver em um velocista. Ela vestia um quimono aberto a despeito do frio, a barriga a mostra tinha uma tatuagem cheia de linhas azuis e o lobo dos mestres de ferro entre os seios meio escondidos. O cabelo preso com dois hashis cor de aço inoxidável. Ela não era japonesa, não era nem asiatica. Tinha olhos escuros e a pele cor de bronze, mas o cabelo era loiro e ondulado onde escapava do coque. Ela media Sam com os olhos sem nenhuma vergonha. Nenhuma expressão. A mão direita se enrolando sozinha na faixa azul que deveria prender o quimono.
Tap, tap e tap. Uma outra mulher estava mascando chiclete com a cara no celular e só olha para Sam por um instante e então sorri voltando a atenção a tela brilhante. Ela tinha cabelo rosa e preto raspado nas laterais. O rosto sorridente tinha algo de asiatico, talvez só os olhos um pouco pertados e afiados. Ela usava uma camisa de botões, mas eles eram assimetricos e apertavam demais a camisa nela, ou apertavam o suficiente para saber tudo que tinha por dentro. Um fio conectava a camisa ao celular. Da cintura para baixo ela usava uma toalha enrolada que mostrava as pernas brancas do joelho para baixo. Ela esfregava os pés, provavelmente para lutar contra o frio das pedras. Ela tinha uma mochila dessas que são feitas sob medida para serem cinzas e sem personalidade, mas modernas e cheias de funções que ninguém nunca usa, e nela uma calça jeans estava amarrada.
Tap, tap, tap, tap, tap. Uma terceira usava uma roupa séria e formal em cinza, branco e azul marinho. Calça comprida e um sapato baixo. O cabelo preso em um rabo de cavalo alto com uma flor igual as do jardim sobre a orelha. Cabelo cor de cobre. O par de olhos verdes intensos vigia Sam até ela cruzar o ultimo degrau. O rosto cheio de sardas. As linhas do rosto finas e cuidadosamente maquiadas. Ela parecia macia como creme de leite fresco batido. Ela limpava cuidadosamente uma faca com cabo metalico e usava a ponta de uma garra afiada para riscar a lâmina e repetir o processo. A roupa escondia mais do que mostrava, mas a cintura marcada mostrava não só a forma da mulher como também alguma arma dentro do blazer comprido.
Tap, tap, tap, tap... Ela viu a vareta chata de bamboo descendo e subindo. As agulhas na ponta marcavam a pele da mulher que estava na maca de armar. Ela deveria estar deitada, o vão feito para o rosto estava vazio. A mulher na maca não olhava para Sam, ela tinha os olhos bem fechados e um quimono nada tradicional ainda vestido, mas só nos pulsos. O tecido escoria pela maca deixando as costas da mulher expostas, assim como todo o resto. O único escudo que a separava da nudez total era uma toalha felpuda alojada casualmente na lombar para colher qualquer gota de sangue. Em seiza ela suportava sem fazer qualquer som. Sem demonstrar nenhum desconforto. Pelo contrário, ela parecia gostar das agulhadas repetidas. O cabelo que ia do castanho escuro ao claro com toques de dourado caia todo sobre os ombros para a frente do corpo, solto e cascateando sobre os seios que Sam percebeu tarde demais que tinha encarado.
William estava no comando das agulhas. O rosto sério e concentrado. Potes te ceramica em uma mesa ao lado dele. Vestia só uma calça simples e escura. Os braços cheios de desenhos com sangue seco e sangue novo. Uma pulseira cheia de pequenos espinhos afiados fazia ele sangrar toda vez que movia o pulso para bater as agulhas na mulher ainda sem nome. O rosto tinha linhas em cores metalicas desenhadas. Isso já era estranho, mas a fumaça dos braseiros em volta da maca não fazia o caminho que fumaças deviam fazer. As colunas quase brancas serpenteavam desavagar espiralando em volta deles como se não houvesse qualquer brisa ou vento. "Bem vinda, Samantha. Infelizmente não tenho uma cadeira para te oferecer. Mas fique a vontade, não vamos demorar." A voz era cheia de um calor aconchegante. Não só fazia parecer que Sam era uma amiga de quem se sentia muita falta, mas fazia sentir isso. Sentir acolhimento e aceitação.
"Charllote." diz a mulher de pernas longas ainda olhando Sam como se ela fosse algum tipo de inseto exotico, apesar de colocar calor humano na voz. "Bem vinda." E então ela olha para a mais nova, a com a cara no celular, como que esperando algo. "Zhenya, quer wi-fi?" Ela diz com um pouco de má vontade antes de olhar Sam e sorrir e depois olhar a mulher sendo tatuada com uma expressão distante e nostalgica. "Leonora. Prazer, querida, talvez possa ajudar enquanto ele está ocupado com a Viozinha. Violeta ela." e então ela aponta com a faca. A ruiva com o jeito direto e preciso. Cada movimento otimizado.
"Ela é teimosa meninas, determinada. Ela vai esperar, então sejam agradáveis, por favor." Ele diz passando a mão nas costas de Violeta. O rosto parece cansado um instante enquanto ele analisa o trabalho. As formas suaves traçavam caminhos sinuosos, plumas coloridas e escuras como luz refratada em oleo desciam das asas abertas de um corvo escuro que olhava Samantha com brilhantes olhos vermelhos. Ele confirma satisfeito com a cabeça e assopra o desenho. Uma, duas, três vezes antes de passar a toalha felpuda com cuidado na pele exposta e depois subir o quimono com cuidado. O tecido parecia seguir as mãos dele fluindo como água. Mesmo assim o desenho permacia visível pela abertura que a roupa tinha nas costas.
Violeta escorre da maca sensual sem nenhum esforço ou necessidade. O olhar que lança para Samantha era pesado como a respiração ofegante da mulher. Um sorrio com dentes bem brancos e afiados. A mão faz um aceno em cumprimento e então bate duas vezes na superficie branca da maca e Leonora se aproxima. "Veio aqui falar de Aponi, não é?" Parecia uma invasão, como se ele tivesse tirado a informação de dentro dela. Mas na verdade, um instante depois parecia uma suposição óbvia. Enquanto isso a ruiva tirava o blazer mostrando mais uma faca e uma pistola que ela coloca de lado no chão antes de tirar a calça e os sapatos. A calcinha rendada é a ultima parte a ir e então ela se deita de lado com a camisa ainda vestida e as pernas cheias de pontinhos arrepiados. Ela aponta uma cicatriz na coxa, longa e cor de rosa, que se perdia subindo até o quadril. "Aqui, sempre aqui." Ele assente. Aperta a pulseira para sangrar um pouco em cada pote e então prossegue jogando um chip em um deles, uma cereja em outro e um fio de cabelo da mulher no ultimo. Depois disso, com um sorriso radiante e cumplice para Samantha ele começa tatuar e murmurar.
A fumaça lentamente reaprende seu caminho sobrenatural.
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- Mensagem nº207
Re: Samantha Doiley
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Re: Samantha Doiley
Sam: - Na de vocês? Não duvidaria se tivesse um teste tipo uma dança sensual antes de falar com eles
Anne ri, mas não diz nada.
"Acho que a Amy gosta de você. Pelo menos as crianças gostam e isso conta pra ela." Dando de ombros.
--
Os símbolos nas paredes dizem "Protegido pela Lua", "Separado da visão", "Silêncio que avança" e "Sob a Sombra vermelha".
Ninguém parece disposto a forçar Samantha a relaxar ou se acomodar. A senha do wi-fi é uma complexa combinação de números e letras e símbolos bem grande e sem sentido.
Sam: - Bela faca, aliás
"É mágica." Ela diz e parece estar falando sério, mas a garota de cabelo colorido ri exatamente nesse momento.
"Agradável, viu?" Ela sorri. "Eu sou agradável, ouviram?" Dessa vez ninguém ri enquanto ela alonga as sílabas da palavra. Os olhos dela não procuram em lugar nenhum, continuar em Sam.
Ele responde a pergunta de Sam com a cabeça. Positivo. O tap tap tap quase no fim. Então a toalha passa pela coxa de Lenora uma vez. Lenta e cuidadosa. "Uma tatuagem funciona, mas apaga mais rápido." Era Lenora. "Essa aqui é poder e some quando é usado ou quando passar a hora." Ela se levanta lânguida e insinuate.
"É sim. Um ritual." Ele diz como se quisesse começar agora mesmo a ensiná-lo. Ele tira a pulseira e faz uma expressão de alívio quando a carne se fecha. "Não vai encontrar uma dessas em qualquer lugar. É um segredo de tribo." Ele junta os pontinhos um em cima do outro e coloca a agulha ao lado na bandeja. "Posso considerar minha dívida paga?" A voz do irraka era respeitosa e solene de uma hora para a outra.
"A gente ganha um banho?" A voz de Violeta era quase um ronronar. "Eu fico tão bonita na banheira." Ela ri assim que fala as palavras. Os olhos dela no rosto vermelho de Lenora. "Você sabe que sim." A ruiva fala rápido e firme. Mas para quem?
"Não acredito que possa acompanhá-las, tenho muitos compromissos hoje." Ele volta a organizar os ingredientes e aparatos.
"Tudo pode esperar um pouco, o banho é sempre melhor com você dentro." Charlotte reclama, mas sem muita força. As pernas longas a levando para uma das paredes de papel. "Eu também..." Zhenya subitamente interessada em algo fora do seu celular. "... Muito melhor." Ela olha de William para Samantha e então segue a companheira claramente a contra gosto.
"Inacreditáveis... E na frente de estranhos." Lenora chia pegando Violeta pelo braço e arrastando a mulher com ela. O corvo nas costas treme quando ela ri.
"Me ajuda com a maca?" Ele pergunta segurando um lado. A coisa era leve, mas era um desafio equilibrar todo material em cima dela. As toalhas cheiravam a sangue e tinta e metal. Os potes de incenso não tinham cheiro nenhum. Tudo é colocado em um quartinho na lateral. De lá ela consegue ouvir as Víboras brincando na água, mas tem uma parede de papel entre eles. O irraka sai sem falar nada esperando que a ithaeur o siga. Logo se senta nos degraus da escada. Ele da uma batidinha ao lado dele. "Compartimento secreto." Ele bate de novo e o som é oco. Mas ele não Tira nada dali.
"Não é o melhor jeito de conversar, mas eu sinto muito. Sinto muito pelo seu avô. Eu não queria que nada assim acontecesse." Tristeza, talvez, mas não culpa. "É difícil ser separado da família. É difícil perder algo assim." Ele olhava para ela sem resguardos. Vulnerável. Sentado e desarmado. O rosto com linhas demais. A expressão muito viva confundindo-se com as linhas pintadas. "Não posso reparar o que aconteceu." Ele não oferece nada. As mãos abertas na frente do corpo salpicadas de sangue fresco e seco também.
Ele tinha começado pela pior parte. Pela dor mais profunda.
Anne ri, mas não diz nada.
"Acho que a Amy gosta de você. Pelo menos as crianças gostam e isso conta pra ela." Dando de ombros.
--
Os símbolos nas paredes dizem "Protegido pela Lua", "Separado da visão", "Silêncio que avança" e "Sob a Sombra vermelha".
Ninguém parece disposto a forçar Samantha a relaxar ou se acomodar. A senha do wi-fi é uma complexa combinação de números e letras e símbolos bem grande e sem sentido.
Sam: - Bela faca, aliás
"É mágica." Ela diz e parece estar falando sério, mas a garota de cabelo colorido ri exatamente nesse momento.
"Agradável, viu?" Ela sorri. "Eu sou agradável, ouviram?" Dessa vez ninguém ri enquanto ela alonga as sílabas da palavra. Os olhos dela não procuram em lugar nenhum, continuar em Sam.
Ele responde a pergunta de Sam com a cabeça. Positivo. O tap tap tap quase no fim. Então a toalha passa pela coxa de Lenora uma vez. Lenta e cuidadosa. "Uma tatuagem funciona, mas apaga mais rápido." Era Lenora. "Essa aqui é poder e some quando é usado ou quando passar a hora." Ela se levanta lânguida e insinuate.
"É sim. Um ritual." Ele diz como se quisesse começar agora mesmo a ensiná-lo. Ele tira a pulseira e faz uma expressão de alívio quando a carne se fecha. "Não vai encontrar uma dessas em qualquer lugar. É um segredo de tribo." Ele junta os pontinhos um em cima do outro e coloca a agulha ao lado na bandeja. "Posso considerar minha dívida paga?" A voz do irraka era respeitosa e solene de uma hora para a outra.
"A gente ganha um banho?" A voz de Violeta era quase um ronronar. "Eu fico tão bonita na banheira." Ela ri assim que fala as palavras. Os olhos dela no rosto vermelho de Lenora. "Você sabe que sim." A ruiva fala rápido e firme. Mas para quem?
"Não acredito que possa acompanhá-las, tenho muitos compromissos hoje." Ele volta a organizar os ingredientes e aparatos.
"Tudo pode esperar um pouco, o banho é sempre melhor com você dentro." Charlotte reclama, mas sem muita força. As pernas longas a levando para uma das paredes de papel. "Eu também..." Zhenya subitamente interessada em algo fora do seu celular. "... Muito melhor." Ela olha de William para Samantha e então segue a companheira claramente a contra gosto.
"Inacreditáveis... E na frente de estranhos." Lenora chia pegando Violeta pelo braço e arrastando a mulher com ela. O corvo nas costas treme quando ela ri.
"Me ajuda com a maca?" Ele pergunta segurando um lado. A coisa era leve, mas era um desafio equilibrar todo material em cima dela. As toalhas cheiravam a sangue e tinta e metal. Os potes de incenso não tinham cheiro nenhum. Tudo é colocado em um quartinho na lateral. De lá ela consegue ouvir as Víboras brincando na água, mas tem uma parede de papel entre eles. O irraka sai sem falar nada esperando que a ithaeur o siga. Logo se senta nos degraus da escada. Ele da uma batidinha ao lado dele. "Compartimento secreto." Ele bate de novo e o som é oco. Mas ele não Tira nada dali.
"Não é o melhor jeito de conversar, mas eu sinto muito. Sinto muito pelo seu avô. Eu não queria que nada assim acontecesse." Tristeza, talvez, mas não culpa. "É difícil ser separado da família. É difícil perder algo assim." Ele olhava para ela sem resguardos. Vulnerável. Sentado e desarmado. O rosto com linhas demais. A expressão muito viva confundindo-se com as linhas pintadas. "Não posso reparar o que aconteceu." Ele não oferece nada. As mãos abertas na frente do corpo salpicadas de sangue fresco e seco também.
Ele tinha começado pela pior parte. Pela dor mais profunda.
- Bastet
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- Mensagem nº209
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº210
Re: Samantha Doiley
Sam escreveu:Pra que serve? Além do obvio...
Ele não responde. Só olha para ela como se tivesse perguntando se podia respirar.
Sam escreveu:Mas eu não posso voltar sem essas informações e deixar a única família que eu tenho vulnerável.
"É um fardo que muitos compartilham em outras formas." Ele tinha ouvido Samantha falar e parecia sofrer de verdade, como se as palavras dela fossem espinhos que apertavam. "Estou aqui hoje para te ajudar. Estamos os dois aqui para isso. Temo que o que você quer de verdade não exista, mas eu vou dar o que puder." Ele segura uma das mãos de Sam com a mão suja de sangue e morna dele. "Você precisa aceitar. Precisa entender. Você é uma de nós Samantha." Samantha sente a dor de cabeça sumindo. O ar rarefeito invade seu pulmão, frio e refrescante. O chão é firme de uma hora para a outra. A luz tem de volta sua qualidade precisa e os sons não parecem mais estar debaixo da água. Pelo contrário. Ela se sente leve e forte. Mais do que antes. Como se tudo a volta dela desse um pouco da sua essência.
Mas isso tudo vai embora em um instante quando ela afasta sua mão. Ele suspira e se levanta. "Como eu posso te ajudar com palavras se não acreditar em mim?" Ele levanta o degrau onde estava sentado com o pé e coloca os dez dedos em uma tela escura e sem botões. Um click e ele abre a tampa oca onde bateu. "Arranje alguém que leia latin. Essas foram escritas por ele. Eu queria que ele fosse o líder de uma aliança na Inglaterra. Ele era um cara evasivo quando queria e me deixava meses no escuro e não me recebia." Ele dá de ombros entregando alguns papeis para Sam. "Gurim-Ur. É isso. Esse é o problema. Era Gurim-Ur naquele fragmento. Um pedaço dele. Uma lasquinha de um deus antigo. Meu maior inimigo, se pelo menos ele percebesse que eu estou atrás dele, ou se importasse." Ele pega um disco prateado enquanto Sam estava olhando os papeis. A tampa se fecha sozinha. "Se tem algum jeito de saber se você tá ... Isso aqui vai saber. Vai ser uma merda. Vai doer e queimar e essas coisas agonizantes. Vai ser vergonhoso também, por dentro e por fora. Mas eu sei que você quer. Depois disso você descansa e só então a gente conversa de novo. Eu te levo e vou estar lá quando estiver pronta." Ele não olhava para ela quando falava e sim para o disco. "Você entende, não é?" Ele vira os olhos azuis para ela, a única coisa clara e limpa no rosto dele. O disco parecia queimar quando Sam não olhava para ele. Queimar com um fogo prateado, como prata liquida. Queimava como a adaga com que matou o avô.
- Bastet
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- Mensagem nº211
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº212
Re: Samantha Doiley
Sam: Quem é “Ele”?
Ele quase ri. Quase se surpriende. "Segredos as vezes são só histórias que quem sabe não quer mais contar." Ele ainda com os olhos no disco. "Seu avô. O romano."
Sam: Por que?
"Não acredita que eu vá vencer?" Com incredulidade genuína. Como se fosse a única pergunta possível. A única sequência possível.
Sam: Eu quero entender...
Ele balança a cabeça como se tivesse visto esse filme antes e pudesse falar no lugar de cada personagem.
Sam: Por que você está agindo assim comigo? Tão disposto. Eu não entendo você querer ajudar... Desde sempre. Você nem me conhecia...
"Tenho te conhecido mais e só piora." Ele diz com humor que ficava um pouco macabro na Luz do fogo prateado.
"Anne nunca disse nossas palavras para você? Não são segredo. Honre seu território em todas as coisas." Como se fosse explicar tudo. Como se fosse o bastante. Mas aparentemente ele tinha visto a cara de Sam e entendido. "Meu território é mais que linhas imaginadas no chão. Mais que família. Você nunca teve o que temer de mim que não devesse temer da Mãe. Nunca terá." Era o tudo que ela ia conseguir. Ele deixava claro sem nenhuma negação. Como um copo vazio.
Sam começa o caminho para ir, mas ele a segura pelo braço. Ele faz que não com a cabeça e as linhas no rosto pintadas com metal brilhavam com o fogo insconstante do disco. "Acontece aqui. Acontece agora."
A volta dela a luz natural some. Lento demais para ser visto com os olhos, como as folhas que segue o sol durante o dia ou rápido demais para se ver, como o caminho das rachaduras no vidro. Estava escuro agora como não estava antes. A única luz vinha da Lua cheia e era refletida no disco. Filtrada por ele.
Então tudo era Luz cegante que queimava cada fibra do seu corpo. Queimava cada nervo. Cada pensamento. Cada memória. Toda energia que ela era. Tudo que ela significava.
O tempo todo ela sabia que não estava sozinha. Despida de formas que ela não conseguiria fazer por ela mesma. Um momento de clareza quando ela se vê com olhos azuis escuros demais e então ela o vê a sua frente. A mão esquerda vertia uma fumaça cheirosa, comida. A mão direita impedia Sam de cair sobre os joelhos sem vida que precisaram de três tentativas antes de suportar seu peso.
"Agora sim a gente vai." O disco é colocado no bolso de trás da calça. "Meu carro tá nos fundos." Ele parecia cansado. Bem cansado. "Você está bem. Limpa. Vai passar mais rápido que imagina."
Ele quase ri. Quase se surpriende. "Segredos as vezes são só histórias que quem sabe não quer mais contar." Ele ainda com os olhos no disco. "Seu avô. O romano."
Sam: Por que?
"Não acredita que eu vá vencer?" Com incredulidade genuína. Como se fosse a única pergunta possível. A única sequência possível.
Sam: Eu quero entender...
Ele balança a cabeça como se tivesse visto esse filme antes e pudesse falar no lugar de cada personagem.
Sam: Por que você está agindo assim comigo? Tão disposto. Eu não entendo você querer ajudar... Desde sempre. Você nem me conhecia...
"Tenho te conhecido mais e só piora." Ele diz com humor que ficava um pouco macabro na Luz do fogo prateado.
"Anne nunca disse nossas palavras para você? Não são segredo. Honre seu território em todas as coisas." Como se fosse explicar tudo. Como se fosse o bastante. Mas aparentemente ele tinha visto a cara de Sam e entendido. "Meu território é mais que linhas imaginadas no chão. Mais que família. Você nunca teve o que temer de mim que não devesse temer da Mãe. Nunca terá." Era o tudo que ela ia conseguir. Ele deixava claro sem nenhuma negação. Como um copo vazio.
Sam começa o caminho para ir, mas ele a segura pelo braço. Ele faz que não com a cabeça e as linhas no rosto pintadas com metal brilhavam com o fogo insconstante do disco. "Acontece aqui. Acontece agora."
A volta dela a luz natural some. Lento demais para ser visto com os olhos, como as folhas que segue o sol durante o dia ou rápido demais para se ver, como o caminho das rachaduras no vidro. Estava escuro agora como não estava antes. A única luz vinha da Lua cheia e era refletida no disco. Filtrada por ele.
Então tudo era Luz cegante que queimava cada fibra do seu corpo. Queimava cada nervo. Cada pensamento. Cada memória. Toda energia que ela era. Tudo que ela significava.
O tempo todo ela sabia que não estava sozinha. Despida de formas que ela não conseguiria fazer por ela mesma. Um momento de clareza quando ela se vê com olhos azuis escuros demais e então ela o vê a sua frente. A mão esquerda vertia uma fumaça cheirosa, comida. A mão direita impedia Sam de cair sobre os joelhos sem vida que precisaram de três tentativas antes de suportar seu peso.
"Agora sim a gente vai." O disco é colocado no bolso de trás da calça. "Meu carro tá nos fundos." Ele parecia cansado. Bem cansado. "Você está bem. Limpa. Vai passar mais rápido que imagina."
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- Mensagem nº213
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº214
Re: Samantha Doiley
Sam: o Romano?
"Ele falava latin e ninguém sabe o quão velho o homem era. Sabe como rumores são." Ele dispensa o espanto de Sam. Mas não oferece nenhuma prova ou argumento em qualquer sentido.
--
Sam : Eu espero que vença.
"Que politica. Parabéns." Ironia? Satisfação? Diversão? Era difícil precisar se era uma provocação ou aprovação.
Sam: Sabe, seus filhos têm razão...
Ele olha como se ela tivesse dito algo direto e claro. "Eles normalmente tem." Sem preocupação. Sem hesitação. Provavelmente sem entender nada.
Sam: Você tá péssimo.
"Quer um espelho, docinho?" A voz cheia de uma risada que não aparecia no rosto. "É sempre difícil." Ele falava sobre se olhar no espelho ou sobre olhar dentro dela? "Pode deixar que eu não conto. Nunca conto o que eu vi."
Sam: Obrigada... Por me receber, pelo convite... E por isso que fez.
Uma risada seca e cansada. "Eu disse e você não ouviu. É sempre um prazer ajudar." Os passos eram os mesmos de sempre. Fluidos e longos. Mas o carro estava aberto e gelado quando Sam entra.
O cheiro era engraçado. Uma coleção de aromas diversos. Traços de uma duzia de perfumes diferentes. Algo como metal quente também. O couro do banco. Algum peixe oleoso do qual não restava vestigio físico. O cheiro dele era o segundo mais forte. Denso e magnetico. Como se tivesse Sido feito para isso.
Já o cheiro mais forte era incenso. O incenso favorito de Amy.
--
Ela acorda com o cheiro de linguiça e bacon. A porta do carro aberta e a certeza de que estava muito mal. Estava vendo dobrado. Dois Williams em pé. Depois não. Não era assim que funcionava. Ela pisca e nada muda. Exceto... Eles tinham roupas diferentes e um era menor, mais novo.
"Ela acordou." Diz o que estava de mochila com uma voz séria. Quase triste.
"Eu sei. Dá para ouvir." A tranquilidade irrevente que se recusava a mudar. Era William. Tinha uma camisa agora. O rosto limpo. Quase limpo.
Ele vai mais para perto com um pote fundo e rashis. Os palitinhos estavam espetados em pedaços de linguiça frita. Tinha bacon ali também, enrolado em algum queijo. "Não coloquei molho nenhum. Culinaria classica da sua cidade. Infelizmente não tenho miudos de bode e nem feijão." Sem nenhum arrependimento ou tristeza. O outro olha desconfiado para ela. Fechado em olhos azuis idênticos. "Eu já volto. Sua casa é essa aqui na frente. A Chave tá no seu bolso. A fechadura tá meio gasta porque os garotos usam pra treinar." Ele sorri e espera ela ter a chance de falar antes de sair com a copia.
"Ele falava latin e ninguém sabe o quão velho o homem era. Sabe como rumores são." Ele dispensa o espanto de Sam. Mas não oferece nenhuma prova ou argumento em qualquer sentido.
--
Sam : Eu espero que vença.
"Que politica. Parabéns." Ironia? Satisfação? Diversão? Era difícil precisar se era uma provocação ou aprovação.
Sam: Sabe, seus filhos têm razão...
Ele olha como se ela tivesse dito algo direto e claro. "Eles normalmente tem." Sem preocupação. Sem hesitação. Provavelmente sem entender nada.
Sam: Você tá péssimo.
"Quer um espelho, docinho?" A voz cheia de uma risada que não aparecia no rosto. "É sempre difícil." Ele falava sobre se olhar no espelho ou sobre olhar dentro dela? "Pode deixar que eu não conto. Nunca conto o que eu vi."
Sam: Obrigada... Por me receber, pelo convite... E por isso que fez.
Uma risada seca e cansada. "Eu disse e você não ouviu. É sempre um prazer ajudar." Os passos eram os mesmos de sempre. Fluidos e longos. Mas o carro estava aberto e gelado quando Sam entra.
O cheiro era engraçado. Uma coleção de aromas diversos. Traços de uma duzia de perfumes diferentes. Algo como metal quente também. O couro do banco. Algum peixe oleoso do qual não restava vestigio físico. O cheiro dele era o segundo mais forte. Denso e magnetico. Como se tivesse Sido feito para isso.
Já o cheiro mais forte era incenso. O incenso favorito de Amy.
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Ela acorda com o cheiro de linguiça e bacon. A porta do carro aberta e a certeza de que estava muito mal. Estava vendo dobrado. Dois Williams em pé. Depois não. Não era assim que funcionava. Ela pisca e nada muda. Exceto... Eles tinham roupas diferentes e um era menor, mais novo.
"Ela acordou." Diz o que estava de mochila com uma voz séria. Quase triste.
"Eu sei. Dá para ouvir." A tranquilidade irrevente que se recusava a mudar. Era William. Tinha uma camisa agora. O rosto limpo. Quase limpo.
Ele vai mais para perto com um pote fundo e rashis. Os palitinhos estavam espetados em pedaços de linguiça frita. Tinha bacon ali também, enrolado em algum queijo. "Não coloquei molho nenhum. Culinaria classica da sua cidade. Infelizmente não tenho miudos de bode e nem feijão." Sem nenhum arrependimento ou tristeza. O outro olha desconfiado para ela. Fechado em olhos azuis idênticos. "Eu já volto. Sua casa é essa aqui na frente. A Chave tá no seu bolso. A fechadura tá meio gasta porque os garotos usam pra treinar." Ele sorri e espera ela ter a chance de falar antes de sair com a copia.
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- Mensagem nº215
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº216
Re: Samantha Doiley
Sam: Pelo menos você já esperava que ia piorar
Um sorriso pequeno e torto no canto da boca é tudo que ele tem a dizer.
Sam: Eu ouvi. Você que não sabe ouvir um agradecimento
"Só não quero que deixe a gratidão nublar seu julgamento. Só isso." Como um tratador que diz para não alimentar os ursos.
"Você gosta?" Sem motivo algum. "Amy adora isso, a mãe dela gostava e os filhos todos acham fascinate." A voz dele mais e mais distante. "Me faz sentir perto del..."
--
Sam: Engraçado, pensei que vocês só comiam peixe e arroz.
"Ofensivo e xenofóbico. Uma verdadeira lady do velho mundo." Ele diz nem um pouco ofendido. "Eu como tubarão normalmente." E da de ombros.
Sam: Sou Samantha, prazer.
Uma reverência curta e mecânica. "Connor." Aparentemente sem nenhum prazer. Olhos sérios e atentos.
"Que amável!" Diz o outro.
Sam: Eu fiz algo pro seu... Filho ?
Ele estava perto, ela vê a mão se movendo e parando. A expressão no rosto, por um instante algo terno e cuidadoso. Como se fosse consolar uma criança ou tocar algo exótico ou até mesmo precioso. Mesmo assim o gesto nati-morto continuava impossível de ser lido existindo somente em sua mente completo apenas por seus pensamentos, expectavas e passado. "Não espere justiça do mundo." Como se fosse uma dessas tragedias universais que, juntos, visitamos em toda humanidade.
A casa era pequena. A Sala era separada da cozinha por uma parede de papel que estava aberta. O quarto era a sala e o banheiro era tão grande quanto todo o resto. Uma banheira de madeira embaixo de um teto que claramente podia ser aberto e um espaço livre onde seis pessoas poderiam Fazer sauna confortavelmente. Um armário vazio na sala e um colchonetinho sem graça perto da televisão grande. Em uma parede uma nota em inglês escrito "cama". Na mesma nota em outra letra e cor estava escrito "sofá também". Sinos de vento presos com elástico na frente da janela, janela bem grande e com grades que podiam ser abertas por dentro e pareciam mais resistentes que as paredes de madeira fina.
Ela demorou a ver o teto. Ver o dragão nele. Os olhos cor de aço fixos nela. Para onde ela ia, estalando a madeira, ele estava olhando. Entre as nuvens pintadas com cuidado. Ele parecia Solido. Real. Pesado e denso demais para voar mesmo em uma pintura.
"Você não me contou." As coisas dela estavam quase todas arrumadas, não eram muitas. "Eles são lindos? Seguram seu coração e alma nos dedinhos gorduchos e descuidados?" Ele estava na porta, que ela não lembrava de ter trancado, com uma cara muito melhor do que ela sentia. Era trabalhoso lutar contra tudo o tempo todo.
Já o irraka mal parece andar. É como se flutuasse acima das tabuas ranzinzas e reclamonas do chão. Ele olha na direção do banheiro. "Quente? Se preferir frio tudo bem, mas já tem água esquentando para você." Os olhos de volta nela. Olhos que fazem ela se perguntar se ele ainda a via tão claramente quanto quando a via pelo disco. Ela já olhava assim antes e era só a experiência mudando a sua própria perspective?
Um sorriso pequeno e torto no canto da boca é tudo que ele tem a dizer.
Sam: Eu ouvi. Você que não sabe ouvir um agradecimento
"Só não quero que deixe a gratidão nublar seu julgamento. Só isso." Como um tratador que diz para não alimentar os ursos.
"Você gosta?" Sem motivo algum. "Amy adora isso, a mãe dela gostava e os filhos todos acham fascinate." A voz dele mais e mais distante. "Me faz sentir perto del..."
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Sam: Engraçado, pensei que vocês só comiam peixe e arroz.
"Ofensivo e xenofóbico. Uma verdadeira lady do velho mundo." Ele diz nem um pouco ofendido. "Eu como tubarão normalmente." E da de ombros.
Sam: Sou Samantha, prazer.
Uma reverência curta e mecânica. "Connor." Aparentemente sem nenhum prazer. Olhos sérios e atentos.
"Que amável!" Diz o outro.
Sam: Eu fiz algo pro seu... Filho ?
Ele estava perto, ela vê a mão se movendo e parando. A expressão no rosto, por um instante algo terno e cuidadoso. Como se fosse consolar uma criança ou tocar algo exótico ou até mesmo precioso. Mesmo assim o gesto nati-morto continuava impossível de ser lido existindo somente em sua mente completo apenas por seus pensamentos, expectavas e passado. "Não espere justiça do mundo." Como se fosse uma dessas tragedias universais que, juntos, visitamos em toda humanidade.
A casa era pequena. A Sala era separada da cozinha por uma parede de papel que estava aberta. O quarto era a sala e o banheiro era tão grande quanto todo o resto. Uma banheira de madeira embaixo de um teto que claramente podia ser aberto e um espaço livre onde seis pessoas poderiam Fazer sauna confortavelmente. Um armário vazio na sala e um colchonetinho sem graça perto da televisão grande. Em uma parede uma nota em inglês escrito "cama". Na mesma nota em outra letra e cor estava escrito "sofá também". Sinos de vento presos com elástico na frente da janela, janela bem grande e com grades que podiam ser abertas por dentro e pareciam mais resistentes que as paredes de madeira fina.
Ela demorou a ver o teto. Ver o dragão nele. Os olhos cor de aço fixos nela. Para onde ela ia, estalando a madeira, ele estava olhando. Entre as nuvens pintadas com cuidado. Ele parecia Solido. Real. Pesado e denso demais para voar mesmo em uma pintura.
"Você não me contou." As coisas dela estavam quase todas arrumadas, não eram muitas. "Eles são lindos? Seguram seu coração e alma nos dedinhos gorduchos e descuidados?" Ele estava na porta, que ela não lembrava de ter trancado, com uma cara muito melhor do que ela sentia. Era trabalhoso lutar contra tudo o tempo todo.
Já o irraka mal parece andar. É como se flutuasse acima das tabuas ranzinzas e reclamonas do chão. Ele olha na direção do banheiro. "Quente? Se preferir frio tudo bem, mas já tem água esquentando para você." Os olhos de volta nela. Olhos que fazem ela se perguntar se ele ainda a via tão claramente quanto quando a via pelo disco. Ela já olhava assim antes e era só a experiência mudando a sua própria perspective?
- Bastet
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- Mensagem nº217
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº218
Re: Samantha Doiley
Sam: Teodoro e Aria
"Tão pequenos. Tiranos estridentes que querem você por complete e te descartam por qualquer coisa colorida." Mas olhava a foto com atenção como uma criança assistindo um daqueles desenhos barulhentos.
Sam: Como você pôde ter tantos? Nesse mundo..
Ele responde sem olhar para Sam. "Você não é niilista e nem desesperançosa. Você sabe como. Só tem um mundo e as ecpectativas e regras dos humanos não cabem em mim. São um recorte pequeno demais para caber neles por muito tempo." Ele olha para Sam sério, mas sem hostilidade. "Eu os amo, Samantha, como você e esses dois tiranos. Eu aguento a dor e ela não é sem recompensa." Sem charme, sem humor. Só uma parte real do uratha, sem verniz ou ilusões.
Sam: Quente tá ótimo, obrigada.
"Connor vai trazer a água. Ele é desconfiado, mas não é ruim." Ele testa a tabua onde Sam pisou antes e ela faz barulho. "Quer que troque? Eu não faria isso sem prestar atenção. Makoto adora armadilhas. Sempre é brincadeira, mas nem sempre é engraçado."
Sam: Como eu te encontro? Agora que sabemos que estou limpa...
"Tem um jeito fácil, agora, você confia em mim?" Era o mesmo de sempre, mais perto do parecia um segundo antes. Feito de fumaça e sombras. Mais perguntas que respostas. Sam ouviu as palavras seguintes antes mesmo de ele falar. "É uma de nós?" A pegunta pesada no espaço entre os dois. As ecpectativas dele impossíveis de ler, ou talvez fosse só a insegurança dela.
--
A parede do banheiro abre sem nenhum aviso. Connor entra sem nenhuma cerimónia. Sem nenhuma desculpa. Os baldes de água nos ombros faziam uma fumacinha gentil. "Oi eu sou a Lizi." Uma vozinha pequena e aguda e cheia de sotaque, toda quadrada.
A menina empurrava um carinho, que mesmo pequeno era alto demais para ela, que soltava uma fumaça mais escura. Fogo. "Se quiser mais quente!" Já que mais quente era claramente universalmente bom. Os olhos curiosos analisando Sam. Os baldes fazem barulho na bancada ao serem colocados e derramam um pouquinho de água.
Connor não diz nada, só balança a cabeça em algo que deve ser uma reverência educada já que a menina imediatamente faz uma versão muito mais clara e depois faz uma versão desajeitada de uma princesa da Disney. "Não fica com medo do dragão, ele é bonzinho." Ela diz nenhum constrangimento.
"Deixa a moça em paz, ela tá cansada e não é pra chatear ela." A voz de Connor era firme e sem paciência, mas muito mais calorosa que antes.
"Tão pequenos. Tiranos estridentes que querem você por complete e te descartam por qualquer coisa colorida." Mas olhava a foto com atenção como uma criança assistindo um daqueles desenhos barulhentos.
Sam: Como você pôde ter tantos? Nesse mundo..
Ele responde sem olhar para Sam. "Você não é niilista e nem desesperançosa. Você sabe como. Só tem um mundo e as ecpectativas e regras dos humanos não cabem em mim. São um recorte pequeno demais para caber neles por muito tempo." Ele olha para Sam sério, mas sem hostilidade. "Eu os amo, Samantha, como você e esses dois tiranos. Eu aguento a dor e ela não é sem recompensa." Sem charme, sem humor. Só uma parte real do uratha, sem verniz ou ilusões.
Sam: Quente tá ótimo, obrigada.
"Connor vai trazer a água. Ele é desconfiado, mas não é ruim." Ele testa a tabua onde Sam pisou antes e ela faz barulho. "Quer que troque? Eu não faria isso sem prestar atenção. Makoto adora armadilhas. Sempre é brincadeira, mas nem sempre é engraçado."
Sam: Como eu te encontro? Agora que sabemos que estou limpa...
"Tem um jeito fácil, agora, você confia em mim?" Era o mesmo de sempre, mais perto do parecia um segundo antes. Feito de fumaça e sombras. Mais perguntas que respostas. Sam ouviu as palavras seguintes antes mesmo de ele falar. "É uma de nós?" A pegunta pesada no espaço entre os dois. As ecpectativas dele impossíveis de ler, ou talvez fosse só a insegurança dela.
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A parede do banheiro abre sem nenhum aviso. Connor entra sem nenhuma cerimónia. Sem nenhuma desculpa. Os baldes de água nos ombros faziam uma fumacinha gentil. "Oi eu sou a Lizi." Uma vozinha pequena e aguda e cheia de sotaque, toda quadrada.
A menina empurrava um carinho, que mesmo pequeno era alto demais para ela, que soltava uma fumaça mais escura. Fogo. "Se quiser mais quente!" Já que mais quente era claramente universalmente bom. Os olhos curiosos analisando Sam. Os baldes fazem barulho na bancada ao serem colocados e derramam um pouquinho de água.
Connor não diz nada, só balança a cabeça em algo que deve ser uma reverência educada já que a menina imediatamente faz uma versão muito mais clara e depois faz uma versão desajeitada de uma princesa da Disney. "Não fica com medo do dragão, ele é bonzinho." Ela diz nenhum constrangimento.
"Deixa a moça em paz, ela tá cansada e não é pra chatear ela." A voz de Connor era firme e sem paciência, mas muito mais calorosa que antes.
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- Mensagem nº219
Re: Samantha Doiley
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- Mensagem nº220
Re: Samantha Doiley
Samantha: eu vejo as crianças da Amy, do Richard, do James... No meio de tudo e ainda tão felizes
"Não é fácil, mas é possível, e mesmo assim frágil." Ele balança a cabeça como que negando. "Tenho histórias que você poderia usar para desistir de Tudo. Mas riscos são necessários." Ele parecia completamente certo do que falava.
Samantha: A dor vale a pena, de fato
Ele reponde só confirmando. Casualmente. Como se fosse impossível Sam dizer outra coisa.
Samantha: é seu filho?
"Não é meu clone, com certeza. São gêmeos. Você adoraria conhecer o Liam. Ele é desconfiado assim feito você. Mas é mais bonito." Ele diz sem vergonha nenhuma e cheio de bom humor.
Samantha: Makoto... Amy me disse que ele era um dos gêmeos complicados. Devo me preocupar de andar por aqui?
"Ela adorava ele e Conall." Ele olha para o dragão no teto por um momento que se alonga demais. "Makoto ainda faz as armadilhas dele. Eles me ajudaram a colar ela com fita no teto." Uma risadinha curta. Um tom nostalgico. Demorou um segundo inteiro para ela perceber que não tinha respondido nada.
Samantha: Sou
O alívio é a primeira coisa que ela sente. Como se levantassem um peso de cada um dos seus músculos. Até os ossos pareciam mais livres. O ar não era mais seco e lento. O chão parecia finalmente firme e parado. Os pés parecem leves, ela sente o próprio peso menor. Os sons fluem para ela para ansiosos para agradar. A Luz desenha linhas claras e definidas. Mas alguma outra se intromete nos pequenos prazeres sensoriais.
A primeira conexão é quase esperada. William estava perto demais para ser uma surpresa. Exceto porque qualquer informação clara vindo dele digna de nota e sentir ele como parte da sua alcateia foi uma surpresa. Sentir onde estava. Sentir o que sentia. Então as outras vieram como uma enxurrada. Tantos que faziam ela perder a conta que faziam ela temer perder a si mesma. Pessoas demais para contar. Gente demais para fazer sentido. Urathas. Sangues de lobo. Humanos. Uma constelação onde Sam era mais uma estrela. Um gota no oceano.
Ainda assim era mais claro que nunca quem ela era. O constraste com todos os outros a fazia mais segura de quem era e do próprio valor. Isso, ou era só mais um truque.
"Você sentiu? Pode apontar eles, não pode? Fechar os olhos e me dizer como eles estão? Dá para se perder na sensação. Passar horas sentindo eles como um banho quente." A expressão ao mesmo tempo cheia de cumplicidade e alegria. "Melhor não agradecer mesmo. Não teria as palavras certas de qualquer forma." Mas sem nenhum veneno. Ele segura a mão de Sam que se afastava e a puxa em um abraço apertado e lento que encaixa Sam carinho inesperado.
--
Samantha: Oi, Lizi. Eu sou a Sam, deixa eu te ajudar com isso.
Ela não deixa. As mãozinhas ficam presas no carinho com toda a força, mas ela sorri para Sam como se não estivesse sendo carregada com ele.
Sam: Quer me contar mais do dragão?
"Ele voa no céu que nunca acaba!" Ela fala toda feliz. Connor a segura pelas costas antes que ela prossiga como dona para dentro da casa. "Ele é o dragão mais furioooooooo..." Ele a coloca no ombro e ela continua falando sem se importar. Um dedinhos em riste apontando o dragão. "Não dá pra se esconder. O céu dele nunca acaba."
Sam: É com inspiração nele o nome da alcateia da Amy?
"Ou no marido." Ele diz sem tentar ser misterioso. Um movimento lento escorrega a garotinha gargalhando para o chão. Sam consegue sentir a alegria dela. O lampejo curto de satisfação nele. Ele mostra um dedo para ela e a menina o segura como se fosse uma mão. "Posso te mostrar minha casa amanhã? Você vai amar o jardim!"
"Não é fácil, mas é possível, e mesmo assim frágil." Ele balança a cabeça como que negando. "Tenho histórias que você poderia usar para desistir de Tudo. Mas riscos são necessários." Ele parecia completamente certo do que falava.
Samantha: A dor vale a pena, de fato
Ele reponde só confirmando. Casualmente. Como se fosse impossível Sam dizer outra coisa.
Samantha: é seu filho?
"Não é meu clone, com certeza. São gêmeos. Você adoraria conhecer o Liam. Ele é desconfiado assim feito você. Mas é mais bonito." Ele diz sem vergonha nenhuma e cheio de bom humor.
Samantha: Makoto... Amy me disse que ele era um dos gêmeos complicados. Devo me preocupar de andar por aqui?
"Ela adorava ele e Conall." Ele olha para o dragão no teto por um momento que se alonga demais. "Makoto ainda faz as armadilhas dele. Eles me ajudaram a colar ela com fita no teto." Uma risadinha curta. Um tom nostalgico. Demorou um segundo inteiro para ela perceber que não tinha respondido nada.
Samantha: Sou
O alívio é a primeira coisa que ela sente. Como se levantassem um peso de cada um dos seus músculos. Até os ossos pareciam mais livres. O ar não era mais seco e lento. O chão parecia finalmente firme e parado. Os pés parecem leves, ela sente o próprio peso menor. Os sons fluem para ela para ansiosos para agradar. A Luz desenha linhas claras e definidas. Mas alguma outra se intromete nos pequenos prazeres sensoriais.
A primeira conexão é quase esperada. William estava perto demais para ser uma surpresa. Exceto porque qualquer informação clara vindo dele digna de nota e sentir ele como parte da sua alcateia foi uma surpresa. Sentir onde estava. Sentir o que sentia. Então as outras vieram como uma enxurrada. Tantos que faziam ela perder a conta que faziam ela temer perder a si mesma. Pessoas demais para contar. Gente demais para fazer sentido. Urathas. Sangues de lobo. Humanos. Uma constelação onde Sam era mais uma estrela. Um gota no oceano.
Ainda assim era mais claro que nunca quem ela era. O constraste com todos os outros a fazia mais segura de quem era e do próprio valor. Isso, ou era só mais um truque.
"Você sentiu? Pode apontar eles, não pode? Fechar os olhos e me dizer como eles estão? Dá para se perder na sensação. Passar horas sentindo eles como um banho quente." A expressão ao mesmo tempo cheia de cumplicidade e alegria. "Melhor não agradecer mesmo. Não teria as palavras certas de qualquer forma." Mas sem nenhum veneno. Ele segura a mão de Sam que se afastava e a puxa em um abraço apertado e lento que encaixa Sam carinho inesperado.
--
Samantha: Oi, Lizi. Eu sou a Sam, deixa eu te ajudar com isso.
Ela não deixa. As mãozinhas ficam presas no carinho com toda a força, mas ela sorri para Sam como se não estivesse sendo carregada com ele.
Sam: Quer me contar mais do dragão?
"Ele voa no céu que nunca acaba!" Ela fala toda feliz. Connor a segura pelas costas antes que ela prossiga como dona para dentro da casa. "Ele é o dragão mais furioooooooo..." Ele a coloca no ombro e ela continua falando sem se importar. Um dedinhos em riste apontando o dragão. "Não dá pra se esconder. O céu dele nunca acaba."
Sam: É com inspiração nele o nome da alcateia da Amy?
"Ou no marido." Ele diz sem tentar ser misterioso. Um movimento lento escorrega a garotinha gargalhando para o chão. Sam consegue sentir a alegria dela. O lampejo curto de satisfação nele. Ele mostra um dedo para ela e a menina o segura como se fosse uma mão. "Posso te mostrar minha casa amanhã? Você vai amar o jardim!"