- Acho que Kurama será o menor dos nossos problemas. Koenma é quem me preocupa. E pelo que sei ele já está sabendo e está tentando resolver esse a situação.
Assim que Aya atravessa o portão, Ren segue a moça, caminhando ao lado dela e olhando para a jovem mulher vez ou outra quando falava.
- Não sou detetive a tanto tempo assim. Ainda não passei por uma situação em que precisasse interrogar alguém... E talvez isso seja algum tipo de treinamento... Acredite, aqueles lá fazem tudo virar um treinamento – A amargura na voz do detetive é perceptível.
Se olhasse para ele, Aya veria que ele olhava para frente sem, no entanto, parecer que prestava atenção ao que via. Parecia perdido em pensamentos enquanto sua expressão demonstrava alguma contrariedade.
Ren balança a cabeça e estende o braço para Aya, oferecendo-o como apoio enquanto caminhavam.
- Me permite? – Ele diz enquanto olha para a jovem – Vamos admitir que nenhum de nós dois tem lá um temperamento muito fácil, mas estamos nessa juntos. Então por que não tentarmos nos dar bem? - Ele dá um sorriso de canto – Sem contar que sou educado... Ainda. – Aya pode notar que a voz dele se torna mais descontraída.
Se Aya aceitar o braço eles seguem assim até o transporte que os levará ao templo. Caso não aceite, Ren apenas dará de ombros e acenderá mais um cigarro enquanto andam.
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Finalmente eles chegam. Diante deles uma enorme escadaria de estende até o templo.
No topo da escadaria uma jovem de cabelos azuis, flutuando em seu remo, pode ser vista acenando para eles.
- Oizinho! Vocês estão atrasados! Vamos! – Era a voz de Botan
- Essa é a parte que mais gosto de vir aqui – Ren diz com ironia antes de olhar para Aya. – Acha que dá para subir de boas? Se precisar de ajuda posso carregar você ou podemos subir correndo também... – Ele faz uma careta contrariado. – Sei que a oferta parece estranha, mas já subi isso tantas vezes no meu treinamento que já é indiferente pra mim. – Ele dá de ombros.