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    De Nightcity, com amor

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    Mensagem por Xafic Zahi Ter Ago 16, 2022 9:53 pm


    “Little Cuba. 23h15”

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    "Ela dá alguns passos olhando os pôsteres, quando viu o de Synergy fez um biquinho e logo desliza as mãos pelo contrabaixo até que escuta a voz dele."

    - Presente do Karry - Alejandro se referiu ao contrabaixo.

    O garoto deu um sorriso quando Kallax disse que não havia ido até o bar pelo show e, depois, aceitou o pedido para ajudar com o ziper das botas, abrindo-o gentilmente.

    Quando o corpo da ruiva se aproximou ao dele, Alejandro deixou ser empurrado e, deitado na cama, a envolveu com os braços e a puxou para si, em um movimento semelhante ao do começo da noite, quando estavam no mezanino.

    O beijo foi correspondido, mas quando Kallax se afastou, ainda que apenas centímetros de distância para sussurrar, ele a puxou de volta, permitindo que a frase fosse dita apenas momentos depois.

    - Sua boca tem gosto de calda de cereja - A frase foi dita de forma espontânea e parecia ter sido sincera, mas a expressão de Alejandro foi de insegurança e ele desviou o olhar, com receio que ela risse.

    Quando Kallax voltou para seu jogo, suas mãos identificaram que Alejandro estava apreciando o momento. As mãos do garoto também passaram a percorrer o corpo da ruiva, começando pela coxa e, aproveitando a conveniência do vestido, logo subiram.

    As mãos do garoto eram ágeis, porém, sem destreza ou aparente habilidade. Por inúmeras vezes tentou abrir o sutiã da parceira, mesmo ela ainda estando de blusa e jaqueta, mas não teve sucesso. Ao perceber que as tentativas falhavam, voltou a atenção à parte inferior do corpo da ruiva. Seus beijos e toques eram ansiosos.

    - Você gosta de Gunship? - A boca e as mãos de Alejandro pararam de maneira repentina - É uma banda do começo do século - Ele apontou para um dos posters - Vou mostrar.

    Alejandro sentou na ponta da cama e, com um comando de voz, os leds da cápsula se apagaram e uma luz foi projetada na parede em frente do casal:



    O garoto permaneceu quieto durante todo o clipe, com os olhos focados na projeção.

    - Legal, né? Ele se transformou no Robocop - Comentou quando o vídeo terminou, mas Kallax não teve tempo de responder, pois o garoto rapidamente fez uma pergunta - Você já fez bastante disso? - Sua voz era baixa e insegura, como que se ele fizesse um esforço de coragem para questionar.


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    Mensagem por thendara_selune Ter Ago 16, 2022 10:38 pm



    Kallax


    🌙🌙🌙



    “- Sua boca tem gosto de calda de cereja - A frase foi dita de forma espontânea e parecia ter sido sincera, mas a expressão de Alejandro foi de insegurança e ele desviou o olhar, com receio que ela risse.”



    Ele era fofo?! Ela não deixa transparecer a surpresa, mas acaba sentindo o corpo inteiro ferver. Fazia tempo que Kallax não sentia nada parecido com aquilo, era só uma garota e um garoto juntos ali. Esquecia-se dos conselhos de Hatsumomo enquanto as mãos dele passeavam e quando brigam inutilmente contra seu sutiã ela morde o lábio inferior. “ Tão docinho que quero morder ele?!” O pensamento brincando com a ruiva até que ele fala de uma banda e ela ofega olhando para ele. — Não conheço…- Os olhos dela miram o pôster e depois quando ele mostrava aquela projeção as mãos dela deslizaram pelo cabelo dele, enquanto assistiam. Ele comenta sobre o clipe e logo depois solta aquela pergunta se fosse em outro momento ela poderia rir, mas algo lá no fundo passou uma mensagem nostálgica de quando ela esteve com um cara pela primeira vez. — Disso?!- A mão dela descia lentamente pelo peito dele. — Quer saber se fiz isso antes? Se fiz várias vezes?- A boca dela roçou no pescoço de Alejandro quente e sedenta. A mão avança mais uma vez sem pedir permissão. — Isso importa?- O sussurro pertinho se mescla ao hálito doce de Kallax. Então ela se afasta dele só para tirar as barreiras que o tecido criava e parecia tão livre que podia ser intimidador ou divertido de olhar cada curva que ela mostrava sem receio. — Acho que você está um pouco vestido demais...- Ela observa as reações dele. Em seguida, segura o cós da calça jeans e abre o botão, e um segundo depois, a boca dela está onde deveria estar. Podia dar bem errado, mas precisava fazer ele gostar de se aventurar com ela e com sorte sairia lucrando ou seria uma foda diferente do que ela está acostumada a lidar.  
    A ruiva usa a língua com divertimento, os dedos ajudam envolvendo tudo e o provocando. Hatsumomo costuma dizer com um sorriso maldoso “Não tem nada melhor do que a sensação da mão de uma mulher em um pau... Eles adoram isso!!” Ela não mentia sobre e Kallax aprendeu rápido como devia fazer. A língua dela entra em jogo com mais vontade, e puta merda, adorava  fazer aquilo e quando o ápice o alcança, a ruiva se afasta ainda sem se vestir. Faz uma carinha doce após tudo como se fosse a criatura mais inocente do mundo. Mas então ela age para dar base aos seus planos. Seu semblante muda, ela caminha até a cama e senta com ar um  tristonho. Não olhou pra ele, puxando uma coberta e o deixando à vontade após aquele momento de prazer. Seus lábios se curvaram num sorriso murcho.  — Tenho que contar uma coisa antes…- A voz saindo em pausa.  — Quando falei que vim pra cá recomeçar eu não tava mentindo…- Só então ela olha pra ele. “Você antes de tudo uma vigarista e depois uma vadia esperta Kallax não cometa o erro de se deixar levar!” Era como ouvir Hatsumomo berrando no ouvido dela agora.  — Eu sou acompanhante…Quer dizer era, eu vim pra cá porque não quero mais dormir com os outros por créditos, mas se tivesse dito antes você não ia entender ou quem sabe o que ia pensar…- O tom choroso. “ Pensa em quando você foi largada na casa de chá sem ninguém pra cuidar de você, quando obrigaram você a roubar, lembra do gatinho que você queria, mas não pode ficar com ele, pensamentos tristes garota!!!” Os olhos ficam marejados, uma vigarista sabia que precisava fazer tudo direito.  — Então se você quiser parar agora vou entender…-  As cartas são lançadas agora, ela não podia correr o risco de ser pega então o papel de puta arrependida podia ser aceito ou ele a mandaria embora no meio da noite. Ela tremeu de verdade agora, lembrando dos sujeitos do portão, eles com certeza saberia muito bem como forçar Kallax a ser cooperativa.





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    Mensagem por Xafic Zahi Qua Ago 17, 2022 1:33 pm


    “Little Cuba. 00h13”

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    Com o término do clipe e as luzes de led apagadas, a escuridão tomou conta do quarto e as expressões de Alejandro, tanto no momento de prazer proporcionado pela ruiva, quanto quando ela o contou sobre sua "ex" profissão, não puderam ser vistas.

    Kallax se sentou na cama e Alejandro a puxou para junto dele. Desta vez, não com intensidade e ansiedade, mas com delicadeza. Abraçou-a com afeto enquanto ouvia o que ela tinha a contar.

    Depois de ouvir, ficou em silêncio. Silêncio o suficiente para confundir a percepção de tempo. Talvez tenha sido cinco minutos, talvez meia hora. Durante esse tempo, ora ele brincava com o cabelo da companheira, ora deslizava os dedos em seu rosto, como forma de carinho.

    Ainda quieto, suas mãos docilmente afastaram Kallax e ele se levantou. A ruiva pôde ouvir o barulho de uma gaveta sendo puxada, provavelmente encaixada em baixo da cama. Um novo som de travas magnéticas foi ouvido, e uma claraboia foi revelada no teto da cápsula, permitindo a luz da noite entrar e iluminar parcialmente o quarto.

    Alejandro estava segurando um roupão masculino azul e ele caminhou em direção à cama. Colocou a vestimenta em Kallax, amarrando gentilmente as duas pontas do cordão em volta do corpo da ruiva.

    Como uma criança arteira, apoiou um dos pés na cama e segurou na ponta da claraboia, pegando impulso para subir e passar por ela. Depois estendeu a mão, para que Kallax o acompanhasse.

    O teto era de laminado preto e parecia sacudir com o vento forte e frio da noite. Os dez andares de casas-capsulas eram suficientes para que ambos avistassem Little Cuba de cima, considerando a pouca altura das casas e prédios do bairro. No horizonte, uma luz laranja podia ser confundida com o nascer do sol, mas Kallax sabia ser apenas a iluminação dos diversos geradores industrial à base de produtos inflamáveis da cidade.

    Spoiler:

    Alejandro se sentou na ponta do teto e fez um sinal para Kallax se juntar e ele. Um gato sem raça definida passou por eles e o garoto brincou com o animal, que por sua vez acabou se acomodando no colo do rapaz.

    - Eu sempre quis abandonar Little Cuba - A voz do garoto era de confissão - Passei parte considerável da minha vida lutando para conseguir e, quando Karry e Synergy deram a oportunidade e as coisas estavam andando, lutei para voltar - O tom de inocência do garoto havia sido substituído por um semblante sério e responsável - Eu tava em Nova Brasília quando meu irmão teve uns problemas. Fiquei sabendo que ele tinha sumido e voltei pra casa, pra cuidar da Madre, mas em Little Cuba ninguém consegue cuidar de ninguém sozinho - Desviou o olhar, com vergonha - Abandonei o contrabaixo e tive que aceitar a adaga - Apontou para um muro abaixo deles, onde havia a pichação Muerto 13 - Madre não gostou, mas ela já tava doente demais pra lutar contra - Suspirou e retomou fôlego para continuar - As pessoas tinham medo dela. Diziam que ela falava com Pachamama. E eu acho que é verdade - Voltou o rosto para Kallax e seus olhos encaravam os da ruiva - Um dia tive que fazer um trabalho que o peso carregarei no meu coração até o dia da minha morte. Nesse dia, quando cheguei em casa, Madre disse que Pachamama sussurrava que eu teria outra chance de sair de Little Cuba. De apagar tudo que tinha feito e ir embora, pra começar algo novo, e também disse que quem me acompanharia para fora daqui também estava tentando olhar pra frente - Afagou o gato, que brincava com seus dedos - Eu também tenho erros do passado, eles me moldam, mas quero que fiquem no passado. Quem tá aqui comigo é a Kallax do hoje - Sua voz naturalmente se tornou um sussurro, acentuando a tonalidade grave. Aproximou-se da ruiva e a beijou suavemente - Então não me importo com seu passado em Nighcity, desde que realmente tenha ficado no passado - Alejandro ficou em silêncio, esperando por alguma reação.


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    Mensagem por thendara_selune Qua Ago 17, 2022 7:03 pm



    Kallax


    🌙🌙🌙


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    Finalmente, depois do que pareceram horas quem sabe foram alguns minutos e a sensação estranha de ter cometido um erro pareciam até pinicar a ruiva. Aqueles gestos carinhosos surtiram um efeito que ela não conseguia nomear.
    “ Que diabos?! Ele não pode ser bonzinho assim?!” Quando ele levantou, Kallax se sentiu confusa. O garoto coloca o roupão nela, aquilo não era o que ela esperava, na verdade, torcia que ele fosse cínico ou até mesmo esperou uma possível irritação, mas por incrível que pareça ele foi gentil. A ruiva ficou boquiaberta. Essa foi a primeira vez que ela era tratada desse jeito, com delicadeza genuína, sem créditos no meio de tudo e isso a fez ficar sem reação por alguns segundos. Os olhos acinzentados acompanham cada movimento dele ainda sem saber que reação deveria ter. “ A vigarista estava dentro de uma armadilha nova e imprevisível?!" Ele se movia com agilidade passando pela claraboia e saindo do campo de visão até que  Kallax pudesse ver ele estendendo a mão. O coração dela disparou, aquela lição não parecia em nada com as que aprendeu com Hatsumomo.


    Tomada por uma curiosidade inquietante, ela aceita o convite. Do lado de fora sentia-se estranha, o vento frio, a noite acima deles silenciosa as luzes tímidas de Little Cuba quase pálidas perdidas naquela escuridão embora ao longe podia ver  dali de cima o horizonte, uma luz  alaranjada que ela queria fingir ser parte de um amanhecer ingênuo. Mas a realidade a prendia, pois eram os diversos geradores  à base de produtos inflamáveis da cidade que pareciam querer mantê-la com os pés fincados em uma realidade crua.


    O olhando ali sentiu os lábios se curvarem em um sorriso desajeitado quando ele a chama para perto. Podia ver que o  gato parecia gostar dele e se acomodava docilmente no colo de Alejandro. A ruiva se sentou ao lado dele, quase colada e ergueu a cabeça para olhar o céu e quando ele começa a falar os olhos dela se prendem nos dele. Nem sequer escondeu a surpresa. Essa é a primeira coisa realmente verdadeira que um cara dizia para Kallax e isso a faz abraçar o próprio corpo. “Eu tava em Nova Brasília quando meu irmão teve uns problemas. Fiquei sabendo que ele tinha sumido e voltei pra casa, pra cuidar da Madre, mas em Little Cuba ninguém consegue cuidar de ninguém sozinho”

    “Você tá sendo idiota menina! Não foi isso que eu ensinei para você!” A voz da mentora talvez fosse a imaginação dela falando ou quem sabe estava sendo movida por um sentimento sem nome que a fazia captar as emoções que vibram nas palavras dele. A garganta dela parece inchar e se fechar, então pigarreia. Escutando ele falar tão abertamente a fazia sentir o coração pesado, já conversou com clientes, mas nunca se deixava sensibilizar, sempre eram negócios e no geral a conversa era encurtada por um pedido pervertido em seguida. Em um momento a inocência dele é reforçada pela dose de vergonha em admitir aquilo. “ Não poder cuidar de quem se ama deve ser devastador especialmente quando se admite que não rola em fazer isso sozinho.” O pensamento dela parecia de alguma maneira alinhar-se ao dele, a ruiva baixava inconscientemente a guarda enquanto o ouvia. “ Nesse dia, quando cheguei em casa, Madre disse que Pachamama sussurrava que eu teria outra chance de sair de Little Cuba. De apagar tudo que tinha feito e ir embora, para começar algo novo, e também disse que quem me acompanharia para fora daqui também estava tentando olhar para frente. “ Ela faz carinho no gatinho até que depois os lábios deles se tocam e ela não consegue entender porque foi contagiada pelos sentimentos inocentes dele. Fechou os olhos, porque é isso ou encarar a boca que pronuncia palavras tão cheias de tudo que ele parece acreditar. “ E eu acredito em quê?!” O contato físico inesperado a obriga a apertar os olhos ainda mais forte. Se sentia tão idiota por não obrigar a si mesma a manter-se fria. Mas, por algum motivo, não conseguia se afastar agora e nem se  mexer. Aliás, até respirar parecia uma tarefa complicada quando ele terminava tudo em “desde que realmente tenha ficado no passado''. Parece que as palavras dele se transformam em punhos que  socam a barriga de Kallax.  Ela se afastou dele e abria os olhos com uma  vontade de chorar, mas ela funga e segura aquilo como se mastigasse tudo que está sentindo. — No começo eu chorei bastante por não ter ninguém que cuidasse de mim de verdade,- A voz dela esconde a emoção, estava se forçando a crer que era uma excelente atriz, mas será que era?  — depois de um tempo eu só queria cuidar de mim mesma e foda-se o resto. As pessoas não se sentem desconfortáveis em pagar para terem o que querem e eu achei que não ia sentir desconforto em fazer isso o resto da minha vida, mas - Ela solta o que pode ser uma mistura de riso e choro baixos. Ela queria acreditar nele ou se perdeu na própria encenação? — se conseguisse acreditar em tudo que você diz, talvez minha vida significasse muito mais para mim do que significa agora. Talvez eu pudesse descobrir quem realmente sou. E não quero mais me esconder de mim mesma. É a pior hora do mundo para ficar sentimental, mas acho que as lágrimas não têm uma fama de timing impecável.- A ruiva fica surpresa consigo mesma, então força um sorriso e joga o cabelo pro lado sem olhar Alejandro. — Estou me sentindo uma idiota. Mal conheço você, mas parece tão natural esse momento,- Nem rastro da garota exalando sensualidade e ousadia de horas atrás. Os olhos delas se fixam por um instante  nos olhos dele, mas depois seu foco se dirige para a boca e ela queria beijar aquele garoto até o dia amanhecer. — Quero beijá-lo tanto que chega a doer, quero mesmo tentar outro caminho, você não tem culpa das coisas, circunstância nos empurram para direções estranhas, mas você tem razão em dizer que os erros nos moldam.- A mão dela acaricia o rosto dele, alguma coisa estilhaçou devagar dentro de Kallax, a surpresa em achar alguém tão diferente dela a fazia enxergar mais ou seria apenas uma jogada para alcançar López aquilo se debatia dentro dela. — Quer arriscar me conhecer melhor?- O tom era inseguro, ela tentou de novo acreditar que estava encenando, mas talvez nem fosse mais isso.






    Obg pelo post  : I love you Tá sendo ótimo deixar a personagem tomar outro caminho hahaha valeu  @Xafic Zahi  cheers



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    Mensagem por Xafic Zahi Qua Ago 17, 2022 9:22 pm


    “Little Cuba. 04h52”

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    Alejandro ouviu com atenção os dizeres da ruiva e por diversas vezes expressou comoção e empatia pelos sentimentos da garota. Segurou com delicadeza as mãos dela que acariciavam o seu rosto e respondeu, com a mão entrelaçada nas dela:

    - Vou adorar conhecer você melhor - Um sorriso inocente preencheu seu rosto e um novo beijo suave foi dado - Eu vou cuidar de você - Ele sussurrou quando os lábios se separaram, para depois se encontrarem mais uma vez.

    Enquanto se beijavam, o gato emitiu um miado e deslizou para entre as pernas da ruiva.

    - O Fubá gostou de você - O garoto observou, com um riso fácil.

    - Quando as coisas se acalmarem, podemos morar em Chiba - Sugeriu naturalmente, dando como certo que estariam juntos no futuro - Fica pertinho de Tóquio e dizem ser receptiva a gente de fora - Deitou no teto da capsula e puxou Kallax para o seu lado. Abraçou-a afetuosamente e uma das suas mãos acariciaram os cabelos vermelhos, enquanto falava.

    Durante as horas seguintes, Alejandro se mostrou conversativo, contando sobre sua infância em Little Cuba, apontando para os terrenos baldios que fugia para brincar com as outras crianças, o primeiro bar que conseguiu entrar com um TAP modificado e até relatou como e com quem ocorreu seu primeiro beijo, mas nada disse sobre eventual primeira relação sexual. Pelo relato, era perceptível que sua vida tinha sido dura, talvez um pouco mais do que a das outras pessoas de Little Cuba, em especial pelo temperamento do seu irmão, qual era mencionado com preocupação e misto de ódio e carinho, e pela enfermidade da mãe, que contou ter falecido há poucas semanas. Mas a forma que o garoto contava as histórias era com uma ingenuidade que não dava importância para as coisas ruins. Pelo contrário, focou muito nos aniversário simples, mas com a família reunida, a primeira vez que andou de VTOL, o primeiro show que assistiu e tudo o que tinha achado de maravilhoso em Nova Brasília.

    Sua mão, que na maioria do tempo se mantinha acariciando o cabelo da garota, por vezes descia até um pouco abaixo da cintura, e ele abria um sorriso de satisfação, mas que também era bobo, para então subir novamente até os fios vermelhos.

    Também se mostrou interessado nos gostos e preferências de Kallax. Embora não tenha perguntado detalhes sobre a infância da garota, por acreditar que seria um ponto sensível para ela, quis saber os locais favoritos dela em Nighcity, o tipo de música que ela mais ouvia, quais eram seus hobbies, se ela aceitaria morar em Chiba e qual outro lugar ela tinha em mente. Depois, insistiu para ela dizer o que gostava de tomar no café da manhã. A cada resposta, ele fazia mais perguntas, demonstrando estar genuinamente interessado.

    Depois de determinado tempo, uma leve garoa começou a cair e Alejandro sugeriu que retornassem para dentro:

    - Não quero vê-la resfriada - Apontou para o roupão, que era a única peça de roupa que ela vestia.

    Deslizou agilmente pela claraboia e, com o pé apoiado na cama, ajudou Kallax a descer da forma que ela se sentisse mais segura. Fubá ameaçou a entrar na capsula, mas acabou desistindo e saiu pulando para os prédios próximos. Com um comando de voz, a abertura no teto se fechou, ressoando o som das travas, mas não houve comando para as luzes de LED se acenderam, de forma que o quarto mais uma vez permaneceu escuro, e as mãos de Alejandro guiaram Kallax para cama.

    OFF:

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    Mensagem por thendara_selune Qua Ago 17, 2022 11:24 pm



    Kallax


    🌙🌙🌙



    “Eu vou cuidar de você” É aquela frase que causa um pulsar elétrico em Kallax. “Tão doce e morno como um fim de tarde despreocupado.” O sentimento a invade enquanto sentia o calor da mão dele entrelaçado-se a dela. O miado do gato a faz olhar pra ele e dava uma risada espantando pra longe o que realmente devia fazer. — Fúba?!- Ela gargalha espontânea. — Que fofinho hein?!- A ruiva deixa o gato se aconchegar  ouvindo Alejandro planejar um futuro e isso a fez suspirar tentada em acreditar naquilo. — Seria legal, nunca me imaginei indo pra longe assim, mas parece ótimo.- Kallax ergue os olhos cinzentos. —  Você era bem  travesso.- Dizia depois que ele falava tanto sobre si. A mão dele vai e vem com delicadeza, quando ele ri ela parecia nem acreditar ser possível encontrar um garoto assim. Ao falar do irmão os sentimentos ficam ondulando, ela prefere não entrar em detalhes sobre isso, gostava do jeito que ele falava sobre a infância, sobre aqueles pedacinhos de si que ele pintava com nostalgia que vibra na voz dele.  — Quando cheguei por lá as coisas pareciam uma aventura, depois enquanto crescia fui aprendendo todo tipo de travessura, roubar doces virou uma arte,- A voz dela é cheia de entusiasmo como se revelasse uma grande vitória naquilo.  — Alguns clubes são legais, em um deles rolou o meu primeiro beijo, mas foi molhado e estranho.- Aquilo foi engraçado ela riu por um tempinho.  — Gosto de caminhar sozinha, além disso, curto alguns quadrinhos, algo bem pessoal não tinha contado isso pra ninguém antes,- Piscou pra ele enquanto a mão desliza sentindo o pelo macio do gato.  — Escuto um monte de coisas, gosto de canções grudentas, de dançar sem parar, de sentir o corpo livre,-  Ela cita algumas bandas velhas com um ar sério.  —  Mareux escuto com alguma frequência, The Neighbourhood, Kalax , Grimes, Roy Orbison e Allie X poderia citar outras, mas vou cansar você e sinceramente prefiro cansar você de outras maneiras.- Seu tom é mais suave e descontraído como se os dois se conhecessem há muito tempo.  

    — Eu como pouco pela manhã, então belisco qualquer coisa, sou péssima na cozinha, mas curto experimentar coisas novas, adoro temperos, cheiro de café parece que anima o mundo inteiro, mesmo se você está sonolento.-  Os olhos cinzentos da ruiva piscam, animação fluida que parece ficar mais forte. — Chiba é legal, é longe, gosto da ideia de ir pra bem longe e quem sabe montar alguma coisa, tenho alguns créditos, mas não sei bem o que faríamos, a gente ta agindo feito bobos?!- Sua expressão é o cúmulo da inocência agora.  Quando a garoa começa ela aceitava a sugestão dele. — Acho que você planejou me deixar só de roupão por outro motivo…- A voz tremendo e uma nova risada cheia de provocação. Os olhos dela ficam olhando o gato pular tão livre e sem pertencer verdadeiramente a ninguém. Assim que os dois entram e  ficam ali no escuro, sentia as mãos de Alejandro a guiarem para cama.

    Ela senta na cama, Kallax  brinca com uma mecha de cabelo, visivelmente nervosa. Isso é desconcertante, não era o plano dela agir assim ou era? Mesmo contrariando o que devia fazer  à medida que o sentia tão perto parecia não lembrar mais da mentora ou do serviço que tinha a levado até ali. O impulso de beijá-lo lateja em seu sangue, e a excitação que paira no ar é intensificada o suficiente para apertar sua garganta. — E então? Vai ser travesso comigo agora?- Sua respiração saiu trêmula. Deixava  escapar uma risada. Ela o guia, para segurar o laço do roupão e o fazendo-o dar um puxão lento. Kallax não deixa ele abrir o roupão por completo. Mas o instiga a deslizar  uma das mãos pela abertura e acariciar com delicadeza a pele nua do seu quadril . Ela treme no instante em que sente o toque. Quando a mão percorre mais uma vez o corpo dela  bem de leve, ela geme baixinho e se aproxima dele. A ruiva então deixa que ele dê um puxão final no roupão, que desliza por seus ombros abrindo de uma vez. O que acontece depois é diferente para Kallax, era real? Era algo que ela não sabia nomear? A sensação toda difere de tudo que já sentiu antes, então aquilo a fazia se deixar levar pelo garoto ali, não tinha mais nada além dele. O escuro ao redor, a garoa lá fora, os sons da cidade se perdendo, as regras que ela tinha, os desejos materiais ficam turvos a cada beijo, a cada som novo e tudo remete apenas aos dois ali. “Roy Orbison - I Drove All Night ” parecia tocar na mente dela a cada batida que seu coração dava, no final das contas ela não conseguiu ser a "vadia má” que Hatsumomo queria.

    OFF: aqui fica ao critério do narrador avançar pro dia seguinte, pra hora do trampo dela no Karry Cool ou qualquer outra coisa maldosa que queira fazer hahaha Twisted Evil cheers

    Não resiste  What a Face



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    Mensagem por Xafic Zahi Qui Ago 18, 2022 8:00 pm


    “Little Cuba. 04h52”

    De Nightcity, com amor.




    Na escuridão do quarto, Alejandro se mostrou mais a vontade e menos ansioso se comparado a horas antes. Era como que se a conversa no teto do capsula e o recente vínculo formado entre eles tivessem tranquilizado o rapaz. No entanto, Kallax podia sentir insegurança nas mãos e gestos do companheiro. A falta de experiência e habilidade ficaram evidentes durante o ato, mas o rapaz tinha boas intenções, de forma que fazia exatamente o que era sugestionado a fazer, da maneira que a ruiva estivesse disposta a instruir e ensinar.

    Adormeceram juntos, com Alejandro acariciando seu rosto.


    *


    Kallax acordou com um barulho de disparo de arma de fogo (sucesso no teste de percepção) e, ao abrir os olhos, Synergy a encarava. Alejandro não estava no quarto.

    - A puta acordou - A voz da rockeira era agressiva. Com um gesto rápido, ela procurou os cabelos da ruiva e os envolveu em suas mãos, depois, puxou com violência na intenção de derrubar a garota da cama. Mas falhou, pois por reflexo, Kallax fez força em sentido contrário, conseguindo evitar o tombo (sucesso no teste de força).

    - Vai, caralho, levanta! Levanta e sai agora! - Synergy segurava um taco de beisebol e o agitava para todos os lados.

    O sol invadiu o rosto de Kallax quando ambas as mulheres começaram a descer as escadas de metal do conjunto de casas-capsula. No térreo, havia um círculo de ao menos 30 homens e mulheres, cuja maioria portava adaga no antebraço.

    Spoiler:

    Há certa distância do círculo, Kallax podia ver somente López, rindo como um fanático. Porém, quando Synergy a empurrou contra aquela gente, forçando-a entrar na roda de pessoas, viu Alejandro de joelhos, de frente para o irmão. Alejandro estava visivelmente machucado. Metade do seu rosto era impossível de ser identificado, vez que estava coberto de queimaduras graves e um globo ocular lhe faltava. Do lado dele, dois copos de papel estavam caídos e o odor característico não deixava dúvida que momentos antes eles estavam cheios de café.

    - AAAAH, TÁ AI! ELA TÁ AI! - López ria descontroladamente, apontando para Kallax - Olha quem chegou para animar as coisas - Ele se aproximou e segurou a boca dela, forçando um bico no rosto da ruiva. Suas mãos eram ásperas e seu gesto era carregado de hostilidade, fazendo que os dentes da garota lhe provocassem diversos cortes no interior da boca.

    - Ela nem apagou os rastros, chefe - A voz era de um homem de aparência ainda jovem e cabelos dourados. Ele estava parado há poucos metros do círculo e projeções holográficas de telas eram feitas - Tem dados desde o encontro em um restaurante chamado Le Bernardin. O histórico mostra que passou pela migração antes de ontem e ficou hospedada na Torre Mersmeyer. Andou a cidade toda com taxi e fez o pagamento de tudo com transferência comum - O loiro parecia curioso e deixou escapar um sussurro - Qual motivo para ela não apagar mascarou os dados?

    Spoiler:

    - Porque ela tinha ele! - López tinha ouvido o questionamento do hacker e apontado para o irmão como resposta para o enigma - Eu tava ligado quando vi no bar. EU NÃO SOU MALUCO, PORRA! Mas cês rodaram, dançaram. Já era, entenderam?! JÁ ERA, PORRA! - O homem ria tanto que espuma de saliva se formava nos cantos da boca.

    López se afastou e voltou para frente do irmão, que, incrivelmente, aparentava estar calmo.

    Com violência, uma terceira pessoa foi jogada no círculo de pessoas. Talvez pela força que foi empurrada, talvez por estar sem seus óculos, a menina caiu com violência no chão.

    Spoiler:

    Zinc hiperventilava, o que a impedia de dizer qualquer coisa, mas seus olhos eram direcionados à Kallax, em uma expressão de dor, medo e confusão.

    - TA AI, OS TRÊS PATETAS QUE PENSARAM QUE IAM GANHAR DE MIM. A PUTA, O TRAÍRA E A ESPERTONA.

    - Tá certo, chefe. Os dados batem, foi ela que olhou os dados do Habanero - O hacker confirmou - Ela pesquisou pelo seu nome e viu seus gastos.

    Era evidente que Lopes já sabia o que tinha sido pesquisado pela garota, mas ouvir a comprovação e olhar pela responsável fez seu sangue subir. Ele correu até Zinc e a segurou pela cabeça, gritando no seu ouvido com todo fôlego que tinha:

    - HANABERO BAR. SEMPER LÓPEZ. $ 27,43 - As palavras foram repetidas diversas vezes, até que um fio vermelho começou a cair dos ouvidos da moça. Ela, por sua vez, tentava intercalar entre o puxar de ar necessário para respirar e os soluços de choro. Suas mãos tentaram tampar os ouvidos, mas foram imediatamente tapeadas por López. O homem havia considerado aquela tentativa como um insulto e o sangue lhe ferveu ainda mais.

    "Hanabero Bar. Semper López. $ 27,43" A cada palavra, López batia a cabeça de Zinc no asfalto. A verdade é que depois da segunda batia, os olhos da garota já se encontravam vazios e sem vida, mas a violência continuou até que um "creck" fosse ouvido entre os gritos do maníaco e sangue transbordasse por seus dedos.

    Nem todas as pessoas do círculo apreciaram a visão. Algumas desviaram o olhar, enquanto outras olharam com expressão negativa, mas sem intervir.

    - Tá pronto? - López questionou o hacker, com um tom calmo, como que se toda sua raiva tivesse ficado no asfalto junto com os pequenos pedaços de ossos do crânio de Zinc.

    - Tá pronto, Chefe - O homem loiro respondeu.

    - Então bota pra começar.

    Ao sinal de López, as mãos de Alejandro, que continuava ajoelhado, começaram a se agitar, em um movimento de vai e vem, batendo no próprio corpo.

    - É assim que traíra morre - A voz de López era carregada de rancor. Ele caminhou até o irmão e deslizou a adaga presa no antebraço de Alejandro para as mãos do garoto. A primeira perfuração teve um toque molhado, como de uma pedra que cai na água, e teve como consequência um pequeno rio de sangue.

    Alejandro olhou para Kallax e tentou falar algo, mas o som não saiu. A boca aberta revelava um buraco negro, com ausência da lingua.

    OFF:

    - E com a puta? Quer brincar? - Synergy perguntou para López com um tom sensual, mas foi repelida pelo homem com um empurrão.

    López caminhou com passos firmes em direção da ruiva, mas não teve a oportunidade de chegar até ela. A sirene de uma viatura tocou e as paredes ficaram coloridas pelo giroflex do veículo. O primeiro guarda que desceu foi o mesmo que havia aconselhado Kallax no dia anterior, um homem negro e encorpado vestindo uniforme de uma empresa de segurança privada.

    - Coé, não recebeu o pagamento? - López encarou o segurança - Cai fora, porra.

    - Não pra isso - O homem apontou para os dois corpos caídos - O pagamento não é pra isso.

    - Casal de namorados - Um membro qualquer da gangue se aproximou - Ele matou ela e depois se matou.

    - E ela? - Quem fez o questionamento foi uma mulher asiática, igualmente vestida com uniforme da empresa de segurança privada.

    Spoiler:

    - A puta que tava com eles - O membro da gangue respondeu, mas quase não teve tempo para dizer a última palavra, dada a força da coronhada da arma da segurança que lhe atingiu o rosto. Seu nariz entortou e jorrou sangue.

    - É acompanhante - A voz da mulher era firme.

    Algumas pessoas do círculo fizeram menção de revidar o ataque, mas López estendeu a mão dizendo que não, e depois encarou o segurança.

    - Geral já tá vazando. É o que o mlk disse, briga de casal e uma pros..acompanhante que não tem nada a ver com a gente.

    - Se não tem nada a ver com vocês e ela estava aqui somente pelo casal, agora morto, então vamos levâ-la conosco - A oriental encarou López - Pegar testemunho, coisa de rotina.


    López encarou os seguranças.

    - Que levem - Fez um sinal e o círculo se desmanchou, com cada pessoa indo para um canto do bairro.

    - Vamos dar uma carona - A segurança se aproximou de Kallax e a ajudou se levantar. Segurou a ruiva pelo braço, não forte o suficiente para ser agressiva, mas com força necessária para ela compreender que não se tratava de um convite que podia ser recusado.

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    De Nightcity, com amor - Página 3 Empty Re: De Nightcity, com amor

    Mensagem por thendara_selune Qui Ago 18, 2022 9:52 pm



    Kallax


    🌙🌙🌙



    DE NIGHTCITY, COM AMOR?






    Adormeceram juntos, com Alejandro acariciando seu rosto, parecia que as horas se arrastariam lentas sem pressa de trazer um outro dia. “ Às vezes é só isso que a gente precisa, um quartinho, o silêncio e aquela quebra de realidade para realmente se sentir vivo.” O pensamento de Kallax deve ter sido influenciado pela normalidade de estar ali sem precisar pensar em mais nada além dos braços daquele garoto.



    💀💀💀


    O sangue inundou o coração de Kallax e, por um instante, ela sentiu um aperto perigoso no peito que urrava enquanto tentava entender o que acontecia ao redor. Alejandro não estava no quarto. Era cadela louca da Synergy. A ruiva precisou lutar para conseguir inspirar e rangeu os dentes sentindo a agressividade da outra. Os olhos acinzentados se fixam no taco de beisebol. Estava com medo, mas ainda assim ergueu o queixo em desafio, uma tentativa de não se curvar diante da outra.



    — Vai se ferrar maluca!-
    Ela retrucou, indignada. Kallax se veste com pressa sentindo a outra em uma vigília. Ela sabia que a piranha estava louca para usar aquele taco. Ao descer a ruiva tenta manter os passos, mas o coração vai acelerando em descontrole quando chegam ao térreo o sol banha o rosto bonito agora vestido com apreensão e o medo. Cada linha de expressão dela reagia quando olha aquele círculo.



    “Por favor, isso não pode tá acontecendo?!”
    O riso de Lopez a deixa arrepiada, sentia o medo batendo forte em seu corpo todo. Quando a forçam a entrar no círculo ela tenta resistir, mas ao ver Alejandro machucado aquilo a quebra em pedaços. “ Eu não devia me importar?! Ontem não devia ser importante, mas é?! Caralho é muito importante!” Os machucados horríveis, fazem o estômago da ruiva revirar, a tristeza e o terror pelo que está vendo fazem lágrimas rolarem reluzindo em suas bochechas agora. Ela sentiu o aroma do café, mordeu o lábio com tanta força e levou uma das mãos a boca tentando sufocar a culpa que transbordava dela “Bobo, ele lembrou do café… O que foi que eu fiz?!”. Nunca esteve preparada para aquilo, Kallax se deixa levar pela atmosfera de violência, de pavor e a culpa que a devoram agora como se pudessem quebrar seus ossos.


    López avança contra ela, parecia louco, como ele podia fazer aquilo com Alejandro? As mãos ásperas apertando-a daquele jeito e podia sentir que ele ia machucá-la muito mais. Kallax o encara com raiva, mas aquilo não o intimidou.


    Um dos caras falava, ela piscava mais de uma vez e os seus olhos ficam arregalados. E que, porra, estava arrependida para caralho. Ouvindo e ouvindo tudo ela sente mais e mais arrependimento que não salvaria os dois agora.


    López está fora de si, talvez sempre estivesse e ela por sua vez entrou em um território que cobra as coisas com sangue. A ruiva se move, queria chegar perto de Alejandro e o faria se ninguém a impedisse, não era pra ser daquele jeito. Antes que pudesse chegar perto ela olha uma outra pessoa jogada ali com tanto força que caia no chão. “Zinc?!” A garota fofa, doce da noite anterior, porque eles a pegaram também?! Logo em seguida ela ia entender o porquê, ela arrastou a garota junto quando a fez pesquisar sobre López.



    — Deixa eles em paz!- Bradou ela, mas era inútil e a ruiva sabia que era culpa dela. O desgraçado agia como se toda fúria do mundo gritasse tanto quanto a própria voz dele. Kallax sentia o pavor queimar seu rosto, ela grunhiu e chorou quando o som alcança seus ouvidos como se fosse ampliado pelo medo que agora a fez tremer. “Zinc ta morta?!”



    Ela ergueu os olhos e seu rosto se contraiu involuntariamente diante do que via. López não estava satisfeito, ele quer mais e mais violência. Ela tenta ir até Alejandro de novo, mas parecia que um abismo imenso se abria diante dela e ele. Os lábios dele se movem, Kallax se agita, tentando alcançá-lo. — Ele não sabia de nada! Ele não sabia, deixa ele em paz…- As palavras dela se perdem no ar, no momento e naqueles olhos do garoto que conheceu na noite anterior.

    “Chiba?! Não tem Chiba para gente porra nenhuma!!!” Aquilo faz ela gritar de um jeito que nem sabia ser capaz. Kallax sente o corpo pesar uma tonelada, queria tanto chegar perto dele e quando escuta a voz de Synergy aquilo a faz sentir raiva. — Desgraçados, doentes do caralho… Ele não tinha culpa… Vocês mataram os dois, mas eles não mereciam isso… Não mereciam…- Disparou, as palavras entrecortadas, tremendo e a fazendo gritar tudo que podia antes que sua voz falha-se enquanto o choro vertia sem parar. Não tem forças para se colocar de pé. Vadia má e estúpida, nunca devia ter passado a noite com ele, não devia ter envolvido Zinc, ela foi ingênua e eles pagaram pelo erro que cometeu. As mãos dela tremem, passando nervosamente pelo cabelo, o grito dela é cheio de raiva de si mesma deformando aquele rostinho bonito.


    Os passos de López são como de um predador raivoso, é chumbo contra um chão de vidro estilhaçando tentando chegar na ruiva, mas o som de uma sirene fazia tudo parar, mas a dor no peito de Kallax não para, só aumenta e ela ergue o olhar o queixo tremendo, lutando para não chorar, mas sem querer desviava o rosto para ver os dois ali no chão. Estavam mortos por sua culpa. Tudo acontecia a sua volta em câmera lenta, o homem negro da noite anterior, López com o peito cheio da própria loucura e ela abre a boca, mas sua voz não saiu mais. A policial questiona, a ruiva nem olha, fica presa aos corpos dos dois, devia ser ela ali e não eles. Ela não recusa de imediato, não tinha força para isso, baixa a cabeça, mas os olhos ainda presos nos dois ali. — Eles não podem ficar ali… Não desse jeito,- A voz embargada em um apelo que nem seria atendido. — Por favor, eles não podem ficar assim…- Ela visualizava os dois mortos naquela rua, como se fossem descartáveis, como se pudessem ser deixados para trás e esquecidos, mas Kallax não vai esquecer nunca tudo que viu ou sentiu com Alejandro. Ela funga, mas seu estado é como o de uma criança que viu coisas que jamais deveria ter visto, como se um pesadelo rompesse a barreira entre o mundo dos sonhos e tivesse explodido diante dela. “ Eu matei eles… Foi culpa minha!”. A ruiva se vira em direção aos dois no chão, quer ir até eles, as pernas se movem sozinhas e havia uma coisa ondulando dentro dela, impulsionado sentimentos diferentes, se antes era só ambição agora tinha mais ardendo e seus olhos brilhantes estavam cheios de ódio.
    Vibe do momento é essa 💀💀💀





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    De Nightcity, com amor - Página 3 Empty Re: De Nightcity, com amor

    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Ago 20, 2022 10:53 am


    “Chicagoland. 10h54”

    De Nightcity, com amor.




    Mesmo com todo o estresse, medo e desespero pela situação, Kallax conseguiu identificar as palavras ditas pelos lábios de Alejandro, segundos antes do garoto ser morto "Devíamos ter fugido juntos pra Chiba".


    *


    A mulher da lei pareceu comovida com o apelo de Kallax sobre os corpos. Olhou para o colega de trabalho, que assentiu com a cabeça, para então soltar o braço da moça. Dessa forma, caso quisesse, Kallax teria tempo para se aproximar e se despedir dos amigos, mas que não foi nada além de poucos minutos, até que a policial asiática a guiasse novamente pelo braço, para dentro da viatura.

    O automóvel seguiu pelas ruas de Chicalogand com as sirenes desligadas e um silêncio tão espesso entre Akemi e Malik que podia ser cortado com uma faca. Kallax sabia os nomes dos agentes da lei por estarem escritos no uniforme.

    - Onde você vai ficar? - Malik quebrou o silêncio. A pergunta era dirigida à Kallax. O homem estava atrás do volante, enquanto sua colega de trabalho estava ao seu lado, no banco de passageiro. Kallax, por sua vez, estava no banco de trás.

    - Como assim onde ela vai ficar? - Akemi pareceu incrédula com a pergunta do colega - Ela vem com a gente. Testemunho. Relatório. Proteção. Nosso trabalho.


    - Onde você vai ficar? - Malik repetiu a pergunta, ignorando as ponderações da oriental.

    - Então agora é assim que funciona? A gente nem tenta mais? - Akemi encarou Malik, esperando por uma resposta, que não chegou - As vezes eu acho que você gosta disso, sabia?! Que você gosta que as coisas sejam assim. Você nem se esforça mais!

    - Não na frente dela - O tom era de desconfiança.

    - Você é uma piada, Malik - Akemi bufou.

    A viatura seguiu para o local que Kallax disse que ficaria e, antes de descer do automóvel, seu TAP notificou o recebimento de um cartão de contato.

    - Eu não sei o que aconteceu lá, mas tenho algumas suposições. Entra em contato comigo quando se recuperar.

    - Akemi... - Malik disse em tom de advertência.

    Akemi ignorou a reprimenda e retirou um revolver do colete tático e ofereceu à Kallax:

    - Para quando precisar. E você vai.

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    De Nightcity, com amor - Página 3 Empty Re: De Nightcity, com amor

    Mensagem por thendara_selune Sáb Ago 20, 2022 4:04 pm



    Kallax


    🌙🌙🌙



    “chicagoland. 10h54”
    DE NIGHTCITY, COM AMOR?




    "Devíamos ter fugido juntos para Chiba".


    Ela pisca mais de uma vez, sentimentos intensos que arrancavam agora do seu rosto toda cor. Estava pálida, a permissão dada pela policial ainda ecoava longe quando conseguiu acertar os passos para alcançar os dois. Kallax chora, deságua em emoções que são cheias de culpa, não que um dia ela tenha acreditado no clichê de final feliz. Gente que nasce como eles não tem isso, mas quem acelerou aquela desgraça foi a ruiva e tinha total consciência disso. Olhando pro que sobrou do rosto dele, sentiu-se irada e os dedos trêmulos deslizam pelo cabelo de Alejandro. “ Minha culpa, desculpa…Não vai rolar ir pra Chiba…” ela queria ficar ali pra sempre quando se virou vendo Zinc seu coração fica tão apertado que parecia que uma mão invisível ia estilhaçar ele de dentro pra fora.

    “A culpa é minha…Estão mortos por minha culpa” As mãos tremem, se pudesse haver um jeito de mudar aquilo, Kallax nunca teria ido a Chicagoland. A policial logo guiava a ruiva pra viatura, durante o percurso ela mordia os lábios com força e as mãos tremiam. O silêncio parecia esmaga-lá, daria tudo para os dois não terem morrido. Viu de relance os nomes no iniforme, o homem negro que lhe deu o alerta na noite anterior se chama Malik, devia ter dado atenção e quem sabe Alejandro estivesse vivo pra fugir pra Chiba com outra garota. “Pachamama hein?! Acho que sua mama não previa que uma puta podia adiantar a viagem…Porra!? No fundo a ruiva queria mesmo que existisse uma força maior, mas no fim nada assim existe, o único milagre que ela sabe fazer é os caras chegarem logo ao fim da transa. “- Onde você vai ficar? - Malik quebrou o silêncio. Ela ia responder, mas as palavras não saíram e  era Akemi que falava em seu lugar. Kallax nem conseguia montar palavras quando ele perguntava de novo ela dizia. — Torre Mersmeyer…Pra onde vão levar os corpos?-  As palavras tremem, quando fala corpos quase sente o ar faltar. Ela parecia engasgar.

    López disse que ele era pago para isso, mas a ruiva não quer questionar nada daquilo, tudo que rolou a deixou sem chão e quando chegam ao lugar os olhos dela parecem opacos. A mulher lhe entrega o revólver e ao mesmo tempo ela recebe a mensagem com o contato de Akemi. — Obrigada…- A palavra saiu baixa, sem força, ela tira o casaco e cobre o objeto. Kallax ainda olha  a viatura, mas parecia que eles não podiam ajudar, os passos dela pelo corredor parecem ecoar, esfrega os olhos com uma das mãos e espera o elevador fazendo esforço pra não cair ali mesmo.

    “Eu tinha de estragar tudo?! No que eu tava pensando?! Porra!!!”
    Ela coloca a arma em uma mesinha de canto, tira as roupas com raiva.  Por um momento, houve tristeza. Depois ira e horas depois a ruiva estava sentindo a água lavar o corpo. Algo dentro dela estava estranho, naquele dia morreram três pessoas. Ela não temia mais a morte. Mas lamentou o fato de que nunca mais beijaria Alejandro, que não esbarraria em Zinc naquele pijama fofo.

    Saindo do banho, ela não se vestiu, olhou a arma ali na mesinha se dando conta que a caixinha de comida chinesa com o desenho de coração e a assinatura da Zinc. Pegou a caixa e a arma. “ Não deve ser difícil, se puxar direito tudo acaba e ficamos quites né Zinc? Será que encontro vocês se fizer isso?”

    Os olhos dela ficam vidrados,  algo arranhado em seu íntimo, uma coisa querendo violência e morte parecia se rebelar enquanto ela olha pra arma. Estava possuída por uma sensação de absoluto desamparo também. Para começar, não sabia com certeza o que fazer, mas não conseguia esquecer Alejandro nem Zinc. Aquilo não podia ficar assim, não podia e ela toma uma decisão que a tirava do transe de aceitar o luto com lágrimas. A ruiva reunia uma coragem que nem sabia que tinha, voltar para Hatsumomo parecia improvável.

    Ela quer um pedaço deles, assim como arrancaram dela duas pessoas que eram boas demais pra morrerem daquele jeito. Quando se veste ela espera um tempo, não dava pra usar TAP, aqueles filhas da puta estariam de olho? Claro, que estariam, mas foda-se eles, a ruiva coloca a arma no bolso interno, ela tentava pensar friamente. “ Aquela piranhuda do caralho e López tem que morrer!” Os olhos cinzentos se estreitam, ela rangeu os dentes, enquanto seu coração parecia pulsar em sua garganta.

    A ruiva respira fundo, horas atrás viu os dois morrerem, agora estava disposta a tentar algo que nunca imaginou ser capaz de fazer. Ela não podia mandar mensagem pra ninguém agora, muito menos usar o TAP, então era como estar nua e ao mesmo tempo vestida de ódio. Quando ela abre a porta, só lhe resta ir atrás de Karry, talvez ainda desse tempo de chegar nele antes de Synergy. Aqueles cretinos deviam estar cheios de si, depois do que fizeram com Alejandro e Zinc. Medo e tirania andam juntos, será que todos estão de acordo em servir um rei louco do caralho? As mãos dela tremem de novo, uma garota comum não aguentaria reagir, mas Kallax não estava acostumada a aceitar regras, se antes era a ambição que a movia agora é a vingança que faz seu corpo ferver.

    ROUPINHA <3:
    OFF:

    1- Ir atrás do Karry antes do clube abrir, provavelmente ficar nos arredores esperando para ver ele chegar. Kallax quer tentar explicar o que houve, mas a real intenção é saber como achar a Syranha bandida.

    2- Agora vamos pra mecânica hahaha sair do prédio atenta para descobrir se alguém a segue e em seguida despistar reconheço que são ações complicadas. Mas pela lógica ela usaria o transporte público para chegar até o clube ou seja ela vai tentar sair antes de casa. Dá pra entender a peripécia que essa arrogantezinha tá querendo fazer?! Não tem muito porque ela ter medo agora, afinal Kallax tá querendo se lambuzar em um prato de vingança e vai fazer de tudo pra chegar nisso. Vou seguir aquele item três que falamos e ver no que dá  Twisted Evil



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    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Ago 20, 2022 6:43 pm


    “Chicagoland. 10h54”

    De Nightcity, com amor.







    "— Torre Mersmeyer…Pra onde vão levar os corpos?-  As palavras tremem, quando fala corpos quase sente o ar faltar"

    - Hospital e cemitério público - Malik respondeu com certa formalidade, não expressando muita comoção pelo estado da ruiva.

    - Sabem se eles tinham plano da Trauma Team? - Akemi perguntou para Kallax. Sua voz era mais atenciosa.

    - Não tinham - O homem disse antes que Kallax pudesse responder - Se tivessem, a equipe para recolher os corpos tinha chegado antes de nós.


    *


    “11h41 - Horário que chegou em Torre Mersmeyer”



    Torre Mersmeyer estava como sempre. O térreo agitado com o entra e sai de pessoas das lojas e restaurantes e o corredor do elevador continuava precisando de manutenção.

    Kallax desceu do elevador no 87º andar e uma mulher de pele negra, batom rosa e cabelo crespo preso em estilo "Maria Chiquinha" de estava sentada em frente a porta do quarto alugado.

    Spoiler:

    Embora o computador tático e a interface de controle ópticos estivessem ligados, sugestionando que a mulher estava concentrada com algum tipo de trabalho dentro do TAP, ela fez um gesto como de quem desperta de um sono profundo quando soou o "bip" do elevador.

    - Você é a Kallax? - Levantou-se segurando os equipamentos e o copo de café - Avisa ela que tô aqui? - Sua voz era cansada e o rosto estava parcialmente inchado de sono, indicando que estava ali há muitas horas.

    “12h51 - Horário que chegou na estação”



    A estação de El-trains não ficava há mais de 10min de distância da Torre Mersmeyer e Kallax fez o que achou adequado para não ser seguida, mas era a primeira vez que a moça andava a pé por aquelas ruas e tudo lhe era novo, de forma que uma atenção especial teve que ser dedicada para não se perder no caminho. Não teve certeza se estava ou não sendo seguida.

    Analisando o mapa colado na parede na entrada da estação, não foi difícil encontrar uma rota via transporte público até o Blood Rock Bar. Os trilhos dos El-trains faziam um nó ao longo da cidade, passando por cada ponto de Chicagoland. Além do mais, Zinc já tinha mostrado à amiga como o transporte funcionava, no primeiro dia que chegaram na cidade. No entanto, embora a logística não tivesse sido um problema, pagar a passagem do transporte foi. Ao cruzar a entrada da estação, o computador local indicou "saldo insuficiente" e um guarda se aproximou.

    Spoiler:

    - $ 3 - A voz saia anasalada e metálica pelo capacete.

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    Mensagem por thendara_selune Sáb Ago 20, 2022 8:27 pm



    Kallax




    DE NIGHTCITY, COM AMOR?


    💀💀💀


    Ainda na viatura


    — Não sei dizer…- Mas Malik é quem confirma as coisas. Depois o pensamento dela ficou preso em uma dimensão cinza. “Sete palmos de terra…”



    “11h41 - horário que chegou em torre mersmeyer”

    Kallax desceu do elevador no 87º andar e uma mulher de pele negra, batom rosa e cabelo crespo preso em estilo "Maria Chiquinha" de estava sentada em frente a porta do quarto alugado.

    A ruiva olha a mulher, seu coração ainda acelerado, seu pulso devia estar um caos. Quando a outra fala com a ruiva ela mantém um ar indecifrável. — Quem quer saber?!- A voz sem calor algum. Ela parecia uma bomba internamente, aquilo era estranho, descoordenado é como se uma coisa fabricada para uma função decidisse confundir o sistema que a fez. “Uma acompanhante é só uma companhia que deve fornecer três coisas: prazer, sigilo e beleza. Os créditos valem o esforço, valem a fantasia e mantém você inquebrável com o passar do tempo, aqui dentro para de funcionar como deve Kallax. - Ela apontava pro próprio coração enquanto bebia um vinho caro.” Essa conversa rolou assim que conheceu Hatsumomo e parecia que ela queria confessar algo, mas seu tom logo soava como se aquelas palavras fossem a chave para atingir o sucesso naquele tipo de negócio. Mas agora a ruiva não consegue seguir aquela lei ou regra, isso a deixa em um caminho novo, violento e venenoso demais. Os olhos delas pareciam perdidos, mas ainda assim repetiu. — Cê quer o que com ela?- A voz dela treme de novo, assim como suas mãos.


    💀 💀 💀

    “12h51 - horário que chegou na estação”





    Aquilo era totalmente novo. Seu ritmo cardíaco ainda parecia carregado de raiva, seus passos eram mecânicos, os olhos ainda perdidos, sem brilho enquanto seguia o caminho lembrando de Zinc. A ruiva se esforça para tentar passar batida, quem sabe notar algo, mas fazia tempo que era acompanhante e já não era afiada como antes. Ela parecia ansiosa, mas quando tentou pagar a passagem "saldo insuficiente". Ela fica paralisada por um segundo ou dois até que percebeu que tinham limpando sua conta. Quando viu o agente de segurança ficou tensa, claro que ficou, mas recua com um sorriso bobo em direção a rua. Ela olha um tempo para movimentação, então se move procurando um bar qualquer ou um possível cliente momentâneo. A raiva de Kallax a deixa faminta, as mãos tremem de novo.” Estou nervosa? É medo que tá fazendo minha mão tremer? Filhos da puta!” Os passos dela em algum momento parecem provocativos, ela olha como quem caça um alvo, precisa de créditos, precisa fazer aquilo, mesmo se não conseguir ela estava decidida a morrer tentando. Seus enormes olhos acinzentados ainda pareciam perdidos, a mente agitada e seu coração apertado. Seu corpo se move como deveria pra atrair, pra camuflar e ser apenas uma acompanhante de novo. Enquanto caminha, Kallax tenta ficar atenta embora a tarefa não fosse simples, a cidade era um labirinto, um mundo novo e dessa vez ela poderia ter gente demais a espreitando.
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    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Ago 20, 2022 10:43 pm


    “torre mersmeyer. 11h42”

    De Nightcity, com amor.







    - Não precisa de grosseria, não! - O tom da mulher tomou um "quê" de hostilidade, mas ela suspirou e falou de forma mais amena - Eu quero falar com a Zinc. Ela falou que passou uma noite aqui com uma tal de Kallax - Os olhos negros da mulher encarava a ruiva enquanto falava - Eu não quero nada de ti, não. Só quero saber se ela voltou pra cá - Suspirou novamente - A gente tá preocupado com ela.

    “Chicagoland. 13h21 - Horário que encontrou o bar sem nome e sem identificação”



    Sem crédito suficiente para pagar a passagem do transporte, Kallax deu meia volta e se dirigiu para ruas da região. Tratava-se da área central da cidade e, como esperado, uma grande quantidade de pessoas iam e vinham e o som de veículos e conversas ocupavam o ambiente. E, como típico da cidade para o horário, fazia um calor opressivo.

    As ruas movimentadas ajudaram Kallax a despistar qualquer eventual perseguidor. No entanto, ela não teve a mesma sorte quanto um potencial cliente, já que alguns transeuntes, homens e mulheres, até olharam para a ruiva com desejo nos olhos, mas que não passou disto.

    Kallax encontrou um bar próximo da estação, sem identificação e nem nome, onde alguns trabalhadores pareciam terminar o almoço, dado o horário. No entanto, nenhuma abordagem direta lhe foi feita.

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    Mensagem por thendara_selune Sáb Ago 20, 2022 11:00 pm



    Kallax




    DE NIGHTCITY, COM AMOR?


    💀💀💀


    Kallax lançou um olhar que parecia aquecer e depois  cruzou os braços como se aquilo soasse bom demais pra ser verdade. — Hum…Olha eu…- A ruiva respira fundo, mas sentia como se o ar queimasse seus pulmões. — Você tem tempo?- Ela deixa os braços caírem. — Vem comigo, a gente conversa no meu quarto se quiser…- Se ela topar as duas vão pro quarto da Kallax.

    💀💀💀

    A ruiva mantinha um sorriso. Mas mentalmente pensava em como as coisas ficaram caóticas, aquilo não a desanima, na verdade era o combustível para permanecer com a ideia fixa de arrancar um pedaço grande daqueles dois. Ela estava destruída, mas isso não a impedia, ela era bonita de um jeito selvagem, não é seguro trabalhar sem uma agenciadora, mas no momento era o que podia fazer.  O cabelo ruivo roçava-lhe os ombros quando ela se movia e seus dentes brancos como leite. Havia brasas ardendo mas de longe eram ligadas a luxúria ou prazer quando saiu do bar. Ela só queria um caminho para que a fizesse beber daqueles dois de um jeito cruel.

    O ar da cidade, o calor, os sons das pessoas presas em seus próprios mundos a fazem sentir como se seus passos estivessem presos naquela cena cena de horas atrás. O casaquinho foi aberto  por ela, seios exuberantes forçavam o tecido do top. “ E pensar que tava delirando em sair dessa vida e agora é minha opção de pagar uma passagem.” O sorriso dela é maldoso nos lábios róseos.



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    Mensagem por Xafic Zahi Sáb Ago 20, 2022 11:34 pm


    “Chicagoland. 10h54”

    De Nightcity, com amor.








    - Na verdade não tenho. Tô aqui desde o final da madrugada e matei a manha do trabalho. Tenho que aparecer lá agora a tarde ou já era. - Retira os controle óptico do rosto (aquele "monóculo" da foto dela) - Olha, só me fala se ela voltou pra cá ou não. Se não voltou, a gente já resolve isso e eu aviso o pessoal para continuar tentando rastrear.

    “Chicagoland. 15h21 - Horário que saiu do estúdio de tatuagem”



    Mesmo que em um primeiro momento a sorte não lhe mostrasse o rosto, Kallax permaneceu com seu objetivo. Quando passava em frente a um estúdio de tatuagens, o casaco aberto somado ao sorriso sacana pareceu fazer efeito.

    Depois de uma abordagem inicial, Kallax foi convidada a entrar no estabelecimento pelo rapaz de aparência um pouco mais velha do que ela. Uma vez dentro do local, um casal de senhores de idade abriu um enorme sorriso ao ver a ruiva.

    Tratava-se do casal idoso que Kallax tinha atendido na sua última semana em Nighcity, antes de viajar à Cidade Livre de Chicago. Com altas recomendações do casal, que alegaram estar no estúdio para "curtir a vida", as portas do estabelecimento foi fechada, para uma festa particular, e Kallax foi a estrela do entretenimento.

    O serviço durou aproximadamente duas horas e todos ficaram satisfeito, pagando o valor acordado de $ 300,00 e um bônus de $200,00, totalizando $ 500,00.


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    Mensagem por thendara_selune Sáb Ago 20, 2022 11:47 pm



    Kallax




    DE NIGHTCITY, COM AMOR?


    💀💀💀

    Ela abre a porta e deixa a outra entrar. — Vocês são amigas?- Kallax senta na cama, mas parecia que ela ia afundar a qualquer momento. — Ela passou a noite aqui, mas depois me disse que ia encontrar com amigos…Olha sinto muito, a coisa toda é uma merda, não sei como vou dizer, mas pode ter certeza que vou tentar fuder com eles…- A ruiva treme de novo e de novo como se estivesse prestes a explodir. — Pedi pra Zinc achar alguém, fui burra, muito burra então eles a acharam, eles…- A mandíbula da ruiva trava. As mãos tremem então ela as esfrega no lençol da cama tentando controlar a vontade de chorar. — ela foi morta pela Máfia Mexicana hoje cedo em Little Cuba,- Kallax sente de novo como se o ar lhe faltasse e a cena toda volta. É um filme cruel que passa diante dos olhos frame por frame. — o líder deles fez isso, não pude evitar e sei que a culpa é minha, ela nem tinha como saber a merda toda que ia rolar…Mas eu juro que não fica assim, você não precisa nem olhar pra mim de novo, sinto muito e sei que isso não basta…Mas eu vou dar um jeito…- A voz dela tremeu.
    💀💀💀


    Os passos dela a fazem esbarrar com o mesmo casal, pelo menos eles eram normais e Kallax não estava em posição de pensar muito sobre. Quando tudo acabou, ela parecia morrer mais um pouco, um pedaço dela ficou naquele estúdio, era estranho como uma noite tão inocente mudaria a ruiva. Ela volta à estação, queria encontrar Karry antes da piranha louca. Ela sente a pele fria, o seu rosto não expressa muito quando finalmente chega na estação e consegue pagar a passagem. A ruiva fungou de novo, mas não chora e segue em direção ao clube.
    Vibe do momento é essa 💀💀💀







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    Mensagem por Xafic Zahi Dom Ago 21, 2022 6:43 pm


    “Chicagoland. 10h54”

    De Nightcity, com amor.








    Kallax abriu a porta do quarto e se sentou na cama. A mulher, por sua vez, permaneceu de pé, encostada no batente. Ela ouviu com atenção as palavras da ruiva e, quando é comunicado que Zinc estava morta, seus olhos ficaram marejados. Sua expressão e os olhos profundos e distante revelavam que ela não prestava atenção no que foi dito depois, embora a cabeça fizesse movimento automático de confirmação.

    - Que jeito?! - Um meio sorriso foi dado, para mascarar a dor - Tem jeito? - Ela encarou Kallax e seus olhos revelavam uma ponta de esperança que a resposta fosse "sim". Passou as mãos no rosto para enxugar as primeiras lagrimas. Virou as costas e deu alguns passos em direção ao elevador. Parou e ficou ali por alguns segundos, até voltar à porta do quarto - Porque? Porque mataram ela? - Não tentava mais conter as lagrimas e a expressão de pesar.

    “Chicagoland. 15h50 - Horário que chegou no Blood Rock Bar”



    O intervalo do El-Train era curto e, assim Kallax que chegou na estação, em aproximadamente 3 minutos o transporte se posicionou na plataforma de embarque. Foi uma viagem relativamente tranquila e, depois de 25min sentada no banco desconfortável do El-Train, Kallax desembarcou na estação principal de Korea Town.


    *


    Kallax foi atendida pelo próprio Karry, que estava vestindo a mesma roupa de ontem, indicando que não tinha saído do bar desde então.

    Karry:

    - Aee, chegou cedo. Gostei de ver - Andou em direção à pista do clube. Algumas pessoas estavam em cima do palco, com guitarras, contrabaixo e bateria. - Tô dando a geral com o pessoal de como deve ser hoje, mas o Cipher ai vai ensinar os lances para você.

    - Tu é a famosa Kallax, então?! - Um homem de cabelo black power e óculos com neon vermelho piscante se aproximou da ruiva. Um sagui estava acomodado no seu braço

    Cipher:

    - Bora agitar uns destilados - O tom era carregado de sotaque francês e o homem andou até o bar da casa, que ficava ao lado do palco.

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    Mensagem por thendara_selune Dom Ago 21, 2022 8:06 pm





    Kallax



    E se você deseja nunca morrer
    Baby, conecte-se, faça o upload da sua mente
    Venha, você nem mesmo está vivo
    Se você não fez o backup de si em uma unidade...




    _______________________________________________________________________

    💀💀💀

    Kallax prende a respiração. — Ah, merda! - Ela exclama. Sentada na cama era como se uma chuva de pedras a atingissem. — Se tiver um jeito pode acreditar que eu faria qualquer coisa para ajudar, mas não sei…Mas quero um pedaço de quem fez isso,- Eles morreram porque a ruiva foi descuidada e arrogante. — Ela não merecia aquilo, ela me fez um favor em achar um cara e como disse ele é líder da máfia que comanda Little Cuba, o assunto é perigoso e um amigo especial também pagou pelo meu erro hoje…- A ruiva imaginou mil coisas, se tivessem de olho nela, acabariam achando os amigos de Zinc? — Eles vão levar o corpo dela e de um amigo pro hospital, depois cemitério e aí…- E aí à terra silencia os mortos e ela fica para trás tentando dar o troco, mas como vai fazer isso?  O pensamento se fragmenta enquanto Kallax vai até à moça para abraçá-la, enquanto funga de novo, mas dessa vez não consegue segurar o choro. — Sinto muito… de verdade, se pudesse voltar no tempo… Mas não posso.- Ninguém pode retroceder, o que restava era usar a raiva para impulsionar seu desejo de vingança.


    💀💀💀


    “chicagoland. 15h50 - horário que chegou no blood rock bar”


    "- Aee, chegou cedo. Gostei de ver - Andou em direção à pista do clube. Algumas pessoas estavam em cima do palco, com guitarras, contrabaixo e bateria. - Tô dando a geral com o pessoal de como deve ser hoje, mas o Cipher ai vai ensinar os lances para você."



    — Karry! - Exclama. Seu coração se abre como uma rosa-vermelha. — Preciso falar contigo agora e…- Antes de poder dizer mais alguma coisa ele anda mais um pouco e ela é abordada por outro homem. O coração dela acelera com medo, mas ela finge calma.

    — Oi!- Olhou do homem pro sagui, depois disse em um fio de voz. — A gente pode agitar depois, quero acertar umas coisas com o nosso chefe antes.- Forçou um tom bem-humorado. Talvez os olhos dela a traíssem, o nariz ficava vermelho e logo usou o dorso da mão para esfregá-lo. “Não chore, ela diz a si mesma. Agora não é o momento Kallax. Não pode desmoronar agora.” A mão dela treme, a ruiva tenta disfarçar mas ainda assim toca o pulso de Karry com um olhar suplicante.


    Xafic Zahi
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    Mensagem por Xafic Zahi Qui Ago 25, 2022 11:50 am


    “Chicagoland. 10h54”

    De Nightcity, com amor.








    - Nós éramos próximas desde crianças - a mulher respondeu o questionamento feito minutos atrás - Acho que a primeira vez que nos separamos foi quando ela teve que ir pra Nighcity, há alguns meses - passou as mãos pelo rosto, enxugando as lagrimas - Falei para ela ter cuidado por lá. Era a primeira vez que ela ia ta sozinha, sabe? E no fim, foi morta aqui. Piada de mal gosto dessa droga de vida - A voz expressou raiva, mas da situação e em forma de desabafo, e não de Kallax.

    O led do controle óptico que segurava nas mãos piscou duas vezes. Ela ignorou e continou olhando para Kallax. Abriu a boca para falar, mas o led piscou mais duas vezes e ela se deu por vencida.

    - Tenho que ir, senão perco essa droga de emprego - O tom de choro foi sobreposto por um longo suspiro.

    O TAP de Kallax notificou o envio de um cartão de contato "Monáe".

    “Chicagoland. 15h50 - Horário que chegou no Blood Rock Bar”



    Cipher só sacudiu a cabeça em sinal positivo e deu meia volta, para se juntar ao pessoal do palco. O sagui pulou do seu braço para uma das caixas de som.

    - Cóe é, Kallax? Vai dar pra trás não, né? - Karry se aproximou, segurando um copo de bebida, e faz um aceno com a mão, para a bandar continuar sem ele..

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    De Nightcity, com amor - Página 3 Empty Re: De Nightcity, com amor

    Mensagem por thendara_selune Qui Ago 25, 2022 5:06 pm





    Kallax



    E se você deseja nunca morrer
    Baby, conecte-se, faça o upload da sua mente
    Venha, você nem mesmo está vivo
    Se você não fez o backup de si em uma unidade...




    _______________________________________________________________________





    DE NIGHTCITY, COM AMOR?



    — Sinto muito…- Kallax não encontra qualquer palavra que possa expressar verdadeiramente seu arrependimento. Seus olhos ficam fixos na moça, mas sua mente a fazia reviver tudo de novo de maneira fragmentada como se estivesse vendo a cena de fora. Não importava o ângulo que usasse em todos era culpada pelo que aconteceu. Sua raiva a fazia abrir e fechar as mãos como se pudesse agarrar algo. — Se você quiser ajudar, quem sabe tenha um jeito de causar problemas ao cara que fez isso, mas se quiser virar a página e seguir adiante, ainda assim saiba que vou fazer o possível para causar o inferno na vida de todos eles…- A ruiva nunca foi uma criatura violenta,  mas agora sentia as mãos tremerem e como se algo pesado fizesse pressão em seu peito. Um tic-tac mental começava e ela queria fazer López e Synergy arderem diante dos olhos de todo mundo naquele bairro.

    O TAP da ruiva a chama de volta e podia ver o cartão de contato de Monáe enquanto o caminho das duas se separava temporariamente ou não.


    💀💀💀

    “Chicagoland. 15h50 - horário que chegou no blood rock bar”



    Assim que Cipher se afastou era a vez da ruiva puxar Karry, os passos dela pareciam pesar ou o chão parecia afundar não dava para saber se era coisa da sua cabeça, mas era assim que se sentia. Quando chegam a um canto mais afastado ela segura o rosto dele com às duas mãos. — Alejandro tá morto…- Os seus olhos acinzentados marejaram. Havia cautela e respeito.  — Antes de me enxotar daqui, escuta o que vou dizer. - A voz cheia tensão parecia pesar nos ombros de Kallax. Então ela solta o rosto dele com delicadeza. — Ontem a noite eu tava com uma ideia só ganhar o suficiente pra deixar de ser acompanhante, antes achei que poderia passar o resto da vida abrindo pernas, engolindo porra, mas as coisas não são simples…- A voz dela falha, mas Kallax segura o choro.— Há alguns meses, a empresa de um cliente enviou um carregamento de matéria-prima para uma filial-laboratório em Chicagoland. Eles tinham pressa para que o material chegasse na mão do cientista-chefe, pois a pesquisa estava chegando ao fim e os testes conclusivos estavam sendo realizados. Então recorreram a um contrabandista- Balbuciou irritada. — Acontece que o tal contrabandista recebeu uma oferta maior de uma gangue local. Juntos, além de não entregarem a mercadoria, saquearam a filial-laboratório, inclusive a fórmula desenvolvida pelo cientista.-A ruiva grunhiu frustrada. — Como eu odeio esse filho da puta do López ele ta com informação que meu cliente quer, mas o cara tem um software-bomba e me contrataram para conseguir o que um bando de torturadores não conseguiram…Parece que pensaram que meu corpo podia dobrar o doente do López...Mas tudo deu errado!!! Eles mataram o Alejandro , a Zinc e rasparam minha conta e vão fazer pior se souberem que estou conversando com você! A porra dos créditos pouco me importa agora... Só quero dar o troco!!!- O sorriso dela é cheio de desgosto.  Os  músculos do seu rosto ficam tensos logo depois. — Ontem a noite eu senti algo real,- A voz dela  treme. — Aquele garoto foi o mais perto que cheguei de uma fuga pra outro lugar, vai soar clichê ou falso, mas eu queria ter morrido no lugar dele e da Zinc que só queria me ajudar e acabou morta por minha culpa. - Ela grunhiu frustrada, deslizando os dedos pelo seu couro cabeludo ruivo. — Não tenho como voltar no tempo, só posso ao menos tentar no presente tornar a vida do López e da Synergy um inferno…- Kallax  bagunçou o seu cabelo ruivo nervosamente e ficou encarando Karry temendo que ele a expulsasse dali . — Não posso obrigar você a nada, nem acreditar em mim, mas vou fazer alguma coisa contra eles e quero saber onde acho aquela puta traiçoeira!-

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