Sharla escreveu:"Por favor, compartilhe conosco mais informações sobre Petre Teodorus, o burgomestre de Immol. Conte-nos sobre seus interesses históricos. Dê-nos uma pista," implorei. "Toda informação será de grande valia."
O sumo-sacerdote Helmar respondeu lentamente, tentando reunir suas memórias:
- Eu nunca nem sequer o vi, e tudo que sei é pelas notícias dos viajantes, especialmente sacerdotes peregrinos. Parece um fato de que ele realmente é um aficcionado pela história da Baróvia em todas as suas fases e está sempre à procura de informações. Dizem que ele é bastante ciumento e criterioso com quem permite que acesse sua biblioteca, mas acho que se apresentar como uma estudiosa acadêmica pode dar certo, trovadora élfica. Mas tenham cuidado, pois já ouvi relatos de que ele é fiel ao Conde Strahd; isso parece lógico, afinal ele não continuaria a ser um burgomestre se não fosse leal...Alheios à conversa, Krossis e Oktai ficaram alertas de repente a uma palavra anteriormente mencionada.
Krossis escreveu:"Ritual de purificação? Desculpem falar disso no fim da conversa, mas qual a intenção disso? Vocês querem curar o Conde?"
Foi Helena quem respondeu:
- Não, companheiro druida! Se conseguirmos exterminar o mal, será melhor, mas há muitas vítimas de vampirismo ou maldições que poderiam se beneficiar de um ritual como este. Deve ser do interesse de Strahd manter uma coisa assim longe das mãos de quem possa se opôr a ele. E tudo que pudermos fazer para enfraquecer o poder do Conde seria um bom feito. Krossis escreveu:"Immol pelo mapa é bem longe. Se lá conseguirmos informações relevantes, seria de grande valia. No entanto, concordo em nos prepararmos melhor com água benta, estacas e outras coisas úteis contra vampiros e outros tipos de mortos-vivos. Passaremos a manhã cuidando disso e, se der, à tarde partiremos. O que me dizem?
Helmar acrescentou:
- Nunca se pode estar preparado demais. Vocês fariam bem em reunir tantos recursos quanto puderem...Enquanto os companheiros de jornada estão imersos em uma conversa séria com o sacerdote Helmar no Santuário da Luz Matinal, uma tensão palpável paira no ar. A luz suave das velas ilumina o recinto sagrado, destacando os rostos preocupados dos aventureiros.
De repente, um raio de sol invade o santuário através de uma janela alta, dissipando as sombras que dançavam nas paredes. Em meio à luminosidade, uma figura esbelta e familiar emerge, sua silhueta contornada por um halo dourado. Os olhares dos presentes se voltam para a entrada, e lá está ela - Arthiel, a ranger elfa que havia desaparecido misteriosamente nas brumas da Baróvia.
Seus cabelos élficos, agora iluminados pelo sol, brilham como fios de cobre, e seus olhos, antes perdidos na escuridão, estão cheios de uma luz resoluta. A elfa avança com graciosidade pelo santuário, seus passos silenciosos ecoando apenas levemente.
Helmar, o sacerdote, interrompe sua conversa e ergue as sobrancelhas em reconhecimento. Um sorriso sutil brinca nos lábios do sacerdote, como se ele soubesse de algo além do que os outros presentes podem compreender.
Arthiel para diante dos seus amigos, seus olhos varrendo o grupo com uma expressão que mistura gratidão e determinação. Seu silêncio é eloquente, mas sua presença fala volumes. A atmosfera no Santuário da Luz Matinal torna-se carregada de emoção, enquanto o raio de sol continua a iluminar a cena, como se a própria luz celestial aprovasse o retorno da elfa perdida.
Enquanto o grupo ainda estava se recuperando do retorno repentino de Arthiel, a atmosfera solene foi quebrada pela entrada apressada de uma jovem de aparência destemida. Seus olhos, marcados por um misto de urgência e preocupação, examinaram rapidamente os presentes até que encontraram os aventureiros reunidos. A jovem avançou com determinação em direção ao grupo. Seu manto escuro balançava enquanto ela se aproximava, e um leve tilintar em seus bolsos ressoava no ar. Ela fez uma breve reverência respeitosa ao sacerdote Helmar antes de se dirigir aos aventureiros.
- Por favor, nobres viajantes, preciso desesperadamente da vossa ajuda. Eu sou Antonija Hajdusa, líder de um grupo que trabalha nas ruas de Teufeldorf. Meu companheiro, Viktor Lutov, e muitos dos nossos associados desapareceram nas sombras da cidade, e temo que algo terrível possa estar acontecendo. Nosso trabalho sempre foi deslizar pelas sombras da cidade, mas recentemente as sombras se tornaram mais densas, mais perigosas.Ela pausou por um momento, respirando fundo antes de continuar.
- Eles desapareceram sem deixar rastros. Não foram presos pelos soldados de Strahd, já procuramos por eles em todos os lugares. O que antes era uma cidade onde podíamos operar nas ruas com certa segurança tornou-se um lugar sombrio e ameaçador. Teufeldorf está à beira do caos, e suspeito que algo muito sinistro esteja acontecendo nos becos e vielas que conhecemos tão bem.Os olhos de Antonija encontram os do grupo, buscando compreensão e, talvez, um sinal de esperança.
- Não sou uma mulher que se assusta facilmente, mas peço a sua ajuda. Se há alguém capaz de desvendar este mistério e trazer de volta nossos amigos, são vocês, aventureiros destemidos. Por favor, nos ajudem a trazer luz a estas sombras que ameaçam engolir Teufeldorf.