KRYSTOPHOR, DENNA & OKTAIKrystophor experimentou empurrar a porta, mas ela estava barrada do outro lado, de modo que ele teve que bater com a aldrava.
O som da peça metálica batendo provocou um eco estrondoso que ressoou tanto no interior da catedral quanto na rua escura e nevoenta.
Passou-se um longo momento antes que uma janela no segundo andar se abrisse e um homem velho e sonolento colocasse a cabeça para fora.
- Spoiler:
- Quem são vocês? O que querem a essa hora da noite?Após a identificação, talvez devido ao emblema do Senhor da Manhã que Krezkov ostentava, o sacerdote pediu que esperassem e fechou a janela.
Um longo tempo se passou até que a porta se abrisse, dando passagem ao clérigo já trajado num manto sacerdotal. Havia um leve brilho ao redor dele, que Krystophor sabia tratar-se de uma magia de Proteção contra o Mal.
- Sou Helmar Mastarov, grão-vizir do Santuário da Luz Matinal. O que posso fazer por vocês?Não passou despercebida a postura do clérigo, que se manteve na frente da porta, ainda dentro do edifício, sem convidar o trio de visitantes noturnos para adentrar o interior.
KROSSISKrossis caminha silenciosamente pelos corredores empoeirados da estalagem vazia e deserta. O chão range sob seus passos, e o ar está impregnado com o cheiro de mofo e abandono. Apenas um fraco raio de luz entra pela janela, criando sombras escuras que dançam nas paredes de madeira carcomida.
Ele move-se com cautela, olhando para os lados, sua respiração lenta e controlada. Seu coração bate forte, pois ele sabe que algo está errado neste lugar abandonado. A estalagem, outrora um local de alegria e encontros, agora parece um túmulo esquecido.
Krossis pára diante de uma porta entreaberta, o silêncio perturbador parece esmagá-lo. Ele empurra a porta devagar, revelando um quarto desarrumado. A cama está bagunçada, como se alguém tivesse saído às pressas. No chão, vê traços de poeira e pegadas, sugerindo que alguém passou por ali recentemente.
Sua busca continua, os olhos atentos aos detalhes enquanto ele explora cada canto sombrio da estalagem. O silêncio é interrompido apenas pelo som ocasional de um vento uivante passando pelas janelas quebradas. Cada som, cada sombra, faz com que Krossis fique mais alerta.
Ele se aproxima do saguão principal, onde uma lareira desmoronada fica como uma testemunha do tempo passado. Uma porta ao fundo chama sua atenção, rangendo quando ele a empurra. Lá, uma sala escura está cheia de objetos empoeirados e móveis cobertos por lençóis envelhecidos. Um espelho quebrado reflete um vulto irreconhecível.
Krossis continua sua busca, cada vez mais desconfiado e inquieto. Ele sabe que está se aproximando de alguma resposta, mas o mistério da estalagem vazia e deserta está longe de ser desvendado. Cada suspiro do vento parece sussurrar segredos há muito tempo guardados, e o silêncio da estalagem o envolve como um manto gélido.