- Denna & Krystophor:
Dasdingou tinha se separado de Denna e Krystophor para procurar seu parceiro de longa data, o desaparecido nas brumas Jack. Assim, a ranger e o sacerdote foram apenas em dupla à cidade de Mortigny.
Mortigny era uma cidade menor que as grandes metrópoles da |Terra das Brumas, mas ainda assim era uma povoação bem maior que a pacata Mordentshire. Estava localizada no sul de Richemulot, e tal como acontecia com as cidades de Richemulot, era um nexo de comércio, mas seu artesanato também era digno de nota. A influência e o incentivo da nobreza sobre o mundo das artes eram particularmente notáveis, embora a razão desse incentivo estivesse em um jogo constante por status e poder ainda mais intrincado e obscuro que o de Pont-a-Museau. Felizmente, a separação de Mortigny da esfera de poder da regente Jacqueline Renier geralmente eliminava a natureza fatal de tais disputas por prestígio. Denna e Krystophor descobriram rapidamente que poderiam ser usados como peças nesse jogo e procuraram se manter neutros.
Eles não conseguiram encontrar a remetende do pedido de ajuda, e ao perguntarem sobre ela, foram informados que ela partira sem avisar e sem informar seu destino.
Enquanto pensavam sobre o que fazer como próximo passo, eles receberam uma mensagem num pergaminho trazido por um corvo. A carta era de Gennifer Weathermay-Foxgrove:
"Prezados colaboradores,
Por favor, interrompam o que estiverem fazendo agora e rumem imediatamente para a Estalagem da Lanterna Esmeralda, nos arredores a leste de Chateaufaux. Estaremos à sua espera para transmitir informações de máxima importância."
A mensagem era curta e não trazia informações comprometedoras, mas acentuava a urgência do comparecimento.
Sem mais objetivos a cumprir, restou a Denna e Krystophor colocarem-se a caminho do ponto de encontro.
- Oktai Ide:
Quando Oktai foi envolvido nas Brumas, ele se viu deixado num agrupamento de ilhas, que ele veio a descobrir que se chamava Rokushima Tayoo.
Durante meses, ele vagou pelos vilarejos dos rokuma e passou a conhecer a história daquele novo lugar: um xogun chamado Haki Shinpi teve seis filhos, e tinha dividido seu império em partes iguais entre eles. Mas após sua morte o arquipélago mergulhou numa guerra fratricida pela sucessão do império, sem que nenhum deles quisesse reconhecer o direito dos outros. E desde então as ameaças sobrenaturais se mmultiplicaram por todas as partes das ilhas, tanto de samurais mortos quanto de plebeus massacrados, que voltavam como fantasmas, zumbis, carniçais e outros tipos de mortos-vivos.
Além dos horrores normais da guerra e das aberrações sobrenaturais, Oktai percebeu que os conflitos causavam ainda outro efeito assustador: dois dos filhos em guerra foram mortos, e na sequência a seus passamentos, suas ilhas submergiram no mar, e agora restavam apenas 4 das 6 ilhas do nascente originais.
Certo dia, Oktai encontrou aventureiros gaijin, vindos de lugares além das muralhas de brumas que circundavam o mar das ilhas. Eles eram liderados por um paladino chamado Oliver Allard, servo de uma divindade chamada Ezra, de quem Ide nunca ouvira falar.
O paladino pacientemente lhe explicou que Rokushima Tayoo era uma ilha no meio das Brumas, apenas uma dentre muitas outras ilhas. Algumas ilhas às vezes se juntavam em aglomerados. E mais antigo que as ilhas, havia um Núcleo com várias terras unidas ao redor de um anel de brumas continental, onde se encontravam os mais poderosos seres daquela dimensão.
Ainda procurando rastrear seus antigos aliados e adversários, Oktai Ide aceitou o convite do paladino para segui-lo para o Núcleo, onde aliados do guerreiro sagrado poderiam fazer bom uso das habilidades do samurai. E assim ele cruzou um caminho nas brumas novamente...
- Krössis Vögher:
Após sua guerra contra os demônios e ser abduzido pelo nevoeiro místico, Krössis viu-se numa terra muito diferente. Nos meses seguintes, ele exploraria o lugar, aprendendo mais sobre suas características.
O lugar se chamava Sithicus e era um reino élfico em ruínas, talvez o único domínio da Terra das Brumas povoado essencialmente por inumanos. Conforme esperado, é uma região de florestas intocadas onde os galhos espessos e cheios de folhas bloqueiam a luz solar. Essas áreas selvagens eram traiçoeiras e superdesenvolvidas, e exalavam constantemente um odor úmido de podridão e o cheiro adocicado e enjoativo de resina. As sarças e urtigas formam emaranhados densos e o chão das florestas era escorregadio, em função dos musgos e folhas aparecidos. As heras manchadas e as samambaias cinzentas preenchiam todos os lugares vagos e estanques de água fétida acumulavam água nas depressões. Muitos troncos caídos estavam recobertos pela vegetação, incrustados com fungos rosados e venenosos. Os planaltos rochosos que se espalhavam na floresta serviam de ninhos para águias vermelhas formidáveis. O Rio Musarde e seus afluentes percorriam com suavidade o terreno irregular do domínio .
Quase no centro do país, encontrava-se a depressão escarpada batizada de Grande Abismo. Pouco além desse desfiladeiro, erguia-se um pico sombrio que abrigava as ruínas do Forte Nedragaard, a fortaleza do anão tirano do reino, ao redor do qual corvos giravam desesperados em torno dos escombros gigantescos. Alguns elfos juravam que já avistaram sombras lamentosas vagando pelas ruínas durante a noite.
A arquitetura elegante do local já fora estimada pelos elfos, mas atualmente os povoados do reino estavam descroçados. As maravilhosas florestas élficas e as construções de cristal estavam negligenciadas e cobertas por ervas daninhas. As torres de madeira viva e retorcida jaziam maculadas pela bílis e a podridão dos insetos, e os jardins estavam repletos de cardos e sarças. As estradas que uma vez brilharam contra o céu noturno, eram agora escuras e arruinadas. As bibliotecas arcanas se desfaziam lentamente devido ao mofo e as traças, embora os magos élficos aparentemente não se importassem com o fato. Templos dedicados a deuses esquecidos jaziam carbonizados e esquecidos, como se um relâmpago tivesse golpeado cada um deles, e seus nomes sagrados jaziam profanados.
O clima em Sithicus era temperado e ameno. Embora o sol fosse impiedosamente forte durante os meses finais do verão, os elfos se abrigavam debaixo das sombras frescas da floresta.
A maioria avassaladora dos sithicanos era composta por altos elfos, embora todos falassem um idioma úniço. Com o passar dos anos, os mercantes e artesãos humanos de Kartakass se estabeleceram em Sithicus, muitas vezes relacionando-se com integrantes das casas élficas mais pobres. Dessa forma, existia uma população crescente de meio-elfos no domínio, embora as famílias mais prestiogiosas desprezassem esses proscritos. Certos rumores insistiam que havia uma vila minúscula de halflings nas Colinas de Ferro, a nordeste, mas os elfos consideravam a região assombrada.
Os elfos sithicanos eram um povo desagradável e soturno em comparação aos altos elfos encontrados em outros lugares da Terra das Brumas. Suas roupas eram simples e as cores preferidas eram branco, bege, cinza e verde acinzentado. A profunda adoração pela natureza e pela beleza não existiam entre os sithicanos e tinham sido substituídas por uma indiferença solene. Os nativos acreditavam que sua cultura sobreviveria como acontecia havia séculos, independentemente dos problemas que enfrentavam. Os monarcas perversos do domínio poderiam ascender e cair, os problemas insignificantes dos outros reinos poderiam continuar a existir, mas Sithicus resistiria. A negação coloria a arrogância distante dos elfos enquanto, ao seu redor, as maravilhas da cultura da raça estão ruindo. Eles se agarravam às suas tradições com firmeza, esgotando seu significado e asfixiando a sociedade por motivos que os próprios elfos não conseguiam mais lembrar.
Os forasteiros, como Krössis, eram trados com desdém ou mesmo com hostilidade pelos nativos, que permaneciam arrogantes e desconfiados em relação a pessoas de outras raças e domínios. Até mesmo os seres humanos que habitavam Sithicus por mais de uma geração eram considerados cidadãos inferiores.
Mesmo sendo bastante familiarizado com a sobrevivência em locais selvagens, Krössis não sobreviveria aos hostis e indiferentes elfos sithicanos se não tivesse tido a ajuda de um outro elfo, também vindo de fora de Sithicus.
Jander Sunstar, também conhecido como Rathandal, era um elfo dourado Nosferatu, originalmente de Faerun que conseguiu preservar sua bondade enquanto lutava contra a escuridão. Em Faerun, ele foi caçado por um caçador de vampiros conhecido como o Tubarão. Ao passar um tempo em Barovia, ele se tornou inimigo do Conde Strahd von Zarovich. Ele tentou destruir Strahd com o Símbolo Sagrado de Ravenkind e então cometer suicídio deixando o sol destruí-lo, mas as Brumas negaram-lhe a morte e o levaram embora para outro lugar.
Além de Strahd, Jander não teve escassez de inimigos na Terra das Brumas . Ele entrou em conflito com o exército Falkovniano e vários ninhos de vampiros. Um de seus maiores inimigos vampiros era Nira Delamane, de quem ele estava fugindo na ocasião.
Mas Jander também tinha aliados, e após reconhecer o caráter de Krössis, ele ofereceu colocá-lo em contato com eles. Durante semanas, eles rumaram para o norte, passando por vários tipos de florestas e ermos, Jander conduziu Krössis até uma cidade grande num entroncamento de três estradas, mas seu destino final não era ali, e sim uma taverna próxima, a Estalagem da Lanterna Esmeralda.
- É aqui que nos separamos. Entre e procure por Gennifer Weathermay-Foxgrove. Espero vê-lo novamente.
- Arthiel Silentstorm:
Depois de se afastar de seu vilarejo élfico, Arthiel vagou pelos reinos da Terra das Brumas e conheceu muito mais sobre os arredores do local onde sempre morara.
Também conhecida como Selva Umbrosa, a Floresta das Sombras era uma das seis regiões do reino de Darkon, localizada mais ao centro-oeste e sul de Darkon com a cidade de Rivalis encontrada apenas dentro de sua fronteira noroeste, Il Aluk encontrando-se um pouco além de sua fronteira norte, e Córvia encontrava-se logo além de sua fronteira leste. As regiões vizinhas eram a Costa Pontilhada ao noroeste, as Terras da Névoa ao norte, o Lagoeiro ao nordeste e as Serras do Infortúnio ao leste. A região estava sob o controle de Galf Kloggin, um líder de bandidos baseado em Rivalis, durante a ausência de Azalin Rex, o antigo regente de todo o país de Darkon. A partir de 757 do Calendário Baroviano, ele continuava por lá mesmo após o retorno de Azalin, para grande desgosto da Guarda Nartok que patrulhava a floresta com um mandado de prisão para ele.
A Floresta poderia ser descrita como uma extensão escura de terras selvagens, onde a copa das árvores impedia que a maior parte da luz solar atingisse o solo da floresta por uma boa parte do ano. A Floresta era objeto de várias lendas fantasiosas, como a existência de unicórnios manchados de cinzas ou árvores fantasmagóricas que andavam. Arthiel ouviu até mesmo a história de uma torre de sino que emergiu da terra e serpenteou pela floresta, apenas para desmoronar sobre a borda de alguns penhascos perto de Nartok em 693 BC. Os restos da torre do sino ainda existiam até hoje.
A Floresta das Sombras abrigava várias comunidades, incluindo duas cidades principais: Nartok e Rivalis. Creeana era uma cidade de antiga importância até que a fúria do Demônio do Assobio destruiu grande parte dela em 580 BC. Hoje, Creena existe como um mero escombro, uma sombra de sua antiga glória. Havia planos de fazer de Creeana uma via para uma certa Estrada Transumbral, mas a construção apenas começava.
Em Rivalis, Arthiel foi contatada por um homem, um nobre elfo nascido em Neblus, chamado Alanik Ray, também conhecido como o Grande Detetive pelos muitos casos que resolveu. Seu assistente e companheiro, Dr. Arthur Sedgewick, também o acompanhava. Alanik Ray carregava uma adaga mágica, chamada Goldenfang.
Alanik residiu em vários lugares, incluindo sua cidade natal Neblus e Mordentshire . Em 747 BC tornou -se Chefe de Polícia da Baía de Martira . No entanto, ele foi expulso por uma tentativa de assassinato da Kargat, a polícia secreta de Azalin. Ele se mudou para Port-a-Lucine, onde atuava como detetive freelancer mais uma vez. Mas tendo ouvido sobre Arthiel, ele viera a Rivalis para contatá-la.
- Eu faço parte de uma sociedade de pessoas especiais que, assim como você, se opõem às forças das trevas. Eu gostaria que você conhecesse algumas dessas pessoas.
Assim convencida, Arthiel acompanhou Alanik e o Dr. Sedgwick à cidade de Chateaufaux, no reino de Dementlieu, onde eles entraram numa certa Estalagem da Lanterna Esmeralda...
- Sharla:
Marla enviara Sharla numa busca contra um grande criminoso chamado apenas de Malken, que era procurado pelo Conselho do Resplendor de Port-a-Lucine. Sharla deveria encontrá-lo e prendê-lo.
As investigações de Sharla mostraram que Malken tinha começado seu império criminoso no reino de Nova Vaasa, mas recentemente estendera sua influência nefasta até o distante reino de Dementlieu, ao norte do Núcleo da Terra das Brumas.
Saindo de seu país natal, Sithicus, ela rumou para Nova Vaasa, uma terra de extensas e intermináveis planícies, pontilhadas raramente por alguma colina, desfiladeiro ou penhasco, mas sem as belas florestas que a elfa estava acostumada. O povo era pobre e a agricultura ainda mais.
Em sua viagem, Sharla cruzou uma planície chamada Ehrendton, atravessando um matagal alto por várias horas, arranhando-se e espetando-se várias vezes na grama afiada, que em vez de ser verde-amarelada era um branco insalubre. Mesmo após deixar o matagal, Sharla ainda sentia o odor pungente da estranha grama, e seu estômago se revirava enquanto sua cabeça doía mais e mais. Ela viu ao longe um pequeno vilarejo de pescadores e tentou chegar até lá...mas antes que conseguisse atingir seu destino, tudo ficou escuro...
Ela acordou numa cama de palha ao lado de uma modesta lareira com fogo crepitando. Havia um homem alto sentado, que se virou rapidamente quando ela se mexeu.
- Acalme-se, senhorita! Você precisa descansar, ainda está se recuperando! Você está no vilarejo de Mavalga, em Nova Vaasa. Você cometeu o erro de atravessar os Manguezais da Morte e foi envenenada por um fungo chamado Dødmangraes, também conhecido como erva do homem morto. Diz a lenda que ela cresce no local onde existe uma sepultura não marcada. Mas não se preocupe, você logo ficará bem. Ah, sim, meu nome é Weathermay, George Weathermay.
Ele falava lentamente e numa voz grave e baixa, mas parecia bondoso, ainda que soturno. Durante três dias, Weathermay cuidou dela com esmero, mas falando pouco de si mesmo e escutando mais do que ouvindo. Quando ela se sentiu forte o bastante para falar, ele ouviu a história dela e pareceu preocupar-se quando ela mencionou Malken.
- Sua Marla não deveria ter feito isso! Malken é um dos homens mais perigosos da Terra das Brumas, e tem muitos capangas perigosos a seu próprio modo. Assim que estiver forte para viajar, eu a levarei de volta à estalagem dela.
O voluntarismo gentil dele não pôde ser evitado, e dias depois ela cavalgava na garupa do cavalo dele, um garanhão negro chamado Shadowchaser, acompanhados de dois cães de caça, Ártemis e Cérebus. Durante toda a viagem, George falava pouco, embora fosse gentil e bondoso.
Quando chegaram na Estalagem da Lanterna Esmeralda, não havia nem sinal de Marla. A conselho de George, Sharla assumiu o comando do estabelecimento, fazendo-o informalmente um ponto de encontro de aventureiros que se opunham às forças das trevas. Antes de partir de volta a Nova Vaasa, George avisou que suas sobrinhas, Gennifer e Laurie Weathermay-Foxgrove, viriam a seu pedido para ajudá-la numa missão...